TUFÃO BOPHA NAS FILIPINAS

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Lisboa

Aproximação do tufão "Bopha" força alerta de evacuação de milhares de casas nas Filipinas

Lusa 03 Dez, 2012, 07:51 / atualizado em 03 Dez, 2012, 08:48

Rolex Dela Pena, EPA

A aproximação de um forte tufão das Filipinas obrigou as autoridades do país a ordenarem hoje a retirada imediata de milhares de pessoas das zonas costeiras e de baixa altitude, indicaram fontes oficiais.

O tufão "Bopha", com ventos até 210 quilómetros por hora, deverá tocar terra numa aldeia de pescadores, no sul do país, durante esta noite, sendo já considerado o mais forte da época a atingir as Filipinas este ano.
O governador de Hinatuan exortou os cerca de 39 mil habitantes da aldeia a prepararem-se para o pior, apelando àqueles que vivem junto à costa ou em áreas passíveis de serem afetadas pela subida do nível do rio para se deslocarem para os abrigos, sob a alçada do governo.
"Não chove ainda, mas pode começar a chover esta noite. Este vai ser o tufão mais forte deste ano", alertou o diretor do centro de defesa civil, Edgardo Ollet.
Os serviços meteorológicos indicaram que o "Bopha" deve trazer "fortes chuvas" para Hinatuan e para as áreas circundantes, bem como para as olhas centrais das Filipinas.
Às 02:00 em Lisboa, o centro do tufão encontrava-se a cerca de 550 quilómetros a sudeste de Hinatuan.
As autoridades filipinas têm vindo a criar reservas de alimentos e equipamentos para as operações de resgate, com o pessoal militar e da guarda costeira a ser destacado para as zonas mais vulneráveis perante o receio de que o tufão possa causar deslizamentos de terra e inundações.
Edgardo Ollet afirmou não estar certo de que os residentes vão cumprir as ordens de retirada.
As Filipinas são atingidas por cerca de 20 tufões por ano, alguns dos quais mortíferos, sendo o "Bopha" o 16.º de 2012.
Em agosto, cerca de uma centena de pessoas morreram e mais de um milhão de outras ficaram sem causa devido às fortes inundações causadas por uma série de tempestades.
Em 2011, o país foi abalado por 11 tufões, os quais causaram mais de 1.500 mortos e afetaram cerca de 10 % da população, segundo dados facultados pelo governo e citados pela agência noticiosa AFP.