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sábado, 3 de janeiro de 2015

ANOMALIA DE TSM DO ATLÂNTICO SUL E A ZCAS

 Na imagem animada do Meteosat da tarde de 02.01.2015 vemos a chegada da frente fria no sudeste e associada a um ciclone extratropical no Atlântico Sul,  provoca a formação das instabilidades na Serra do Rio de Janeiro e Minas Gerais(chuvas orográficas) com umidade vinda do mar. O RJ tem batido recordes de calor nesse início de Verão, chegando a sensações térmicas de 50°C, justamente causadas pela alta umidade vinda do mar, EFEITO ESTUFA.
Vejam abaixo nas setas a direção dos ventos úmidos no sudeste do Brasil e dos ventos secos sobre o Rio Grande do Sul.




Instabilidades formadas na região sudeste durante a tarde de 02.01.2015 pela umidade vinda do mar.

 Umidade durante a noite do dia 02.01.2015, vemos a alta umidade na região sudeste do Brasil e a baixa umidade na Argentina.





Percebam aqui o rápido aquecimento do Atlântico Sul na região sudeste do Brasil em menos de um mês.




Zona de convergência do Atlântico sul

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Climatologicamente a zona de convergência do Atlântico Sul (ZCAS) pode ser identificada, na composição de imagens de satélite, como uma banda de nebulosidade de orientação Noroeste/Sudeste, estendendo-se desde o sul da região amazônica até a região central do Atlântico Sul.
Diversos podem ser os fatores locais, porém, o único consenso parece ser quanto ao papel da convecção na região Amazônica. Em um estudo observacional das zonas de convergência subtropicais, essas zonas aparecem somente quando duas condições de grande escala são satisfeitas:
O escoamento em baixos níveis intensifica a convergência de umidade enquanto, combinado com o JST, intensifica a frontogênese no campo da temperatura potencial equivalente, influindo na geração da instabilidade convectiva. O estabelecimento desse padrão de circulação está claramente associado à atividade convectiva na Amazônia e Brasil Central, que intensifica o JST em altos níveis, em um processo de conversão de energia cinética divergente em energia cinética rotacional. Em baixos níveis a convecção também contribui na intensificação da Baixa na região do Chaco, que fortalece a convergência de ar úmido sobre a região.
Existem ainda outros mecanismos que estão sendo sugeridos para explicar a ocorrência da ZCAS, como por exemplo, a interação oceano-atmosfera na zona de confluência entre a Corrente das Malvinas e a Corrente do Brasil, e as interações não-lineares entre as diversas escalas de fenômenos atmosféricos. No entanto, estes mecanismos ainda não foram confirmados em estudos.

MAS É O QUE ESTAMOS FAZENDO AQUI AGORA E COMPROVANDO, QUE A CORRENTE DO BRASIL ESTÁ  SE AQUECENDO MAIS NO SUL DO BRASIL AUMENTANDO A ZCAS.

IRGA

Oceano Atlântico aquecido pode influenciar o clima do verão gaúcho

Chuvas previstas para janeiro de 2015 - Foto: Divulgação
Chuvas previstas para janeiro de 2015 - Foto: Divulgação
A última analise da atmosfera e do Oceano Pacifico indica que as condições de ocorrer El Niño Oscilação Sul está em 64%. É importante salientar que estudos científicos mostram que não há aumento do volume de chuva durante o verão no Rio Grande do Sul, e sim durante a primavera, associados ao El Niño. O que devemos estar atentos neste verão é em relação a uma grande área de água aquecida do Oceano Atlântico, entre a Argentina e o Litoral Paulista, que estarão entre 0,5ºC e 1º C acima do normal. Como mostra a figura 1 (abaixo). Esta condição pode evitar uma estiagem mais prolongada, mas principalmente por deixar as temperaturas mínimas que ocorrem entre a noite e o amanhecer mais altas, devido à umidade que vem do mar.
Previsão da anomalia da temperatura do Oceano Atlântico
Na segunda metade do verão é esperada redução dos volumes de chuva no Estado.
No mês de dezembro, continua previsão de que os volumes de chuva fiquem na média ou acima nas regiões da Fronteira Oeste, Campanha, Zona Sul.  Mas serão mal distribuídas ao longo do mês, ou seja, volumes intensos concentrados em curto período de tempo. Como aconteceu nos primeiros dias de dezembro, com 107 mm em Uruguaiana e 75 mm no Chuí.
A previsão para inicio de janeiro indica volumes de chuvas mais significativas nas localidades próximas ao Uruguai e na faixa litorânea. A partir da segunda quinzena de janeiro e principalmente em fevereiro existe uma tendência de diminuição dos volumes de chuva. Em fevereiro deve ficar dentro da média climatológica na maioria das regionais. Somente no Litoral Norte que os volumes se mantêm mais altos, entre 130 mm e 150 mm.

