Imagem das 13h de 26 de agosto, após 4 dias de chuva, mostra a frente fria avançando e chegou no Paraná onde causa chuvas e queda de temperatura. A tendência é formar um ciclone extratropical no litoral do Rio Grande do Sul e frente fria seguir para o Oceano.
Imagem pelo radar mostra a chuva sobre o Paraná e abaixo imagem de satélite GOES 13 das nuvens sobre a Região Sul do Brasil.
25/08/2013 19h21
- Atualizado em
25/08/2013 19h32
Risco de enchente deixa em alerta as autoridades de São Leopoldo, RS
Prefeitura decretou 'estado de atenção' após reunião neste domingo.
Em Esteio, arroio transborda e famílias têm de deixar suas casas.
Rio dos Sinos ameaça invadir casas na Vila do Sapo, em São Leopoldo (Foto: Manoel Soares/RBS TV)
A prefeitura de São Leopoldo,
no Vale do Sinos, decretou “estado de atenção” neste domingo (25) em
função do risco de enchente no município nas próximas 48 horas. A cheia
do Rio do Sinos provocada pelo grande volume de chuva que atinge o Rio Grande do Sul desde sexta-feira (23) ameaça pelo menos 400 casas no município.Segundo o secretário adjunto de Segurança e Defesa Comunitária de São Leopoldo, Marcelo Buz, a última medição do nível do rio apontava 4,32 metros às 17h. O nível é menor do que os 4,80 metros registrados na semana passada, mas o volume deve aumentar com a previsão de continuidade da chuva até a terça-feira (27).
“Esse trabalho é preventivo. Foram dadas orientações e entregamos panfletos com os números dos telefones da Defesa Civil (3566-1464), Guarda Municipal (153) e Bombeiros (193) para que as pessoas liguem em qualquer situação de emergência”, declarou Marcelo Buz, conforme a assessoria de imprensa.
Moradores de Esteio foram atingidos pela cheia de arroio
A chuva também causou transtornos no município de Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com a Defesa Civil do município, o grande volume de chuvas provocou a saída do leito dos arroios Esteio e Sapucaia. Às 14h30min, o volume acumulado de chuva no município já chegava a 170 milímetros.
A água invadiu ruas e casas e alguns moradores tiveram de ser retirados de suas casas. As regiões mais atingidas foram os bairros localizados na parte Sul do município, como Três Marias, Jardim das Figueiras, Primavera, São José, Vila Nova, Navegantes, Esperança, Ezequiel e São Sebastião.
Quatro pontos foram disponibilizados para receber os desalojados, conforme a região. As igrejas São Sebastião e Santa Rita , o Centro de Convivência do Território de Paz do Parque Primavera e o Centro Municipal de Educação Básica Eva Karnal Johann.
O prefeito de Esteio, Gilmar Rinaldi, diz que já prepara o decreto de situação de emergência para agilizar o atendimento às vítimas, principalmente para compra de materiais e mantimentos e a realização de dragagem emergencial dos arroios. A prefeitura também está recebendo doações. Informações de como doar podem ser obtidas pelos telefones (51) 3433-8157 e (51) 3433-8141.
DIÁRIO DE CANOAS
26 de Agosto de 2013 - 10h52
Fantasma da enchente de 41 assusta! Novo Hamburgo parou!
Por Martin Behrend
A enchente de abril/maio de 1941 é considerada por muitos pesquisadores e historiadores como a maior do Rio Grande do Sul. Choveu durante vários dias em quase todo Estado. Muitos bairros de Porto Alegre foram invadidos pelas águas do Guaíba. No Vale do Sinos, a situação não foi diferente.
O jornal O 5 de Abril registrou em edições de maio e junho o drama vivenciado pela população. A comunicação entre Novo Hamburgo e Porto Alegre foi cortada – por telefone, telégrafo e, inclusive, rádio. O caos se instalou.
Novo Hamburgo praticamente parou: fábricas não recebiam matérias-primas e os pedidos escassearam; comércios ficaram sem estoques; os Correios ficaram com a correspondência comprometida, entre outros problemas gerados por estradas fechadas, pontes quebradas, regiões alagadas, etc...
Diversas obras do município foram atingidas, com grandes prejuízos financeiros e na alteração radical da rotina da cidade – as olarias, por exemplo, ficaram submersas. Os bairros Rondônia, Santo Afonso e Lomba Grande deixaram centenas de flagelados.
Também em Novo Hamburgo se criou uma corrente para ajudar as vítimas das enchentes. Diversos cidadãos e empresas do município se mobilizaram com doações que foram revertidas em mantimentos e recursos para a reconstrução de casas.
Construções do Núcleo de Casas Enxaimel ficam embaixo d'água
Prefeitura trabalha na remoção de entulhos da Ponte do Imperador para amenizar a situação
Da Redação
Foto: Tatiana Hentz
Pela manhã uma retroescavadeira da Secretaria de Obras Públicas e Serviços Urbanos trabalhou na Ponte do Imperador, localizada na entrada do Núcleo de Casas Enxaimel, fazendo a retirada de galhos e entulhos que bloqueavam a passagem de água pelos boeiros que servem de escoamento auxilar da Ponte do Imperador monumento histórico tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Segundo o Secretário de Obras Públicas e Serviços Urbanos, Ronaldo Holler, os objetos do museu e das demais casas do Núcleo foram removidos antes que o Arroio Feitoria invadisse as casas. “Os funcionários do Departamento do Cultura levantaram com antecedência todos os equipamentos para que estes não fossem estragados. Esta não é a primeira vez que sofremos com um alagamento no local. Quando a chuva terminar poderemos ter a real noção dos estragos.”
