No mapa animado vemos o movimento da camada de ozônio nos últimos dias e sua concentração.
JORNAL ZERO HORA
JORNAL ZERO HORA
Alerta no clima01/10/2013 | 00h41
Radiação ultravioleta será mais elevada até a sexta-feira no Estado
Fenômeno ocorre de duas a três vezes por ano na primavera, segundo meteorologista
Estufas ajudam a reduzir raios UVB sobre as plantas
Foto:
Ronald Mendes / Agencia RBS
Pedro Pavan
Um estudo pioneiro no Brasil, desenvolvido por pesquisador do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) da Universidade Federal
de Santa Maria (UFSM) alerta para o aumento de raios ultravioletas no
Sul do país durante a primavera. A pesquisa do doutorando em
Meteorologia Lucas Vaz Peres, 31 anos, identificou um fenômeno chamado
"efeito secundário do buraco de ozônio Antártico". Nesta primavera, o
fenômeno deve acontecer entre esta quarta-feira e sexta-feira. O
especialista comenta que a população deve ter um cuidado maior com a
saúde em dias com índice elevado de radiação. Plantas e animais também
podem sentir os efeitos.
Segundo o pesquisador do Inpe, o evento ocorre de duas a três vezes por ano, em média, somente na primavera. Nos últimos 30 anos, ele foi registrado 68 vezes no país.
— Esse fenômeno ocorre em função da circulação de uma massa de ar polar pobre em ozônio vinda da região Antártica. Nesses dias, a radiação deve ser semelhante a que é constatada no verão. Ele impacta no aumento de 15% a 20% na radiação ultravioleta B (UVB) — explica o meteorologista, que não descarta outra incidência do fenômeno até novembro.
Estufas ajudam a reduzir raios UVB sobre as plantas
Além de afetar a vida das pessoas, o alto índice de Raios Ultravioletas (UV), que variam de 1 a 14, segundo o pesquisador, atinge também as plantas e os animais. Em períodos normais, sem a incidência do fenômeno, o índice de UV na primavera fica entre 5 e 9. Com o fenômeno, os raios ficam entre 12 e 13 — índice semelhante ao do verão quando os raios UV ficam na média de 10 a 12.
— Quando há uma redução de 1% no índice de ozônio, pode gerar um aumento de até 2% na radiação ultravioleta do tipo B. Isso afeta diretamente a vida das pessoas, podendo causar melanomas, entre outras doenças. Nas plantas, reduz a fotossíntese. Já nos animais, pode diminuir as espécies de anfíbios — relata Peres, explicando que os danos são causados a longo prazo, sob exposições frequentes aos raios.
Conforme o meteorologista, uma das saídas para que os efeitos sejam minimizados nas plantações é a utilização de estufas. Já para a população, os danos à saúde podem ser reduzidos com ações simples, como o uso de protetor solar, boné e tentar evitar, ao máximo, a exposição ao sol das 10h30min às 15h.
A IMPORTÂNCIA DA CAMADA DE OZÔNIO
— A camada de ozônio é responsável por filtrar aproximadamente 95% dos raios ultravioleta B (UVB) emitidos pelo Sol que atingem o planeta Terra. Funciona como uma espécie de capa protetora. Quando os raios UVB estão mais intensos, a capacidade de fotossíntese das plantas diminui. Além disso, a longo prazo, faz com que apareçam casos de câncer de pele, catarata e alergias. O sistema imunológico também é afetado
— O fenômeno conhecido como "buraco na camada de ozônio" ocorre quando a camada fica mais fina, permitindo uma maior quantidade de raios ultravioleta na Terra
— Essa incidência ocorre em determinadas épocas do ano, quando acontecem reações químicas na atmosfera, como o fenômeno do efeito secundário do buraco de ozônio Antártico
— A emissão de substâncias químicas produzidas pelo homem têm agravado o processo ao longo dos anos. O principal problema é a emissão de clorofluorcarbonos (CFCs). Os CFCs estão presentes, principalmente, em aerossóis, ar-condicionado, gás de geladeira, espumas plásticas e solventes
Segundo o pesquisador do Inpe, o evento ocorre de duas a três vezes por ano, em média, somente na primavera. Nos últimos 30 anos, ele foi registrado 68 vezes no país.
— Esse fenômeno ocorre em função da circulação de uma massa de ar polar pobre em ozônio vinda da região Antártica. Nesses dias, a radiação deve ser semelhante a que é constatada no verão. Ele impacta no aumento de 15% a 20% na radiação ultravioleta B (UVB) — explica o meteorologista, que não descarta outra incidência do fenômeno até novembro.
