JORNAL ZERO HORA
Rio dos Sinos29/08/2013 | 09h37
São Leopoldo suspende aulas e interdita ponte devido à chuva no RS (Foto: Divulgação/PMSL)
As decisões foram tomadas em reunião entre representantes da prefeitura e da Defesa Civil na manhã desta quarta. Ponto histórico da cidade, A ponte, uma das quatro que ligam o Centro à Zona Norte, é um dos pontos históricos da cidade. Foi construída em 1875. Devido à fragilidade, a interdição foi determinada.
São Leopoldo suspende aulas e interdita ponte devido à chuva no RS (Foto: Divulgação/PMSL)
As decisões foram tomadas em reunião entre representantes da prefeitura e da Defesa Civil na manhã desta quarta. Ponto histórico da cidade, A ponte, uma das quatro que ligam o Centro à Zona Norte, é um dos pontos históricos da cidade. Foi construída em 1875. Devido à fragilidade, a interdição foi determinada.
Remoção de famílias em São Leopoldo faz número de desalojados dobrar no RS
Segundo a Defesa Civil, são 17 mil afetados pelas chuvas, 8 mil somente em São Leopoldo
Água chega quase ao teto das casas no bairro Feitoria
Foto:
Mateus Ferraz / Rádio Gaúcha/Agência RBS
A maior cheia do Rio dos Sinos desde
1965 fez com que a estatística de afetados pelas enchentes no Estado
praticamente dobrasse de um balanço para outro da Defesa Civil.
Com mais de 8 mil desalojados, São Leopoldo fez com que o dado estadual pulasse de 6,9 mil para 14,7 mil. Somados aos desabrigados (aqueles que precisam de abrigos públicos), são 17,6 mil os gaúchos que tiveram de deixar suas casas por conta das enchentes.
O salto na estatística chamou a atenção, já que no balanço divulgado pela Defesa Civil às 18h de quarta-feira, o número de afetados pelas chuvas havia reduzido para 9,9 mil. No balanço das 22h, já eram 17 mil.
Segundo o sargento João Geraldo Rodrigues, do Centro de Operações da Defesa Civil do Estado, o aumento significativo se deve à remoção de moradores dos bairros Feitoria e Scharlau.
— Tivemos de retirar quase o bairro inteiro, porque eles estão debaixo d'água. No Rio dos Sinos, a enchente chega depois da chuva, porque lá deságuam outros rios e muitos arroios — explica Rodrigues.
Ainda não foi divulgado um novo balanço oficial na manhã desta quinta-feira, mas a Defesa Civil adiantou à reportagem que o número de desabrigados e desalojados não se alterou.
De acordo com o presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio dos Sinos, Arno Kayser, esta é a maior enchente no Rio dos Sinos desde 1965.
A cheia provoca transtornos até mesmo na BR-116, entre Sapucaia do Sul e Esteio, onde a água invadiu a pista lateral da rodovia, causando lentidão e congestionamento na manhã desta quinta-feira.
29/08/2013 | 05h33
Com mais de 8 mil desalojados, São Leopoldo fez com que o dado estadual pulasse de 6,9 mil para 14,7 mil. Somados aos desabrigados (aqueles que precisam de abrigos públicos), são 17,6 mil os gaúchos que tiveram de deixar suas casas por conta das enchentes.
O salto na estatística chamou a atenção, já que no balanço divulgado pela Defesa Civil às 18h de quarta-feira, o número de afetados pelas chuvas havia reduzido para 9,9 mil. No balanço das 22h, já eram 17 mil.
Segundo o sargento João Geraldo Rodrigues, do Centro de Operações da Defesa Civil do Estado, o aumento significativo se deve à remoção de moradores dos bairros Feitoria e Scharlau.
— Tivemos de retirar quase o bairro inteiro, porque eles estão debaixo d'água. No Rio dos Sinos, a enchente chega depois da chuva, porque lá deságuam outros rios e muitos arroios — explica Rodrigues.
Ainda não foi divulgado um novo balanço oficial na manhã desta quinta-feira, mas a Defesa Civil adiantou à reportagem que o número de desabrigados e desalojados não se alterou.
De acordo com o presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio dos Sinos, Arno Kayser, esta é a maior enchente no Rio dos Sinos desde 1965.
A cheia provoca transtornos até mesmo na BR-116, entre Sapucaia do Sul e Esteio, onde a água invadiu a pista lateral da rodovia, causando lentidão e congestionamento na manhã desta quinta-feira.
