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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

ANOMALIAS DE TEMPERATURA

DIÁRIO DA RÚSSIA

Vladivostok registra “calorão” de 5,5 graus

Temperatura pode chegar à marca de 16 graus até sexta-feira, 28

A cidade de Vladivostok registrou na quarta-feira, 26, a temperatura mais alta para o final do inverno russo, 5,5 graus Celsius. Segundo os meteorologistas, há 130 anos, a capital da região do Primórie não registrava “um calor tão intenso” nesta época do ano. Os especialistas atribuem o fato a um ciclone, proveniente das áreas centrais da China, que está se deslocando para o território do Amur, deslocando correntes de ar quente e seco.
Para os meteorologistas, não será surpresa se, até o final da semana, os termômetros em Vladivostok chegarem à marca dos 16 graus. Oficialmente, o inverno na Rússia terminará na sexta-feira, 28.

Fenômeno global explica calor e seca no Brasil.

A falta de chuvas e as altas temperaturas registradas no Brasil no início deste ano provavelmente estão ligadas a fenômenos e processos dinâmicos ocorridos em escala global. É o que sugere um estudo preliminar do pesquisador Isimar de Azevedo Santos, professor titular do Laboratório de Meteorologia da UENF (LAMET). Ele espera, com a pesquisa, obter previsões mais acertadas de eventuais ondas de calor que venham a afetar o país.
Segundo o pesquisador, tanto o forte calor quanto a estiagem que se observou em algumas regiões do Brasil em janeiro de 2014 se deveram a bloqueios atmosféricos provavelmente originados no Oceano Pacífico. Tais bloqueios impediram as frentes frias de se deslocarem do sul do continente até as latitudes tropicais. 
"Estamos usando dados ambientais, tanto locais quanto globais, para compor um quadro elucidativo desses processos de bloqueio. O diagnóstico preliminar nos permite dizer que houve uma distribuição regionalizada das anomalias de precipitação e temperatura — afirma o professor, que tomou por base informações do banco de dados Reanálises, do serviço meteorológico americano (National Centers for Environmental Prediction / NCEP)".
A análise das anomalias climáticas no Estado do Rio revela que a capital fluminense teve as temperaturas mais altas, bem como a maior seca dos últimos 36 anos. O Sul Fluminense também viveu a maior estiagem dos últimos 36 anos. No entanto, não foi o janeiro mais quente — os janeiros de 1995, 1998 e 2010 tiveram temperaturas ainda maiores.
 FONTE:http://www.momentoverdadeiro.com/2014/02/fenomeno-global-explica-calor-e-seca-no-brasil.html

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

CICLONE EXTRATROPICAL NO SUL DO BRASIL

 Imagens das 17h de 27.02.2014, vemos um ciclone extratropical sobre o litoral da região sul do Brasil onde causa ventos fortes e chuva.
 Imagens em vapor dágua e realçada, vemos a frente fria sobre o Brasil onde causa fortes temporais em São Paulo, associada ao ciclone extratropical. E no nordeste do Brasil um vórtice ciclônico que formam nuvens carregadas.
Abaixo, imagem animada das 11h de 28.02.2014 do vórtice ciclônico sobre o Nordeste do Brasil:


CONFERÊNCIA MUNDIAL DO CLIMA

REVISTA EXAME
26/02/2014 17:52

Itamaraty se prepara para conferência da ONU sobre clima

O objetivo é recolher informações e contribuições dos movimentos sociais, setor privado, academia e representantes da sociedade interessados no clima

Wikimedia Commons
Palácio do Itamaraty
Palácio do Itamaraty: para Carlos Rittl é preciso também que o governo brasileiro coloque na mesa os seus números, como compromissos e metas
Brasília - O Ministério das Relações Exteriores promoveu hoje (26) uma reunião entre entidades da sociedade civil e autoridades governamentais que preparam o país para a Conferência das Partes de Lima (COP-20) da Convenção-Quadro das Nações Unidas (ONU) sobre Mudança do Clima.

O objetivo é recolher informações e contribuições dos movimentos sociais, setor privado, academia e representantes da sociedade interessados no clima, de forma a obter subsídios para elaboração da posição do governo brasileiro, em preparação à próxima rodada de negociações.
A COP-20 está marcada para dezembro deste ano, na capital do Peru, e é considerada uma conferência de transição, assim como foi a COP-19, em Varsóvia, em preparação para a COP-21 de Paris, em 2015, cujo objetivo é alcançar um acordo internacional efetivo sobre o clima.
“É uma conferência global com interesses não só nacionais, mas regionais, setoriais e econômicos. Estamos falando de uma convenção que é transversal em matéria de impactos na sociedade e isso justifica também uma posição brasileira que seja representativa”, disse o embaixador Everton Lucero, chefe da divisão de Clima, Ozônio e Segurança Química do Itamaraty.
De acordo com o diplomata, a estratégia dos países para evitar um novo fracasso nas negociações sobre mudanças climáticas é ampliar o período de negociação.
“Para que não haja uma grande frustração como foi a conferência em Copenhague, em que se criou uma grande expectativa de que ela resolveria definitivamente a questão das mudanças climáticas, houve um entendimento de que, para Paris, deveria haver um processo negociador maior”, disse o embaixador.

O FRIO NO SUL DO BRASIL EM PLENO VERÃO

gaz.com
27/02/2014 - 08h19

Santa Cruz registra 16,4 graus e clima ameno deve continuar

Massa de ar frio que cobre o Estado faz com que os gaúchos tenham madrugadas frias e dias com temperaturas amenas


Foto: Lula Helfer
Em pleno verão, o Rio Grande do Sul registra temperaturas bem abaixo do normal para o período desde ontem, 26. A massa de ar frio que cobre o Estado trouxe frio para os gaúchos, com marcas entre 15 e 20 graus nessa quarta-feira. Em Santa Cruz do Sul, a estação meteorológica da Gazeta Grupo de Comunicações, instalada no Centro, indicou a mínima de 16,4 graus às 5 horas de hoje.
 

