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sábado, 24 de janeiro de 2015

SUDESTE BUSCA SOLUÇÃO NO RIO PARAÍBA DO SUL




Atual situação da sub-bacia do Paraíba do Sul

 

JORNAL O DIA

Hidrelétrica Paraibuna foi desligada devido à escassez no Paraíba do Sul

Principal reservatório do sistema que abastece a Região Metropolitana do Rio atingiu o volume morto nesta quinta-feira

Constança Rezende , Francisco Edson Alves e Juliana Dal Piva
 
Rio - O principal reservatório do sistema que abastece a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o Paraibuna, na Bacia do Rio Paraíba do Sul, atingiu, na quarta-feira, o chamado volume morto, que não permite mais a geração de energia.
É a primeira vez, desde a sua criação, em 1978, que a represa, localizada no Estado de São Paulo, atinge esse nível. De acordo com o relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgado nesta quinta-feira, a Usina Hidrelétrica Paraibuna foi desligada, e o restante da água que está na represa, 2,096 trilhões de litros, será usada para dar vazão ao sistema e para o consumo.
No Rio, diferentemente de outros estados, os reservatórios têm a função de geração de energia e de abastecimento humano e são de propriedade das usinas. Segundo a Secretaria estadual do Ambiente, porém, no momento, não há previsão de falta de energia e nem de água. De acordo com Agência Nacional de Águas (ANA), desde ontem, o reservatório começou a usar a água do nível abaixo do limite operacional para geração de energia elétrica, e o volume útil está em 0,08%.

 

Estação de Tratamento do Guandu, que abastece a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, recebe água do sistema do Rio Paraíba do Sul
Foto:  Fabio Gonçalves / Agência O Dia

Para usar o volume restante de água, diversamente do que ocorre na reserva do Sistema Cantareira, em São Paulo, não serão necessárias obras, pois a água é acessível por gravidade. Em São Paulo, intervenções foram feitas para a instalação de bombas capazes de acessar o volume morto.
Paulo Carneiro, pesquisador do Laboratório de Hidrologia da Coppe/UFRJ, alerta que a grande preocupação no momento é o modo como se dará o uso do volume morto. Carneiro explica que essa reserva de água funcionará como uma grande caixa d’água, que ajudará a dar vazão a todo o sistema e permitirá que a estação de tratamento do Guandu, que abastece a Região Metropolitana do Rio, possa continuar operando normalmente.
“É importante que seja usado. Se não usar o volume morto, a água que vai correr pode não contar com a vazão necessária”, explicou o pesquisador. Segundo ele, sem a pressão ideal, não ocorrerá a transposição na barragem de Santa Cecília, em Piraí, que fornece água para o Rio Guandu.
Carneiro diz que é preciso planejar a vazão a longo prazo, já que as chuvas do verão estão abaixo do normal, e o inverno é, em geral, uma estação seca. “As vazões vão ser permanentes ou vão flutuar? Qual vai ser a regra de operação?”, questionou. A ANA informou ontem que, por ora, as vazões atuais estão mantidas, mas o volume total da reserva acessível por gravidade ainda está sendo estudado.
O presidente da Cedae, Jorge Briard, disse, em solenidade em Angra dos Reis, que 2015 é o ano que começa com o menor volume de água em todo o estado desde 1991.
Falta de campanhas para economia é criticada
O presidente do Conselho estadual de Recursos Hídricos (Cerhi-RJ), Décio Tubbs, criticou ontem a falta de planejamento e de campanhas do governo para a conscientização na economia de água.
“Esse problema está maior agora por causa da falta de planejamento dos governantes. Nossas autoridades foram frouxas quando precisavam aconselhar a população a economizar água. Agora é torcer para chover e que o governo pense melhor na próxima crise, que não está longe”, afirmou Tubbs.
O professor da Coppe/UFRJ Paulo Carneiro ressaltou também a falta de dados concretos sobre a gravidade da situação. “O que me causa espécie é que já estamos entrando no volume morto, e nenhuma informação mais contundente aparece. Fica parecendo que está tudo sob controle, e não está”, afirmou.
O pesquisador explicou, que diferentemente de São Paulo, são diversos os usos de consumo das barragens do Paraíba do Sul, e agora todos precisam ser reavaliados. Em caso de falta de água, ele avalia que os locais que já têm dificuldade de distribuição (distantes ou mais altos) serão os primeiros a ser afetados, o restante vai depender do operador do sistema.
Segundo a Firjan, 30% das indústrias já são prejudicadas pela crise hídrica

O baixo nível dos reservatórios de água já prejudica 30% das indústrias fluminenses. Isso é o que aponta pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan). Segundo o levantamento, das 487 empresas consultadas, metade afirma que o principal efeito sentido foi o aumento do custo de produção, o que pode afetar o bolso do consumidor.
Segundo Abílio Faia, coordenador de segurança e meio ambiente da Fábrica Carioca de Catalisadores, a empresa já enfrenta problemas por conta da diminuição da vazão do canal de São Francisco, abastecido pelo Rio Guandu, em Santa Cruz. Com a redução, o mar está entrando no canal, salinizando a água do canal. “Nosso abastecimento fica sanilizado durante um período de 5 horas, e só quando a maré baixa voltamos a ter água de qualidade”, disse o executivo.



