O Clima sempre interferiu na vida humana, e o homem sempre teve curiosidade em saber o funcionamento dos fenômenos climáticos. Hoje com toda a tecnologia é possivel ver e prever o tempo com grande antecedência. Isso torna o ser humano menos vulnerável as intempéries, e pode planejar com mais segurança o seu futuro.
sexta-feira, 21 de março de 2014
NASA PREVÊ COLAPSO DO PLANETA
oglobo.globo.com GLOBO CIÊNCIA
Nasa prevê que planeta está à beira do colapso
Setores como clima, energia e crescimento da população provocariam o fim da civilização, assim como ocorreu com o Império Romano
Crescimento previsto do consumo fará com que sejam necessários cinco planetas para abastecer a população
AFP
RIO - Impérios como Roma e Mesopotâmia entre tantos outros,
espalharam-se por territórios imensos, criaram culturas sofisticadas e
instituições complexas que influenciaram cada aspecto do cotidiano de
seus habitantes — até, séculos depois, e por diversas razões,
sucumbirem. A civilização ocidental segue o mesmo caminho e está a um
salto do abismo, segundo um estudo divulgado ontem pela Nasa. As raízes
do colapso são o crescimento da população e as mudanças climáticas. O
estudo foi baseado em um modelo desenvolvido por um matemático da
Universidade de Maryland. Safa Motesharrei analisou ciências ambientais e
sociais e concluiu que a modernidade não vai livrar o homem do caos.
Segundo ele, “o processo de ascensão-e-colapso é, na verdade, um ciclo
recorrente encontrado em toda a História”. “A queda do Império
Romano, e também (entre outros) dos impérios Han, Máuria e Gupta, assim
como tantos impérios mesopotâmios, são testemunhos do fato de que
civilizações baseadas em uma cultura avançada, sofisticada, complexa e
criativa também podem ser frágeis e inconstantes”, escreveu em seu
estudo, financiado pelo Goddard Space Flight Center, da Nasa. Motesharrei
lista os ingredientes para o fim do mundo. O colapso pode vir da falta
de controle de aspectos básicos que regem uma civilização, como a
população, o clima, o estado das culturas agrícolas e a disponibilidade
de água e energia. O Observatório da Nasa já constatou diversas vezes a
multiplicação de eventos climáticos extremos, como o frio intenso do
último inverno na América do Norte e o calor que, nos últimos meses,
afligiu a Austrália e a América do Sul. Seus estragos paralisam setores
vitais para o funcionamento da sociedade. A economia também
desempenha um papel importante. Quanto maior for a diferença entre ricos
e pobres, maiores as chances de um desastre. Segundo a pesquisa, a
desigualdade entre as classes sociais pauta o fim de impérios há mais de
cinco mil anos. Com o desenvolvimento tecnológico, agricultura e
indústria registraram um aumento de produtividade nos últimos 200 anos.
Ao mesmo tempo, porém, contribuíram para que a demanda crescesse de um
modo quase incessante. Hoje, se todos adotassem o estilo de vida dos
americanos, seriam necessários cinco planetas para atender as
necessidades da população. Por isso, segundo Motesharrei e sua equipe,
“achamos difícil evitar o colapso”. A pesquisa da Nasa, no
entanto, ressalta que o fim da civilização ainda pode ser evitado, desde
que ela passe por grandes modificações. As principais são controlar a
taxa de crescimento populacional e diminuir a dependência por recursos
naturais — além disso, estes bens deveriam ser distribuídos de um modo
mais igualitário. No documento, a agência lida mais com análises
teóricas. Outros estudos mostram como crises no clima ou em setores como
o energético podem criar uma convulsão social. Ignorância sobre o clima Outra
pesquisa, divulgada ontem pela Associação Americana para o Avanço da
Ciência, faz uma espécie de cartilha para os principais debates sobre as
mudanças climáticas. Professor da Universidade da Califórnia,
Mario Molina (vencedor do Nobel por ter descoberto a camada de ozônio)
destaca que, devido às emissões de carbono, o clima é, hoje, mais
imprevisível do que há milhões de anos. Molina alerta que os
gases-estufa ficarão na atmosfera por mais de uma geração e que, por
isso, é preciso tomar ações urgentes para reduz a emissão de
gases-estufa. Mesmo rodeado por fenômenos rigorosos, como nevascas
e furacões, apenas 42% dos americanos acreditavam, em 2013, que a
maioria dos cientistas estava convencido do aquecimento global. Molina
ressalta que 97% da comunidade científica está certa da influência do
homem. O relatório conclui que faltam informações básicas para a
sociedade entender como é grave o momento atual.
"there's coming a shit storm" (Norman Mailer, american novelist)
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