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A porta-voz da OMM, Clare Nullis, declarou que existe um consenso
científico de que as correntes de ar serão cada vez mais instáveis
devido ao aquecimento global, levando a mais situações de clima extremo.
Sobre o frio intenso na América do Norte, a entidade compartilha a mesma opinião do conselheiro científico da Casa Branca, John Holdren (veja vídeo), e de climatologistas que argumentam que o aumento das temperaturas no Ártico, que está a acontecer quase duas vezes mais rapidamente do que a elevação nas temperaturas nas regiões de médias latitudes, torna ondas de frio mais extremas.
A OMM destaca ainda que outros eventos climáticos estão a ocorrer neste momento, principalmente relacionados com o calor.
A Europa está a passar por um inverno ameno, sendo que, na França, na última quarta-feira (8 de janeiro), as temperaturas ficaram entre 5ºC a 9ºC mais elevadas do que a média histórica para janeiro.
Na Rússia, anomalias de até mais 9ºC também foram registadas, e Moscovo apresentou a temperatura de 2ºC na última quinta-feira (9 de janeiro), bem acima dos -9ºC que é a média diária histórica para o mês.
A situação na Austrália é ainda mais preocupante, com extremos de calor a repetir-se há meses. O ano de 2013 foi considerado pelo Escritório de Meteorologia do país como o mais quente já registado.
De acordo com os dados do Escritório, a temperatura média do ano passado ficou 1,2ºC acima da média de 1961 a 1990, 21,8ºC, ultrapassando o recorde anterior de 1,03ºC em 2005.
Os climatologistas australianos destacam ainda que 2013 não sofreu influência do El Niño, fenómeno que naturalmente eleva as temperaturas da região.
“Esses recordes de calor não podem ser explicados apenas pelas variabilidades naturais. O aumento das temperaturas dessa forma não seria possível sem a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera. A resposta está nas mudanças climáticas”, afirmou David Karoly, climatologista ligado à Universidade de Melbourne, ao jornal Sidney Morning Herald.
O janeiro de 2014 na Austrália já apresentou novos recordes de calor, com a cidade de Moomba marcando 49,1ºC no último dia dez e municípios do estado de Queensland ultrapassando os 48ºC.
Artigo de Fabiano ÁviladoInstituto CarbonoBrasil
ANOMALIAS NAS TEMPERATURAS DOS OCEANOS
Vemos no mapa acima as anomalias de temperaturas das superfícies do mar no dia 18.01.2014 e observamos que no Pacífico Norte está com até 4°C acima do normal enquanto que na maior parte dos oceanos está em azul, ou seja, 2,5°C abaixo do normal.
No Sul do Brasil, a TSM está em torno de 2°C mais quente que o normal chegando em alguns pontos até 27°C. É bom lembrar que em 2004 quando formou-se o único furacão brasileiro, o Catarina, a TSM estava em 27°C no final de março.
As consequências disso se observam nas imagens de satélite como essa de 18;01.2014 às 16h30min hora de Brasília. Não existe a ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) no Nordeste porque o mar está mais frio que o normal. Muito calor no sul, porque o mar também está mais quente que o normal e muitas instabilidades no Centro-norte do Brasil causados pelo forte calor.
Organização Meteorológica Mundial ressalta sinais do aquecimento global no clima
Num comunicado publicado no dia 10 de janeiro, a
Organização Meteorológica Mundial (OMM) destacou como as anomalias
climáticas que estão a acontecer pelo planeta são condizentes com a
elevação da temperatura média do globo.
Por Fabiano Ávila.
Fotos de Organização Meteorológica Mundial / Escritório de Meteorologia da Austrália
Sobre o frio intenso na América do Norte, a entidade compartilha a mesma opinião do conselheiro científico da Casa Branca, John Holdren (veja vídeo), e de climatologistas que argumentam que o aumento das temperaturas no Ártico, que está a acontecer quase duas vezes mais rapidamente do que a elevação nas temperaturas nas regiões de médias latitudes, torna ondas de frio mais extremas.
A OMM destaca ainda que outros eventos climáticos estão a ocorrer neste momento, principalmente relacionados com o calor.
A Europa está a passar por um inverno ameno, sendo que, na França, na última quarta-feira (8 de janeiro), as temperaturas ficaram entre 5ºC a 9ºC mais elevadas do que a média histórica para janeiro.
Na Rússia, anomalias de até mais 9ºC também foram registadas, e Moscovo apresentou a temperatura de 2ºC na última quinta-feira (9 de janeiro), bem acima dos -9ºC que é a média diária histórica para o mês.
A situação na Austrália é ainda mais preocupante, com extremos de calor a repetir-se há meses. O ano de 2013 foi considerado pelo Escritório de Meteorologia do país como o mais quente já registado.
De acordo com os dados do Escritório, a temperatura média do ano passado ficou 1,2ºC acima da média de 1961 a 1990, 21,8ºC, ultrapassando o recorde anterior de 1,03ºC em 2005.
Os climatologistas australianos destacam ainda que 2013 não sofreu influência do El Niño, fenómeno que naturalmente eleva as temperaturas da região.
“Esses recordes de calor não podem ser explicados apenas pelas variabilidades naturais. O aumento das temperaturas dessa forma não seria possível sem a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera. A resposta está nas mudanças climáticas”, afirmou David Karoly, climatologista ligado à Universidade de Melbourne, ao jornal Sidney Morning Herald.
O janeiro de 2014 na Austrália já apresentou novos recordes de calor, com a cidade de Moomba marcando 49,1ºC no último dia dez e municípios do estado de Queensland ultrapassando os 48ºC.
Artigo de Fabiano ÁviladoInstituto CarbonoBrasil
ANOMALIAS NAS TEMPERATURAS DOS OCEANOS
Vemos no mapa acima as anomalias de temperaturas das superfícies do mar no dia 18.01.2014 e observamos que no Pacífico Norte está com até 4°C acima do normal enquanto que na maior parte dos oceanos está em azul, ou seja, 2,5°C abaixo do normal.
No Brasil também está ocorrendo anomalias de TSM, como se vê nos mapas, no Nordeste deveria estar com 30°C e está com 28°C de TSM.
No Sul do Brasil, a TSM está em torno de 2°C mais quente que o normal chegando em alguns pontos até 27°C. É bom lembrar que em 2004 quando formou-se o único furacão brasileiro, o Catarina, a TSM estava em 27°C no final de março.
As consequências disso se observam nas imagens de satélite como essa de 18;01.2014 às 16h30min hora de Brasília. Não existe a ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) no Nordeste porque o mar está mais frio que o normal. Muito calor no sul, porque o mar também está mais quente que o normal e muitas instabilidades no Centro-norte do Brasil causados pelo forte calor.
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