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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

DEGELO NO ÁRTICO

19/11/2013 07h00 - Atualizado em 19/11/2013 07h00

Declínio de gelo no Ártico foi documentado por algas

Acúmulo de calcita e crescimento de algas indicam cobertura de gelo.
Derretimento dos últimos 150 anos foi mais acentuado.

Do G1, em São Paulo

A alga Clathromorphum compactum, encontrada no Oceano Ártico, pode viver por centenas de anos (Foto: Nick Caloyianus/ PNAS) 
A alga Clathromorphum compactum, encontrada no Oceano Ártico, pode viver por centenas de anos (Foto: Nick Caloyianus/ PNAS)
Cientistas liderados pela Universidade de Toronto, no Canadá, divulgaram novo método para medir o derretimento de gelo que considera tempo muito maior do que os registros feitos por satélites terrestres desde a década de 1970. De acordo com os pesquisadores, algumas algas presentes no Oceano Ártico foram capazes de “documentar” a cobertura de gelo do Hemisfério Norte.
O estudo divulgado pela “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS) aponta que as algas coralinas (Clathromorphum compactum) distribuídas pelo Ártico e Subártico registraram índices de gelo em escala multicentenária de 646 anos.
O registro da cobertura histórica de gelo é ocorreu por dois fatores importantes. Essas algas que vivem em substrato rochoso incorporam uma camada de calcita a cada ano, conforme a radiação solar chega até elas. Além disso, quando o gelo marinho cobre o oceano bloqueando o Sol, seu crescimento é menor, já que o crescimento está associado à realização da fotossíntese, que depende de luz.
Pela análise das algas, os cientistas sugerem que, durante a Pequena Idade do Gelo (entre metade do século 16 e metade do 19) a cobertura glacial marinha na região era relativamente estável, variando ano a ano.
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Nesta análise da composição de camadas de crescimento de algas, a cor verde indica altas quantidades de magnésio incorporadas em calcita durante o verão, enquanto a cor azul reflete baixas quantidades de magnésio característica de baixas temperaturas (Foto: Andreas Kronz? PNAS)A composição de camadas de crescimento de algas,
mostra o Magnésio incorporado em calcita durante o
verão (verde) e durante baixas temperaturas (azul)
(Foto: Andreas Kronz? PNAS)
No entanto, nos últimos 150 anos o declínio de gelo se deu de forma mais acentuada e com variações em escalas de tempo maiores do que ocorria antes. No século 20, observa-se a menor cobertura de gelo dos últimos 646 anos. E 2012 foi o ano de menor cobertura de gelo no Ártico durante o verão.
A temperatura do mar também foi documentada pelas camadas mineiras das algas, segundo o estudo. Os cientistas as observaram pela proporção de Magnésio e Cálcio, arquivados apenas em períodos de crescimento por fotossíntese.
A documentação feita pela longa vida dessas algas pode ajudar na elaboração de modelos climáticos que simulam a variação do clima pelos séculos.
“O mais preocupante exemplo das mudanças climáticas em curso é o rápido recuo do gelo do mar no Ártico. Há apenas alguns anos era esperado que no verão o Ártico não estivesse coberto por gel até o final deste século. Os modelos atuais predizem que isso aconteça em 2030. Isso mostra que nossa compreensão de mudanças rápidas na criosfera é limitada, o que em grande parte é devido à falta de observações em longo prazo”, afirmam os cientistas no estudo.

Voz da Russia 

Icebergue do tamanho de Manhattan se fragmenta na Antártida

Manhattan

Um icebergue com uma dimensão de 87 km quadrados, que se fragmentou a partir de uma geleira na Antártida, encerra perigo para a navegação internacional, advertem peritos.

Entretanto, especialistas afirmam que um bloco de gelo desse tamanho poderá derreter daqui a um ano, se dirigindo para o norte a uma distância bastante grande e segura, ficando longe das rotas marítimas e não afetando a passagem de navios.
 Como se sabe, os icebergues de grandes proporções apresentam uma ameaça tanto para a navegação, como para as correntes oceânicas.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2013_11_15/Icebergue-do-tamanho-de-Manhattan-se-fragmenta-da-Ant-rtida-0775/

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