Previsão de chuva acumulada para janeiro de 2015Previsão de chuva acumulada para fevereiro de 2015
O verão 2015 deve ser marcado pelo calor úmido.

TEMPERATURAS DO AR
Em dezembro são esperadas temperaturas dentro da normal climatológico na maioria das regiões do Estado. Entre a segunda quinzena de janeiro e o mês fevereiro existe a possibilidade de termos ondas de calor intensas, deixando as temperaturas de 1,5°C e 2,0C, acima da média. Isto porque o fluxo de calor que deveria ir para centro-sul da Argentina deverá se direcionar para o Rio grande do Sul, Uruguai até o Litoral argentino. Provavelmente quando ocorrer esta onda de calor, estas regiões estarão sobre atuação de um bloqueio atmosférico. No período mais seco poderemos ter uma maior incidência de radiação de onda curta o que deverá favorecer um bom desenvolvimento do arroz. Mas o destaque deste verão deve ser a sensação de abafamento sentido principalmente durante a noite. Isto deverá ocorrer pelo aquecimento do mar na nossa costa, favorecendo os processos de evaporação e assim jogando maior quantidade de umidade na atmosfera. Somado a isso, os ventos sopram em direção ao continente levando esta umidade do oceano especialmente para o Leste do Estado, deixando ar quente e úmido. Assim também provocando as pancadas de chuva de final do dia.

 

Temperatura do oceano Atlântico Sul
Talvez a maior influência deste verão esteja na temperatura do oceano Atlântico Sul, com uma grande área aquecida acima da média, entre 0,5ºC e 1ºC. Poderemos ter dias em que haverá ressurgência, que é quando a água fria que está no fundo sobe para a superfície deixando água geladas nas praias. Isso ocorre quando um centro de alta pressão fica sobre o mar e gera o vento Nordestão com tempo seco e sol predominando na maioria das vezes.
Ressaltamos que é uma previsão estendida para 3 meses, o que requer acompanhamento e atualizações durante esse período, já que podem ocorrem modificações no clima.

inovacaotecnologica.com.br

Cientistas se preparam para monitorar oceano Atlântico

Fábio de Castro - Agência Fapesp - 20/12/2011
Cientistas se preparam para monitorar oceano Atlântico
O objetivo do projeto Samoc é monitorar a circulação das águas do Atântico Sul, já que existem indicações de que seus parâmetros estão sofrendo modificações. [Imagem: AOML/NOAA]
 Monitoramento oceânico
Os padrões de circulação das águas do oceano Atlântico Sul podem estar sofrendo transformações que têm potencial para interferir no clima global.
A fim de entender esse fenômeno, um grupo internacional de cientistas instalará uma série de instrumentos de monitoramento ao longo de uma linha que se estende da América do Sul até a África.
Essa tarefa, que integrará o projeto internacional Circulação Meridional do Atlântico Sul (Samoc, na sigla em inglês), terá uma importante participação brasileira: toda a parte ocidental da instrumentação será instalada e operada por uma equipe coordenada pelo professor Edmo Campos, do Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo Campos, o objetivo do projeto Samoc é monitorar a circulação das águas do Atlântico Sul, já que existem indicações de que seus parâmetros estão sofrendo modificações.
"Esses parâmetros de circulação são, em última instância, um dos mecanismos que controlam o clima do planeta. O objetivo desse grupo internacional é monitorar o Atlântico Sul para entender como ele está se comportando no presente e, eventualmente, como se comportará no futuro com as mudanças que estão sendo identificadas", explicou.
Diversas áreas do oceano Atlântico já estão sendo monitoradas pelo projeto Samoc e por diferentes instituições como a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, e outras do Brasil, da Argentina, da África do Sul e da Europa.
Segundo o pesquisador, essas iniciativas ainda são bastante tímidas, mas tendem a se tornar, no futuro, um sistema de monitoramento oceânico permanente.
"Até agora o Brasil tinha participado desse conjunto de iniciativas apenas como coadjuvante. Mas, com o projeto que iniciamos agora, poderemos dar uma contribuição significativa à formação do sistema de monitoramento", declarou.