Foto:  Arte O Dia

De acordo com ele, a quantidade de água doce ainda é suficiente, mas a previsão é que a situação piore em alguns meses. “A tendência é reduzir mais, e teremos que adquirir um sistema que permita dessanilizar a água ou comprar da Cedae”, prevê. Abílio Faia estima que isso representaria um aumento de 25% no custo da captação de água, o que poderia aumentar em até 10% o preço dos produtos da fábrica.
Gerente-geral de Meio Ambiente da Firjan, Luis Augusto Azevedo, alertou para a conscientização das empresas e da população. “Se não enfrentarmos seriamente a questão do saneamento, buscarmos novas fontes e tecnologias, e estimularmos a população e as empresas a economizar, a demanda por água será superior à capacidade de oferta”, avalia.
Na Baixada, população apela para poços artesianos
Com o objetivo de não ficar com as torneiras secas, moradores de diversos municípios da Baixada Fluminense e Região Metropolitana, apelam com cada vez mais frequência para os poços artesianos, que nem sempre saem baratos. A qualidade da água nem sempre é levada em conta.]
De acordo com a diarista Jorgenete dos Santos, de 59 anos, que mora numa vila que abriga dez famílias, no bairro Éden, em São João de Meriti, por exemplo, os moradores da região dão “graças a Deus” quando o local escolhido para a perfuração jorra água.
“Isso é raro. A qualidade não importa, a gente ferve e fica tudo bem. Se for ruim demais, muito salobra, só usamos para lavar banheiro e roupa”, explica Jorgenete. Ela e os vizinhos pagaram R$ 4 mil por uma cisterna de 40 metros de profundidade onde foi encontrado o veio d'água.
Diariamente, têm que levar a mangueira até suas caixas e abastecê-las. “Há oito meses tem sido assim, a Cedae nem manda mais a conta”, diz o técnico em refrigeração José Roberto da Silva, 45.
Ministro: País pode ter grave problema de energia
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse ontem que, se os reservatórios das hidrelétricas brasileiras chegarem a níveis menores que 10% da capacidade máxima, o país poderá ter “problemas graves”, e o governo tomará as “medidas necessárias”, que podem incluir o racionamento de energia. Atualmente, os reservatórios do sistema Sudeste/Centro-Oeste estão em 17,43% de sua capacidade máxima e os da região Norte, em 17,18%.
“Mantido o nível que temos hoje nos reservatórios, temos energia para abastecer o Brasil. É óbvio que se tivermos mais falta de água, se passarmos do limite prudencial de 10% nos nossos reservatórios, estamos diante de um cenário que nunca foi previsto em nenhuma modelagem”, disse Braga.
Nos estados de São Paulo e Minas Gerais, o racionamento de água está cada vez mais próximo. Decisão da Agência Nacional de Águas (ANA), publicada ontem no Diário Oficial da União, estabelece que as companhias de saneamento básico, indústrias e agricultores de 38 cidades paulistas e quatro mineiras terão de reduzir a captação de água nos rios Jaguari, Camanducaia e Atibaia sempre que a vazão cair para limites entre 4.000 litros por segundo e 1.500 litros por segundo. A medida se aplica ainda quando o volume útil das represas Jaguari, Jacareí, Cachoeira e Atibainha, do sistema Cantareira, atingir 5%.
O nível de 5% foi alcançado na primeira metade de junho de 2014, quando o Cantareira passou a captar apenas a água do “volume morto”. A 6ª edição da pesquisa Indicadores de Referência de Bem Estar no Município mostrou que oito em cada dez paulistanos acreditam que é grandeo risco de acabar a água na cidade.
A escassez levou a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) a fazer solicitação ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas para que seja decretada “situação hídrica crítica”, que dá poder à estatal de adotar o racionamento e de aumentar as tarifas.
Colaboraram Lucas Gayoso e Vinícius Amparo


23/01/2015 18h06 - Atualizado em 23/01/2015 20h09

Governo inclui no PAC obra para ligar Paraíba do Sul ao Sistema Cantareira

Obras terão custo de R$ 830,5 mi, segundo Ministério do Planejamento.
Cantareira é um dos principais sistemas que abastecem Grande São Paulo.

Filipe Matoso Do G1, em Brasília

O governo federal incluiu na lista de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a transposição de água da bacia do Rio Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, para o Sistema Cantareira, um dos responsáveis pelo abastecimento de água na Grande São Paulo, informou nesta sexta-feira (23) o Palácio do Planalto.
 
A transposição é um projeto do governo paulista para auxiliar o Sistema Cantareira, que enfrenta uma crise hídrica por conta da estiagem no Sudeste. O Rio de Janeiro era inicialmente contrário à obra porque a bacia abastece diversos municípios do estado, incluindo a região metropolitana da capital fluminense.

Alckmin apresentou a ideia em março do ano passado. A previsão é que, após definir contratação da empresa responsável, a obra seja executada em 14 meses.

Para defender o projeto, o governador esteve em Brasília com a presidente Dilma Rousseff após as eleições. Recentemente, em 7 de janeiro, Alckmin ouviu do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que Dilma já tinha dado parecer favorável à inclusão do projeto no PAC. Entretanto, no encontro, Alckmin pediu a Kassab apoio para acelerar o "enquadramento" da obra, que é uma etapa burocrática de análise da proposta anterior ao aval oficial para o financiamento e lançamento de edital.
Agora com a inclusão na lista do PAC, os contratos firmados podem ser executados por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC). O RDC acelera e simplifica procedimentos das licitações porque, entre outros mecanismos, permite a contratação por inteiro de uma obra, sem necessidade de contratar em separado o projeto básico, o projeto executivo e a execução.
Transposição vai custar R$ 830 milhões. (Foto: Arte/G1)
Conforme o Ministério do Planejamento, as obras serão executadas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e custarão R$ 830,5 milhões. De acordo com a pasta, os recursos serão financiados via Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES).
Segundo estimativas do governo federal, a interligação aumentará, em média, a disponibilidade hídrica no sistema Cantareira em 5,1 metros cúbicos por segundo. De acordo com o Planejamento, as águas do Paraíba do Sul serão levadas ao Cantareira por meio de um canal entre as represas Jaguari (RJ) e Atibainha (SP).

Crise no abastecimento
A crise hídrica no estado de São Paulo começou ainda no ano passado. O Sistema Cantareira, que atendia 9 milhões de clientes da Sabesp, atualmente fornece água para 6,2 milhões de pessoas. Nesta sexta, o Cantareira operava com 5,3% da capacidade.
No último dia 16, a ANA autorizou a obra de ligação da bacia do rio Paraíba do Sul com o Sistema Cantareira. O aval foi dado por um grupo de trabalho criado na agência, com representantes dos governos de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, para discutir soluções para a crise da falta de água em municípios paulistas.
 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

TEMPESTADE TROPICAL NO ATLÂNTICO SUL


 Imagem do dia 23.01.2015 das 10h mostra uma tempestade tropical sobre o Atlântico Sul(Baixa Pressão) onde causa chuvas e trovoadas, com agitação no mar.



Descrição da imagem de satélite: 23/01/2015 06:40h


Mais nebulosidade (em tons de cinza, amarelo e azul na imagem satélite) associada a uma massa de ar quente e úmida no centro-norte do Brasil. Sobre o oceano, próximo ao litoral de SP, nuvens de grande desenvolvimento vertical associadas a um sistema de baixa pressão em superfície e um cavado em altos níveis da troposfera. No centro da Argentina um cavado em altos níveis da atmosfera intensifica a nebulosidade. Em SC nebulosiade baixa e nevoeiros isolados devido às temperaturas mais baixas da manhã entre o Meio Oeste e Planalto e variação de nuvens no Litoral devido à umidade que chega do mar. Nas demais áreas da imagem áreas de alta pressão mantém céu mais claro ou com poucas nuvens. Temperatura em SC no momento: 21ºC em Florianópolis e em Navegantes, 20ºC em Joinville, 17ºC em Criciúma, 19ºC em Chapecó e 10°C em São Joaquim.

Erikson de Oliveira - Meteorologista EPAGRI/CIRAM


Aqui vemos uma Alta Pressão sobre o Atlântico Sul de 1026hPa que causa tempo bom no sul do Brasil e ventos de sudeste.






TSM continuam altas e devem permanecer assim por todo o verão.




