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quarta-feira, 18 de março de 2015

BLOQUEIO ATMOSFÉRICO NO SUL DO BRASIL



Bloqueio atmosférico impede a passagem de frentes frias pelo Sul do Brasil e Argentina.
Na imagem vemos dois centros de Alta Pressão atmosféricas que desviam as frentes frias para o sul do Atlântico Sul.




15/03/2015 09h00 - Atualizado em 15/03/2015 09h00

Região de Piracicaba tem aumento de até 312% na incidência de raios

Balanço do Inpe mostra crescimento no início de 2015 em relação a 2014.
Aumento foi maior em Santa Bárbara; frente frias e urbanização são causas.

Alessandro Meirelles Do G1 Piracicaba e Região
Raio em Limeira  (Foto: Eduardo Marins/EPTV) 
Raio em área residencial de Limeira em fevereiro deste ano (Foto: Eduardo Marins/EPTV)
 
A incidência de raios nas três maiores cidades da região de Piracicaba (SP) aumentou entre 34,9% e 312,6% no início de 2015, segundo dados divulgados pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O balanço compara o período entre os dias 1º de janeiro e 10 de março deste ano com o mesmo período de 2014. Piracicaba registrou o maior número de descargas elétricas (7.375), mas Santa Bárbara d'Oeste (SP) teve o maior crescimento proporcional. Para o órgão, a razão para o fenômeno está na entrada de mais frentes frias sob a região e também o avanço da urbanização.
Em Santa Bárbara, o número de "clarões" subiu de 427 em 2014 para 1.762 em 2015 - aumento de 312,6%. Em Limeira (SP), a incidência cresceu de 1.754 para 3.479 - mais 98,3%. Já em Piracicaba, houve elevação de 5.466 para 7.375 - 34,9%, segundo o Elat.
"As variações sugerem um aumento. A causa é que no ano passado, bloqueios atmosféricos reduziram a chegada de frentes ao estado de São Paulo, com isto reduzindo o número de raios. Este ano a situação está dentro da normalidade", disse Osmar Pinto Junior, coordenador do Elat.

Trovão
O raio é uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre na atmosfera. A intensidade típica de um raio é de 30 mil ampères, cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico. Em geral, quando os raios acontecem provocam um clarão e, logo em seguida, um barulho denominado trovão, devido ao deslocamento de ar.
Para Junior, a incidência desse tipo de fenômeno teve aumento nos últimos anos principalmente por causa da urbanização. Isso porque estudos do Elat mostram que o crescimento das cidades tende a formar um cinturão de ar quente ao redor das regiões centrais, o que favorece o início das tempestades e, consequentemente, o surgimento de raios.
Raio - Piracicaba (Foto: Cláudio Siqueira Junior/VC no G1)Morador flagra raio em Piracicaba (Foto: Cláudio
Siqueira Junior/VC no G1)
 
"Deve haver um aumento para a maior parte das regiões brasileiras. Em relação à região de Piracicaba, também devido à proximidade de Campinas, que é uma grande metrópole, há a tendência de aumento na incidência de raios", complementou o coordenador.
Brasil
Anualmente, o Brasil é atingido por mais de 50 milhões de raios, o que o coloca na liderança mundial de incidência de raios, segundo o Elat. A República Democrática do Congo vem em segundo, com 43,2 milhões de raios por ano.
Entre os estados brasileiros, o Amazonas está na primeira posição, com 11 milhões de descargas/ano. São Paulo aparece em 9º lugar, com 2,3 milhões/ano, de acordo com o instituto.

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