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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO


Imagem animada da camada de ozônio do período de 03 de outubro até 13 de novembro e observa-se em azul, a extinção do buraco na camada de ozônio.

Combate a buraco da camada de ozônio freou as emissões de CO2





RIO - Algumas ações humanas, cuja motivação não era combater o efeito estufa, contribuíram para conter as mudanças climáticas. Entre elas estão as duas guerras mundiais, a quebra da bolsa de valores de Nova York (1929) e o Protocolo de Montreal (1987), em que mais de 150 países concordaram em substituir elementos químicos que provocavam o aumento do buraco da camada de ozônio.
O economista ecológico Francisco Estrada, da Universidade Livre de Amsterdã, publicou um artigo na revista "Nature Geoscience" sobre a relação destes eventos históricos com o abrandamento do aquecimento global. O pesquisador analisou dois bancos de dados: um com a evolução da temperatura global entre 1850 e 2010, e outro sobre as emissões de gases-estufa, como o CO2, entre 1880 e 2010.
Segundo Estrada, um período de esfriamento entre 1940 e 1970 teve como causa a menor liberação de gases-estufa - um fenômeno ligado a uma série de crises econômicas, quando as indústrias estão menos ativas. Isso foi registrado também durante as duas guerras mundiais e a depressão de 1929.
O aquecimento também foi abrandado em meados dos anos 1990. O motivo, de acordo com Estrada, foi o Protocolo de Montreal. Sem ele, a temperatura hoje seria 0,1 grau Celsius maior.
O CO2 ainda é a maior causa do aquecimento global. Mas, para Estrada, os governantes devem primeiramente investir no combate a outras substâncias ligadas a emissões de gases-estufa, com um acordo semelhante ao Protocolo de Montreal.


otempo.com
Cientistas vão até a camada de ozônio com um planador

A partir de agosto de 2015, pesquisadores vão estudar de perto a estratosfera, quase no espaço

PUBLICADO EM 08/11/13 - 03h00


Bend, EUA. Essa talvez seja a parte mais bizarra da atmosfera, 24 km acima da região polar, onde grandes nuvens estratosféricas de ácido nítrico e vapor d’água brilham em um cor-de-rosa iridescente enquanto os produtos químicos produzidos pelos seres humanos levam caos à camada de ozônio. Os cientistas desejam estudar a estratosfera de perto, mas isso já fica quase no espaço, a uma altitude que ultrapassa a capacidade de qualquer avião convencional. Como chegar até lá? Em um planador.


Sem o peso dos motores e do combustível, o planador pode ser levado até lá por meio de fenômenos atmosféricos naturais, afirmam engenheiros. Assim, uma equipe de cientistas, fãs de aviação e empreendedores, está construindo um planador de dois lugares para resistir aos riscos inerentes do voo estratosférico. A jornada está agendada para agosto de 2015.

O planador será levado em um avião de carga até El Calafate, na Argentina, onde os ventos do oceano Pacífico são desviados pelos Andes e criam uma onda estacionária com correntes ascendentes que chegam a 9 m por segundo.

“As ondas da montanha são tão íngremes e fortes que chegam a fazer espuma”, afirmou Edward J. Warnock, chefe do Perlan Project, a organização não governamental que está construindo o Perlan II.

Um monomotor, provavelmente uma aeronave agrícola, levará o planador até essas ondas a cerca de 3.000 m de altitude. No ponto em que as ondas perdem a força, a 18 mil metros de altitude, espera-se que o planador chegue a outro fenômeno, o vórtice polar – ventos circulares que funcionam como um ciclone gigante durante o inverno austral, dando-lhe outro empurrão para cima.

Se conseguir pegar essa corrente, o planador irá ainda mais alto, chegando às Ondas Estacionárias Estratosféricas, ou nuvens Perlan, e mais alto ainda, até o buraco na camada de ozônio, onde as reações químicas que s afetam acontecem.

Foco. O objetivo é chegar a 27.432 m, ou a 27,4 km, de altitude e estabelecer um novo recorde de altitude para planadores. O antecessor do planador, o Perlan I, estabeleceu o recorde de 15.461 m no dia 30 de agosto de 2006.

