Imagem das 15h30min de 12.12.2013 mostra o canal de umidade se movimentando para o norte chegando até a Bahia.
Imagem das 11h de 12.12.2013, mostra instabilidades mais fortes da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) sobre o norte de Minas Gerais e Espírito Santo onde causa chuva forte com trovoadas.
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Onze municípios fluminenses estão em alerta máximo por causa da cheia de rios
12/12/2013 - 9h00
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Onze municípios fluminenses estão em alerta máximo por causa do aumento do nível de rios. Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que faz o monitoramento dos rios no estado, o alerta máximo é o mais grave em uma escala de quatro níveis, que significa que há previsão de continuidade da chuva e o nível de rios já atingiu 80% da cota de transbordamento.
Entre os municípios em alerta máximo, quatro estão na Baixada Fluminense. O Rio Sarapuí ameaça as cidades de Nilópolis, Mesquita, Belford Roxo e Duque de Caxias. Os dois últimos municípios também são ameaçados pelo Rio Capivari.
O Inea também decretou estágio de alerta (o segundo mais grave) para os rios Iguaçu (que corta Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Belford Roxo), Pavuna (que corta São João de Meriti) e Saracuruna (que corta Duque de Caxias).
Na Região Serrana, a cheia do Rio Quintandinha coloca Petrópolis em alerta máximo. Em Teresópolis, o Inea decretou estágio de alerta para o Rio Paquequer.
No norte fluminense, o alerta máximo vale para os rios Muriaé, que passa pelas cidades de Laje do Muriaé, Itaperuna, Cardoso Moreira e Italva; Carangola, que corta o município Porciúncula; e Itabapoana, que passa por Bom Jesus do Itabapoana.
Edição: Denise Griesinger
crédito à Agência Brasil
JORNAL DO BRASIL
Mais de quatro mil pessoas estão desalojadas após o temporal que atingiu o Rio de Janeiro entre a noite de terça-feira (10) e a manhã de quarta-feira (11). Pelo menos duas pessoas e 390 estão desabrigadas.
Municípios da Baixada Fluminense decretaram estado de calamidade pública. Em Nova Iguaçu, há 900 desalojados e 200 desabrigados. Em Queimados, há cerca de 1.900 desalojados e 115 desabrigados. Em Japeri, há cerca de mil famílias desalojadas e 20 desabrigadas.
A presidente Dilma Rousseff telefonou quarta-feira (11) para o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e para o prefeito Eduardo Paes para manifestar solidariedade à população fluminense e oferecer ajuda federal no enfrentamento das fortes chuvas que atingiram a capital e diversas áreas do Estado.
Segundo o Planalto, já existe em andamento uma parceria entre o governo federal e o estado no enfrentamento das calamidades públicas, especialmente na Região Serrana.
Obras de Eduardo Paes dão um presente antecipado de Natal para os cariocas
O Rio de Janeiro amanheceu embaixo d’água na manhã de quarta-feira. A Via Binário, inaugurada há menos de dois meses, ficou totalmente alagada na altura da Cidade do Samba. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, chegou a afirmar que os problemas na via continuarão até 2016 porque o sistema de drenagem no local não está concluído. As chuvas fortes, já no começo da madrugada, atingiram principalmente a zona norte da cidade e a Baixada Fluminense.
Os batalhões do corpo de bombeiros da cidade receberam muito mais chamadas do que o normal. A maioria das ocorrências foram por conta de alagamentos e o 24º GBM de Irajá chegou a atender um caso com vítima fatal. Os desabamentos também foram recorrentes. Na Penha, os bombeiros foram acionados ainda de madrugada por causa da queda de um muro na rua Irapuã. O Sistema de Alerta e Alarme Comunitário da Prefeitura do Rio também foi acionado e as sirenes de 49 comunidades foram disparadas a partir das 4h55.
O especialista em gerenciamento de risco Gustavo Cunha Mello explica que o sistema de sirenes é um bom começo, mas não passa de uma medida paliativa. “Em momentos de crise, os bombeiros não têm efetivo para chegar às regiões, principalmente quando é preciso atender a cidade inteira. Para evitar o caos, é preciso criar núcleos de defesa civil nas comunidades, para que cada uma tenha o seu. Moradores precisam aprender primeiros socorros, tem que ter pluviômetros e trabalhar com treinamentos ordenados para saber o que fazer nesses momentos. De mais de 300 áreas de risco, poucas tem sirenes, e elas são medidas paliativas”, conta.