 
De acordo com a MetSul Meteorologia, o frio atípico para fevereiro vai se manter pelo menos até o fim de semana de Carnaval. A máxima no Vale do Rio Pardo deve beirar os 22 graus nesta quinta-feira, 27. O tempo continua instável na região. Para sexta-feira, a previsão é de temperaturas entre 17 e 26 graus.
 
 
TEMPORAL
 
Em Porto Alegre, o frio veio acompanhado de fortes rajadas de vento nesta quinta-feira. O vendaval causou quedas de árvores na Capital e deixou moradores sem energia em função de galhos que danificaram a rede elétrica. Também há registro de acúmulo de água em algumas ruas, provocando transtornos no trânsito. Os semáforos inoperantes devido à falta de luz também atrapalham o fluxo de veículos.
 
JORNAL ZERO HORA  27/02/2014 | 07h21Atualizada em 27/02/2014 | 07h30

Frio e temporal com rajadas de vento acima dos 70 km/h marcam a quinta-feira pelo RS

Madrugada teve chuva generalizada e bem distribuída pelo Estado



Frio e temporal com rajadas de vento acima dos 70 km/h marcam a quinta-feira pelo RS Diogo Zanatta/Especial
Em Porto Alegre, rajadas de vento atingiram os 76 km/h Foto: Diogo Zanatta / Especial
A quinta-feira amanheceu fria no Rio Grande do Sul. Das 37 estações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) distribuídas pelo Estado, somente a de Torres registrou temperatura acima dos 20°C. O dia deve ser chuvoso e a máxima no RS não passa dos 27°C, em São Borja.


Segundo o meteorologista Wesley Ferreira, da Somar, a chuva que atinge o Estado desde a madrugada foi provocada pela frente fria, que segue em direção a Santa Catarina. A tendência é que a chuva diminua:
— Somente a Fronteira Oeste e a Campanha devem apresentar um tempo mais seco. A quinta-feira deter apresentar tempo instável sobre o Litoral NOrte, a Serra e a Região Metropolitana.
Em Porto Alegre, onde a quinta-feira amanheceu com 17,7°C, foram registradas rajadas de vento de até 76 km/h, o que provocou queda de árvores e galhos pela cidade. Até as 7h, a assessoria de imprensa da CEEE não tinha uma estimativa de quantas pessoas estavam sem luz, mas afirmava que a maioria dos casos era provocado por queda de vegetação na rede.
EM Camaquã, foi registrado o acumulado de 52,2 mm, o que corresponde a 45% da média mensal. Também na região sul, Canguçu, com 39 mm, e Caçapava do Sul, com 37 mm, foram  as que registraram os maiores acumulados
O Inmet divulgou alerta para condições meteorológicas "favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com descargas elétricas, rajadas de vento entre 60 e 90 Km/h e acumulado significativo de chuva no litoral norte, região Metropolitana de Porto Alegre e na encosta inferior do nordeste de Rio Grande do Sul".

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

FRIO EM PLENO VERÃO

 

Nesta quarta, RS terá tarde com temperaturas baixas em diversos pontos

publicado 26/02/2014 às 08:30 - Atualizado em 26/02/2014 às 08:30


Nesta quarta, RS terá tarde com temperaturas baixas em diversos pontos thumbnail Massa de ar frio que trouxe até neve na província argentina de Mendoza avançará pelo Rio Grande do Sul entre quinta e sexta-feira.
Da Redação (redacao@novohamburgo.org) (Siga no Twitter) 
Uma frente fria atua no Centro, Oeste e no Sul do Estado nesta quarta-feira, dia 26. O resultado deverá ser chuva a qualquer hora do dia.
Nestas áreas, a temperatura cai e estará baixa para a época do ano ao longo do dia, inclusive com sensação de frio em algumas localidades.
Pontos da Serra do Sudeste e Campanha podem ter marcas baixas ao redor dos 15ºC e 17°C à tarde. No Norte e no Nordeste do Estado, ainda sob influência de ar mais quente, períodos de aberturas são possíveis e a temperatura estará mais alta, mas chove na maioria dos locais da tarde para noite. Há risco de chuva forte localizada.
Apesar das marcas inferiores à média, as mínimas não são particularmente baixas, com 15°C em Bagé e Santana do Livramento. As máximas, por sua vez, podem atingir 28°C em Santa Rosa. Na região metropolitana, os termômetros variam entre 21°C e 26°C.
A massa de ar frio que trouxe até neve na província argentina de Mendoza avançará pelo Rio Grande do Sul entre quinta e sexta-feira, com temperatura baixa. O Estado terá madrugadas frias no fim de semana.
Informações de InMet


Forte massa de ar frio para fevereiro avança neste momento pela Argentina. Em Mendoza, causou temporal de chuva e neve nos Andes. Nas partes mais altas da região montanhosa, a forte nevada determinou o fechamento da passagem entre Chile e Argentina (foto acima). METSUL

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

ONU DESTACA CALOR ANORMAL NO BRASIL

ESTADAO - Planeta

ONU destaca calor incomum no Brasil

Relatório anual sobre fenômenos climáticos, da Organização Meteorológica Mundial, cita altas temperaturas

