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domingo, 9 de novembro de 2014

OSCILAÇÃO DECADAL DO PACÍFICO (ODP)


 Na imagem das 12h de 09.11.2014 mostra a forte influência do fenômeno El Niño no Pacífico Sul onde vemos uma concentração de umidade, que pode formar novas instabilidades no sul do Brasil e no Cone Sul nos próximos dias.




Oscilação Decadal do Pacífico (ODP)

A ODP – Oscilação Decadal do Pacífico – é um fenômeno climático de caráter cíclico que influencia diretamente as transformações climáticas da Terra.

 
Mapa representando as variações de temperatura do Pacífico. *
Mapa representando as variações de temperatura do Pacífico. *
É comum observarmos nos comentários das pessoas mais velhas alguns relatos sobre as transformações climáticas, como: “no meu tempo, não ficava tantos dias seguidos sem chover nessa região”; “na minha época, os ventos não eram tão fortes e o tempo nem ficava tão seco assim”. Apesar das influências do homem sobre o clima, esses relatos podem ser representativos de um fenômeno climático natural, a Oscilação Decadal do Pacífico (ODP).
A ODP é um fenômeno muito semelhante aos eventos do El Niño e La Niña (ENSO), pois se trata de uma variação das temperaturas do Oceano Pacífico. No entanto, diferentemente dos dois fenômenos citados, a PDO (sigla para Oscilação Decadal do Pacífico em inglês) tem uma variação climática um pouco mais longa, com cerca de 20 anos de duração, enquanto o ENSO costuma durar entre 6 e 18 meses.
Existem duas fases bem definidas da ODP: uma positiva – quando há um aumento das temperaturas do Pacífico – e uma negativa – quando há uma diminuição das temperaturas. Tais variações estão relacionadas a fatores como correntes marinhas, vulcanismos no fundo do oceano e, principalmente, a atividade solar. Dessa forma, em virtude do fato de o Oceano Pacífico ocupar cerca de um terço da superfície terrestre, as variações da ODP influenciam diretamente o clima dos continentes.

Efeitos da ODP positiva: aumento do número de ocorrências e da intensidade do El Niño e uma consequente diminuição do La Niña. Dessa forma, observa-se nas regiões afetadas – dentre elas o território brasileiro – um maior número de anos secos do que anos chuvosos (o que ajuda a explicar, por exemplo, alguns períodos de longas secas no Nordeste e a diminuição da intensidade do inverno na região Sul).

Efeitos da ODP negativa: diminuição das temperaturas, elevação da umidade do ar e uma maior incidência e intensidade do La Niña em detrimento da diminuição e enfraquecimento do El Niño. As regiões antes atingidas por longas secas passam a ter uma maior quantidade de períodos chuvosos, além de invernos mais frios.
Isso explica, portanto, quando algumas pessoas afirmam que o clima era diferente em décadas anteriores: trata-se, provavelmente, da alternância entre ODPs positivas e negativas.

Oscilação Decadal do Pacífico x Aquecimento Global
Normalmente, alguns meteorologistas e, principalmente, os meios de comunicação costumam atribuir as variabilidades climáticas, especialmente o aumento das temperaturas, ao aquecimento global.
Entretanto, muitos dos críticos daquilo que chamam de “alarmismo global” vêm refutando essa concepção, utilizando como argumento, principalmente, a Oscilação Decadal do Pacífico, que está associada a variações climáticas não somente dos dias atuais, mas de períodos anteriores também, quando não se falava em aquecimento da Terra.
De acordo com estudos elaborados pela MetSul Meteorologia, nos anos 40, o clima encontrava-se sob os efeitos de uma ODP positiva, com El Niños mais fortes e frequentes. De 1950 a 1976, no entanto, a ODP passou a ser negativa, resultando em invernos extremamente fortes no Sul do Brasil e clima mais frio no Sudeste e Centro-Oeste. Nas décadas de 1980/90, a oscilação tornou-se novamente positiva, propiciando a ocorrência dos El Niños mais fortes do século, em 1983, 1997 e 1998.
A partir dos anos 2000, novamente a ODP passou a ser negativa e a influência do La Niña foi maior do que do EL Niño. Prova disso foi a ocorrência de intensos períodos de chuva no Nordeste, nos anos 2000, 2001, 2006, 2008 e 2009, enquanto nos outros anos as secas foram mais amenas. A tendência, a partir de agora, é que as fortes secas e os invernos menos rigorosos voltem a ser a tendência climática.
Isso, no entanto, não anula totalmente as teorias que alertam sobre a influência da ação humana sobre o clima. Segundo os especialistas em climatologia, é preciso considerar tanto os fatores naturais quanto os elementos antrópicos para diagnosticar as variações climáticas no planeta. Além disso, é preciso considerar os microclimas, sobretudo nas cidades. Esses sim estão diretamente associados às atividades humanas.

 

Não é só o Brasil que experimenta um ano seco, a África Ocidental ( No Cabo Verde) também está com poucas chuvas devido a diminuição das TSM no Atlântico Sul, que enfraqueceu a ZCIT e que agora começam a se aquecer.

Aqui vemos na imagem das 12h de 09.11.2014, no círculo amarelo o arquipélago do Cabo Verde e percebe-se a pouca convecção na ZCIT, onde esse ano não se formou nem mesmo os furacões que normalmente se dirigem para o Caribe. Acima, perto da Groenlândia vemos um grande ciclone extratropical que forma uma frente fria em direção ao Reino Unido..


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Cabo Verde - 

Artigo publicado em 02 de Novembro de 2014 - Atualizado em 02 de Novembro de 2014

Mau ano agrícola em Cabo Verde

 Cabo Verde
Liliana Henriques

RFI
O Governo já está em campo com um conjunto de acções de forma a mitigar os efeitos negativos da falta de chuva no país. Para o plano de salvamento do gado, o executivo tem 18 mil contos preconizados, mas precisa de 200 mil contos para implementar o plano referente à melhoria do sistema de abastecimento de água para a agricultura irrigada.

 

Ainda sem dados definitivos o ano agrícola em Cabo Verde já é considerado negativo. A apreciação foi feita por uma missão do Comité de Inter-Estados e do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação que esteve no país até sexta-feira passada.
Apesar do mau ano agrícola, a ministra do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet, afirma que não existem muitos problemas com a disponibilidade alimentar. "Os dados mostram que em termos de importação temos um stock para o consumo de milho para mais de nove meses, para o arroz temos mais de seis meses, para o trigo, portanto, quase três meses, em termos de disponibilidade alimentar não há muitos problemas, mas temos que seguir de muito perto toda a questão das importações para assegurar que a nível do mercado nacional não haja ruptura do stock ".
Com uma previsão de produção muito baixa para o milho e feijão, em relação ao não passado, amissão conjunta de avaliação agricola, integrada por elementos do comité Inter-Estados de luta contra a seca no Sahel do Fundo das Nações Undas para a Alimentação afirma que o executivo deve dar uma detenção especial ao gado e à mobilização de água, recomendação que o ministério da Desenvolvimento Rural está a seguir. O executivo já disponibilizou até Dezembro deste ano cerca de 18 mil contos que vão directo para o plano de salvamento de gado e está à procura de 200 mil contos concretizar o plano de abastecimento de água para agricultura irrigada.


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