29/08/2013 | 05h33
Rede de solidariedade se forma para ajudar atingidos pelas cheias
Central da Defesa Civil recebeu milhares de peças de gente disposta a colaborar com quem precisa
Pontos
de coleta nas cidades (acima, em Novo Hamburgo) recolhem bens para
ajudar as cerca de 10 mil pessoas afetadas pelas cheias
Foto:
Charles Dias / Especial
Se cerca de 10 mil pessoas foram atingidas pelas enchentes que
assolaram o Estado — principalmente nos vales dos rios Caí, Taquari e
Sinos —, outras milhares se mobilizaram para ajudar as famílias que
perderam os bens devido à força das águas.
A central de doações da Defesa Civil do RS juntou, desde segunda-feira, mais de 5 mil peças de roupas somente na sede do órgão, em Porto Alegre.
Cerca de 7 mil garrafas de água foram doadas pela empresa Vonpar às vítimas das enchentes em Novo Hamburgo, Nova Santa Rita, Eldorado do Sul, Alvorada e Cachoeirinha. Outras grandes empresas também entraram na rede de solidariedade. Mas é por meio dos anônimos que as doações crescem substancialmente. Em Novo Hamburgo, na Fábrica de Cidadania, ponto utilizado pela prefeitura para a coleta dos mantimentos, um jovem de 23 anos fez o seu ritual dos últimos anos.
— É a terceira vez que venho doar. As pessoas perdem tudo e não têm para onde ir — disse o empresário Marcos Martins, que doou dois colchões e diversas peças de roupas.
Boa parte dos doadores encaminha diretamente às centrais municipais de coleta os materiais. E a unidade central de coletas do Estado comemora o crescimento da solidariedade.
— Somente na central, dezenas de pessoas estão vindo a cada dia e trazendo muitas coisas. Antes das enchentes, era raro alguém lembrar do nosso espaço. No Estado inteiro está acontecendo essa espécie de "rede solidária" — explica a coordenadora da central de doações da Defesa Civil, Jurema Werner de Mattos.
Há, por outro lado, materiais que não estão sendo arrecadados em quantidade suficiente para suprir a demanda dos 3 mil desabrigados e 6,9 mil desalojados gaúchos.
— Precisamos de cobertores e colchões. Desde o início da semana, apenas 15 colchões foram doados. São as nossas maiores necessidades — argumenta Jurema.
Em um dos maiores abrigos montados para as vítimas das enchentes, as famílias pedem ajuda, mas não perdem a esperança. Após chegar na terça-feira pela manhã ao Centro Integrado de Educação Pública de Novo Hamburgo, no bairro Canudos, a desempregada Janete da Silva Boava, 38 anos, recebeu colchões de pessoas que não conhecia. Sentiu-se acolhida.
— Nunca tinha passado por uma enchente como essa. Perdi geladeira, fogão, estávamos sem luz e com frio. Agradeço às pessoas que doaram os colchões em que eu e meus três filhos estamos dormindo — afirmou.
Como doar
Pontos de coleta
> A Central de Doações do RS (Avenida Borges de Medeiros, 1.501 — Porto Alegre) tem parceria com a rede de supermercados Zaffari (com os shoppings Bourbon) e as unidades da San Marino Veículos em Viamão, Cachoeirinha e Porto Alegre.
> Também é possível doar pela central de coleta dos municípios. Confira o endereço em defesacivil.rs.gov.br
O que doar
> Cobertores, colchões, alimentos e materiais de higiene pessoal.
Horário
> A central abre das 8h às 18h30min, de segunda a sexta-feira. Neste fim de semana, funcionará das 9h às 18h.
> Telefone: (51) 3288-6781
Como funciona o abastecimento de água
Previsão é de que o fornecimento em Novo Hamburgo volte no domingo
> A Comusa, que é responsável pelo abastecimento de água em boa parte de Novo Hamburgo (a Corsan opera no bairro Canudos), retirou os quatro motores da Estação de Captação de Água Bruta na tarde de terça-feira.
> O nível da água do poço da estação já estava em vias de transbordar e estava infiltrando na própria estação, onde trabalham três funcionários (dois operadores e um segurança).
> A estrutura de concreto, às margens do Rio dos Sinos, no bairro Lomba Grande, tem 10 metros de profundidade. Mesmo assim, fica cinco metros acima do nível normal do rio, que é de 3m50cm.
> Os motores elétricos, que custam R$ 20 mil cada um e que ficam dentro da estação, poderiam queimar, caso entrasse água neles.
> Quando o nível da água chega a 7m70cm, os motores precisam ser desligados.