Aqui vemos mais claramente a formação da baixa pressão sobre o Atlântico formando um cavado.








22/01/2015 09h36 - Atualizado em 22/01/2015 09h48

Metade dos reservatórios sobe com chuva, mas Cantareira cai

Sistema que abastece 6,2 milhões tem queda pela 11ª vez seguida.
Alto Tietê, Rio Claro e Rio Grande subiram de nível.

Do G1 São Paulo
  •  Ponte sobre a represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, com margens bastante expostas devido à seca no estado de São Paulo, em Nazaré Paulista (Foto: Nacho Doce/Reuters)Ponte sobre a represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, com margens bastante expostas devido à seca no estado de São Paulo, em Nazaré Paulista (Foto: Nacho Doce/Reuters)
A frente fria que chegou com mais força na quarta-feira (21) no estado de São Paulo trouxe chuva para todos os seis reservatórios que abastecem a Grande São Paulo. Três deles, Alto Tietê, Rio Claro e Rio Grande subiram de nível, mas o Sistema Cantareira, o que tem situação mais crítica, continuou em queda e perdeu 0,1 ponto percentual.
Segundo boletim divulgado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) nesta quinta-feira (22), o Cantareira opera com 5,4% de sua capacidade. O sistema fornece água para 6,2 milhões de consumidores na Grande São Paulo.
 
Essa foi a 11ª queda consecutiva do Cantareira, que só recebeu 66,3 mm de chuvas para o mês de janeiro, enquanto que a média prevista para o mês é de 271,1 mm.
E as precipitações devem ficar abaixo da média pelo menos até abril. É o que prevê o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério de Ciência e Tecnologia. O resultado foi divulgado na tarde de sexta-feira (16), na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília.
Já no Sistema Rio Claro choveu 109 mm, 36,4% do previsto para o mês. A chuva fez o nível do sistema saltar de 22% para 24,9%.
Confira os níveis dos outros sistemas que abastecem a Grande São Paulo:
Alto Tietê: subiu de 10% para 10,1%;
Guarapiranga: caiu 38,2% para 38,1;
Alto Cotia: caiu de 28,2% para 27,9%;
Rio Grande: subiu de 68,6% para 69,1%;
Rio Claro: subiu de 22% para 24,9%.
Dezembro
Junto com o ano, terminou também o melhor mês do Cantareira em 2014. Em dezembro, o nível do sistema baixou 1,5 ponto percentual. Foi o menor índice de queda mensal no ano. A maior baixa foi em fevereiro, quando o volume acumulado recuou 5,5 pontos percentuais.
Dezembro também foi o melhor mês em número de dias sem queda no nível do reservatório. Foram 11: em 8 deles o nível se estabilizou, e em outros 3 ele chegou a subir. Foi a única vez no ano em que o nível aumentou três vezes seguidas, dos dias 24 a 26. Nesse sentido, os piores meses foram junho, julho, agosto e outubro, quando o nível caiu todos os dias.
arte cantareira vale este (Foto: Editoria de arte/G1)
O Cantareira terminou 2014 sem recuperar 492 bilhões de litros de água perdidos durante os 12 meses. O ano começou com o nível do reservatório em 27,2% e terminou com 7,2%.
Porém, com a utilização das duas cotas do volume morto (a primeira elevou o manancial em 18,5 pontos percentuais e a segunda em 10,7 pontos percentuais) é como se os reservatórios tivessem iniciado 2014 com um volume acumulado de 56,4%. Assim, a queda foi 49,2% durante o ano, o número representa 492 bilhões de litros. De acordo com estimativas da Sabesp, o reservatório tem capacidade de armazenar 1 trilhão de litros, quando está com 100% do seu nível.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o sistema abastece atualmente 6,5 milhões de pessoas na Grande SP.
Multa
Depois de ser barrada na Justiça no dia 13, a sobretaxa na conta de água para quem aumantar o consumo voltou a valer no dia 14, após o governo vencer recurso contra a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).
A partir da conta de fevereiro, serão cobrados 40% de multa para quem consumir até 20% a mais do que a média entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014. Quem ultrapassar 20% dessa média será multado em 100% sobre o gasto com água, que representa metade da conta. Os outros 50% são referentes ao serviço de coleta de esgoto.
Os sistemas que abastecem várias regiões do estado de São Paulo têm enfrentado quedas frequentes do volume de água armazenado devido à falta de chuvas. Na Grande São Paulo, os principais sistemas, Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga, são os mais afetados.
Bônus
Entre fevereiro e outubro do ano passado, a companhia concedeu bônus de 30% na conta de clientes que economizassem 20% ou mais de água em relação à média de consumo entre dos 12 meses que vão de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014.
A medida foi adotada para estimular a redução no consumo. Desde novembro, o desconto gradual passou a ser dado para os imóveis que reduzirem o consumo entre 10% e 20%. O desconto foi prorrogado até o fim de 2015.
O percentual será calculado com base na média de fevereiro de 2013 até janeiro de 2014. A média já aparece na conta dos consumidores. A meta do governo é reduzir 2,5 metros cúbicos por segundo de consumo. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou que a medida seja uma multa ao consumidor. Ele define o ônus como "tarifa de contingência".
Com a medida, a multa será aplicada da seguinte maneira: um consumidor que, em média, gasta 10 m³ de água receberá conta 20% mais cara se utilizar entre 10,1 m³ e 12 m³ em um mês. Caso gaste acima de 12,1 m³, irá pagar 50% a mais. O consumidor que elevar o gasto passará a ser cobrado na conta de fevereiro.
Carros e funcionários da Sabesp são vistos do alto perto de uma estrutura na represa de Jaguari, integrante do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)Carros e funcionários da Sabesp são vistos do alto perto de uma estrutura na represa de Jaguari, integrante do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

SITUAÇÃO NOS RIOS DO BRASIL É GRAVE

BACIA DO PARAGUAI 



BACIA DO PARANAÍBA



 BACIA DO RIO DOCE



BACIA DO RIO GRANDE

BACIA DO TIETÊ

BACIA DO RIO URUGUAI
FONTE: CPTEC/INPE

 Nas principais bacias hidrográficas do Brasil, se mantém em baixa, mesmo com as boas chuvas em novembro e dezembro. Ocorre que janeiro não estão ocorrendo chuvas suficientes para recuperar os reservatórios. Uma alta pressão tropical sobre o Atlântico, intensificada pelo resfriamento do mar na costa do Nordeste do Brasil impede a formação da ZCAS.

Essa situação não ocorre no sul do Brasil(Rio Uruguai) onde frentes frias ficaram estacionadas, formando um canal de umidade.