O temporal dessa madrugada correspondeu à media prevista para todo o mês de dezembro e deve continuar até sexta-feira.
Uma das principais vias da cidade, a Avenida Brasil, chegou a ser interditada em seus dois sentidos por conta das chuvas. A Via Dutra também ficou fechada em diversos pontos de alagamentos. Eduardo Paes sugeriu que as pessoas não saiam de casa, para evitar acidentes. Gustavo Cunha também aconselha que todos permaneçam em casa. “Infelizmente, a solução do prefeito, agora, é a melhor opção. A população deve permanecer em casa. Nas ruas, há risco de o vento derrubar os fios de alta tensão e alguém ser eletrocutado. Além disso, as águas estão em contato com o esgoto, que traz urina de ratos. Se a pessoa estiver com uma ferida no pé, pode pegar leptospirose”, diz.
Apesar de concordar com o conselho do prefeito, Gustavo acredita que medidas em longo prazo devem ser tomadas para diminuir os danos causados por tempestades. “Obras para muros de contenção em áreas de risco e limpeza e drenagem dos rios são extremamente necessários para acabar com esse tipo de problema. Terminar as obras do mergulhão da Praça da Bandeira, além de expandir esses mergulhões para outras áreas da cidade também são medidas que ajudam, já que o mergulhão concentra a água para que bombas drenem. Outra coisa muito importante é que as pessoas precisam aprender a não jogar lixo nos rios porque ele é o mesmo que vai encher depois”, explica.
Gustavo conta ainda que para conter os danos causados à cidade, a Prefeitura precisa criar uma lista de prioridades em que essas obras estejam no topo da lista. Segundo ele, há muito dinheiro sendo gasto em outros projetos. O Porto Maravilha, por exemplo, custará quase R$ 8 bilhões. “Com esse orçamento seria fácil corrigir 100% dos problemas nas áreas de risco. O problema que a cidade enfrenta é crônico, acontece desde 2010. A culpa da Prefeitura existe a partir do momento em que não prioriza obras para conter esses danos. Estamos chegando em 2014 e nada mudou. O orçamento da GeoRio é pequeno se comparado ao desafio que ela enfrenta”, conta.
Com reportagem de Amanda Rocha
Rio de Janeiro – Onze municípios fluminenses estão em alerta máximo por causa do aumento do nível de rios. Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que faz o monitoramento dos rios no estado, o alerta máximo é o mais grave em uma escala de quatro níveis, que significa que há previsão de continuidade da chuva e o nível de rios já atingiu 80% da cota de transbordamento.
Entre os municípios em alerta máximo, quatro estão na Baixada Fluminense. O Rio Sarapuí ameaça as cidades de Nilópolis, Mesquita, Belford Roxo e Duque de Caxias. Os dois últimos municípios também são ameaçados pelo Rio Capivari.
O Inea também decretou estágio de alerta (o segundo mais grave) para os rios Iguaçu (que corta Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Belford Roxo), Pavuna (que corta São João de Meriti) e Saracuruna (que corta Duque de Caxias).
Na Região Serrana, a cheia do Rio Quintandinha coloca Petrópolis em alerta máximo. Em Teresópolis, o Inea decretou estágio de alerta para o Rio Paquequer.
No norte fluminense, o alerta máximo vale para os rios Muriaé, que passa pelas cidades de Laje do Muriaé, Itaperuna, Cardoso Moreira e Italva; Carangola, que corta o município Porciúncula; e Itabapoana, que passa por Bom Jesus do Itabapoana.
Edição: Denise Griesinger
crédito à Agência Brasil
JORNAL DO BRASIL
Estado do Rio tem mais de 4 mil pessoas desalojadas após temporal
Mais de quatro mil pessoas estão desalojadas após o temporal que atingiu o Rio de Janeiro entre a noite de terça-feira (10) e a manhã de quarta-feira (11). Pelo menos duas pessoas e 390 estão desabrigadas.
Municípios da Baixada Fluminense decretaram estado de calamidade pública. Em Nova Iguaçu, há 900 desalojados e 200 desabrigados. Em Queimados, há cerca de 1.900 desalojados e 115 desabrigados. Em Japeri, há cerca de mil famílias desalojadas e 20 desabrigadas.
