Doenças infecciosas
Malária chega a novas regiões com mudanças climáticas, afirma estudo
Cientistas descobriram que, devido ao calor, a doença atingiu áreas de alta atitude da América Latina e África Oriental, antes protegidas pelas baixas temperaturas
Inseticidas, mosquiteiros e uso de medicação preventiva
podem combater o mosquito transmissor da malária com sucesso em regiões
de baixa incidência
(Thinkstock)
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Altitudinal Changes in Malaria Incidence in Highlands of Ethiopia and Colombia
Onde foi divulgada: revista Science
Quem fez: A. S. Siraj, M. Santos-Vega, M. J. Bouma, D. Yadeta, D. Ruiz Carrascal, M. Pascual
Instituição: Howard Hughes Medical Institute (HHMI), EUA
Resultado: Os pesquisadores analisaram casos de malária entre 1990 e 2005 na América Latina e África Oriental e descobriram que a doença chegou a novas regiões, impulsionada por mudanças de temperatura
A pesquisa, liderada por cientistas do Howard Hughes Medical
Institute (HHMI), dos Estados Unidos, estudou os casos de malária
registrados de 1990 a 2005 no centro da Etiópia e oeste da Colômbia.
Cruzando esses dados com as temperaturas médias anuais, eles perceberam
que o número de casos da doença aumenta em anos mais quentes e diminui
nos mais amenos. Quando está mais calor, a malária chega às regiões mais
altas. Em anos mais frescos, ela se restringe a locais de baixa
altitude.Título original: Altitudinal Changes in Malaria Incidence in Highlands of Ethiopia and Colombia
Onde foi divulgada: revista Science
Quem fez: A. S. Siraj, M. Santos-Vega, M. J. Bouma, D. Yadeta, D. Ruiz Carrascal, M. Pascual
Instituição: Howard Hughes Medical Institute (HHMI), EUA
Resultado: Os pesquisadores analisaram casos de malária entre 1990 e 2005 na América Latina e África Oriental e descobriram que a doença chegou a novas regiões, impulsionada por mudanças de temperatura
Leia também:
Vacina japonesa reduz em 72% o risco de malária
Cientistas descobrem fóssil de mosquito cheio de sangue
“O risco diminui com a altitude e esta é a razão histórica de as pessoas terem ido viver nessas regiões mais altas”, disse Mercedes Pascual, principal autora do estudo. “O impacto em termos de aumento do risco à doença é muito grande.”
Combate à malária – De acordo com os pesquisadores, o aumento de 1 grau Celsius na temperatura média pode infectar, nos próximos três anos, 3 milhões de crianças menores de 15 anos na Etiópia – se não houver medidas de controle à doença. Estratégias simples como inseticidas, mosquiteiros e uso de medicação preventiva têm maiores chances de sucesso nas novas regiões onde o parasita chegou, pois a taxa de transmissão ainda é relativamente baixa.
A malária é uma das enfermidades que mais matam no mundo – cerca de 600 mil pessoas por ano. Além disso, em 2012 foram constatados 207 milhões de casos da doença, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nenhum comentário:
Postar um comentário