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segunda-feira, 17 de março de 2014

AQUECIMENTO DO ÁRTICO ALTERA CLIMA GLOBAL


 IMAGEM ATUAL DO ÁRTICO
DIÁRIO DE CANOAS
Publicado em 17/02/2014 - 21h23
Última atualização em 17/02/2014 - 21h32 

Aquecimento no Ártico pode alterar clima de Europa e América do Norte

É por essa razão que os Estados Unidos vivem neste ano um inverno particularmente frio
AFP O aquecimento do Ártico pode afetar de forma prolongada a corrente de jato (jet stream) polar, um elemento chave para o clima na América do Norte e na Europa, afirmam cientistas americanos.

Em um estudo, os pesquisadores indicam que a corrente de jato - composta de ventos que sopram de oeste para leste a grandes altitudes - está perdendo força e tende a se prolongar e se desviar mais facilmente de sua trajetória, segundo Jennifer Francis, professora de climatologia na Universidade Rutgers de Nova Jersey.

"Quando a corrente de jato perde força - o que tem ocorrido nas duas últimas décadas -, os fenômenos meteorológicos tendem a durar mais", explicou Francis, autora principal desta pesquisa apresentada no fim de semana na conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), celebrada este fim de semana em Chicago (norte).

"Isso parece sugerir que as características do tempo mudam", afirmou a cientista, para quem esta situação ocorrerá cada vez com maior frequência.

É por essa razão que os Estados Unidos vivem neste ano um inverno particularmente frio e com tempestades de neve sucessivas do centro até o sul, algo pouco habitual. Ao contrário, zonas nórdicas como o Alasca desfrutam de um inverno incomumente clemente.

Este fenômeno pode derivar do aquecimento que o Ártico sofreu nas últimas décadas, quando as temperaturas aumentaram de duas a três vezes mais rápido do que no resto da Terra, revelou James Overland, cientista da Agência Americana Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), que participou da apresentação do estudo.

A mudança da corrente de jato ocorre em parte devido à diferença entre a temperatura do Ártico e as latitudes médias, explicou. Se essa diferença for grande, a velocidade da corrente se acelera; se acontecer o contrário acontece, perde força.

Levando em conta os fenômenos meteorológicos extremos registrados nos últimos anos nos Estados Unidos - recordes de temperaturas alta ou seca - e em outras partes do mundo - como o forte calor que castiga atualmente a Austrália -, os cientistas tentam agora descobrir se se trata de uma simples variação natural do clima ou um aquecimento do planeta, relacionado às atividades humanas.
Maior impacto na agricultura 

Francis considera esta conclusão prematura, porque os dados sobre este fenômeno e seus efeitos abrangem um período muito curto que torna difícil fazer uma interpretação clara.

"Quando tivermos mais índices, acredito que poderemos começar a distinguir a influência das mudanças climáticas", afirmou.

Mark Serreze, diretor do Centro Nacional Americano sobre o estudo da Neve e do Gelo, afirmou durante a conferência da AAAS que as mudanças no Ártico e o impacto das mudanças climáticas nas latitudes médias são um novo campo de pesquisa controverso com argumentos contra e a favor.

"O forte aquecimento que poderia ser responsável por este fenômeno está relacionado com o degelo no oceano ártico que constatamos desde estes últimos anos", acrescentou.

"A calota polar atua como uma cobertura que separa o oceano da atmosfera e, se essa tampa é retirada, o calor que a água contém se espalha pela atmosfera", o que explica estes desajustes atmosféricos, detalhou o cientista.

O impacto na agricultura é uma das principais consequências deste fenômeno nas latitudes médias dos Estados Unidos.

"Veremos mudanças nas precipitações e nas temperaturas que poderiam estar relacionadas com o que acontece no norte", previu Serreze, para quem as mudanças do Ártico afetam todo o clima do planeta.

Jerry Hatfield, diretor do Laboratório Nacional para a Agricultura e o Meio Ambiente em Iowa (centro), lembrou que os Estados Unidos não são o único país afetado.

"No mundo produzimos a maior parte das colheitas nestas latitudes medianas e as temperaturas têm um grande impacto nos cultivos como na pecuária e na produção de carne", destacou.




EUA dizem que aquecimento global é arma de destruição em massa

24 de fevereiro de 2014 0

O secretário de Estado americano, John Kerry, que se encontra visitando a Ásia, afirmou em Jacarta, que a comunidade internacional deve reforçar sua luta contra o aquecimento global, que, segundo ele, é uma arma de destruição em massa.
Em um discurso para estudantes indonésios, Kerry advertiu que os países asiáticos próximos ao nível do mar estão especialmente ameaçados pela alta das águas.
“Os países do sudeste asiático se encontram na primeira linha da mudança climática”, afirmou.
O chefe da diplomacia americano comparou o aquecimento global com outras ameaças como o terrorismo ou a proliferação nuclear, âmbito nos quais as nações devem trabalhar para conseguir um mundo mais seguro.
“Em certo sentido, a mudança climática pode ser considerada outra forma de destruição em massa, talvez a arma mais aterradora”, indicou John Kerry.
“Os dez anos mais quentes foram registrados desde que o Google entrou em funcionamento em 1998″, afirmou.
O secretário de Estado, citando cientistas, advertiu que se o mundo não reagir, o nível do mar poderá subir um metro antes do final do século.
“Um metro basta para submergir a metade de Jacarta. Um metro obrigaria a deslocar milhões de pessoas ao redor do mundo e custaria milhares de milhões de dólares para a atividade econômica”, explicou Kerry.
A Indonésia, um arquipélago composto por 17 mil ilhas, é um dos principais países emissores de gases causadores do efeito estufa.
O chefe da diplomacia visita a Indonésia depois de viajar à Coreia do Sul e a China.
Mais cedo, ele visitou a maior mesquita do sudeste asiático como demonstração de respeito pelo Islã no país com a maior população muçulmana do mundo.
Kerry percorreu a imensa mesquita de Istiqlal acompanhado do grande imã Kyai al Hajj Alí Mustafá Yaqub, depois de deixar seus sapatos na entrada do templo.
O chefe da diplomacia americana, que agradeceu ao imã por poder conhecer o templo, declarou à imprensa que era um privilégio visitar a mesquita, que definiu como ‘um lugar extraordinário’.
A administração do presidente Barack Obama tenta reparar os danos causados nas relações entre os Estados Unidos e o mundo muçulmano desde o início dos anos 2000.
Washington e outros países ocidentais assinalam que a Indonésia é uma ponte entre eles e os muçulmanos.
O presidente americano, que passou uma parte de sua infância em Jacarta, também visitou esta mesquita em 2010.
“Todos nós pertencemos a um deus e a fé em Abraão une a todos no amor ao próximo e para honrar a Deus. Que a paz esteja convosco”, escreveu Kerry no livro de visitas da mesquita, que durante o mês sagrado do Ramadã recebe até 130 mil fieis.
Fonte: G1

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