Estufas ajudam a reduzir raios UVB sobre as plantas
Além de afetar a vida das pessoas, o alto índice de Raios Ultravioletas (UV), que variam de 1 a 14, segundo o pesquisador, atinge também as plantas e os animais. Em períodos normais, sem a incidência do fenômeno, o índice de UV na primavera fica entre 5 e 9. Com o fenômeno, os raios ficam entre 12 e 13 — índice semelhante ao do verão quando os raios UV ficam na média de 10 a 12.
— Quando há uma redução de 1% no índice de ozônio, pode gerar um aumento de até 2% na radiação ultravioleta do tipo B. Isso afeta diretamente a vida das pessoas, podendo causar melanomas, entre outras doenças. Nas plantas, reduz a fotossíntese. Já nos animais, pode diminuir as espécies de anfíbios — relata Peres, explicando que os danos são causados a longo prazo, sob exposições frequentes aos raios.
Conforme o meteorologista, uma das saídas para que os efeitos sejam minimizados nas plantações é a utilização de estufas. Já para a população, os danos à saúde podem ser reduzidos com ações simples, como o uso de protetor solar, boné e tentar evitar, ao máximo, a exposição ao sol das 10h30min às 15h.
A IMPORTÂNCIA DA CAMADA DE OZÔNIO
— A camada de ozônio é responsável por filtrar aproximadamente 95% dos raios ultravioleta B (UVB) emitidos pelo Sol que atingem o planeta Terra. Funciona como uma espécie de capa protetora. Quando os raios UVB estão mais intensos, a capacidade de fotossíntese das plantas diminui. Além disso, a longo prazo, faz com que apareçam casos de câncer de pele, catarata e alergias. O sistema imunológico também é afetado
— O fenômeno conhecido como "buraco na camada de ozônio" ocorre quando a camada fica mais fina, permitindo uma maior quantidade de raios ultravioleta na Terra
— Essa incidência ocorre em determinadas épocas do ano, quando acontecem reações químicas na atmosfera, como o fenômeno do efeito secundário do buraco de ozônio Antártico
— A emissão de substâncias químicas produzidas pelo homem têm agravado o processo ao longo dos anos. O principal problema é a emissão de clorofluorcarbonos (CFCs). Os CFCs estão presentes, principalmente, em aerossóis, ar-condicionado, gás de geladeira, espumas plásticas e solventes
Use filtro solar!01/10/2013 | 17h51
Rio Grande do Sul deve apresentar aumento da radiação ultravioleta entre quarta e sexta-feira
Fenômeno descoberto por meteorologista ocorre cerca de três vezes por ano, na primavera
Dermatologistas recomendam o uso de protetor solar durante os dias do fenômeno
Foto:
Dago Nogueira / Agencia RBS
Ao que tudo indica, os gaúchos terão de abusar do protetor solar nos
próximos três dias. Isso porque, segundo um estudo desenvolvido pelo
doutorando em Meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
Lucas Vaz Peres, quarta-feira, quinta-feira e sexta-feira serão
marcadas por um fenômeno pouco usual, mas que ocorre ao menos três vezes
por ano: o "efeito secundário do buraco de ozônio Antártico".
Pioneiro no Brasil, o estudo feito no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) da UFSM alerta para o aumento de raios ultravioleta no sul do país durante a primavera.
O fenômeno, que foi registrado 68 vezes nos últimos 30 anos, ocorre devido à circulação de uma massa de ar polar pobre em ozônio, que vem da região Antártica. Em função dessa queda, a penetração dos raios ultravioleta aumenta, podendo chegar a uma variação de 15% a 20% a mais.
— O mês de outubro é aquele com maior probabilidade de incidência. Por isso, não descarto a possibilidade de que o fenômeno possa acontecer novamente até o final do ano — explica o pesquisador.
Em períodos normais da primavera, sem a incidência do fenômeno, o índice de UV fica entre 5 e 9, em uma escala que varia de 1 a 14. Nos dias do fenômeno, entretanto, a radiação deve ser semelhante a constatada no verão — quando os raios ficam na média de 12 a 13. No inverno, eles variam de 2 a 3.
— É como se fosse um dia de verão, mas as pessoas não estão preparadas para isso. A importância da pesquisa é alertar para que sejam tomados os devidos cuidados, como o uso de protetor solar e bonés, além de evitar a exposição ao sol das 10h30min às 15h — completa.