Circulação do oceano Atlântico
Quando se observam as características físicas da circulação oceânica, segundo Campos, percebe-se que as atividades mais intensas ocorrem próximas aos continentes, principalmente do lado oeste. Por isso é importante distribuir os instrumentos ao longo da linha que vai de um continente até o outro, com maior adensamento em suas extremidades.
"O padrão de circulação do oceano Atlântico funciona como parte fundamental do mecanismo que distribui calor em vários locais do planeta. Se houver alteração nesse padrão, teremos resposta no clima, em escala regional e global. E esse padrão também responde às alterações na atmosfera", explicou.
Segundo Campos, a instrumentação, que inclui sensores de velocidade, pressão, temperatura e salinidade, será fundeada - isto é, presa no fundo do mar - desde a América do Sul até a África do Sul, ao longo de uma linha que passa a 34,5 graus de latitude sul.
A equipe brasileira cuidará de toda a parte oeste da rede de monitoramento. A equipe francesa, em cooperação com a sul-africana, ocupará a parte leste e os norte-americanos da NOAA e da Fundação Nacional de Ciência (NSF, na sigla em inglês) cuidarão da parte central.
"A FAPESP está financiando alguns instrumentos cuja função é medir o transporte de volume - isto é, a velocidade das águas integrada em uma determinada seção. O objetivo é avaliar quanto fluido está sendo transportado e quanto calor e sal esse transporte de fluido carrega consigo. Queremos saber basicamente quanto calor está sendo transportado através dessa linha, em direção ao norte. Pequenas alterações nesse transporte de calor podem desencadear mudanças radicais no equilíbrio climático", explicou.
Hoje, segundo Campos, sabe-se que o clima global é fortemente influenciado pela quantidade de calor que o Atlântico Sul transporta para o Atlântico Norte. "Por isso temos que medir a velocidade, a temperatura, a salinidade e uma série de parâmetros que nos permitirão entender como está sendo alterada a dinâmica da circulação", afirmou.

Missão para o Alpha Crucis
O fundeamento dos equipamentos na parte brasileira do projeto será feito até o fim de 2012, segundo Campos, pelo navio oceanográfico Alpha Crucis.
Os instrumentos, segundo ele, ficarão fundeados a profundidades que vão de 200 metros a 6 mil metros.
"Os equipamentos não fazem transmissão em tempo real, por isso o navio precisará ir até eles algumas vezes para recuperar dados utilizando um sonar, além de realizar manutenções. Os equipamentos possuem modems acústicos e os dados são coletados quando o navio passa por cima deles. A cada dois anos, em média, será preciso recolher os instrumentos para trocar as baterias e refazer o fundeio", disse Campos.
Segundo Campos, o projeto Samoc será provavelmente uma das primeiras utilizações do Alpha Crucis em grande escala. Sem o navio, a operação ficaria limitada, pois seria preciso utilizar navios da Marinha, que têm uma série de restrições e tornam a realização da pesquisa muito difícil.
"O Brasil tem uma tradição de pesquisa costeira, por falta de recursos, mas com o navio à disposição vamos finalmente produzir oceanografia do mais alto nível internacional", disse.

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