14 de fevereiro de 2014 | 21h 06




Jamil Chade - Correspondente
GENEBRA - O calor no Sudeste brasileiro é uma das principais anomalias climáticas do mundo nos últimos meses e bate recordes históricos. A informação é da Organização Meteorológica Mundial (OMM) que divulgou nesta sexta-feira uma mapa dos principais locais que sofrem com "fenômenos climáticos extremos".
Homem se refresca do calor em São Paulo - Epitacio Pessoa/Estadão
Epitacio Pessoa/Estadão
Homem se refresca do calor em São Paulo
O Brasil, neste ano, aparece com destaque no levantamento. "Partes do mundo testemunham uma série de condições climáticas extremas neste ano", indicou a entidade, o braço climático da ONU. No levantamento, o Brasil é citado como um exemplo de casos onde a temperatura superou médias históricas. "Partes do Brasil experimentaram o mês de janeiro mais quente da história", indicou o documento.
Mas o fenômeno não se limita apenas ao Brasil. No Hemisfério Sul, o calor tem sido especialmente forte na Austrália, Argentina e na África do Sul.
Segundo a OMM, o calor acima do normal na Argentina começou já em dezembro de 2013 e "vários recordes locais foram estabelecidos". Quanto à situação na Austrália, a entidade aponta que o país registrou o ano "mais quente de sua história" em 2013. O calor, porém, continuou em janeiro, principalmente na região da Tasmânia. Melbourne registrou sete de dias de temperaturas médias acima de 40ºC. Adelaide teve onze dias com temperaturas de 42ºC.
No Hemisfério Norte, os eventos extremos também marcaram os últimos meses. A OMM aponta para as "ondas de frio" nos EUA, seca na Califórnia, inundações na Grã-Bretanha e tempestades na Europa. Os Alpes também foram afetados por uma queda de neve maior do que a média.
Já na Rússia, as temperaturas ficam muito acima da média para o inverno, com os termômetros marcando 9°C entre os dias 29 de dezembro e 4 de janeiro, quando deveriam estar em registros negativos. O clima "ameno" ainda causou problemas para a Olimpíada de Inverno em Sochi. 


Recordes no clima neste início de ano


  • AFP - 25.02.2014 4 horas atrás
Um mapa de temperaturas de janeiro divulgado por analistas climáticos do governo americano mostra que o leste dos Estados Unidos destacou-se como uma das áreas mais frias do planeta. Os dados são da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (Noaa) divulgados pelo "New York Times".
Mas apesar do drama climático, janeiro não entrou para o livro dos recordes. A temperatura nacional para o mês ficou apenas um décimo abaixo da média do século XX. Janeiro de 2011 conseguiu ser ainda mais frio. Os Estados Unidos representam apenas 2% da superfície do globo terrestre, portanto o país não tem muita influência nas temperaturas globais.
O próprio Brasil, além do sul da África, parte da Europa e da China e até a Austrália ficaram quentes acima da média, segundo o relatório. Isso mantém um padrão de aquecimento global incomum que pode ser uma consequência das emissões de gases de efeito estufa.
E meteorologistas dizem que o norte dos Estados Unidos pode enfrentar ainda mais explosões de frio, tempestades e fortes ventos até a chegada da primavera, embora intercalados com rajadas de calor em algumas áreas. As perspectivas para o próximo mês são estão fora do padrão nas regiões Oeste, Sudoeste e parte do Alasca, assim como a continuação da seca na Califórnia.
Recorde de chuvas no Reino Unido
Enquanto isto, o Reino Unido bateu recorde de chuvas. As tempestades dos últimos dois meses fizeram deste inverno o mais chuvoso desde que os registros começaram em 1910. De acordo com dados provisórios do "Met Office", o Reino Unido recebeu 486,8 milímetros (mm) de chuva entre 1º de dezembro e 19 de fevereiro, informou a "BBC". O recorde anterior tinha sido de 485,1mm em 1995. As áreas central e sudoeste da Inglaterra bateram recordes no dia 11 de fevereiro com um total de 439,2 mm, quebrando o anterior, entre 1914 e 1915.
- Nossos dados remontam de 1910, ou seja mais de um século, e ele foi quebrado - comentou o meteorologista da BBC John Hammond. - Estamos quase com 500mm de chuva.
E pelas previsões, a chuva não dará trégua. Segundo a porta-voz do Met Office, Laura Young, são esperadas por lá tempestades, juntamente com períodos de sol, nos próximos dias.

EL NIÑO 2014


VOZ DA RÚSSIA
20 Fevereiro, 17:13

El Niño se torna mais ativo

Ao que tudo indica, o ano de 2014 será o período mais quente na história de observações meteorológicas, afirmam cientistas alemães. As suas previsões assentam num conhecido fenômeno designado El Niño, ou seja, uma periódica elevação da temperatura das águas do Pacífico com efeitos climáticos anômalos.

