Reunião dos ministros europeus do Ambiente e Energia
União Europeia discute política climática
Portugueses
 mais preocupados com a pobreza e escassez de alimentos e de água 
potável do que com questões ambientais. (Atualizada às 12h40)
- 03 de Março 2014, 13h11
Os
 ministros europeus do Ambiente e Energia reúnem-se esta segunda-feira e
 amanhã para analisar as propostas de política climática da União 
Europeia (UE) até 2030. Os ministros discutem hoje as questões 
ambientais e os trabalhos acerca da energia vão realizar-se na 
terça-feira.
O novo quadro de política climática e
 energética da UE foi apresentado pela Comissão Europeia em janeiro e 
prevê a diminuição das emissões de gases com efeito de estufa em 40% até
 2030 e o aumento para 27% da contribuição das energias renováveis no 
total do consumo energético. Na área da eficiência energética ainda não 
foram fixadas as metas.
As medidas definidas vão 
no sentido de impulsionar a evolução para uma economia com baixo teor de
 carbono e um sistema que garanta energia a um preço acessível para 
todos os consumidores, aumente a segurança do aprovisionamento 
energético da UE, reduza a dependência das importações de energia e crie
 novas oportunidades de crescimento e emprego.
Para
 Portugal, um dos temas mais relevantes é a concretização de 
interligações da sua rede elétrica com o resto da Europa, para 
possibilitar a exportação de energia elétrica de origem renovável, uma 
área em que o país tem obtido resultados comprovados.
Ambiente
 e energia voltam a ser discutidos a 20 de março no Conselho Europeu dos
 primeiros-ministros e chefes de Estado. As decisões avançadas nessa 
reunião serão importantes para a definição da política da UE na 
cimeira das Nações Unidas, prevista para 23 de setembro, em Nova Iorque,
 sobre temas ambientais e energéticos.
PORTUGUESES MAIS PREOCUPADOS COM POBREZA
A
 maioria dos portugueses (49%) considera que a pobreza e a falta de 
alimentos e água potável é o principal problema mundial. Apenas 6% dos 
portugueses inquiridos elegem as alterações climáticas como preocupação,
 segundo um Eurobarómetro hoje divulgado.
A sondagem
 especial Eurobarómetro sobre as alterações climáticas mostra que a 
maioria dos inquiridos em 19 Estados-membros destacou a pobreza e a 
escassez de alimentos e de água potável como a principal preocupação 
mundial, com Portugal no topo da tabela, com 49%, sendo a média europeia
 de 35%.
Apenas 6% dos inquiridos em Portugal 
escolheram as alterações climáticas, entre as várias opções possíveis, 
como preocupação global -- o valor mais baixo da tabela - sendo a média 
da UE de 16%.
Ainda de acordo com o inquérito, 80%
 dos inquiridos na UE reconhecem que a luta contra as alterações 
climáticas e a utilização mais eficaz da energia podem impulsionar a 
economia e o emprego. Portugal está acima da média europeia (88%), a par
 da Grécia e da Espanha, numa tabela liderada pela Suécia (95%), e acima
 da Dinamarca (86%) e do Luxemburgo (85%).
"Não há
 que escolher entre boa governação económica e proteção do clima: a luta
 contra as alterações climáticas numa perspetiva de rentabilidade é uma 
boa política económica", disse o presidente da Comissão Europeia, José 
Manuel Durão Barroso. "Esta sondagem envia um sinal forte aos dirigentes
 da UE para que se empenhem em ações a favor do clima, com vista a uma 
recuperação económica sustentável", adiantou.
Em Portugal, as 1.055 entrevistas foram feitas entre 23 de novembro de 02 de dezembro de 2013.
 
 
 
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