 

em.com.br

Brasil importa energia da Argentina um dia depois do apagão


Pela primeira vez em mais de quatro anos, ONS recorreu à Argentina em dois momentos na terça-feira para garantir o fornecimento no país e evitar repetir corte do dia anterior









postado em 22/01/2015 00:12 / atualizado em 22/01/2015 07:14
O Brasil precisou importar energia da Argentina um dia após o apagão que deixou mais de 3 milhões de brasileiros sem luz em 10 estados e o Distrito Federal. Essa foi a primeira vez que o país teve que recorrer à importação de países vizinhos desde novembro de 2010. A decisão emergencial do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ocorreu enquanto o governo brasileiro ainda se esforçava para explicar os motivos do blecaute, insistindo que não falta eletricidade no país e que a interrupção do fornecimento foi causada por falhas técnicas.

Os dados, que constam do informativo preliminar diário de operação (IPDO) do ONS, apontaram que a carga — demanda de energia do país — atingiu 74.094 megawatts médios (MWmed) na terça-feira, 20 de janeiro. Na ocasião, o Sistema Interligado Nacional (SIN), que engloba a geração de energia hidrelétrica, nuclear, eólica, térmica e a proveniente de Itaipu, contribuiu com 73.929 MWmed. E, como faltaram 165 MWmed, o país precisou importar esse montante do país vizinho.


O pedido do operador à Argentina teve como propósito garantir o suprimento de energia. A explicação que consta no IPDO é que "houve intercâmbio internacional da Argentina para o Brasil, a pedido do ONS em tempo real, das 10h23min às 12h e das 13h às 17h02, entre 500 megawatts (MW) e 1 mil MW, para contribuir no atendimento à ponta do SIN". A interligação da energia importada ao sistema nacional ocorreu no município de Garruchos (RS).

A justificativa do ONS é que o Brasil tem acordos de cooperação bilateral com a Argentina e que, assim como importou na terça-feira, já exportou energia para o parceiro da América do Sul. No Ministério das Minas e Energia (MME), a explicação é a mesma. "Existe um acordo com a Cammesa (órgão equivalente ao ONS na Argentina) que permite a importação sem que para isso seja necessária qualquer autorização do Ministério de Minas e Energia", afirmou a assessoria de imprensa do MME.

O que deixa cada vez mais preocupados os agentes do setor elétrico, que desde o ano passado alertam para os riscos de racionamento, é isso ter ocorrido exatamente um dia depois do apagão. "Foi uma decisão de emergência, feita em silêncio, enquanto o governo insistia em ignorar a séria crise energética pela qual passa o país", destacou Walter Fróes, da CMU Comercializadora de Energia.

Presente numa reunião realizada ontem em Brasília, Fróes enfrentou o apagão que tomou conta da Asa Sul, na capital federal. "Os sinais são claros. Chegamos no colapso. Está faltando energia e o governo não admite. Precisaria, pelo menos, incentivar a população a economizar eletricidade. Só não estamos no caos total porque a indústria não está produzindo", ressaltou, referindo-se à recessão pela qual passa o setor que mais consome energia no país. Para o especialista, o novo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, precisa apresentar um plano de contigenciamento em 90 dias para colocar ordem no sistema elétrico nacional.

ILUSIONISMO  No entender do professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP) Célio Bermann, a importação de energia da Argentina ilustra o que ele chama de "estratégia do ilusionismo" por parte do governo. "Primeiro, dizem solenemente que não houve qualquer problema de disponibilidade de energia e adotam o discurso de problemas técnicos. No dia seguinte, precisamos recorrer à Argentina", comentou. Para Bermann, o governo deu mais um sinal de que encontra dificuldades para assumir e esclarecer a crise do setor energético. "Estão brincando de faz-de-conta e, enquanto isso, nosso parque energético está operando no limite", emendou.

Se as chuvas continuarem escassas e os reservatórios persistirem em níveis baixíssimos, são grandes as chances de novas situações de emergência, como o da última segunda-feira, opina o professor da USP, alertando para os transtornos provocados pelos apagões nos grandes centros urbanos. "É lamentável que o ministro (de Minas e Energia) tenha atribuído a Deus a solução do problema. Uma das atribuições dele é levar à população informações realistas sobre o que será feito para evitar novas interrupções de energia pelo desequilíbrio entre oferta e demanda", acrescentou. (Colaborou Diego Amorim)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

FRENTE FRIA CHEGA MUITO FRACA AO SUDESTE


Imagem animada da manhã de hoje 21.01.2015 mostra frente fria chegando ao sudeste do Brasil bem enfraquecida(em dissipação) sem condições de chuvas mais fortes.


Massa de ar de origem Polar de 1022hPa deixa temperaturas mais amenas no sul e o ar mais seco como se vê no mapa sinótico de hoje.

Vemos que choveu muito no sul do Brasil e no norte e nordeste da Argentina.
Chuvas ocorridas ontem:
 


 Em azul vemos que as temperaturas estão mais frias no cone sul da América do Sul causadas pela massa de ar de origem polar:



 Comparando os mapas de anomalia de temperaturas do ar do dia 14.01.2015 com as de 22.01.2015, vemos que o hemisfério sul tende a esquentar agora, enquanto o hemisfério norte está esfriando.
O Ártico esfriou(-0,30°C) e a Antártida esquentou(+0,78°C).



Reuters Brasil

Frente fria rompe bloqueio e leva chuvas para Sudeste e Centro-Oeste

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015 10:17 BRST
[-] Texto [+]
SÃO PAULO (Reuters) - Uma frente fria finalmente rompeu o bloqueio atmosférico e entrou no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, começando a beneficiar com chuvas as áreas agrícolas, disseram meteorologistas da Somar em um relatório nesta quarta-feira, após pelo menos 20 dias de tempo atipicamente quente e seco.
"Depois de pelo menos 20 dias com calor e pouca chuva na maior parte do Brasil, uma frente fria finalmente rompe o bloqueio e causa precipitação pluviométrica forte e generalizada sobre São Paulo, Rio de Janeiro, centro, oeste e sul de Minas Gerais, leste de Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e no leste e sudoeste de Goiás", disse a Somar.
Para estas áreas estima-se acumulado médio em torno dos 30 milímetros até 25 de janeiro.
Já em Mato Grosso, a situação permanece inalterada, com chuva em todo o Estado, mais intensa sobre o norte e oeste, com acumulado superior aos 30 milímetros, disse a Somar.
Ainda assim, as chuvas acumuladas em janeiro deverão ficar bem abaixo da média no Sudeste, segundo o Reuters Weather Dashboard, que estima 80 milímetros de precipitações sobre áreas de cana e café do Sudeste de agora até o final do mês. Cerca de 71 milímetros são esperados para o cinturão de soja do Centro-Oeste.
(Por Caroline Stauffer)



19/01/2015 21h46 - Atualizado em 19/01/2015 23h14

Temporal destelha casas e derruba árvores na Grande Florianópolis

Bairros de Biguaçu ficaram sem luz por volta das 21h20 desta segunda (19).
Três residências no Jardim Saveiro foram destelhadas; ninguém ficou ferido.

