Volume de gelo no Ártico aumentou 50% em relação a 2012, diz agência
Satélite CryoSat detectou que mar de gelo media 9 mil km³ neste outono.
Segundo a ESA, dados não indicam inversão de tendência em longo prazo.
Imagem
mostra região do Ártico. Segundo a Agência Espacial Europeia, camada de
gelo marinho no outono deste ano aumentou 50% em relação a 2012 (Foto:
Divulgação/ESA)
Com base nas observações do CryoSat, o mar de gelo do Ártico media cerca de 9 mil km³ contra 6 mil km³ registrados no ano passado na mesma época, quando ocorreu um degelo recorde.
O aumento do volume de gelo marinho do Ártico "é uma boa notícia, mas isso não indica uma inversão da tendência em longo prazo", destacou a Agência Espacial.
Segundo a ESA, estima-se que, nos meses de outubro na década de 1980, havia 20 mil km³ de gelo marinho no Ártico. No final do verão de 2012, o gelo do Ártico alcançou sua menor superfície já registrada, mas esse fenômeno foi menos marcado em 2013.
Lançado em 2010, o satélite CryoSat permite medir a espessura do gelo marinho no Oceano Ártico, um dado-chave da ocorrência do aquecimento global.
11/11/2012 16h27
- Atualizado em
11/11/2012 16h27
Estudo identifica motivo do aumento do gelo na Antártica
Mudança climática mudou padrões de vento e gerou maior congelamento.
Águas polares do Sul tiveram congelamento recorde em 2012.
Mapa
mostra gelo ao redor da Antártica em 26 de setembro, dia de maior
congelamento; traço amarelo mostra extensão média registrada de gelo
(Foto: Divulgação/Nasa/NSIDC)
Devido à mudança climática, os verões têm registrado degelos recordes
das águas polares, principalmente na região ártica. Em geral, os últimos
anos registraram grande perda de gelo no Ártico, enquanto o volume gelo
antártico teve um pequeno aumento.O aquecimento das temperaturas, que no Ártico provoca o derretimento do gelo, gera ventos mais fortes na Antártica. Esse vento sopra em direção ao norte e leva o gelo que se formou na costa do continente. Dessa forma, a crosta de gelo acaba abrangendo uma área maior do que o que acontecia 20 anos atrás.
Segundo Paulo Holland, pesquisador do Programa Antártico Britânico que liderou o estudo, essa é a primeira vez que dados de satélite confirmam uma hipótese que já havia sido especulada por modelos de computador.
As mudanças apontadas pela pesquisa afetam não só a Antártica, como também todo o oceano em volta. O gelo polar é importante tanto na reflexão do calor do sol quanto como um lar para várias espécies, e esse desequilíbrio representa uma séria ameaça ambiental.
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