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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

CALOR BATE RECORDES DE CONSUMO DE ENERGIA


 

 Imagem das 14h de 24.01.2014  mostra muitas instabilidades sobre o Brasil e uma frente fria sobre a Argentina e Uruguai.


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Sex 24/01/14 - 7h - Calor faz consumo de energia no Brasil bater dois recordes seguidos nesta semana
O consumo de energia no Brasil bateu dois recordes seguidos nesta semana, na terça e na quarta-feira, segundo boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). De acordo com o documento, às 15h21 da terça-feira, o consumo de energia no país atingiu 81.591 MW (megawatts), superando o recorde anterior, registrado no último dia 10 de janeiro, de 79.962. Na quarta, às 15h30, a chamada demanda instantânea por energia no Brasil chegou a 82.306 MW, registrando a segunda quebra de recorde em dois dias. No relatório, o ONS aponta que a causa da alta no consumo de energia pelos brasileiros é o calor que atinge principalmente as capitais das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, com destaque para Porto Alegre e Rio de Janeiro.


JORNAL ZERO HORA  23/01/2014 | 20h39

Entenda por que a temperatura dos termômetros de rua não bate com a oficial

Em um raio de dois quilômetros, relógios digitais marcavam temperaturas entre 35ºC e 40ºC



Entenda por que a temperatura dos termômetros de rua não bate com a oficial Adriana Franciosi/Agencia RBS
O meteorologista Cleo Kuhn mostra a estação do Inmet que mede as temperaturas oficiais da Capital Foto: Adriana Franciosi / Agencia RBS
Nesses dias de calorão, bombaram nas redes sociais fotos de termômetros de rua marcando até 42ºC em Porto Alegre, mas a temperatura oficial máxima até agora não passou dos 37,5ºC.
Por que a medição oficial não fecha com o que está no relógio digital ali da esquina? E por que um termômetro de rua não se entende com o da quadra seguinte? Afinal, qual é o calor que os gaúchos sentem na pele?
Leia também:
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Zero Hora percorreu um raio de aproximadamente dois quilômetros, entre as 14h30min e as 15h desta quinta-feira, com um termômetro de alta precisão. A reportagem atestou que a temperatura nos três pontos era de 38,5ºC, com um décimo a mais aqui ou ali. Porém, o termômetro da Rua Ramiro Barcelos, próximo ao Hospital de Clínicas, marcava 35ºC. A poucas quadras dali, na Osvaldo Aranha, perto do Hospital de Pronto Socorro, outro indicava 38ºC. Um pouquinho mais adiante, onde a Rua Mariante vira Avenida Goethe, um terceiro relógio digital apontava 40ºC.
— Vários fatores podem justificar essa variação. Por exemplo, quanto mais próximo da placa de ferro estiver o sensor, mais alta a temperatura que ele vai indicar, pois a placa retém calor — exemplifica o engenheiro eletrônico Marcelo Accurso, que acompanhou o teste.
Em vídeo, saiba como é fabricado um termômetro:
No 8º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na Avenida Cristiano Fischer, a temperatura medida por Accurso bateu direitinho com o que a estação meteorológica apontava: 37,5ºC. Qual a diferença? O meteorologista Cleo Kuhn responde apontando para uma casinha branca, com venezianas duplas, dentro da qual um termômetro de vidro afere a temperatura oficial de Porto Alegre. As estações meteorológicas do Inmet seguem padrões internacionais de medição de temperatura para tornar possível a comparação entre um lugar e outro, já que os resultados são obtidos em condições idênticas.

— Mas isso aqui é um exercício de imaginação, pois cria um ambiente especial para referência. Em termos de sensação térmica, os termômetros de rua reproduzem melhor a temperatura urbana — compara Kuhn.
A sensação térmica na Capital ontem chegou a 42ºC.
Segundo o engenheiro eletrônico Paulo Steingleder, responsável pelo projeto dos termômetros de rua observados por ZH, a variação verificada pela reportagem está dentro da margem de erro tolerável pelo fabricante.

Termômetro na Avenida Goethe registrava 40ºC às 15h
Foto: Adriana Franciosi, Agência RBS

Tire suas dúvidas sobre a medição de temperatura

A temperatura que a gente sente é maior ou menor do que marca o termômetro?
O que a gente sente "na pele" é a chamada sensação térmica, uma combinação de fatores como temperatura, vento e umidade do ar. O vento facilita o mecanismo de evaporação do suor do corpo, que é a troca de calor do corpo com o ambiente, para que o corpo mantenha sua temperatura. Quanto mais vento, mais fácil a evaporação do suor, e mais o corpo resfria. Com relação à umidade do ar, quanto maior, mais difícil será para o suor evaporar e, por consequência disso, maior a dificuldade do corpo para se resfriar.

Afinal, a gente sente mais calor quando a umidade do ar está alta ou baixa?Os dois, por razões diferentes. Quando a umidade relativa do ar está muito alta, o desconforto se dá porque a transpiração fica dificultada. Quando a umidade é muito baixa, há o ressecamento das vias respiratórias, o que complica a respiração.
Os termômetros de vidro erram menos do que os digitais?Não necessariamente. Há termômetros eletrônicos de alta precisão, outros com tecnologia inferior. A vantagem do termômetro de vidro é que o material utilizado sofre menos com a ação do tempo do que o equipamento digital e tem maior resistência ao calor. O termômetro digital tem uma vida útil menor por ser baseado em chips ou sensores eletrônicos. É recomendada a recalibração anual dos termômetros digitais para corrigir eventuais erros de medição.
Fontes: engenheiro eletricista Marcus Vinícius Viegas Pinto, do Laboratório de Temperatura e Umidade Relativa da PUCRS, meteorologista Ludmila Pochmann de Souza, do Laboratório de Meteorologia da UFRGS, e engenheiro eletrônico Marcelo Accurso, da Incoterm Soluções em Medição.


 

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