Tempestade se formou no final da tarde desta segunda, na Grande Florianópolis (Foto: Anselmo Prada/RBS TV)Tempestade se formou no final da tarde desta segunda, na Grande Florianópolis (Foto: Anselmo Prada/RBS TV)
Um temporal destelhou residências e derrubou árvores no início da noite desta segunda-feira (19) em duas cidades da Grande Florianópolis. Alguns bairros do município de Biguaçu estavam sem energia elétrica por volta das 21h20. A fiação elétrica foi atingida pelos fortes ventos. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.
Três casas no bairro Jardim Saveiro ficaram destelhadas. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e vai atuar na limpeza do local. A Defesa Civil do município ficou de conseguir lonas para proteger as residências.
"A gente ouviu caindo algum metal muito forte porque fez um barulho enorme. Os fios dos postes também caíram no chão e muitas casas ficaram sem luz", disse a dona de casa Rose Fernandes, de 42 anos, moradora do bairro Praia João Rosa.

Em Florianópolis, no bairro Santinho, a forte chuva acompanhada de vento derrubou árvores e acabou obstruindo a via pública. Às 21h, bombeiros estavam no local trabalhando na retirada dos entulhos.
Norte catarinense
Em Joinville, o temporal que caiu no começo da noite desta segunda (19) causou estragos na região de Pirabeiraba. A equipe da Defesa Civil avaliou danos, como quedas de árvores, postes de energia elétrica, destelhamentos de 28 moradias. Até por volta das 21h30, havia sido entregues 300 metros de lonas para os moradores. Não há registro de desalojados e nem desabrigados.
A equipe da Defesa Civil do município trabalha no levantamento dos danos. Conforme o gerente do órgão, Márnio Pereira, os ventos chegaram atingir a velocidade de 72 km/h.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

NOVA FRENTE FRIA CHEGANDO AO BRASIL


Imagem animada das 17h30min de 19.01.2015 mostra uma frente fria sobre o Uruguai e Argentina causando chuvas e trovoadas e chegando na fronteira com Brasil.


infobae.com



Alerta de corto plazo por tormentas fuertes y granizo en Ciudad y provincia de Buenos Aires

El Servicio Meteorológico Nacional informó que habrá "tormentas severas, lluvias intensas con rafagas y caída de granizo" en las próximas horas. También afectará a partes de Córdoba, Santa Fe y Entre Ríos



El domingo amaneció caluroso y bastante nublado pero, según informa el Servicio Meteorológico Nacional (SMN), terminará conprecipitaciones que arrancarán pasado el mediodía y que podrían extenderse hasta la tarde noche.

Según detallaron, el alerta "a muy corto plazo" por "tormentas severas, lluvias intensas con ráfagas y posible caída de granizo" rige para Capital Federal y Provincia de Buenos Aires, además de para varios puntos de las provincias de Santa Fe, Córdoba y Entre Ríos.

El alerta en la provincia más habitada del país rige para los siguientes partidos: 25 de Mayo - Almirante Brown - Arrecifes - Avellaneda - Baradero - Berazategui - Berisso - Brandsen - CABA - Campana - Cap Sarmiento - Carmen de Areco - Cañuelas - Chascomus - Chivilcoy - Colon - Ensenada - Escobar - Esteban Echeverria - Exaltacion de la Cruz - Ezeiza - Florencio Varela - Gral Belgrano - Gral Las Heras - Gral Paz - Gral Rodriguez - Gral San Martin - Hurlingham - Ituziango - Jose C. Paz - La Matanza - La Plata - Lanus - Las Flores - Lezama - Lobos - Lomas de Zamora - Lujan - Magdalena - Malvinas Argentina - Marcos Paz - Mercedes - Merlo - Moreno - Moron - Navarro - Pergamino - Pilar - Pte Peron - Punta Indio - Quilmes - Ramallo - Roque Perez - S. A. de Giles - S. M. del Monte - Saladillo - Salto - San A. Areco - San Fernando - San Isidro - San Miguel - San Nicolas - San Pedro - San Vicente - Suipacha - Tigre - Tres de Febrero - Vicente Lopez - Zarate.
El mapa de las tormentas
"La jornada se presenta con cielo algo nublado, probabilidad de tormentas aisladas hacia la noche, vientos moderados del sector norte y con una máxima estimada en 30 grados", dice el organismo.


Para el lunes se espera cielo nublado con tiempo desmejorando y probables chaparrones y tormentas con mejoramientos temporarios, vientos moderados del sector norte cambiando al sudeste con ráfagas y temperaturas que oscilarán entre los 21 y 28 grados, difundieron.

El martes el cielo estará nublado, los vientos soplarán regulares del sudeste y las temperaturas irán de los 16 a 25 grados.

Para el miércoles, se adelanta cielo algo nublado con vientos soplando moderados del sector este, con una temperatura mínima estimada en 15 grados y una máxima en 26.


elpais.com.uy

Alerta naranja para 7 departamentos; resto del país aún bajo riesgo amarillo

Meteorología emitió en la tarde de este lunes una alerta naranja para siete departamentos hasta las 00:00 horas. Una parte del país continúa bajo riesgo amarillo hasta las 19:00 horas y otra hasta las 00:00 horas.
Se esperan tormentas intensas en varios departamentos del país. Foto: Archivo El País
lun ene 19 2015 17:05
Sobre las 16:30 horas el Instituto Uruguayo de Meteorología emitió una alerta naranja para los departamentos de Tacuarembó, Salto, Paysandú, Artigas, Rivera, Río Negro y Cerro Largo que se extiende hasta la próxima medianoche.
Debido al ingreso de un frente frío por el suroeste del país, se prevén tormentas, algunas puntualmente intensas, precipitaciones puntualmente copiosas, rachas de viento muy fuerte de corta duración, intensa actividad eléctrica y ocasional caída de granizo.

El resto del territorio nacional está bajo una advertencia color amarillo, es decir que se esperan los mismos fenómenos climáticos, pero de menor intensidad.

Para Colonia, San José, Canelones, Montevideo, Lavalleja, Maldonado y Rocha la misma está vigente hasta las 22:00 horas.

Para Soriano, Flores, Durazno, Florida, Treinta y Tres rige hasta la próxima medianoche.


Frente fria chega na região sudeste dia 21.01.2015.


diariosp.com.br
18/01/2015 07:40

Capital paulista registra novo recorde de calor

A temperatura deste sábado (17) chegou a 35,6ºC, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)

O Centro de Gerenciamento de Emergências apontou números ainda mais altos / Divulgação

Por: Diário SP Online

A capital paulista registrou a maior temperatura do ano, neste sábado (17), de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O valor registrado foi de 35,6ºC, no mirante de Santana, na Zona Norte da capital.