Utilizando novos métodos de previsão, os especialistas chegaram à conclusão de que o El Niño iniciou mais uma etapa da sua formação em setembro do ano passado, podendo o atingir o seu auge em 2014.
Um calor insuportável, aliado a incêndios, secas e tempestades numas regiões do planeta, e inundações e enchentes – noutras zonas, poderá vir a afetar a Terra já no ano corrente. Os cientistas alemães da Universidade Justus Liebig têm relacionado as previsões sobre eventuais cataclismos com o El Niño. Foram, aliás, pescadores latino-americanos que lhe deram um nome tão afável. Mas, para dizer a verdade, depois de crescer um pouco, o ”menino” tem vindo a produzir enormes efeitos sobre o sistema climático do planeta, assinala Piotr Zavialov, do Instituto de Processos Antropogênicos:
“O El Niño é um fenômeno climático bem conhecido, que acontece periodicamente de 4 em 4 anos, tendo origem na parte sul do oceano Pacífico, embora se faça observar à escala mundial. Os ventos alísios da zona tropical oriental enfraquecem, enquanto as temperaturas oceânicas perto do litoral sul-americano se elevam rapidamente e se registra uma distribuição anormal da pressão atmosférica.”
Os mais afetados têm sido, neste caso, os países próximos da linha equatorial. Muitos se lembram ainda dos cataclismos dramáticos ocorridos em 1997 quando os incêndios florestais de grandes proporções se propagaram pela Indonésia e depois acabaram por atingir a Austrália. Naquele ano, a faixa de fogo, que se estendia pelas florestas do Brasil, alcançou 1.600 km. Mas o El Niño se vai aproximando também de latitudes setentrionais, acentua o geógrafo Arkadi Tishkov:
“Peritos em matéria do clima têm destacado o impacto do oceano Pacífico na formação das condições meteorológicas na parte europeia. Se, antigamente, as mudanças do clima local estavam ligadas ali aos processos ocorridos no norte do Atlântico, nos últimos anos, é o El Niño que exerce influência sobre o clima de muitas regiões. Este fenômeno pode causar uma elevada quantidade de precipitações ou, pelo contrário, fazer reduzi-las, alterando a correlação entre as zonas de pressão atmosférica alta e baixa, o que provoca a formação de circulações ciclónicas.”
No hemisfério norte, o El Niño esteve na origem do insuportável calor anormal em junho-agosto de 2010, que bateu todos os recordes na América do Norte, na Europa, no centro e no norte da Ásia. Mas neste ano não existem sinais de reincidências, sustenta Arkadi Tishkov:
“Pode ser que haja um calor um pouco maior do que no ano passado, mas poderá ele atingir as proporções registradas em 2002 ou 2010? Por enquanto, é difícil dar uma resposta exata. Para tal é necessário conhecer não apenas as fases do El Niño. Será necessário sabermos quais as mudanças ligeiras da temperatura oceânica e de seus efeitos sobre a circulação atmosférica. Talvez os cientistas alemães tenham fundamentos para avançar tais previsões. Os serviços meteorológicos russos não têm previsto quaisquer anomalias climáticas do gênero.”
É que as alterações de temperatura do oceano Pacífico concluem o seu ciclo em finais do Outono no hemisfério sul e em finais da primavera, no hemisfério norte. Por isso, não é fácil fazer previsões quanto ao comportamento do El Niño que, por razões inexplicáveis, vai ganhando ou perdendo força.


Jornal Correio do Brasil - Notícias Online 

Cientistas temem que El Niño traga fome, seca e inundações de volta este ano

21/2/2014 11:40
Por Redação, com agências internacionais - de Cingapura

O El Niño é um fenômeno, até hoje inexplicável, que ocorre devido ao aumento da temperatura no Oceano Pacífico
O El Niño é um fenômeno, até hoje inexplicável, que ocorre devido ao aumento da temperatura no Oceano Pacífico

O fenômeno climático El Niño, que pode provocar seca em algumas e, ao mesmo tempo, grandes inundações em lugares distintos em todo o mundo, poderá voltar este ano, segundo preveem climatologistas de diferentes países, com alto risco de prejudicar a produção de alimentos básicos, como arroz, feijão, milho, trigo e cana.
O El Niño se configura pelo aquecimento da superfície do mar no Pacífico, com repercussões em várias partes do mundo. O pior fenômeno do gênero foi registrado no final de 1990, matando mais de 2 mil pessoas e causando bilhões de dólares em danos. Um forte El Niño pode secar culturas na Austrália, sudeste da Ásia, Índia e África, enquanto outras partes do planeta, como o Meio-Oeste dos EUA e Brasil, são atingidas por chuvas.
Embora os cientistas ainda debatam sobre a intensidade de um potencial de El Niño, um serviço de meteorologia da Austrália e um centro de previsão do clima dos EUA advertiram sobre aumento das chances do fenômeno neste ano. No mês passado, a Organização Meteorológica Mundial, das Nações Unidas, disse que havia uma “possibilidade reforçada” de um fraco El Niño em meados de 2014.
– O mundo está se preparando para o El Niño, que, se confirmado, poderia causar estragos na oferta e elevar preços de algumas commodities – disse a analista de investimentos da Phillip Futures, em Cingapura, Vanessa Tan.
Fenômeno ativo
Ao que indicam as pesquisas, 2014 será o período mais quente na história de observações meteorológicas, segundo cientistas alemães. Com novos métodos de previsão, os especialistas chegaram à conclusão de que o El Niño iniciou mais uma etapa da sua formação em setembro do ano passado, podendo o atingir o seu auge ao longo deste ano.
Um calor insuportável, aliado a incêndios, secas e tempestades numas regiões do planeta, e inundações e enchentes – em outras zonas climáticas, poderá afetar a Terra já neste ano. Os cientistas alemães da Universidade Justus Liebig têm relacionado as previsões sobre eventuais cataclismos com o El Niño. Foram, aliás, pescadores latino-americanos que lhe deram um nome tão simpático.
– Mas, na verdade, depois de crescer um pouco, o ”menino” tem produzido enormes efeitos sobre o sistema climático do planeta. O El Niño é um fenômeno climático bem conhecido, que acontece periodicamente de 4 em 4 anos, tendo origem na parte sul do oceano Pacífico, embora se faça observar à escala mundial. Os ventos alísios da zona tropical oriental enfraquecem, enquanto as temperaturas oceânicas perto do litoral sul-americano se elevam rapidamente e se registra uma distribuição anormal da pressão atmosférica – assinala Piotr Zavialov, do Instituto de Processos Antropogênicos, de Moscou.
Os mais afetados têm sido, neste caso, os países próximos da linha equatorial. Muitos se lembram ainda das tragédias ocorridas em 1997 quando os incêndios florestais de grandes proporções se propagaram pela Indonésia e depois acabaram por atingir a Austrália. Naquele ano, a faixa de fogo, que se estendia pelas florestas do Brasil, alcançou 1,6 mil km.
Inexplicável
Mas o El Niño se vai aproximando também de latitudes setentrionais, acentua o geógrafo Arkadi Tishkov.
– Peritos em matéria do clima têm destacado o impacto do oceano Pacífico na formação das condições meteorológicas na parte europeia. Se, antigamente, as mudanças do clima local estavam ligadas ali aos processos ocorridos no norte do Atlântico, nos últimos anos, é o El Niño que exerce influência sobre o clima de muitas regiões. Este fenômeno pode causar uma elevada quantidade de precipitações ou, pelo contrário, fazer reduzi-las, alterando a correlação entre as zonas de pressão atmosférica alta e baixa, o que provoca a formação de circulações ciclônicas – lembrou.
No hemisfério norte, o El Niño esteve na origem do insuportável calor anormal em junho-agosto de 2010, que bateu todos os recordes na América do Norte, na Europa, no centro e no norte da Ásia. Mas neste ano não existem sinais de reincidências, sustenta Arkadi Tishkov:
– Pode ser que haja um calor um pouco maior do que no ano passado, mas poderá ele atingir as proporções registradas em 2002 ou 2010? Por enquanto, é difícil dar uma resposta exata. Para tal é necessário conhecer não apenas as fases do El Niño. Será necessário sabermos quais as mudanças ligeiras da temperatura oceânica e de seus efeitos sobre a circulação atmosférica. Talvez os cientistas alemães tenham fundamentos para avançar tais previsões. Os serviços meteorológicos russos não têm previsto quaisquer anomalias climáticas do gênero – disse.
É que as alterações de temperatura do oceano Pacífico concluem o seu ciclo em finais do Outono no hemisfério sul e em finais da primavera, no hemisfério norte. Por isso, não é fácil fazer previsões quanto ao comportamento do El Niño que, por razões inexplicáveis, vai ganhando ou perdendo força.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

