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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

EL NIÑO FAZ AUMENTAR TEMPERATURAS NA AMAZÔNIA

Anomalia TSM - últimos 3 meses

As informações de monitoramento da anomalia da temperatura da superfície do mar contidas nesta seção são provenientes do National Oceanic and Atmospheric Administration‘s (NOAA), National Weather Service (NWS) e Climate Prediction Center (CPC), atualizadas semanalmente e disponibilizadas nesta seção. As imagens representam as anomalias das temperaturas da superfície do mar (TSM) observada nas últimas 11 semanas.


O comportamento da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) dos últimos meses mostrou uma diminuição da temperatura das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial central, enquanto que águas mais aquecidas que a média histórica da ordem de até 3ºC, permanecem atuando no Pacífico Leste, próximo a costa oeste das Américas Norte e Sul. Já águas superficiais com temperaturas abaixo da média histórica foram identificadas em alguns núcleos próximos à costa noroeste do Chile, com anomalia negativa de temperatura chegando a -1,5ºC. Esse contínuo predomínio de águas mais aquecidas que o normal, sobre grande parte do Pacífico Equatorial, permanece indicando a evolução do fenômeno climático El Niño.

Comparando as anomalias de TSM na costa do Peru, do dia 28.08.2014 com as do dia 07.09.2014 vemos que esfriou até o litoral do Equador, ficando até 2°C menos que a média normal para essa época do ano.  Enquanto que ao norte, afastado do litoral ficou em 1°C acima da média.

 No gráfico vemos que está voltando a subir as TSM na região o El Niño onde chega a estar agora 0,38°C acima da média, saindo portanto da fase de neutralidade e entrando na fase de El Niño Fraco.

acritica.uol.com.br/amazonia/Manaus-Amazonas 




El Niño: Período sem chuvas potencializa o calor no Amazonas

El Niño deve provocar menos precipitação e potencializar as altas temperaturas durante os próximos três meses

Com o calor potencializado e chuvas abaixo do normal, os banhos de rio, piscina ou chuveiro serão ‘bem-vindos’
Com o calor potencializado e chuvas abaixo do normal, os banhos de rio, piscina ou chuveiro serão ‘bem-vindos’ (Bruno Kelly)
 
O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) avalia que o clima em Manaus, nos próximos três meses, será de chuva abaixo da normalidade para o período, o que deve potencializar o calor na cidade.
De acordo com o chefe da Divisão de Meteorologia e Climatologia do Censipam, Ricardo Dalla Rosa, a causa desse efeito no clima da parte Leste do Amazonas é o fenômeno conhecido como El Niño, que se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, influenciando no clima em outras regiões do globo.
Ricardo Dalla Rosa explicou que o monitoramento feito pelo Censipam indica que, até outubro, este fenômeno deve potencializar a seca nas áreas Leste, Sul e Sudeste do Amazonas, sendo que, em outubro, a tendência é que as ocorrências de chuva aumentem, mas, ainda assim, abaixo da média do mês.
Chuva
A diminuição das chuvas nos meses de julho, agosto e setembro já é algo esperado pelos amazonenses. No entanto, este ano, por causa do El Niño, a previsão é de chuva abaixo da normalidade. “Por causa desse fenômeno no oceano Pacífico esperamos chuvas abaixo do normal. Isso é o que se espera. Previsão é previsão. Mas a tendência é que esse quadro não se altere”, declarou o meteorologista.
O normal é que precipitação de chuva varie entre 39 e 64 mm (agosto), 65 e 91 mm (setembro), 85 e 140 mm (outubro). Ricardo Dalla Rosa afirmou que a expectativa é que, nos próximos meses, a precipitação fique 20% abaixo dos parâmetros considerados normais para o período. “São meses com calor mais intenso, mas em outubro as ocorrências de chuva devem iniciar”, declarou.
El Niño
Rosa afirmou que o El Niño ocorre quando as águas do Pacífico se aquecem por mais de dois meses, causando uma alteração na circulação da atmosfera (camada de ar que envolve a terra). “A atmosfera natural não tem vácuo. Esse ar que sobe vai descer em algum lugar. Descendo, ele impede a formação de nuvens, sem nuvens não há precipitação. Então, um ramo desse aquecimento desce a leste (região que inclui Manaus) e impede a formação de nuvens. Impede que vapor d’água vá para cima, se condense e forme nuvens”, afirmou o meteorologista.
Ele informou também que nas demais regiões do Estado não há previsão de chuva diferente da normalidade para o período.
Inversão climática provoca névoa
Para o chefe da Divisão de Meteorologia e Climatologia do Censipam, Ricardo Dalla Rosa, a névoa seca que tomou conta dos céus de Manaus na semana passada não está exatamente ligada às queimadas no Sul do Estado.
Ele afirma que um fenômeno natural, chamado inversão climática, é que influencia na maior percepção das queimadas que, de fato, aumentam neste período do ano. Segundo Ricardo Dalla Rosa, a inversão climática ocorre todas as noites e, por isso, é menos perceptível aos olhos da população.
Nela, há uma dispersão na atmosfera de tudo que é produzido na superfície (incluindo poeira, poluição). Isso ocorre porque a superfície da terra é mais quente que a parte superior (atmosfera).
Ele explica que, no entanto, nesta época do ano, as noites tendem a ser menos nubladas e a parte superior está mais aquecida. Essa questão torna a inversão (dispersão de tudo que é produzido na superfície na atmosfera) mais lenta.
“Quando é muito forte leva um, dois, três dias até uma semana para se dissipar. Como ocorreu na semana passada. Queimadas e névoa seca não têm influência uma sobre a outra. O que ocorre é uma frequência maior de queimadas no período em que a inversão tende a ser mais demorada e por isso a percepção desses fatores é maior”, declarou.
Para Ricardo Dalla Rosa, dificilmente a fumaça provocada por queimadas no Sul do Estado chegaria a cobrir os céus de Manaus sem se dispersar na atmosfera por causa da distância que teria que percorrer.
El Niño
O El Niño é um fenômeno climático, de caráter atmosférico-oceânico. Ele ocorre quando há um aquecimento fora do normal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Causa e efeitoEspecialistas em clima ainda não sabem apontar com exatidão a causa do El Niño. Apenas os efeitos. O fenômeno influencia na alteração de vários fatores climáticos em várias partes do globo, padrões de vento e deslocamento de massas de ar. DuraçãoO período de duração do El Niño varia entre 4 e 18 meses e ele ocorre de forma irregular (em intervalos de 2 a 7 anos). La NiñaNa La Niña, o fenômeno é inverso porque há um favorecimento das chuvas.

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