Por Zana Zaidan do Campo Grande News / Redação Pantanal News
A
forte chuva que atinge Campo Grande desde a madrugada de ontem (1º)
atingiu 60 mm ao meio-dia, e não deve dar trégua até amanhã, conforme a
estação meteorológica da Anhanguera-Uniderp.
A
quantidade, que equivale a 66% dos 90 mm previstos para todo o mês de
maio, deixou bairros sem energia, alagou vias e, pela primeira vez em 24
anos, cancelou o tradicional passeio ciclístico do feriado que comemora
o Dia do Trabalho e também a festa organizada pela Força Sindical, que
esperava público de 60 mil pessoas. O show do cantor Erasmo Carlos, que
seria realizado no shopping Campo Grande, também foi cancelado, mas deve ser marcado em uma nova data.
A temperatura, que ontem estava na casa dos 28°C, caiu 5°C por causa da mudança brusca no tempo, e está estabilizada em 15°C. As rajadas de vento chegaram a 48 Km/h em alguns pontos da cidade.
A região que mais sofreu com a chuva foi a do Parque do Sóter, onde atungiu 62 mm. Nos bairros próximos ao Shopping Norte Sul Plaza, na avenida Ernesto Geisel, foram 59 mm, seguidos do grande Aero Rancho (46 mm) e do Parque dos Poderes, com 52 mm.
Estrutura do show no Parque das Nações, cancelado por causa da chuva (Foto: Marcos Ermínio)
O
temporal, histórico para o dia 1º de maio, tem origem em uma frente
fria que vem do litoral, explica o meteorologista da Anhanguera-Uniderp,
Natalio Abrahão. “É uma característica própria do outono. Campo Grande
ficou sete dias sem chuva e, de repente, vem uma tempestade como essa.
Daqui para frente será assim: longos períodos sem chuvas, intercalados
por temporais”, afirma.
Pela
cidade, casas e vias foram alagadas e o Corpo de Bombeiros e a Defesa
Civil estão nas ruas para prestar socorro. Problemas na rede elétrica,
que oscila e deixou moradores sem energia.
Fim de semana de sol -
Para quem espera aproveitar o feriado prolongado, a previsão é de que a
sexta-feira amanheça sem chuva, e as temperaturas voltem para casa dos
28°C. O fim de semana será de sol e poucas nuvens, aponta o
meteorologista.
Chuvas no Afeganistão também são resultado da influência do fenômeno El Niño, que muda a direção dos ventos em todo o Planeta, além disso, o oceano Índico está muito quente.
02/05/2014 12h45
- Atualizado em
02/05/2014 21h51
Deslizamento de terra no Afeganistão deixa mortos e desaparecidos
Ao menos 350 morreram e 2 mil estão desaparecidos, dizem Nações Unidas. Fortes chuvas causaram deslizamento na província de Badakhshan.
Pelo menos 350 pessoas morreram na província de Badakhshan, no nordeste do Afeganistão,
em um deslizamento de terra nesta sexta-feira (2) causado pelas fortes
chuvas, anunciou a missão da Organização das Nações Unidas no país
(Unama).
"De 350 a 400 casas foram destruídas no distrito de Argo, como
resultado das fortes chuvas que provocaram deslizamentos de terra",
disse Mohammad Baidaar, vice-governador da província montanhosa. O
número de mortos poderá aumentar com o trabalho dos socorristas.
"Havia mais de 1.000 famílias morando no vilarejo. Um total de 2.100
pessoas --homens, mulheres e crianças-- está soterrado", disse à agência
Reuters Naweed Forotan, porta-voz do governo de Badakhshan.
O deslizamento, que aconteceu após uma semana de chuva forte e num
período de derretimento da neve, derrubou centenas de casas e danificou
outras centenas, disse ele.
Moradores estavam tentando recuperar seus pertences após um
deslizamento menor que atingiu o vilarejo. Ninguém ficou ferido no
primeiro deslizamento, segundo autoridades, e o segundo aconteceu poucas
horas depois.
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, determinou o início imediato
dos esforços de emergência, informou o governo em comunicado.
A Força Internacional da Otan no Afeganistão (Isaf) está trabalhando
com o Exército afegão nas buscas por sobreviventes, informou a ONU.
Badakhshan é uma província remota do nordeste do Afeganistão, na
fronteira com Tadjiquistão, China e Paquistão. "A informação que
recebemos é que 600 famílias vivem no vilarejo de Aab Bareek, em Argo",
indicou o chefe da Agência de Gestão de Situações de Crise, Mohammad
Daim Kakar.
Afegãos procuram por sobreviventes do deslizamento em vilarejo (Foto: Ahmad Zubair/AP)
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