ANOMALIA CLIMÁTICA: FEVEREIRO MUITO SECO NO BRASIL

DO CLIMATEMPO

Chuva de fevereiro supera a média em poucas capitais

24 de fevereiro de 2014 às 00:22 por Josélia Pegorim
Em 23 dias, pelas medições do Instituto Nacional de Meteorologia, a chuva de fevereiro de 2014 superou a média normal para o mês em Porto Alegre (RS), em Cuiabá (MT), Maceió (AL), Recife (PE), Palmas (TO), Belém (PA) e Macapá (AP). Em Teresina, capital do Piauí, a chuva de fevereiro igualou a média, nas medições até dia de 23.


Faltando apenas cinco dias para terminar o mês, este balanço pode se alterar outras capitais poderão alcançar, passar ou pelo menos se aproximar mais da média histórica. Mas no caso de Belo Horizonte, do Rio de Janeiro, de Vitória e de Aracaju, a diferença em relação à média é muito grande e a chance de recuperação é pequena. Acompanhe a previsão para os próximos dias.



ACORDO SOBRE MUDANÇA CLIMÁTICA

planeta02



 
atualizado às 04h39

China e EUA prometem cooperação para combater mudança no clima

China e Estados Unidos prometeram neste sábado a cooperar mais estreitamente no combate contra a mudança climática. Em comunicado conjunto, emitido durante a visita do secretário de Estado americano, John Kerry, ao país asiático, os governos concordaram em buscar medidas para diminuir a emissão de gases do efeito estufa, de acordo com informações da agência AP.

O acordo inclui, entre outros pontos, a redução da emissão de poluentes de veículos e o aumento da eficiência energética de edifícios. Os dois países são os maiores responsáveis do planeta pelo dióxido de carbono e outros gases que causam o efeito estufa – esses gases aprisionam a energia solar e aquecem a superfície da Terra.

Os governos de Pequim e Washington afirmaram que irão contribuir significativamente para o sucesso dos esforços globais para enfrentar esse desafio. A nota cita o grande “consenso científico sobre mudança climática e seus impactos cada vez piores, e o assunto relacionado da poluição atmosférica causada pela queima de combustíveis fósseis”, acrescentando que os dois países reconhecem a necessidade urgente de ação.

No ano passado, China e Estados Unidos lançaram um grupo para lidar com a mudança climática. Os países prometeram progressos em cinco áreas: redução da emissão de gases poluentes de veículos, avanço na rede de energia elétrica, captura e armazenamento de dióxido de carbono, coleta de dados relativos ao efeito estufa e maior eficiência energética.


Terra

Reuters Brasil

Obama e Hollande pedem acordo mundial "ambicioso" para mudança climática

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014 19:51 BRST
 
PARIS, 10 Fev (Reuters) - Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da França, François Hollande, pediram um pacto mundial para combater a mudança climática em um artigo conjunto publicado nesta segunda-feira, primeiro dia de visita de Hollande a Washington.
Hollande e Obama fizeram um chamado por mais parcerias em energia limpa para criar mais empregos, bem como pelo apoio a países em desenvolvimento que passarem a usar energia com baixa emissão de carbono.
"À medida que trabalhamos para a conferência do clima em Paris no ano que vem, continuamos a fazer um chamado a todas as nações para que se unam na busca de um acordo ambicioso e inclusivo que reduza as emissões de gases do efeito estufa por meio de ações concretas", diz o artigo publicado nos jornais Washington Post e Le Monde.
Embora a França tenha repetidamente defendido cortes nas emissões de carbono, a União Europeia reduziu suas metas climáticas de longo prazo em janeiro por causa das difíceis condições econômicas no bloco.
As novas metas de emissão ficam aquém do que alguns cientistas e ambientalistas dizem ser necessário para evitar os piores efeitos das mudanças climáticas.
Estados Unidos, Japão e Canadá também reduziram o ritmo de seus compromissos com o clima.
As conversações internacionais para tentar um acordo que suceda o Protocolo de Kyoto, de 1997, para lidar com a questão das mudanças no clima, estão marcadas para o ano que vem em Paris.
Um novo pacto mundial poderá incluir compromissos na contenção de emissões de gases do efeito estufa e medidas para garantir que países mais pobres se adaptem melhor à mudança no clima.
Os EUA, que recentemente foram superados pela China, agora a maior emissora mundial de poluentes de carbono, nunca ratificaram o Protocolo de Kyoto.
As conversações durante a primeira visita de Estado de Hollande aos Estados Unidos vão incluir questões como Irã, Síria e um pacto comercial EUA-União Europeia.
(Reportagem de Alexandria Sage)
 

