Alguns
trabalhos sugerem que os padrões de temperatura da superfície do mar
(TSM) sobre o Oceano Atlântico Sul modulam a posição e a intensidade
dos máximos de precipitação sobre a América do Sul (Diaz et al,
1998; Barras et al, 2000; Doyle & Barros, 2002). Robertson &
Mechoso (2000) estudando a variabilidade interanual e interdecadal da
Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) para o período de 1958 a
1997 determinaram que a intensificação da ZCAS em escala interanual
está associada com anomalias negativas de TSM acima de 30°S. Estes
sugerem que estas anomalias intensificam a ZCAS através da
intensificação da circulação entre o oceano e o continente. A
nebulosidade associada a este sistema faria com que menor intensidade
de radiação de onda curta incidisse sobre o oceano, intensificando
as anomalias negativas de TSM, observando-se assim retroalimentação
entre a nebulosidade associada à ZCAS e as anomalias de TSM.
Comparativamente ao norte do Nordeste Brasileiro (NEB) menor quantidade de trabalhos tem avaliado a importância das anomalias de TSM do Atlântico sobre a convecção de outras áreas da América do Sul no período de verão. Neste período ocorre o período chuvoso principal na maior parte desta região (Rao & Hada, 1990) e corresponde também à fase de desenvolvimento e amadurecimento da circulação de monção sobre a região tropical e subtropical da América do Sul (Zhou & Lau, 1998). Chaves & Nobre (2004) e Chaves & Ambrizzi (2005) mostram através de experimentos numéricos que a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) causa o aparecimento de anomalias negativas de TSM ou a desintensificação das anomalias positivas de TSM no Atlântico Sul sob este sistema. Chaves (2005) e Chaves (2006) mostram que a influência da TSM do Atlântico Norte sobre a convecção da América do Sul é significativa apenas na costa norte da América do Sul no período de dezembro-janeiro-fevereiro. Assim, a TSM sobre o Atlântico Norte tem pouca influencia na previsibilidade da convecção sobre maior parte da América do Sul nos meses de verão. Aumentando, assim, a necessidade de melhor entender como o Atlântico Sul influencia a convecção da América do Sul.
O objetivo deste trabalho é identificar e descrever como os principais padrões de anomalia de TSM do Atlântico Sul (0º a 40°S) estão associados com a convecção de verão da América do Sul e áreas adjacentes através de métodos estatísticos como a Análise de Componentes Principais (ACP), a análise de Decomposição em Valores Singulares (SVD) e a análise de compostos. Nesse trabalho está se considerando o período de dezembro a fevereiro de 1979 a 2001. Na Figura 1 encontram-se a área oceânica e a área da atmosfera consideradas neste trabalho. A área 1 representa a área da atmosfera (50°S a 10°N e 90°W a 0º) na qual é considerada a influência das anomalias de TSM da bacia do Atlântico Sul, representada pela área 2.
LEIA MAIS EM:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-261X2011000100001
Comparativamente ao norte do Nordeste Brasileiro (NEB) menor quantidade de trabalhos tem avaliado a importância das anomalias de TSM do Atlântico sobre a convecção de outras áreas da América do Sul no período de verão. Neste período ocorre o período chuvoso principal na maior parte desta região (Rao & Hada, 1990) e corresponde também à fase de desenvolvimento e amadurecimento da circulação de monção sobre a região tropical e subtropical da América do Sul (Zhou & Lau, 1998). Chaves & Nobre (2004) e Chaves & Ambrizzi (2005) mostram através de experimentos numéricos que a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) causa o aparecimento de anomalias negativas de TSM ou a desintensificação das anomalias positivas de TSM no Atlântico Sul sob este sistema. Chaves (2005) e Chaves (2006) mostram que a influência da TSM do Atlântico Norte sobre a convecção da América do Sul é significativa apenas na costa norte da América do Sul no período de dezembro-janeiro-fevereiro. Assim, a TSM sobre o Atlântico Norte tem pouca influencia na previsibilidade da convecção sobre maior parte da América do Sul nos meses de verão. Aumentando, assim, a necessidade de melhor entender como o Atlântico Sul influencia a convecção da América do Sul.
O objetivo deste trabalho é identificar e descrever como os principais padrões de anomalia de TSM do Atlântico Sul (0º a 40°S) estão associados com a convecção de verão da América do Sul e áreas adjacentes através de métodos estatísticos como a Análise de Componentes Principais (ACP), a análise de Decomposição em Valores Singulares (SVD) e a análise de compostos. Nesse trabalho está se considerando o período de dezembro a fevereiro de 1979 a 2001. Na Figura 1 encontram-se a área oceânica e a área da atmosfera consideradas neste trabalho. A área 1 representa a área da atmosfera (50°S a 10°N e 90°W a 0º) na qual é considerada a influência das anomalias de TSM da bacia do Atlântico Sul, representada pela área 2.
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