Já o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), registrou temperaturas ainda mais altas. O medidor da Capela do Socorro, na Zona Sul, chegou a 38,5ºC.
A média no período vespertino para o mês de janeiro registrada na capital é de 28,1ºC. O recorde anterior, do dia 12 de janeiro, foi de 35,4ºC.

domingo, 18 de janeiro de 2015

CORRENTE DAS AGULHAS AQUECE SUL DO BRASIL


Na imagem animada vemos o rápido aquecimento do Atlântico Sul, pelo vazamento da corrente quente das Agulhas do oceano Índico pelo sul da África do Sul. Ela se junta com a corrente quente do Brasil no sul do Brasil.



Compare a TSM do dia 01.01.2015 com a do dia 17.01.2015. Perceba como aumentou a TSM, ao mesmo tempo que se forma a ressurgência em Cabo Frio no RJ.




Fenômeno da Ressurgência


Este cabo foi chamado de Cabo Frio devido as baixas temperaturas das águas do mar neste ponto do litoral. Essas águas frias são resultado de um fenômeno natural conhecido como RESSURGÊNCIA, que ocorre em raros pontos dos oceanos da terra. Em Arraial do Cabo, a ressurgência ocorre como resultado da ação dos ventos do quadrante leste/nordeste aliado ao movimento de rotação da terra, que Provoca o afastamento das águas quentes da Corrente do Brasil que descem pela costa do nordeste em direção ao sul. Quando essas águas afastam-se da costa, há uma subida das águas frias da Corrente das Malvinas que correm em sentido contrario as águas do corrente do Brasil ou seja, se deslocam do sul em direção ao nordeste.

Este fenômeno arrasta os nutrientes que repousam no fundo até as camadas iluminadas do mar. No fundo, na ausência de luz, esses nutrientes são inertes. No entanto, quando atingem as camadas iluminadas, são utilizados pelas algas microscópicas, através da fotossintese, e provocam uma " explosão " das microalgas ( o fitoplancton ) que são o inicio da cadeia alimentar marinha. Essas microalgas abundantes se constituem em alimento dos pequenos animais marinhos ( zooplancton ) que crescem mais rapidamente servindo de alimento para peixes pequenos que vão alimentar os peixes maiores e assim sucessivamente, até os peixes grandes, de valor comercias. Por este motivo Arraial do Cabo é rico em pescado. A ressurgência portanto, fertiliza o mar.

FONTE: arraialdocabo.fot.br 

CABO FRIO  RJ

Veja  que aumenta a TSM no litoral de SP para 27°C(corrente do Brasil com a corrente das Agulhas) e diminui para 22°C no litoral do RJ( RESSURGÊNCIA ).




Cidade do Cabo, África do Sul por onde vaza a Corrente quente das Agulhas do Oceano Índico para o Atlântico Sul, causando aquecimento no litoral sul do Brasil.



 

 Corrente das Agulhas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
A corrente das Agulhas é uma complexa corrente marítima que se desenvolve no sudoeste do Oceano Índico, principalmente junto à costa oriental da África do Sul Uma corrente marinha, ou corrente oceânica, é um movimento de translação permanente e continuo na massa de água dos oceanos. Elas têm origem, na maioria das vezes, pela diferença de densidade da água. A água mais densa tende a ir para as regiões mais baixas do oceano, possibilitando a subida de água mais quente, o que origina as correntes marinhas. A Corrente das Agulhas é uma corrente do sudoeste do Oceano Índico, próximo a costa oriental da África, na Somália. Devido principalmente à divergência de densidade, resultante do aumento de temperatura e também da salinidade, e devido aos ventos alísios equatoriais. Sua elevada temperatura se dá por causa de sua proximidade com o Equador, o que a leva a sofrer alta incidência de raios solares.1 .
O seu nome deriva do Cabo das Agulhas, o ponto mais austral da África, perto de onde esta corrente, que até este ponto corria de leste para oeste, se retroflete, passando a correr para leste.

Formação da corrente

A Corrente das Agulhas é uma corrente superficial quente que forma-se na região sudoeste do Oceano Índico, devido principalmente à divergência de densidade, resultante do aumento de temperatura e também da salinidade, e devido aos ventos alísios equatoriais. Sua elevada temperatura se dá por causa de sua proximidade com o Equador, o que a leva a sofrer alta incidência de raios solares. Esta corrente percorre toda a costa leste do continente africano, desde a Somália, passando entre a costa continental e a ilha de Madagascar, indo até o Cabo da Boa Esperança, ponto mais ao sul da África, onde converge com uma ramificação da Corrente Circumpolar Antártica, formando a massa de água que dá origem à Corrente de Benguela.

Vazamento das agulhas

Ao sul da África, a corrente das Agulhas sofre uma abrupta retroflexão, liberando anéis com águas mais quentes e salinas do Oceano Índico na região sudeste do Atlântico Sul. A transferência de águas do Índico para o Atlântico por meio de anéis ou filamentos na região de retroflexão da Corrente das Agulhas é referenciada na literatura como vazamento das Agulhas. Esse vazamento conecta os giros subtropicais do Atlântico Sul e do Índico, sendo parcialmente responsável pela alta salinidade do Oceano Atlântico. A comunicação entre esses dois giros subtropicais na área de retroflexão da Corrente das Agulhas é limitado ao Sul pela Frente Subtropical, que é controlada pela posição rotacional zero da tensão de cisalhamento do vento. Desde o final da década de 1960, os ventos do oeste do Hemisfério Sul têm sofrido uma migração em direção do polo como reflexo da tendência positiva do índice do modo anular sul.
As possíveis consequências do vazamentos das Agulhas são o balanço do fluxo de calor, anomalias de TSM, alteração na intensidade e frequência de eventos extremos, anomalias de precipitação continental, variabilidades na descarga fluvial, fluxos de vapor de água no Atlântico Sul, alterações no jato de baixo nível e impactos na região costeira.

Problemas costeiros

A gestão de muitos problemas costeiros, provocados pela ação das ondas, pode ser facilitada pelo bom conhecimento do clima de ondas na região de interesse. Este conhecimento pode ser corretamente aplicado na previsão de erosão de praias, na avaliação do posicionamento e do alinhamento de quebra-mares. Como também, auxiliar na escolha da localização de portos e plataformas. A interação das ondas com o fundo do corpo d’água, com obstáculos naturais ou obras civis ou com correntes alteram seus padrões de propagação. Um exemplo famoso de alteração corrida pela interação onda-corrente pode ser visto próximo à África do Sul, onde a altura da onda é triplicada pela ação da corrente das Agulhas que se opõe ao seu movimento. Em águas rasas, as ondas são influenciadas pelo fundo do corpo d’água e suas cristas tendem a se alinhar aos contornos de profundidade constante, processo conhecido como refração da onda. Baseado na teoria dos raios, Kamphuis (2000) apresenta o conjunto de equações que governa esse fenômeno.