> Os motores têm a função de empurrar, por meio das bombas instaladas no fundo do poço da estação de bombeamento, a água para a Estação de Tratamento de Água do município, a cerca de 5,5 quilômetros de distância e a 120 metros de altura.
> O nível de água no Rio dos Sinos, em Novo Hamburgo, estava em 8m44cm desde o início da manhã de ontem.
A central de doações da Defesa Civil do RS juntou, desde segunda-feira, mais de 5 mil peças de roupas somente na sede do órgão, em Porto Alegre.
Cerca de 7 mil garrafas de água foram doadas pela empresa Vonpar às vítimas das enchentes em Novo Hamburgo, Nova Santa Rita, Eldorado do Sul, Alvorada e Cachoeirinha. Outras grandes empresas também entraram na rede de solidariedade. Mas é por meio dos anônimos que as doações crescem substancialmente. Em Novo Hamburgo, na Fábrica de Cidadania, ponto utilizado pela prefeitura para a coleta dos mantimentos, um jovem de 23 anos fez o seu ritual dos últimos anos.
— É a terceira vez que venho doar. As pessoas perdem tudo e não têm para onde ir — disse o empresário Marcos Martins, que doou dois colchões e diversas peças de roupas.
Boa parte dos doadores encaminha diretamente às centrais municipais de coleta os materiais. E a unidade central de coletas do Estado comemora o crescimento da solidariedade.
— Somente na central, dezenas de pessoas estão vindo a cada dia e trazendo muitas coisas. Antes das enchentes, era raro alguém lembrar do nosso espaço. No Estado inteiro está acontecendo essa espécie de "rede solidária" — explica a coordenadora da central de doações da Defesa Civil, Jurema Werner de Mattos.
Há, por outro lado, materiais que não estão sendo arrecadados em quantidade suficiente para suprir a demanda dos 3 mil desabrigados e 6,9 mil desalojados gaúchos.
— Precisamos de cobertores e colchões. Desde o início da semana, apenas 15 colchões foram doados. São as nossas maiores necessidades — argumenta Jurema.
Em um dos maiores abrigos montados para as vítimas das enchentes, as famílias pedem ajuda, mas não perdem a esperança. Após chegar na terça-feira pela manhã ao Centro Integrado de Educação Pública de Novo Hamburgo, no bairro Canudos, a desempregada Janete da Silva Boava, 38 anos, recebeu colchões de pessoas que não conhecia. Sentiu-se acolhida.
— Nunca tinha passado por uma enchente como essa. Perdi geladeira, fogão, estávamos sem luz e com frio. Agradeço às pessoas que doaram os colchões em que eu e meus três filhos estamos dormindo — afirmou.
Como doar
Pontos de coleta
> A Central de Doações do RS (Avenida Borges de Medeiros, 1.501 — Porto Alegre) tem parceria com a rede de supermercados Zaffari (com os shoppings Bourbon) e as unidades da San Marino Veículos em Viamão, Cachoeirinha e Porto Alegre.
> Também é possível doar pela central de coleta dos municípios. Confira o endereço em defesacivil.rs.gov.br
O que doar
> Cobertores, colchões, alimentos e materiais de higiene pessoal.
Horário
> A central abre das 8h às 18h30min, de segunda a sexta-feira. Neste fim de semana, funcionará das 9h às 18h.
> Telefone: (51) 3288-6781
Como funciona o abastecimento de água
Previsão é de que o fornecimento em Novo Hamburgo volte no domingo
> A Comusa, que é responsável pelo abastecimento de água em boa parte de Novo Hamburgo (a Corsan opera no bairro Canudos), retirou os quatro motores da Estação de Captação de Água Bruta na tarde de terça-feira.
> O nível da água do poço da estação já estava em vias de transbordar e estava infiltrando na própria estação, onde trabalham três funcionários (dois operadores e um segurança).
> A estrutura de concreto, às margens do Rio dos Sinos, no bairro Lomba Grande, tem 10 metros de profundidade. Mesmo assim, fica cinco metros acima do nível normal do rio, que é de 3m50cm.
> Os motores elétricos, que custam R$ 20 mil cada um e que ficam dentro da estação, poderiam queimar, caso entrasse água neles.
> Quando o nível da água chega a 7m70cm, os motores precisam ser desligados.
> Os motores têm a função de empurrar, por meio das bombas instaladas no fundo do poço da estação de bombeamento, a água para a Estação de Tratamento de Água do município, a cerca de 5,5 quilômetros de distância e a 120 metros de altura.
> O nível de água no Rio dos Sinos, em Novo Hamburgo, estava em 8m44cm desde o início da manhã de ontem.
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