domingo, 23 de fevereiro de 2014

MUDANÇA CLIMÁTICA NO ALASKA

diário digital
04-02-2014 às 13:49
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Alterações climáticas reduzem camada de gelo em lagos do Alasca

Os omnipresentes lagos gelados que dominam a costa do Alasca sofreram mudanças significativas nas últimas duas décadas: estão a derreter muito mais cedo, e muitos deles já não permanecem congelados durante todo o Inverno.

O motivo, segundo um estudo publicado na revista Cryosphere, é que a camada de gelo nesses lagos foi reduzida em 22% nas últimas duas décadas, em consequência das alterações climáticas.

A pesquisa analisou os lagos entre 1991 e 2011 e, durante esse período, a camada de gelo diminuiu até 38 centímetros - a maior redução ocorreu nos últimos seis anos estudados, sendo que o nível mais baixo foi alcançado em 2011.
A autora principal da pesquisa, Cristina Surdu, disse ter ficado «chocada ao observar uma redução de gelo tão dramática num período de apenas 20 anos».
«Esta é mais uma peça no quebra-cabeça das alterações climáticas na região. Estamos a observar a subida das temperaturas do ar, estamos a ver o gelo do mar a ser reduzido, e estamos a ver cada vez mais áreas verdes no Árctico. Os lagos são parte dessa história.»
O comportamento dos lagos reflecte, muito provavelmente, as temperaturas mais quentes da região, que subiu até 1,7° C na primeira década do século XXI na cidade de Barrow.
Para algumas pessoas, os impactos serão benéficos, como uma maior disponibilidade de água na região durante os meses do Inverno.
Mas outras consequências vão causar problemas. Um exemplo são as chamadas estradas geladas, que passam pelos lagos congelados. Elas podem tornar-se inviáveis à medida que o gelo fica mais fino.
O estudo baseou-se em imagens captadas por satélites da Agência Espacial Europeia.

CAUSAS DAS CHUVAS NO REINO UNIDO

Imagem mostra corrente de janto do Pacífico Oriental em direção à Europa.

As tempestades que fazem cheias no Reino Unido têm origem no Pacífico

Relatório dos serviços meteorológicos britânico tenta explicar a estranha persistência do mau tempo que causou cheias recordes.





Polícias em Egham, uma das zonas afectadas pela cheia do rio Tamisa Paul Hackett/REUTERS







Nunca choveu tanto em Dezembro e Janeiro em Inglaterra e no País de Gales nos últimos 248 anos – o que é dizer desde que se começaram a fazer registos metodicamente, diz um relatório publicado já este mês pelos serviços meteorológicos britânicos. A culpa é da corrente de jacto do Atlântico Norte, que está particularmente activa e que se está a ligar com o Pacífico Oriental.
Em resultado deste estranho padrão das correntes atmosféricas, as latitudes médias da Europa ficaram como que com um botão encravado na posição que diz “fabricar grandes tempestades”. A isto poderá juntar-se outro fenómeno: no Árctico, as temperaturas têm subido duas a três vezes mais do que no resto do planeta e isso poderá ajudar a mudar as correntes de jacto, tornando-as por exemplo mais lentas. Isso pode traduzir-se na persistência de uma tempestade, ou de condições de frio extremo ou grande precipitação sobre um determinado local durante bastante mais tempo do que o habitual.
As correntes de jacto são ventos que normalmente sopram de Ocidente para Oriente. Fazem percursos sinuosos, que podem mudar subitamente de direcção, parar ou dividir-se. Formam-se devido à combinação da rotação do planeta sobre o seu próprio eixo e o aquecimento da atmosfera, mas ficam perto das massas de ar com grandes diferenças de temperatura, como as da região polar e como o ar quente que segue em direcção ao equador.
O percurso tomado pelas correntes de jacto influencia fortemente a meteorologia, pois pode gerar depressões – como a mais recente tempestade de neve na costa leste dos Estados Unidos, na semana que passou, em que morreram pelo menos 20 pessoas. Ou as cheias históricas no Reino Unido, que ainda continuam: cálculos preliminares do Met Office [os serviços meteorológicos britânicos] apontam para que o fluxo do Tamisa e de outros rios do Sul de Inglaterra e de Gales foram os mais elevados desde 1947 – o ano em que se registaram as piores cheias na região durante o século XX. A Escócia teve o Dezembro mais húmido desde que se começou a fazer registos, em 1910.
O jacto do Atlântico Norte, diz o relatório Recent Storms and Floods in the UK do Centro de Ecologia e Hidrologia do Met Office, está neste Inverno 30% mais forte do que o habitual, o que provocou um padrão de tempestades excepcionalmente fortes a partir de Dezembro. Estranhamente, o tipo de tempo que se está a registar em virtude desta ligação entre as bacias oceânicas via correntes de jacto seria compatível com um ano de La Niña – um fenómeno climático em que a temperatura das águas do Pacífico oriental desce, e a do Pacífico ocidental sobe. É o contrário do mais conhecido El Niño.
Só que “as temperaturas actuais da superfície do Pacífico não sugerem que estejamos num período activo de La Niña ou El Niño”, lê-se no relatório do Met Office”. Mas “é razoável afirmar que o mau tempo que se vive no Reino Unido tem raízes nos trópicos”.
Por que é que a meteorologia está a ser tão inclemente, então? Para isso o Met Office não tem respostas, embora políticos e activistas britânicos estejam a aproveitar o momento para apontar a necessidade de investir na luta contra as alterações climáticas – que 51% dos cidadãos aponta como a origem das cheias e do mau tempo que afectam o Reino Unido.
Já dos Estados Unidos chega a contribuição de tentar compreender quais os efeitos sobre a meteorologia no aquecimento que se sente de forma acelerada no Árctico. Na conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Chicago, Jennifer Francis, da Universidade Rutgers (New Jersey), falou nos seus estudos que apontam para que a perda de gelo no Árctico – que desde 1980 é já equivale a 40% do território dos EUA – favoreça a formação de padrões meteorológicos persistentes em latitudes médias.
A entrada de grandes quantidades de calor e humidade na atmosfera no Outono e no Inverno reduziria as velocidades dos ventos das correntes de jacto, fazendo com que permaneçam mais tempo sobre um mesmo local, como se tem verificado em vários episódios de fenómenos climáticos extremos, explicou a cientista, baseando-se num estudo que publicou em 2012 na revista Geophysical Research Letters

