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Catar tenta evitar fracasso de conferência do clima de Doha
08 de dezembro de 2012 • 09h05
• atualizado às 09h26
O Catar, que hospeda as negociações da ONU sobre a luta
contra as mudanças climáticas, propôs na manhã deste sábado um texto de
compromisso para tentar evitar um fracasso. "Chegou o momento de
intensificar os esforços", disse aos delegados e ministros de mais de
190 países reunidos em Doha o vice-primeiro-ministro do Catar, Abdullah
al-Attiya, que preside a conferência da ONU realizada desde 26 de
novembro na capital do país.
O responsável propôs às delegações uma série de textos com compromissos aceitáveis, segundo ele, para a totalidade dos temas discutidos no segundo ato do protocolo de Kyoto, um dos principais pontos esperados deste acordo. "Não temos dias inteiros a nossa disposição. Os ministros e delegados começam a ir embora, temos que terminar nas próximas horas", continuou.
As delegações tinham uma hora e meia, ou seja, até as 7h GMT (5h de Brasília) para ler os documentos e fazer propostas. Um negociador europeu disse pouco antes à AFP que não era esperado um acordo "antes de ao menos várias horas".
Os delegados realizaram consultas durante toda a noite para tentar desbloquear, em vão, alguns temas muito delicados, entre eles o da ajuda financeira exigida pelos países do Sul para enfrentar os efeitos do aquecimento global.
Os países do Sul pediram US$ 60 bilhões até 2015 para fazer a transição entre a ajuda de emergência de US$ 30 bilhões, acordada para o período de 2010-2012, e a promessa de US$ 100 bilhões por ano até 2020. Os principais países doadores não quiseram se comprometer a entregar semelhante soma.
Os negociadores tentam encontrar uma fórmula que satisfaça todos os países em desenvolvimento sobre o fato de que os países do Norte cumprirão com seus compromissos, mas os Estados Unidos, no meio da noite, estavam muito relutantes em aceitar qualquer menção muito vinculante.
Outros temas seguem sobre a mesa de negociações, como as exigências feitas pelos países do Sul aos do Norte pelas "perdas e danos" vinculados às mudanças climáticas, um cabo de guerra que opõe os países mais pobres e os Estados Unidos.
Os primeiros querem a aplicação de um mecanismo sobre este tema, enquanto a delegação americana teme que algum dia isso leve a ações judiciais, segundo um observador das negociações.
A conferência de Doha tem por objetivo proporcionar o nascimento a partir de 1 de janeiro de 2013 do segundo período do protocolo de Kyoto, única ferramenta que compromete os países industrializados a reduzir os gases de efeito estufa.
Seu alcance é, na realidade, simbólico, já que os compromissos, principalmente os da UE e da Austrália, após a retirada de Japão, Rússia e Canadá, representam apenas 15% das emissões globais de gases de efeito estufa.
No entanto, os países em desenvolvimento insistem em manter vivo este instrumento legal, que obriga os países do Norte a agir, em nome de sua "responsabilidade histórica" nas mudanças climáticas.
Nas últimas semanas, os relatórios e estudos ressaltaram a situação real das mudanças climáticas e o fato de que os esforços realizados estão longe de poder freá-las, já que revertê-las parece difícil. A temperatura global do planeta subirá de 3°C a 5°C, e não 2°C, a marca para além da qual o sistema climático se tornaria incontrolável.
Desde 1995, a comunidade internacional se reúne todos os anos em complexas e difíceis negociações dirigidas pela ONU para tentar aumentar e distribuir de forma igualitárias as reduções de gases de efeito estufa.
A próxima grande reunião é a de 2015 em Paris para alcançar um acordo universal sobre as reduções desses gases que envolva todos os países, incluindo os dois grandes poluidores do planeta, China e Estados Unidos, com medidas que devem entrar em vigor em 2020.
O responsável propôs às delegações uma série de textos com compromissos aceitáveis, segundo ele, para a totalidade dos temas discutidos no segundo ato do protocolo de Kyoto, um dos principais pontos esperados deste acordo. "Não temos dias inteiros a nossa disposição. Os ministros e delegados começam a ir embora, temos que terminar nas próximas horas", continuou.
As delegações tinham uma hora e meia, ou seja, até as 7h GMT (5h de Brasília) para ler os documentos e fazer propostas. Um negociador europeu disse pouco antes à AFP que não era esperado um acordo "antes de ao menos várias horas".
Os delegados realizaram consultas durante toda a noite para tentar desbloquear, em vão, alguns temas muito delicados, entre eles o da ajuda financeira exigida pelos países do Sul para enfrentar os efeitos do aquecimento global.
Os países do Sul pediram US$ 60 bilhões até 2015 para fazer a transição entre a ajuda de emergência de US$ 30 bilhões, acordada para o período de 2010-2012, e a promessa de US$ 100 bilhões por ano até 2020. Os principais países doadores não quiseram se comprometer a entregar semelhante soma.
Os negociadores tentam encontrar uma fórmula que satisfaça todos os países em desenvolvimento sobre o fato de que os países do Norte cumprirão com seus compromissos, mas os Estados Unidos, no meio da noite, estavam muito relutantes em aceitar qualquer menção muito vinculante.
Outros temas seguem sobre a mesa de negociações, como as exigências feitas pelos países do Sul aos do Norte pelas "perdas e danos" vinculados às mudanças climáticas, um cabo de guerra que opõe os países mais pobres e os Estados Unidos.
Os primeiros querem a aplicação de um mecanismo sobre este tema, enquanto a delegação americana teme que algum dia isso leve a ações judiciais, segundo um observador das negociações.
A conferência de Doha tem por objetivo proporcionar o nascimento a partir de 1 de janeiro de 2013 do segundo período do protocolo de Kyoto, única ferramenta que compromete os países industrializados a reduzir os gases de efeito estufa.
Seu alcance é, na realidade, simbólico, já que os compromissos, principalmente os da UE e da Austrália, após a retirada de Japão, Rússia e Canadá, representam apenas 15% das emissões globais de gases de efeito estufa.
No entanto, os países em desenvolvimento insistem em manter vivo este instrumento legal, que obriga os países do Norte a agir, em nome de sua "responsabilidade histórica" nas mudanças climáticas.
Nas últimas semanas, os relatórios e estudos ressaltaram a situação real das mudanças climáticas e o fato de que os esforços realizados estão longe de poder freá-las, já que revertê-las parece difícil. A temperatura global do planeta subirá de 3°C a 5°C, e não 2°C, a marca para além da qual o sistema climático se tornaria incontrolável.
Desde 1995, a comunidade internacional se reúne todos os anos em complexas e difíceis negociações dirigidas pela ONU para tentar aumentar e distribuir de forma igualitárias as reduções de gases de efeito estufa.
A próxima grande reunião é a de 2015 em Paris para alcançar um acordo universal sobre as reduções desses gases que envolva todos os países, incluindo os dois grandes poluidores do planeta, China e Estados Unidos, com medidas que devem entrar em vigor em 2020.
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