O Perlan II custará cerca de US$ 7,5 milhões (R$ 16 milhões), dos quais US$ 3,5 (R$ 7,8 milhões) já foram gastos; o projeto ainda precisa arrecadar fundos. Um dos organizadores é Dennis Tito, o gestor de fundos de pensão que gastou US$ 20 milhões (R$ 44 milhões) para visitar a Estação Espacial Internacional. Steve Fossett, o aeronauta que pilotou o Perlan I, morto em 2007 em um acidente de monomotor, foi outro dos organizadores.

O Perlan I também usou as correntes ascendentes dos Andes e a subida demorou quatro horas e meia. O novo planador terá uma envergadura de 25 m e pesará apenas 770 kg, incluindo os tripulantes – 45,6 kg mais leve que o Perlan I, muito embora o avião antigo tivesse uma envergadura de 21,9 m. Os construtores afirmam que o Perlan II já está 80% pronto. Enormes peças de fibra de carbono que se parecem com tecidos – malhas unidas em dois tons de cinza – cobrem boa parte do hangar, enquanto esperam para serem coladas.

No final, tudo será pintado com uma tinta branca reflexiva para impedir que o sol aqueça as partes a ponto de enfraquecer o epóxi. No entanto, dentro da cabine, o ar estará quase congelando.

diariodepernambuco.com
  
 Buraco na camada de ozônio encolhe 6% sobre o Polo Sul

Agência O Globo
Publicação: 24/10/2013 17:44 Atualização:
 

O ar quente em altitude em setembro e outubro ajudou a reduzir o buraco na camada de ozônio perto do Polo Sul, ainda que levemente, afirmam cientistas. De acordo com imagens e informações divulgadas pela Nasa, o buraco reduziu cerca de 6% na comparação com a mesma época do ano em 1990.

A Agência Espacial Americana afirmou que a principal razão para o resultado deste ano é o tempo local. De acordo com informações do Centro Nacional de Dados Climáticos (NOAA, na sigla em inglês), o ar em altitude tem sido quase 2 graus mais quente do que o normal na região mais austral do mundo. Esse aumento fez com que o número de nuvens estratosféricas polares reduzissem, causando um impacto direto no encolhimento do buraco já que são nelas que o cloro e o bromo provenientes de produtos artificiais se depositam e consomem o ozônio

"É como ver o "Pac-Man" comer um biscoito, onde o biscoito é o ozônio. Os átomos de cloro são o "Pac-Man"", disse Paul Newman, cientistas atmosférico da Nasa à "Associeted Press" (AP).

O buraco é uma área na atmosfera com baixas concentrações de ozônio. É nessa época do ano, normalmente, que ele se encontra em maiores proporções. Seu aumento é motivo de grandes preocupações mundiais, já que o ozônio funciona como um escudo da Terra contra a radiação ultravioleta.

James Butler, diretor da divisão de Monitoramento Global da NOAA afirmou que os dados são animadores: - Não está ficando pior. Isso é um bom sinal -. O buraco, segundo ele, parou de expandir no final da década de 90. No entanto, Butler acredita que ainda não há motivos para comemorar: - Nós não podemos dizer ainda que é uma recuperação.

Enquanto o ar em altitude ajudou a reduzir o tamanho do buraco, a superfície do hemisfério sul também apresentou temperatura mais elevada em setembro, com a sua segunda maior média já registrada para o mês, segundo o NOAA. O recorde foi registrado em 1880.

Em todo o mundo, este setembro de 2013 foi o quarto mais quente já registrado, com uma temperatura média de 1,15 graus acima da média do século 20. Nos 343 meses anteriores, no entanto, cientistas já haviam relatado temperaturas acima da média do século 20.

Após a reunião de dados dos últimos nove meses, cientistas apontam que 2013 pode ser o sexto ano mais quente já registrado no mundo, com 1,22 graus acima da média.

Newman e Butler ressaltaram que ainda não podem informar se as mudanças na camada de ozônio estão relacionados ao aquecimento global decorrente da ação humana.
 

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