COMENTÁRIO:
Observe no mapa que as anomalias de TSM positiva do Atlântico Norte na corrente quente do Golfo do México que passa a leste dos EUA, é que contribuem para o aumento da umidade na Europa e não do Pacífico Oriental, como menciona a notícia. Se houvesse El Niño, isso seria muito mais intenso com a TSM do Atlântico Norte. 
Assim como as nevascas fortes nos EUA e Canadá foram causadas pela a anomalia de TSM positiva do Pacífico Norte. 
Por que nós já sabemos, que quanto mais quente o mar, mais evaporação e consequentemente, mais chuva e neve.



sábado, 22 de fevereiro de 2014

 







AS CORRENTES OCEÂNICAS

 
By Lucien Silvano Alhanati
As correntes oceânicas
As correntes oceânicas têm papel importante no transporte de energia do planeta e contribuem para reduzir a taxa de variação da temperatura ao longo do meridiano terrestre (gradiente meridional da temperatura).
Princípio físico 01
Quando a água é resfriada até 4oC a sua densidade aumenta.
Princípio físico 02
Quando um sal é dissolvido na água na água a densidade da solução cresce com a concentração.
Princípio físico 03
Dois fluidos (substâncias no estado líquido ou gasoso) de densidades diferentes atingirão uma posição de equilíbrio quando o fluido de maior densidade estiver abaixo do fluido de menor densidade.
Princípio físico 04
A temperatura de fusão de uma solução aquosa de um sal diminui quando aumenta a concentração.
Circulação termohalina.
O gelo marinho existente no ártico pode ser sazonal, isto é, aquele que se forma no inverno e derrete no verão ou permanente aquele que não se funde no verão.
O gelo marinho permanente com o passar do tempo expulsa o sal formando bolsas de salmoura muito concentrada que se escoa para o mar através de pequenos canais. Ao fim de dois ou mais anos o gelo permanente é praticamente constituído por água doce, podendo ser derretido e bebido.
Esta água salgada altamente concentrada e muito fria tem densidade elevada e ao atingir o mar afunda produzindo uma corrente descendente, acarretando uma corrente marinha profunda de água fria e muito salgada. Com o deslocamento a água vai sendo aquecida e misturada diminuindo a concentração salina e a densidade, dando origem a uma corrente ascendente de água aquecida e de baixa salinidade que por sua vez acarreta uma corrente marinha superficial que vai completar o espaço deixado pela imersão da água fria e altamente salina.
Esta circulação da água do mar é denominada de circulação termohalina e está mostrada esquematicamente na animação:
As correntes oceânicas são responsáveis em grande parte pela distribuição do calor e consequentemente do clima em muitas regiões do planeta.

A imagem mostra a corrente profunda fria em roxo e a corrente superficial aquecida em azul.


