Imagem das 02h de 16.10.2014 mostram forte instabilidade formada pela corrente de jato que passou sobre a Cordilheira dos Andes trazendo umidade do Pacífico Sul, que em contato com o ar úmido e quente sobre a Região Sul do Brasil formam tempestades.
Imagem pela webcam de Porto Alegre as 02h de 16.10.2014 mostram um ar úmido formando uma neblina sobre a cidade:
Imagens do Blog da Metsul
Muitos raios cortaram o céu de Porto Alegre no começo da madrugada desta quinta-feira - Fabrício Maraschin
Raios acompanharam a formação de fortes áreas de instabilidade no Leste do Rio Grande do Sul – Via @ibirabali
Impressionante registro dos raios sobre o bairro Navegantes, na zona Norte da Capital – Fabiano Gutierres
Pouco
depois das duas da madrugada teve início uma chuva torrencial em Porto
Alegre que em poucos minutos acumulou 32 mm no Centro da cidade, o que
trouxe alagamentos. Junto com a chuva veio granizo e em grande
quantidade. Em menos de cinco minutos, as ruas do Centro da Capital
ficaram cobertas pelas pedras de gelo (foto abaixo do Twitter Taxinight
In POA).
Foi
a mais expressiva precipitação de granizo em Porto Alegre que se tem na
memória da história recente da cidade. As pedras de gelo caíram do Sul
ao Norte da Capital e não se limitaram a apenas alguns bairros, como
normalmente ocorre em temporais. E caíram ainda em várias cidades da
região como Canoas, Guaíba, Eldorado do Sul, Viamão e também Alvorada.
Granizo na Capital e região – Rodrigo Almeida (esquerda), Fillipe Ely (centro) e Anderson Stefanski (direita)
Porto Alegre, quinta-feira, 16 de outubro de 2014. Atualizado às 10h08.
clima 16/10/2014 - 08h38min
Granizo e temporal atingem Porto Alegre durante a madrugada
Porto Alegre registrou
temporal e granizo na madrugada desta quinta-feira (16). Ainda era
possível encontrar gelo nas ruas da cidade nesta manhã, por volta das
7h. A estrutura da Feira do Livro, na Praça da Alfândega, foi atingida.
Áreas
de instabilidade se formaram sobre o Rio Grande do Sul ao longo da
quarta-feira, conforme a Climatempo, e provocaram as pancadas de chuva
com raios, principalmente no sul e no sudoeste do Estado. A partir de
hoje, vai começar um período de vários dias com tempo bastante instável,
com risco para temporais.
Um sistema de Baixa Pressão no
nordeste da Argentina forma áreas de instabilidade e que serão
reforçadas pela aproximação de uma frente fria ao longo do período. A
chuva pode cair a qualquer hora no centro-sul do Estado, inclusive em
Porto Alegre. Na sexta-feira e no final de semana, a instabilidade vai
ficar bloqueada sobre a Região Sul e principalmente o Rio Grande do Sul
vai continuar a receber volumes elevados de chuva.
Gelo continuava em algumas ruas nesta manhã
Abaixo, a imagem das 08h de 16.10.2014 mostra que a instabilidade cresceu e permanecerá até sábado, quando chegará uma frente fria na região, vindo da Argentina empurrando para o norte toda a umidade chegando até São Paulo. Com isso, romperá o Bloqueio Atmosférico formado pela massa de ar quente e seca sobre o centro do Brasil. Ocorrendo com isso, a instalação da ZCAS(Zona de Convergência do Atlântico Sul) um canal de umidade entre o sudeste e a Amazônia que formam as instabilidades no centro-oeste e sudeste do Brasil durante todo o Verão:
Acima vemos a formação das instabilidades sobre o Uruguai com a umidade vinda do Pacífico Sul trazido pela corrente de jato, que em contato com o ar úmido quente sobre o Rio Grande do Sul causa uma "explosão" de nuvens.
Abaixo a imagem das 16h de 15.10.2014 no momento da formação das instabilidades sobre o cone sul e também vemos as instabilidades na Amazônia formadas pelo ar quente e úmido. No Nordeste, Centro-oeste e Sudeste a pouca umidade impede a formação de nuvens convectivas(Cb)::
Vejam nos mapas de observação do INMET do dia 15.10.2014 as 16h(19h UTC, que é em relação ao Meridiano de Greenwich), as altas temperaturas e a baixa umidade sobre o centro do Brasil causadas pela massa de ar quente e seca, que causam o bloqueio atmosférico:
Temperaturas em °C:
Umidade em %:
Percebam que o litoral está mais úmido em virtude dos ventos úmidos formados pela Alta Pressão sobre o Atlântico. Também a escassa umidade na Amazônia resultante das florestas e dos rios:
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