A presidente Dilma Rousseff telefonou quarta-feira (11) para o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e para o prefeito Eduardo Paes para manifestar solidariedade à população fluminense e oferecer ajuda federal no enfrentamento das fortes chuvas que atingiram a capital e diversas áreas do Estado.
Segundo o Planalto, já existe em andamento uma parceria entre o governo federal e o estado no enfrentamento das calamidades públicas, especialmente na Região Serrana.
Obras de Eduardo Paes dão um presente antecipado de Natal para os cariocas
O Rio de Janeiro amanheceu embaixo d’água na manhã de quarta-feira. A Via Binário, inaugurada há menos de dois meses, ficou totalmente alagada na altura da Cidade do Samba. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, chegou a afirmar que os problemas na via continuarão até 2016 porque o sistema de drenagem no local não está concluído. As chuvas fortes, já no começo da madrugada, atingiram principalmente a zona norte da cidade e a Baixada Fluminense.
Os batalhões do corpo de bombeiros da cidade receberam muito mais chamadas do que o normal. A maioria das ocorrências foram por conta de alagamentos e o 24º GBM de Irajá chegou a atender um caso com vítima fatal. Os desabamentos também foram recorrentes. Na Penha, os bombeiros foram acionados ainda de madrugada por causa da queda de um muro na rua Irapuã. O Sistema de Alerta e Alarme Comunitário da Prefeitura do Rio também foi acionado e as sirenes de 49 comunidades foram disparadas a partir das 4h55.
O especialista em gerenciamento de risco Gustavo Cunha Mello explica que o sistema de sirenes é um bom começo, mas não passa de uma medida paliativa. “Em momentos de crise, os bombeiros não têm efetivo para chegar às regiões, principalmente quando é preciso atender a cidade inteira. Para evitar o caos, é preciso criar núcleos de defesa civil nas comunidades, para que cada uma tenha o seu. Moradores precisam aprender primeiros socorros, tem que ter pluviômetros e trabalhar com treinamentos ordenados para saber o que fazer nesses momentos. De mais de 300 áreas de risco, poucas tem sirenes, e elas são medidas paliativas”, conta.
O temporal dessa madrugada correspondeu à media prevista para todo o mês de dezembro e deve continuar até sexta-feira.
Uma das principais vias da cidade, a Avenida Brasil, chegou a ser interditada em seus dois sentidos por conta das chuvas. A Via Dutra também ficou fechada em diversos pontos de alagamentos. Eduardo Paes sugeriu que as pessoas não saiam de casa, para evitar acidentes. Gustavo Cunha também aconselha que todos permaneçam em casa. “Infelizmente, a solução do prefeito, agora, é a melhor opção. A população deve permanecer em casa. Nas ruas, há risco de o vento derrubar os fios de alta tensão e alguém ser eletrocutado. Além disso, as águas estão em contato com o esgoto, que traz urina de ratos. Se a pessoa estiver com uma ferida no pé, pode pegar leptospirose”, diz.
Apesar de concordar com o conselho do prefeito, Gustavo acredita que medidas em longo prazo devem ser tomadas para diminuir os danos causados por tempestades. “Obras para muros de contenção em áreas de risco e limpeza e drenagem dos rios são extremamente necessários para acabar com esse tipo de problema. Terminar as obras do mergulhão da Praça da Bandeira, além de expandir esses mergulhões para outras áreas da cidade também são medidas que ajudam, já que o mergulhão concentra a água para que bombas drenem. Outra coisa muito importante é que as pessoas precisam aprender a não jogar lixo nos rios porque ele é o mesmo que vai encher depois”, explica.
Gustavo conta ainda que para conter os danos causados à cidade, a Prefeitura precisa criar uma lista de prioridades em que essas obras estejam no topo da lista. Segundo ele, há muito dinheiro sendo gasto em outros projetos. O Porto Maravilha, por exemplo, custará quase R$ 8 bilhões. “Com esse orçamento seria fácil corrigir 100% dos problemas nas áreas de risco. O problema que a cidade enfrenta é crônico, acontece desde 2010. A culpa da Prefeitura existe a partir do momento em que não prioriza obras para conter esses danos. Estamos chegando em 2014 e nada mudou. O orçamento da GeoRio é pequeno se comparado ao desafio que ela enfrenta”, conta.
Com reportagem de Amanda Rocha
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