Vida marinha no Oceano Índico

A diversidade de vida marinha que se encontra nos Grandes Ecossistemas Marinhos das Correntes de Agulhas e Somali varia desde o fito plâncton e zooplâncton até vários milhares de espécies de invertebrados superiores e peixes. Muitos destes, tais como o atum, lagosta, camarão, ostra e amêijoa têm importância econômica. Encontram-se ainda presentes espécies tais como o celacanto, dugongo, tartarugas marinhas e muitas espécies de cetáceos, bem como populações importantes de aves marinhas.

Nutrientes

Existe uma célula de afloramento concentrada que abastece provavelmente a maior parte da água profunda, ela aumenta o fornecimento local de nutrientes e leva a um aumento marcado da densidade de fito plâncton local. O trajeto da Corrente de Agulhas Sul é menos estável, exibe meandros bem como remoinhos de bordas acentuadas e plumas associados. Ela flui ao largo do Banco de Agulhas e tem uma influência decisiva nas massas de água. Esta célula fornece a totalidade da água profunda rica em nutrientes. Este processo pode ser crucial para uma desova bem sucedida das espécies principais de peixe que produzem os seus ovos preferencialmente neste local. As larvas e espadilhas movem-se para o sistema de afloramento de Benguela do Oceano Atlântico Sul para contribuir para a maior pescaria da região.

Energia dos gradientes do oceano

É comum ao entrar no mar observarmos que a água na parte de cima está morna e lá no pé sentimos ela fria. Essa diferença de temperatura acontece também nas partes profundas dos oceanos e a isso é dado o nome de gradiente de temperatura. Foi o francês George Claude quem primeiro realizou experiência nesse sentido, na região costeira de Cuba, em 1929. Com gradiente de 14° C, a usina-piloto cubana produziu energia elétrica a uma potência de 22 KW. Foram os americanos que, em 1979, instalaram uma usina desse tipo e até hoje, vêm aperfeiçoando esse sistema e desenvolvendo dada vez mais a capacidade de geração de energia elétrica. O princípio de funcionamento dessa usinas consiste em fazer circular, um fluido de baixo ponto de ebulição, em um tubo que esteja ligado a parte superior do oceano e a sua profundidade. Dessa forma, o sistema tubular estaria sujeito à diferença de temperatura, estabelecendo-se um sistema de fluxo constante. Esse fluido vaporizado movimenta uma turbina que aciona um gerador de energia elétrica. A engenharia de instalação que têm tido maior divulgação e a de plataformas flutuantes. Devem ser instaladas em locais de profundidade superior a 1000m e assim manter um gradiente de temperatura de 20° C a 25°C. O impacto ambiental é praticamente nulo. O investimento inicial é alto, porém apresenta a vantagem de ser uma energia de ser uma energia de produção constante sem a necessidade de armazenamento.

Importância no clima da região

Ao longo de seu percurso a corrente, devido à sua natureza de temperaturas elevadas, influencia no clima trazendo umidade à costa. É perceptível como gradativamente a vegetação ao longo do litoral atingido pela corrente vai aumentando, assim como a formação cada vez mais intensa de nuvens e regiões úmidas, típicas de clima tropical. Também se pode citar a sua importância na manutenção global do clima, devido à sua participação essencial na formação da Corrente de Benguela, que influencia na temperatura de todo o Oceano Atlântico, além de seu papel no despejo de sal neste, outro fator bastante significativo tanto no clima quanto em outros aspectos como composição, vida marinha, etc.

Economia

Apesar da longa costa da ilha, a pesca é uma indústria relativamente pouco desenvolvida em Madagáscar. Na costa Este, os mares agitados e a falta de portos de abrigo significam que a pesca é restringida principalmente às lagoas costeiras. Existem aproximadamente 52 000 pescadores artesanais em Madagáscar. Quatro empresas joint venture realizam pesca comercial ao longo da costa Noroeste, onde pescam sardinha e atum. Estas espécies são responsáveis pela maioria das exportações pesqueiras, apesar de serem também exportados lagostas e camarões apanhados no Sudoeste Enquanto a África do Sul tem uma indústria de pesca comercial ativa, pesca continua a ser um setor relativamente pequeno na economia Sul-Africano, contribuindo com cerca de 1% do PIB nacional por ano. Subsistência e de pequena escala pescadores operar ao longo de toda a costa Sul-Africano, particularmente na província do Cabo Ocidental. As principais espécies capturadas são anchova, sardinha, pescada, lulas e lagostas. A pesca marinha conta por mais de 90% da produção total de pescado em Moçambique. A pesca industrial composta de joint ventures entre o governo e as empresas estrangeiras do Japão e da Espanha, são empresas que possuem frotas grandes, modernas e exportam seus produtos para os mercados internacionais. As principais espécies comerciais visados pelo setor industrial são o camarão de águas profundas e camarão em águas rasas.

Geração de energia a partir da velocidade da corrente

Sabendo que a velocidade média da corrente das agulhas é de 2m/s e que a salinidade média é de 34,45 podemos calcular a energia cinética disponível. Tendo que:
  • Utilizamos 1 m³ de volume
  • Densidade da água é 1034,45 KG/m³
E = ½ mv²
E= 2068,9 W
E = 2,0689 KW

Importância

As correntes marinhas desempenham um papel fundamental nos oceanos, tanto para a distribuição de nutrientes, como para a navegação e regulação do clima na região. O estudo e o conhecimento dessas correntes se faz necessário para entendermos melhor as ondas, os fenômenos marinhos previsão de erosão de praias, para uma melhor avaliação do posicionamento e do alinhamento de quebra-mares, como também, auxiliar na escolha da localização de portos e plataformas. O estudo de várias propriedades dessas correntes, como a temperatura, salinidade e nutrientes, nos faz entender suas trajetórias sendo possível mapear as correntes ao redor do globo terrestre para assim compreender como elas influenciam e são influenciadas pelo clima global. Podemos aproveitar a energia dessas correntes de três formas que, explicadas a grosso modo, são o aproveitamento da velocidade das correntes através de turbinas similares à aerogeradores, o aproveitamento da diferença de temperatura entre duas profundidades distintas, e o aproveitamento da diferença de temperatura das águas de duas correntes em sua junção.

 Com essa corrente quente atuando, temos o aumento das temperaturas, da umidade e dos temporais no Sul do Brasil.

