CICLONE EXTRATROPICAL NA REGIÃO SUL

 Imagens de hoje das 10h, mostra um ciclone extratropical na região sul, onde causa ventos fortes e agitação no mar (ressaca). Ele ganha força e retira umidade da região aquecida do Oceano Pacífico no Equador.

 Imagens aqui também das 10h mostra o ciclone extratropical sobre o Oceano Atlântico Sul com uma frente fria sobre a região sudeste do Brasil.

 

 DIÁRIO CATARINENSE

Inverno será mais frio do que em anos anteriores no Litoral Norte de SC

Estação que começa na madrugada de sexta-feira deve ter chuva dentro da média para a região

Inverno começa com chuva em Itajaí Foto: Rafaela Martins / Agencia RBS

Victor Pereira

victor.pereira@osoldiario.com.br

Para quem mora no Litoral Norte e prefere o calor ao frio, a noite de quinta-feira foi a última para aproveitar as temperaturas ainda agradáveis do outono. A madrugada de sexta, mais exatamente às 2h04min, trouxe o inverno para o Hemisfério Sul - e a estação deve ser mais fria do que em anos anteriores. Já a chuva, que quinta-feira predominou nas proximidades de Itajaí, aparece dentro da média até agosto no Litoral.

- Em 2013 teremos um inverno com bastante frio, o que é o esperado. Nos últimos anos é que a estação foi atípica, com temperaturas mais altas do que deveriam ser - explica o meteorologista da Epagri/Ciram, Marcelo Martins.

Com esse cenário, as temperaturas mínimas vão ficar entre 10 e 11ºC. As máximas, na média, giram em torno de 20 e 21ºC, mas em muitos dias esse índice não vai passar de 15ºC. E quem acha que para curtir o melhor do inverno é preciso ir para a Serra, os termômetros próximos de zero também devem ser registrados com certa frequência no Litoral Norte, com possibilidades de geadas principalmente a partir do próximo mês.

Volume de chuvas
Junho segue com um padrão de chuvas parecido com o de maio, com precipitação irregular pelo Estado e volumes próximos à normalidade no Litoral Norte, entre 80 e 130mm. Já em julho e agosto, a previsão é de chuva abaixo da média climatológica em todas as regiões.

O fenômeno é causado principalmente pela influência de frentes frias, e nesta época do ano também tem atuação dos ciclones extratropicais que oferecem perigo às embarcações, quando os ventos fortes e mar agitado muitas vezes resultam em ressaca.

- Vale ressaltar que no inverno chove menos de forma geral, e neste ano não será diferente - lembra Martins.

E para aqueles que já estão de olho no calendário à espera de novos dias quentes, é bom anotar na agenda: a primavera começa em 22 de setembro, às 17h44min.

Estação começa com tempo instável no Litoral Norte
O inverno começa às 2h04min de sexta-feira, e a previsão aponta que o primeiro dia da estação deve ter tempo instável no Litoral Norte. O que contribui para isso é a chegada de uma nova frente fria ao Sul do país, trazendo céu encoberto e chuva para boa parte do Estado, principalmente do Planalto ao Litoral.

Há aberturas no Oeste e Meio-Oeste a partir da tarde, devido a aproximação de uma massa de ar frio e seco. O vento é de Nordeste a Noroeste, com intensidade fraca a moderada e rajadas fortes por alguns momentos (podendo chegar até 50 km/h).

A previsão do Laboratório de Climatologia da Univali indica temperatura mínima de 15ºC e máxima de 20ºC para sexta na região. Para sábado, o tempo deve ficar mais aberto, com os termômetros marcando entre 12 e 21ºC. Já no domingo as nuvens voltam a predominar, com chuva ocasional à noite e temperaturas entre 14 e 19ºC.

 

DIÁRIO DE CANOAS

Inverno deve ser marcado por extremos no clima

Estação gelada iniciou na madrugada desta sexta-feira, às 2h04

Flávio Prestes

Foto: Flávio Prestes/GES-Especial

Rio Grande do Sul  - O inverno iniciou na madrugada desta sexta-feira (21) exatamente às 2h04m. Segundo a MetSul Meteorologia, que realizou um estudo prévio sobre a chegada da estação fria, este ano o inverno começa sem os efeitos do El Niño ou La Niña, mesmo assim, é possível reconhecer alguns comportamentos típicos do La Niña, o que não caracteriza o fenômeno. 
“Não raro esta neutralidade é confundida com normalidade, ou condições de temperatura e precipitação próximas da média histórica. Ocorre o contrário. Extremos tendem a se acentuar, já que o padrão atmosférico carrega sinais das duas fases (quente e fria) do Pacífico. Por isso, os gaúchos não devem ter regularidade na temperatura ou na chuva”, observa o meteorologista Eugenio Hackbart. De acordo com a MetSul, o inverno não deve ser de frio constante, mas marcado por uma variabilidade térmica. Períodos amenos e em alguns momentos até quentes vão se intercalar com dias ou períodos frios e gelados. Haverá intensas ondas de frio com geada ampla e chance até de neve, mas a possibilidade de nevar só pode ser antecipada a curto prazo. 
A probabilidade de eventos mais extremos de frio é maior para os meses de julho e agosto, contudo é alto o risco de frio intenso tardio em setembro. Existe o alerta para a transição dos períodos quentes para o frio, o que pode se dar bruscamente com alto risco de temporais com vento forte e granizo. O Rio Grande do Sul tem um histórico de tornados graves durante o inverno, especialmente na Serra, risco existente quando da mudança de massas de ar quente para frio. 
Outro fenômeno do inverno são os ciclones extratropicais, que trazem vento intenso e baixa sensação térmica, favorecendo a neve. O risco maior de ciclones no inverno deste ano será na segunda metade da estação.