MUITA CHUVA TAMBÉM NA BAHIA

  A TARDE

Qui , 22/08/2013 às 19:14 | Atualizado em: 22/08/2013 às 19:21

Chuva deixa distritos isolados em Prado

Alan Tiago Alves

 

• CAR | Divulgação
  
  Chuva interdita estrada de Cumuruxatiba
• CAR | Divulgação
  
  Destruição na ponte da praia da Amendoeira
• CAR | Divulgação
  
  Chuva interdita estrada de Cumuruxatiba
• CAR | Divulgação
  
  Destruição na ponte da praia da Amendoeira

A prefeitura do município de Prado (distante a 805 km de Salvador), no Sul da Bahia, decretou estado de emergência devido aos danos e transtornos causados pelas fortes chuvas que atingem a região desde a semana passada. O alto índice pluviométrico - quantidade de chuva no período -  acompanhado de fortes ventanias, que já derrubou telhados de casas e resultou em alagamentos em vários pontos da cidade e região, provocou ruptura de barragens e inundação de estradas e pontes, deixando comunidades isoladas.
Segundo a prefeita de Prado, Mayra Brito, os acessos aos distritos de Cumuruxatiba e Curumbau, na zona rural, foram bloqueados, deixando isolados produtores rurais, comunidades indígenas e trabalhadores de assentamentos. Veículos, caminhões e ônibus de transporte intermunicipal ficaram impedidos de transitar pela cidade.
A administração municipal, que decretou situação de emergência na quarta-feira, 22, aguarda oficialização pela Secretaria da Defesa Civil, ligada ao Ministério da Integração, o que, segundo a prefeitura, deve ocorrer ainda nesta sexta. "Foi feito o contato com a Defesa Civil de Salvador e de Brasília. Já fizemos todo o memorial fotográfico e levantamento dos locais comprometidos, seguindo, assim, todos os tramites legais", informou a Prefeita.
Distritos ilhados
Os acessos à Cumuruxatiba, um dos mais castigados, foram bloqueados. Uma das vias, pela BA-489, foi interrompida após forte vazão de água do Rio Campinho. Já a estrada que dá acesso ao distrito pelo litoral precisou ser interditada devido ao comprometimento da Ponte da Amendoeira. Outro ponto que ficou em estado crítico foi a ponte do Japara, que foi submersa pela água. Apenas veículos traçados conseguiram romper os vários obstáculos deixados pela chuva.
"O distrito possui cerca de cinco mil habitantes. Todos estão sem transporte escolar, sem poder contar com ambulâncias, que estão impossibilitadas de acessar o local, e impedidos de transportar sua produção", disse a Mayra.
De acordo com a prefeitura, o período mais crítico foi entre a sexta-feira, 16, e a terça, 20. "Segundo foi informado pelo Climatempo, Embasa e pelo instituto meteorológico de Caravelas, foi registrado um volume de chuva de 180 milímetros somente nos três primeiros dias", informou a gestora municipal.
No primeiro dia de chuva, o telhado de uma quadra poliesportiva de Cumuruxatiba despencou. O incidente aconteceu minutos depois que crianças brincavam no local. Três dias depois, o teto da Escola Municipal Coronel José Ramos, em Curumbau, também veio abaixo. Apesar dos incidentes, conforme a prefeitura, ninguém ficou ferido.
Telhado da escola de Corumbau desabou (Foto: CAR | Divulgação)
Assim como na zona rural, foram registrados vários pontos de alagamentos em diversos bairros da cidade. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas Benedita Lima de Castro ficou alagada. Além disso, segundo a prefeitura, os moradores estão preocupados com o alto risco de contaminação, já que estão expostas à inúmeras doenças.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a chuva deve dar uma trégua na cidade nesta sexta, 23, e no sábado, 24, e o sol deve aparecer entre poucas nuvens. Contudo, a previsão é de que no domingo, 25, o tempo volte a ficar instável, com nebulosidade variável e chuva a qualquer hora do dia.