sicnoticias.sapo.pt 13.12.2014
Nos Estados Unidos, a cidade de Los Angeles foi atingida por um tornado que destruiu várias casas. Há mais de 10 anos que não acontecia um fenómeno destes naquela cidade. Antes de atingir a Califórnia a tempestade deixou um rastro de destruição nos estados de Washington e Oregon.
Los Angeles registra o primeiro tornado em dez anos
13.12.2014 - 18:39
O mau tempo que está a afetar a Califórnia, EUA, já causou pelo menos três
mortos, além de ter obrigado à evacuação de centenas de pessoas de suas
casas.
Os especialistas ressaltam que essas chuvas não resolverão a intensa seca que afeta a Califórnia há anos.
13/12/2014 18:46
EUA e China se enfrentam em negociações climáticas da ONU
Enrique Castro-Mendivil/Reuters
Delegados durante negociações climárticas da ONU, em Lima, no Peru
Alister Doyle e Valerie Volcovici, da REUTERS
Com as conversas já cumprindo horas extras por causa do impasse, uma vez que o encontro seria de 1 a 12 de dezembro, a China afirmou que o texto coloca muita pressão em cima dos países pobres para limitarem sua emissão de gases do efeito estufa em comparação com as nações ricas.
"Nós precisamos chegar a um consenso em Lima, mas, dada a situação atual, nós temos um impasse", disse o vice-chanceler Liu Zhenmin aos delegados de 190 nações, que buscam um acordo em relação aos fundamentos do acordo climático da ONU que será concluído em Paris, daqui um ano.
O representante dos Estados Unidos, Todd Stern, incitou todos a aceitarem o texto de compromisso, afirmando que o fracasso em Lima seria visto como um "grande colapso", que ameaçaria o acordo final em Paris e a credibilidade do sistema da ONU para tratar da mudança climática.
"Nós não temos tempo para negociações mais prolongadas, e eu acho que todos sabem disso", disse ele. "Nosso tempo está acabando."
O embate entre os dois maiores emissores de gases mostra que o acordo conjunto anunciado no mês passado pelo presidente norte-americano Barack Obama e o presidente chinês Xi Jinping não se traduziu em uma abordagem comum para o combate à mudança climática.
União Europeia, Rússia e outros países desenvolvidos disseram que poderiam aceitar um texto enfraquecido que definisse as medidas a serem tomadas por todas as nações antes do encontro em Paris, em dezembro de 2015.
Muitos países em desenvolvimento afirmaram que o texto fazia pouco para obrigar as nações ricas a levantarem os prometidos 100 bilhões de dólares até 2020.
Mesmo que o encontro de Lima tenha sucesso, ele deixará as questões mais controversas para 2015, na reunião de Paris, cuja objetivo é que alcançar um acordo global para ajudar a evitar mais enchentes, ondas de calor, secas e elevação do nível dos mares.
Tópicos: ONU
BBC Brasil
Emergentes têm vitória parcial em reunião da ONU sobre clima
Com
dois dias de atraso, líderes de 195 países presentes à Conferência
Climática das Nações Unidas, em Lima, no Peru, chegaram a um acordo
sobre um programa de metas de mitigação do aquecimento global.
Prevista
para terminar na sexta-feira, o evento avançou pelo fim de semana
adentro e foi apenas na manhã deste domingo que houve o anúncio sobre um
compromisso com vistas à reunião de novembro do ano que vem em Paris.As duas semanas de discussões foram marcadas por divergências entre países desenvolvidos e emergentes no que diz respeito ao controle de emissões dos gases-estufa.
Responsabilidade diferenciada
Os países emergentes, como o Brasil, defendem o argumento de que as nações mais desenvolvidas e com um histórico mais longo de industrialização deveriam atender a metas mais rigorosas do que o resto do mundo, conseguiram manter na pauta o princípio de "responsabilidade diferenciada".Tal argumento encontra a resistência de países como os EUA, que apontam para o fato de que, atualmente, nações desenvolvimento contribuem com mais da metade das emissões mundiais de gás carbônico, o principal gás relacionado ao aquecimento global.
"Conseguimos o que queríamos", disse à BBC o ministro do Meio Ambiente da Índia, Prakash Javedekar.
Os países em desenvolvimento também obtiveram garantias de que as nações mais pobres e vulneráveis às mudanças climáticas receberão auxílio financeiro dos mais ricos.
Por outro lado, tiveram de aceitar o exame das propostas nacionais de redução por um painel da ONU, tema que anteriormente tinha encontrado resistência da mesma Índia, que a considerava o escrutínio desrespeitoso à soberania nacional.
Mapa do gás
Também houve um comprometimento para que mais países adotem metas de redução e que os que já têm cronogramas de redução sejam mais "generosos".O antagonismo "norte-sul" foi apontado como a principal razão para o fracasso nas negociações duarante a conferência realizada em Copenhague há cinco anos.
"Não estamos aqui para reescrever o acordo", afirmou à BBC na sexta-feira o negociador-chefe do Brasil na COP 20, Antonio Marcondes de Carvalho.
Para diversas organizações ambientalistas, o resultado das negociações foi decepcionante e não trouxe medias por elas defendidas.
"O texto do acordo foi de fraco para fraquíssimo", criticou Sam Smith, responsável pelas políticas ambientais do WWF.
Nações mais vulneráveis economicamente e os passíveis de serem mais imediatamente afetados por mudanças climáticas, como os Estados-ilha, ficariam num nível que não exigiria grandes ações.
A proposta, porém, sofreu alterações durante os debates no Peru.
Leia mais: quatro números-chave do acordo EUA-China para reduzir emissões
Uma das grandes esperanças para a Lima era que o recente acordo bilateral de redução de emissões entre EUA e China - ambos anunciaram medidas de redução significativas de emissões até 2030 - pudesse influenciar positivamente as discussões.
Chineses e americanos são os maiores "poluidores" em termos de volume de gases-estufa, de acordo com as medições independentes do grupo de cientistas do Global Carbon Project. Em 2013, emitiram 9,97 bilhões e 5,23 bilhões de toneladas de C02, respectivamente. Ou seja: mais de um terço do total mundial de 36,1 bilhões.
A Índia e a Rússia ficaram em terceiro e quarto lugares, à frente do Japão. O Brasil, que emitiu 482 bilhões de toneladas em 2013, ficou em 12o lugar.
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