A imagem mostra em mais detalhes a corrente quente do Atlântico Norte (em vermelho) responsável pelo clima da Islândia e da Noruega que no seu resfriamento passa pelas cores laranja e amarelo. São mostradas as correntes frias em azul e verde.
O derretimento das geleiras e as correntes oceânicas.
O derretimento das geleiras lança grande quantidade de água doce no oceano reduzindo desta forma a concentração da água salgada formadora da circulação termohalina e consequentemente reduzindo a intensidade das correntes oceânicas resultantes, ocasionando alterações climáticas em todo o planeta.
A circulação oceânica é muito sensível à quantidade de água doce que participa nela. A presença de água doce desempenha um papel importante sobre a densidade da água do mar e, assim, sobre a sua capacidade de afundar mesmo quando se esfria. Se a água é demasiadamente doce, ela deixa de ser suficientemente densa para afundar, mesmo esfriando. Se a água não afundar nas altas latitudes, a Corrente do Golfo será induzida, apenas, pelo vento e a circulação dos oceanos ficará limitada.
Alguns modelos informatizados de clima  prevêem um esfriamento de aproximadamente 2ºC na Europa devido a diminuição da quantidade de calor vinda das Caraíbas, para o continente europeu, em conseqüência do enfraquecimento da Corrente do Golfo.
Os oceanos e o efeito estufa.
O aquecimento planetário corre o risco de ter um determinado número de conseqüências sobre os oceanos. Nos sabemos que o dióxido de carbono dissolve-se mais facilmente na água fria de que na água quente; assim, temperaturas mais elevadas reduzirão a capacidade dos oceanos de absorver o dióxido de carbono, o que poderá acentuar o efeito de estufa. A quantidade de água doce que alimenta os oceanos nas latitudes elevadas é, também, susceptível de aumentar. De fato, os modelos informáticos prevêem um aumento de pluviosidade nas latitudes médias e altas assim como a fusão do gelo.
Os ventos e as correntes superficiais.
As correntes superficiais são dirigidas pelo padrão de ventos superficiais.
A camada onde o oceano é influenciado pelos ventos superficiais é denominada de Camada Ekman.
A água é defletida da direção do vento de aproximadamente 45o na superfície em virtude da força de Coriolis (devida a rotação da Terra). A deflexão aumenta com a profundidade, como mostra a figura.
A ressurgência costeira e os ventos alísios
Os alísios são ventos constantes que sopram nas regiões tropicais. No hemisfério norte eles sobram de nordeste para sudoeste e no hemisfério sul de sudeste para noroeste, como mostra a figura.
Nas costas os ventos alísios fortes podem produzir ressurgência de águas profundas frias.
Os ventos alísios fortes formam correntes superficiais de água quente que se afastam da costa.
A ressurgência costeira de águas frias profundas ocorre para ocupar o espaço deixado por estas correntes. Veja na figura.
A água profunda fria é rica em nutrientes e alimenta um rico ecossistema (plâncton, peixes, pássaros ...)
O mapa abaixo mostra em azul escuro as principais regiões de ressurgência. É importante ressaltar a ressurgência que ocorre na região equatorial em todos os oceanos e a que ocorre próxima a Antártica.
Concluindo é sempre preciso ter em mente que o aquecimento planetário derretendo as geleiras compromete o regime normal das correntes oceânicas e os ventos, fazendo surgir com maior freqüência tempestades de graus 4 e 5 que deverão alterar as ressurgências mudando significativamente a fertilização das águas e a vida marinha nestas regiões. A redução da fertilização acarretará inevitavelmente a redução da pesca, afetando a economia e a alimentação de milhões de pessoas.


RESFRIAMENTO DO ATLÂNTICO SUL





Vejam na sequência de imagens o rápido resfriamento do Atlântico Sul, onde antes estava com anomalia de até 2°C acima do normal. De 27°C baixou para 25°C. Parece que houve um enfraquecimento da corrente quente do Brasil que vêm do norte. Isso causará menos chuvas no Sul e Sudeste.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

AINDA CHUVA FORTE NA BOLÍVIA


Imagem das 15h de 20.02.2014 mostra forte instabilidade sobre a Bolívia.

18/02/2014 22h00 - Atualizado em 18/02/2014 22h00

Meteorologista estima que RO receba volume intenso de chuva até março

A partir de sexta, 21, voltará a chover muito forte no Sul do Peru e na Bolívia.
Sipam diz que chuvas que caem no estado têm pouca influência na cheia.

Assem Neto Do G1 RO

Meteologista Luis Alves, do Sistema de Proteção da Amazônia (Foto: Assem Neto/ G1)Meteologista Luis Alves, do Sistema de Proteção da Amazônia (Foto: Assem Neto/ G1)
O Sistema de proteção da Amazônia (Sipam) estima que o nível do Rio Madeira começará a baixar somente no início do mês de abril. “As previsões não são animadoras, infelizmente”, informou o meteorologista Luis Alves. De acordo com o especialista, março é mês crítico, sobretudo para grandes mananciais como o Rio Madeira. Nesta terça-feira (18), o Madeira chegou a marca de 17,80 metros, superando em 28 centímetros a marca histórica registrada em 1997, quando o rio atingiu 17,52 metros.
“Esta semana será de muita chuva. Registramos índices acima da média para esta época  e assim deve permanecer por mais 30 dias, aproximadamente”, afirma Alves. Somente no fim do mês de março haveria estabilização das chuvas, o que causaria, em consequência disso, a manutenção da cota do rio ou mesmo a sua diminuição, ainda que lentamente.
Alves explica que a chuva que cai sobre Rondônia tem pouca contribuição em relação à cheia. "Esta emergência que estamos vivendo é consequência do índice pluviométrico registrado no Sul do Peru e na Bolívia”, lembra o especialista. Naquela região, onde estão localizados os rios Beni, na Bolívia, e Madre de Dios, no Peru - que influenciam diretamente no comportamento do Madeira - a previsão, de acordo com o Sipam, é de que as chuvas estabilizem nesta quinta (20). “No entanto, a partir de sexta [21] e sábado [22], as chuvas voltem a cair com muito volume e, certamente, isso vai se transformar em nível [agravamento das enchentes] aqui em Porto Velho”, previu.
Segundo o Sipam, em no máximo sete dias a capital rondoniense sofrerá os impactos dos temporais previstos para os Andes peruanos e para a Bolívia, fazendo com que o nível do Rio Madeira volte a subir. As projeções valem para a capital e as três cidades em situação de emergência - Guajará-Mirim, Santa Luzia e Rolim de Moura.
A gravidade das enchentes em Porto Velho foi classificada como de nível 1, numa escala que vai até 3, segundo coronel Lioberto Ubirajara Caetano de Souza, comandante do Corpo de Bombeiros.
O governo de Rondônia reconheceu o estado de emergência há uma semana, assim como o município havia decretado há três semanas.  De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, quatro municípios foram atingidos pela cheia, incluindo a capital, e nove distritos.
Para atender a demanda de desabrigados, 12 abrigos atendem as pessoas; quatro igrejas e oito escolas. Os bairros mais alagados na capital são:  Baixa da União, Mocambo, Cai N´água, Triângulo, Candelária e Nacional.
Nas escolas onde os desabrigados estão sendo acolhidos, as aulas foram suspensas, segundo a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), que explica que as famílias são prioridade neste momento.