Temporal com ventos de 61,1 km/h derruba árvores e interrompe energia em Foz do Iguaçu, PR




Foz do Iguaçu-PR 17-01-15 (João Otávio Lourenço)
O forte aquecimento verificado ao longo deste sábado (17) no oeste do Paraná formou nuvens carregadas e que por sua vez provocaram temporais em algumas cidades.
Na região de Foz do Iguaçu, além da precipitação, também houve registro de muitos raios e fortes rajadas de vento.
Segundo informações da Defesa Civil, árvores caíram em alguns bairros, o que comprometeu mais uma vez, e em menos de 24 horas, a normalização da rede de energia elétrica.
Na sexta-feira (16), pelo menos seis bairros tiveram o fornecimento de energia elétrica suspenso em decorrência de outro temporal.
Dados de Meteorological Aerodrome Report (METAR) do Aeroporto Internacional das Cataratas indicaram rajada máxima de vento de 61,1 km/h às 15 horas (Brasília-verão).
Foz do Iguaçu-PR 17-01-15 (João Otávio Lourenço)(Crédito da imagem: João Otávio Lourenço)
(Fonte da informação: De Olho No Tempo Meteorologia)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

TUFÃO NAS FILIPINAS EM PLENO MÊS DE JANEIRO


Imagem animada do dia 17.01.2015
 
Vemos nas imagens, que a Tempestade Tropical Mekkhala se transformou HOJE em TUFÃO CATEGORIA 1 em direção às Filipinas e não é comum nessa época do ano(ocorre SEMPRE no Verão no Hemisfério Norte e não em Janeiro). Deve-se ao fato portanto, das águas estarem muito quentes(onde chegam até 34°C), justamente onde se localizam os vulcões submarinos.
A TSM nessa área do Pacífico está muito alta e se mantém constante.

  ATIVIDADE VULCÂNICA no Pacífico Equatorial Oeste, causam evaporação e mais aquecimento(EFEITO ESTUFA).





Abaixo vemos a anomalia de TSM, e concluo que AINDA não houve nesse verão, ciclones tropicais na AUSTRÁLIA, porque as águas mais quentes desceram para o sul.





Last Updated16/01/2015, 16:00:00 (Hora oficial do Brasil)
Location10.9N 232.5E MovementWSW at 10 mph
Wind120KPH  CATEGORIA 1
 

Last Updated16/01/2015, 04:00:00 (Hora oficial do Brasil)
Location11.4N 230.3E MovementW at 16 mph
Wind75KPH

Last Updated14/01/2015, 04:00:00 (Hora oficial do Brasil)
Location10.4N 221.5E MovementW at 16 mph
Wind55KPH







  




16/01/2015 14h11 - Atualizado em 16/01/2015 17h19

2014 foi o ano mais quente na história moderna, dizem cientistas dos EUA

Dezembro também marcou temperatura média sem precedentes, diz NOAA.
Segundo Nasa, temperatura média da Terra ficou 0,8°C mais quente.

Do G1, em São Paulo

O ano de 2014 foi o mais quente do planeta desde o início dos registros em 1880, de acordo com análises separadas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) e da Nasa, apresentadas nesta sexta-feira (16). O parecer oficial, no entanto, ainda será divulgado pela ONU.
A NOAA ainda anuncia que dezembro também marcou uma temperatura média na superfície da Terra e dos oceanos sem precedentes nos últimos 134 anos para este período do ano.

Para o ano, a temperatura média se situa entre 0,69°C (1,24°F) acima da média do século XX, superando as marcas prévias de 2005 e 2010, de 0,04°C (0,07°F). O relatório da agência disse que o recorde de aquecimento se propagou pelo mundo.
Segundo a análise da Nasa, desde 1880, quando foi iniciada a medição, a temperatura média da Terra ficou 0,8°C mais quente, uma tendência provocada em grande parte pelo aumento das emissões de dióxido de carbono e de outros gases pelas mãos do homem na atmosfera do planeta.
Além disso, os 10 anos mais quentes registrados, com exceção de 1998, ocorreram desde 2000. Essa tendência continua com o aquecimento de longo prazo do planeta, de acordo com medidas de temperatura da superfície da Terra feitas pelos cientistas da Nasa.
"Enquanto o ranking de anos individuais pode ser afetado por padrões climáticos caóticos, as tendências de longo prazo são atribuíveis a causas da mudança climática que agora são dominadas por emissões humanas de gases do efeito estufa", disse Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa, em Nova York, em comunicado.



Prévia
Em dezembro, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) havia divulgado durante a Conferência Climática das Nações Unidas, a COP 20, em Lima, que 2014 caminhava para ser um dos mais quentes já registrados.
Na prévia do relatório “Status Global do Clima 2014”, a agência da ONU apontou que de janeiro a outubro de 2014 a temperatura média da superfície da Terra e dos oceanos foi de 14,57 graus centígrados, 0,57ºC acima da média entre 1961 e 1990, período usado como referência pela OMM. A análise é feita a partir de resultados obtidos pela NOAA, o Met Office, da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, e a Nasa.
Mesmo antes da confirmação oficial ser divulgada, em dezembro do ano passado a OMM já divulgou que era possível afirmar que dos 15 anos mais quentes da história, 14 foram no século 21.
“O que vimos neste ano é consistente com o que esperamos de um clima em mudança”, disse Michel Jarraud, secretário-executivo da OMM, em comunicado divulgado pela instituição em dezembro. “As emissões recordes de gases-estufa associadas às concentrações de gases na atmosfera estão levando o planeta para um futuro incerto e inóspito”, complementou.
Impactos no Brasil
O documento da OMM cita a seca na região Sudeste do Brasil como uma das anomalias que ocorreram em consequência da temperatura global maior.
De acordo com o texto, a seca severa em áreas do leste do país e na região central “causou um déficit hídrico grave que se estende por mais de dois anos. A cidade de São Paulo tem sido particularmente afetada com a grave escassez de água e o baixo nível do reservatório Cantareira”, disse o informe.
Segundo a  meteorologia, a seca que atingiu o Sudeste brasileiro neste ano foi a pior em 80 anos.



A OMM afirma ainda que as temperaturas na América do Sul ficaram acima da média em grande parte do continente, principalmente no Sul do Brasil e no Norte da Argentina.
Tempestades e emissões
O levantamento também aponta que até 13 de novembro ocorreram 72 tempestades tropicais no mundo, total inferior à média de 89 tempestades anuais entre 1981 e 2010. Sobre as emissões de CO2, principal gás de efeito estufa, a OMM estima que os níveis atmosféricos estão em 396 ppm (partes por milhão). Uma maior quantidade desse e outros gases causa a elevação da temperatura no planeta, causando desarranjos no clima.

O documento cita que em várias partes do globo a superfície dos mares ficou aquecida, sem a ocorrência do fenômeno climático El Niño, conhecido por aumentar a temperatura na região do Pacífico e provocar distúrbios no clima em várias partes do planeta.

Sobre o degelo no Ártico, este ano, segundo a OMM, a extensão anual de gelo no Oceano Ártico foi a sexta menor já medida, totalizando 5,02 milhões de km², em 17 de setembro.