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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

EL NIÑO MODOKI CAUSA NOVO BLOQUEIO ATMOSFÉRICO


Com o Aquecimento Global, o fenômeno El Niño Modoki tende a ser cada vez mais frequente. Essa já é a conclusão de alguns cientistas e está se comprovando aqui. Temos mais um bloqueio atmosférico parecido com o de janeiro de 2014, que causou a seca em São Paulo, Brasil. Vejam na imagem animada, como a massa de ar quente e seca do Atlântico Sul invade o nordeste e sudeste do Brasil impedindo, a formação de nuvens convectivas, ao mesmo tempo em que a umidade da Amazônia desvia-se para o El Niño. Essa massa de ar seca está mais forte, porque o mar no nordeste do Brasil está até 3°C mais baixa que o normal. Isso foi causado pelo derretimento do Ártico, cujas águas frias passaram do Atlântico Norte para o Atlântico Sul. As águas quentes do nordeste do Brasil foram empurradas para o sul do Brasil(Corrente quente do Brasil) e enfraquecendo a corrente fria das Malvinas que desceu para a Antártida. O mesmo está acontecendo no Pacífico Norte, que está resfriando o El Niño e desviando cada vez mais seu curso em direção ao México.




Vejam abaixo como a corrente de jato POLAR  fica muito forte no Atlântico Norte( e a cada ano mais forte), gerando super ciclones extratropicais causando grandes tempestades de neve no nordeste dos EUA e no  norte da EuropaAté o ozônio tem aumentado no Ártico e acredito que isso é que causa o Buraco do Ozônio na Antártida. Com o Aquecimento Global, o ozõnio é todo "puxado"  para o Ártico pelas correntes de jato cada vez mais fortes no hemisfério norte e cada vez mais fracas no hemisfério sul.
 



Vejam aqui, as temperaturas ontem e as anomalias de temperaturas do ar hoje em todo o Planeta. O Ártico continua menos frio que o normal, enquanto o leste dos EUA fica cada vez mais frio que o normal. Na Austrália, com o fenômeno El Niño, as temperaturas ficam mais baixas que o normal e a Califórnia e o Alasca nos EUA, mais quentes .


 CPTEC/INPE
 
Anticiclone anômalo na troposfera média inibirá a formação de chuva sobre o Sudeste e Centro-Oeste do Brasil  
 
A situação meteorológica atual mostra a presença de um sistema de alta pressão na troposfera média (4000 - 6000 metros) localizado aproximadamente sobre o Sudeste do Brasil que dificulta a formação de nebulosidade sobre grande parte desta Região e também sobre parte da Região Centro-Oeste.  Desta maneira, a intensidade de radiação solar sobre a superfície aumenta gerando um forte aquecimento da temperatura do ar. Assim as temperaturas máximas ficam extremas atingindo valores superirores aos 35°C. Com temperaturas máximas mais elevadas, a umidade relativa do ar no período da tarde fica muito baixa,  alcançando valores em torno de 30%. Com esta situação meteorológica imperante, a intensidade da radiação Ultravioleta (UV) fica muito alta. O Índice Ultravioleta (IUV) é uma medida da intensidade da radiação UV, relevante aos efeitos sobre a pele humana, incidente sobre a superfície da Terra. Com tempo seco e quente o índice pode atingir valores extremos, superioes a 11.
A previsão para os próximas dias, indica a persistência do sistema de alta pressão na troposfera média. Desta maneira, grande parte das Regiões Sudeste e Centro-Oeste deverá ficar com chuvas abaixo da média. A tendência é que esta situação meteorológica persista pelo menos até o dia 20 deste mês. Desta maneira, estas Regiões sofrerão com temperaturas máximas extremas e umidade relativa do ar baixa. As pancadas de chuva de final de tarde ou início da noite serão localizadas e de curta duração, porém severas (raios, rajadas de vento e granizo).

As Figuras abaixo mostram a previsão do campo de altura geopotencial em 500 hPa e suas respectivas anomalias, pelo menos até meados da semana que vem. É notável observar anomalias positivas (tons amarelo/laranja) sobre grande parte do Centro-Sul do Brasil.


 



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