O meteorologista alerta, ainda, que os efeitos não são sentidos somente pelas pessoas, mas também pelas plantas e animais. Como a fotossíntese reduz durante o fenômeno, ele recomenda que hortaliças mais frágeis sejam colocadas em estufas.
Proteção deve ser redrobrada
Segundo a dermatologista Márcia Donadussi, uma forma bem importante de se proteger entre quarta e sexta-feira é evitar a exposição prolongada no período de maior pico solar, entre as 10h e as 16. Além disso, ela recomenda o uso de filtro, no mínimo, fator 30.
— É essencial, também, reaplicar o protetor solar. Se a pessoa for ficar em contato direto com o sol, ou praticar alguma atividade física, a recomendação é que ele seja reaplicado a cada duas horas. No caso dela ficar em locais fechados, um intervalo de quatro horas é suficiente — completa.
O dermatologista e professor da UFSM Andre Costa Beber recomenda, ainda, a utilização de bonés, óculos escuros e blusas de manga longa.
Qual a diferença entre os raios UVA e UVB?
UVA:
— Apresentam maior comprimento de onda
— São os principais indutores do bronzeado
— São responsáveis pelas manchas, rugas e flacidez da pele
— Representam 95% dos raios que chegam na terra
— Penetram durante todo o dia
UVB:
— São mil vezes mais potentes para queimaduras e danos na pele
— Apresentam maior risco para o desenvolvimento de câncer de pele e catarata
— Penetram mais quando o sol está a pino, ou seja, entre as 10h e as 16h
— Representam 5% dos raios que chegam à terra
Pioneiro no Brasil, o estudo feito no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) da UFSM alerta para o aumento de raios ultravioleta no sul do país durante a primavera.
O fenômeno, que foi registrado 68 vezes nos últimos 30 anos, ocorre devido à circulação de uma massa de ar polar pobre em ozônio, que vem da região Antártica. Em função dessa queda, a penetração dos raios ultravioleta aumenta, podendo chegar a uma variação de 15% a 20% a mais.
— O mês de outubro é aquele com maior probabilidade de incidência. Por isso, não descarto a possibilidade de que o fenômeno possa acontecer novamente até o final do ano — explica o pesquisador.
Em períodos normais da primavera, sem a incidência do fenômeno, o índice de UV fica entre 5 e 9, em uma escala que varia de 1 a 14. Nos dias do fenômeno, entretanto, a radiação deve ser semelhante a constatada no verão — quando os raios ficam na média de 12 a 13. No inverno, eles variam de 2 a 3.
— É como se fosse um dia de verão, mas as pessoas não estão preparadas para isso. A importância da pesquisa é alertar para que sejam tomados os devidos cuidados, como o uso de protetor solar e bonés, além de evitar a exposição ao sol das 10h30min às 15h — completa.
O meteorologista alerta, ainda, que os efeitos não são sentidos somente pelas pessoas, mas também pelas plantas e animais. Como a fotossíntese reduz durante o fenômeno, ele recomenda que hortaliças mais frágeis sejam colocadas em estufas.
Proteção deve ser redrobrada
Segundo a dermatologista Márcia Donadussi, uma forma bem importante de se proteger entre quarta e sexta-feira é evitar a exposição prolongada no período de maior pico solar, entre as 10h e as 16. Além disso, ela recomenda o uso de filtro, no mínimo, fator 30.
— É essencial, também, reaplicar o protetor solar. Se a pessoa for ficar em contato direto com o sol, ou praticar alguma atividade física, a recomendação é que ele seja reaplicado a cada duas horas. No caso dela ficar em locais fechados, um intervalo de quatro horas é suficiente — completa.
O dermatologista e professor da UFSM Andre Costa Beber recomenda, ainda, a utilização de bonés, óculos escuros e blusas de manga longa.
Qual a diferença entre os raios UVA e UVB?
UVA:
— Apresentam maior comprimento de onda
— São os principais indutores do bronzeado
— São responsáveis pelas manchas, rugas e flacidez da pele
— Representam 95% dos raios que chegam na terra
— Penetram durante todo o dia
UVB:
— São mil vezes mais potentes para queimaduras e danos na pele
— Apresentam maior risco para o desenvolvimento de câncer de pele e catarata
— Penetram mais quando o sol está a pino, ou seja, entre as 10h e as 16h
— Representam 5% dos raios que chegam à terra
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