JORNAL ZERO HORA
Causas do transtorno31/08/2013 | 09h00Atualizada em 31/08/2013 | 14h43
Prefeitura de Porto Alegre apura causa do rompimento de dique que alagou cerca de 700 casas
Um vão de aproximadamente seis metros de largura pode ter sido "provocado"
Letícia Costa
Apesar de dizer que não está focado nas causas, mas sim no socorro dos moradores, o prefeito José Fortunati afirma que o local diz que área de rompimento tem sinais de movimentação de pessoas.
O diretor-geral do DEP, Tarso Boelter, também confirma a informação e explica que a possibilidade de alagamentos na região levantou discussões durante a semana entre técnicos de Porto Alegre e Alvorada, por onde passa o Arroio Feijó. Boelter, diz que houve um pedido do município vizinho para que o DEP abrisse uma comporta existente. A solicitação buscava solucionar a cheia no manacial, causada pelas recentes chuvas. Porto Alegre se opôs.
— A abertura da comporta transferiria todo problema de Alvorada para Porto Alegre. Por isso, foi acertado um bombeamento feito pela Corsan — explica Boelter.
Nesta semana, duas bombas que dragam a água do Rio Gravataí, manancial que abastece o Feijó, começaram a funcionar. De acordo com o prefeito de Alvorada, Sergio Maciel Bertoldi, foi acordado com o DEP a vazão de água que seria transferida pelas bombas e se sabia que qualquer outra atitude poderia alagar as casas.
— Para nós é uma surpresa o que aconteceu. Se houve a interferência de alguém cabe uma investigação — aponta o prefeito.
Enquanto as causas são estudadas, cerca de cem servidores da prefeitura trabalham na reconstrução do dique, usando pedras em formato de bola. Somente depois poderá ser feito todo o fechamento da estrutura, com o uso de areia e caliças (restos de construção). Por causa da nova previsão de chuva, o engenheiro Fausto Vasques, diretor de conservação do DEP, acredita que os reparos continuarão ao longo da semana até que a reconstrução definitiva fique pronta.
Em mapa, confira a localização do dique:
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