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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

ONU DESTACA CALOR ANORMAL NO BRASIL

ESTADAO - Planeta

ONU destaca calor incomum no Brasil

Relatório anual sobre fenômenos climáticos, da Organização Meteorológica Mundial, cita altas temperaturas

14 de fevereiro de 2014 | 21h 06




Jamil Chade - Correspondente
GENEBRA - O calor no Sudeste brasileiro é uma das principais anomalias climáticas do mundo nos últimos meses e bate recordes históricos. A informação é da Organização Meteorológica Mundial (OMM) que divulgou nesta sexta-feira uma mapa dos principais locais que sofrem com "fenômenos climáticos extremos".
Homem se refresca do calor em São Paulo - Epitacio Pessoa/Estadão
Epitacio Pessoa/Estadão
Homem se refresca do calor em São Paulo
O Brasil, neste ano, aparece com destaque no levantamento. "Partes do mundo testemunham uma série de condições climáticas extremas neste ano", indicou a entidade, o braço climático da ONU. No levantamento, o Brasil é citado como um exemplo de casos onde a temperatura superou médias históricas. "Partes do Brasil experimentaram o mês de janeiro mais quente da história", indicou o documento.
Mas o fenômeno não se limita apenas ao Brasil. No Hemisfério Sul, o calor tem sido especialmente forte na Austrália, Argentina e na África do Sul.
Segundo a OMM, o calor acima do normal na Argentina começou já em dezembro de 2013 e "vários recordes locais foram estabelecidos". Quanto à situação na Austrália, a entidade aponta que o país registrou o ano "mais quente de sua história" em 2013. O calor, porém, continuou em janeiro, principalmente na região da Tasmânia. Melbourne registrou sete de dias de temperaturas médias acima de 40ºC. Adelaide teve onze dias com temperaturas de 42ºC.
No Hemisfério Norte, os eventos extremos também marcaram os últimos meses. A OMM aponta para as "ondas de frio" nos EUA, seca na Califórnia, inundações na Grã-Bretanha e tempestades na Europa. Os Alpes também foram afetados por uma queda de neve maior do que a média.
Já na Rússia, as temperaturas ficam muito acima da média para o inverno, com os termômetros marcando 9°C entre os dias 29 de dezembro e 4 de janeiro, quando deveriam estar em registros negativos. O clima "ameno" ainda causou problemas para a Olimpíada de Inverno em Sochi. 


Recordes no clima neste início de ano


  • AFP - 25.02.2014 4 horas atrás
Um mapa de temperaturas de janeiro divulgado por analistas climáticos do governo americano mostra que o leste dos Estados Unidos destacou-se como uma das áreas mais frias do planeta. Os dados são da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (Noaa) divulgados pelo "New York Times".
Mas apesar do drama climático, janeiro não entrou para o livro dos recordes. A temperatura nacional para o mês ficou apenas um décimo abaixo da média do século XX. Janeiro de 2011 conseguiu ser ainda mais frio. Os Estados Unidos representam apenas 2% da superfície do globo terrestre, portanto o país não tem muita influência nas temperaturas globais.
O próprio Brasil, além do sul da África, parte da Europa e da China e até a Austrália ficaram quentes acima da média, segundo o relatório. Isso mantém um padrão de aquecimento global incomum que pode ser uma consequência das emissões de gases de efeito estufa.
E meteorologistas dizem que o norte dos Estados Unidos pode enfrentar ainda mais explosões de frio, tempestades e fortes ventos até a chegada da primavera, embora intercalados com rajadas de calor em algumas áreas. As perspectivas para o próximo mês são estão fora do padrão nas regiões Oeste, Sudoeste e parte do Alasca, assim como a continuação da seca na Califórnia.
Recorde de chuvas no Reino Unido
Enquanto isto, o Reino Unido bateu recorde de chuvas. As tempestades dos últimos dois meses fizeram deste inverno o mais chuvoso desde que os registros começaram em 1910. De acordo com dados provisórios do "Met Office", o Reino Unido recebeu 486,8 milímetros (mm) de chuva entre 1º de dezembro e 19 de fevereiro, informou a "BBC". O recorde anterior tinha sido de 485,1mm em 1995. As áreas central e sudoeste da Inglaterra bateram recordes no dia 11 de fevereiro com um total de 439,2 mm, quebrando o anterior, entre 1914 e 1915.
- Nossos dados remontam de 1910, ou seja mais de um século, e ele foi quebrado - comentou o meteorologista da BBC John Hammond. - Estamos quase com 500mm de chuva.
E pelas previsões, a chuva não dará trégua. Segundo a porta-voz do Met Office, Laura Young, são esperadas por lá tempestades, juntamente com períodos de sol, nos próximos dias.

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