De acordo com o Prefeito Arnaldo Kney, a situação de alagamento do Núcleo será levada em consideração para que se trabalhe na contenção das águas do Feitoria. “A atual situação em que se encontra o Núcleo de Casas Enxaimel deve servir para o planejamento futuro da ampliação deste complexo turístico. Dentro do Plano Plurianual de Ivoti já está prevista a implementação de um sistema contra inundações do Arroio Feitoria”.
O espaço, que é o ponto turístico mais visitado de Ivoti, compõe-se das construções originais enxaimel do início e meados do século 19. Este modelo arquitetônico é caracterizado por edificação com estrutura aparente de madeira – geralmente guajuvira e angico, fixadas através de encaixes e pregos de pau (tarugos) e preenchida com tijolos ou uma mistura de barro e palha. O Núcleo de Ivoti é o maior aglomerado de casas na técnica construtiva enxaimel no Brasil, segundo levantamento e estudos da Fundação Nacional Pró-Memória.
Na região - 25/08/2013 15h24
Atualizado em 26/08/2013 12h44
Confira como está a situação no Vale dos Rios Caí, dos Sinos e afluentes
Área mais afetada é São Sebastião do Caí, mas Rio dos Sinos sobe ligeiramente em Taquara
Da Redação
Foto: Dariele Gomes/GES-Especial
Casas alagadas estão sendo abandonadas por moradores de São Sebastião do Caí
Vale do Paranhana
Entre as 14 horas de sábado e 14 horas de domingo choveu no Vale do Paranhana cerca de 70 mm, sendo que nas últimas 4 horas foram 13,8 mm. Conforme informações do Corpo de Bombeiros Voluntários de Igrejinha, o nível do rio tem oscilado. No início da tarde, se manteve em elevação, diferente do início da manhã, quando o nível havia baixado 30 cm.
As chuvas atingiram 36 famílias em Parobé na madrugada deste sábado (24), e estão abrigadas no ginásio da Escola Noemy Fay dos Santos. Os bairros Mariana, Paraíso, Nova Guarujá e 15 de Junho foram atingidos pela enchente do Rio Paranhana. O Secretário da Defesa Civil, Valdenir Martins (Kiko), acredita que cerca de 90 famílias foram atingidas. “Acreditamos que muitas famílias foram para casa de familiares e não estão no alojamento. Trabalhamos a madrugada inteira na remoção nas áreas ribeirinhas”. A Defesa Civil de Parobé segue em alerta para qualquer imprevisto, pois existe risco de deslizamento de terra e o Arroio Funil está quase transbordando. A cheia do Rio dos Sinos pode prejudicar a vazão do Paranhana.
Em Taquara, apesar do susto causado pelo Rio Paranhana, não houve transtornos no bairro Santa Maria. Desde às 5 horas da manhã o Paranhana vem baixando devagar. Cerca de 15 cm pela manhã. Contudo, o Rio dos Sinos está enchendo ligeiramente. Conforme o coordenador da Defesa Civil, Paulo Mello, estavam sendo retiradas pelo menos famílias do bairro Empresa por volta das 15 horas e sendo encaminhadas ao Ciep.
Vale do Rio Rolante
Conforme última vistoria do Corpo de Bombeiros Voluntários e Defesa Civil de Rolante, divulgada às 17h15, a rótula de acesso à cidade já não tem mais alagamento. Mas segue os problemas no bairro Grassmann - a Rua Matilde Grassmann segue alagada e a Luis Grassmann Sobrinho foi tomada pela água. Na Linha Reichert, a estrada geral segue alagada e interditada nas proximidades da Mecânica do Schimia. Acesso a Campinas 1 e 2 permanecem interditados. O bairro Contestado têm alagamentos na Rua Oscar Alcindo Ritter, entre a Coronel João Linck e a Rua Santo Antônio. Também há problemas em Rolantinho, próximo a entrada da Fazenda Fleck. O acesso a Fazenda Passos via Rolantinho também está interditado. Na Mascarada as passagens molhadas estão interditadas, já que o Rio Mascarada é o que está com mais volume.
Vale do Sinos
Em Sapiranga, Campo Bom e Novo Hamburgo, o Rio dos Sinos está alto, mas não há alagamentos ainda. Em São Leopoldo foi atingida a cota de cheia, superando os 4,20 metros, iniciando a mobilização da Defesa Civil local.
Vale do Caí
Em São Sebastião do Caí o Rio Caí tinha 13,26 metros às 17 horas, com mais de uma centena de desabrigados. Montenegro a situação está se deteriorando, conforme o nível aumenta com a água que desce da porção superior da bacia do Caí. Em Picada Café houve deslizamento de terra durante a madrugada na Rua Aloísio Klauck. Em Ivoti e Lindolfo Collor, o Arroio Feitoria - afluente do Caí - saiu do leito e invadiu o núcleo de casas enxaimel da Feitoria Nova e casas no centro de Lindolfo.
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