Publicado em
26 de Junho de 2013, às 10h45min
Chuvas causam transtornos pela região
Maiores problemas são registrados em Sulina e Dois Vizinhos
Desde a quarta-feira (19), fortes chuvas estão sendo registradas em
todo o Paraná, o que, segundo dados preliminares, já causou a morte de
duas pessoas na região centro-sul do Estado. Conforme dados da Defesa
Civil Estadual, durante a tarde de ontem já havia o registro de pelo
menos 15.000 desalojados. O mesmo relatório da Defesa Civil aponta que
15 prédios públicos foram danificados e quase 7.000 casas sofreram
avarias.
No Sudoeste, cidades como Sulina, Salto do Lontra, São João, Francisco Beltrão e Dois Vizinhos estão sendo bastante castigadas pela chuva, que não está dando trégua e que, de acordo com o Serviço Meteorológico do Paraná (Simepar), deve continuar nos próximos dias.
De acordo com o meteorologista, Paulo Barbieri, a chuva registrada até a segunda-feira (24) foi muito superior a média estimada para o mês. “Até ontem (segunda-feira) foi registrada, na região de Pato Branco, 336,4 milímetros de chuva, volume esse muito acima do que é esperado nessa época do ano, que era 159 milímetros para essa região do Estado”.
Barbieri falou ainda que, mesmo que exista uma previsão de melhora em relação à chuva, esta ainda deve permanecer na região. “A condição climática da terça-feira foi em decorrência de uma frente fria que passou sobre o oceano, o que deixou o tempo instável no Estado. Nesta quarta-feira ainda teremos registro de chuva, mas a partir de amanhã teremos o sol aparecendo”.
Contudo, ele alerta que a permanência do sol não deve se estender por muitos dias. “A presença de sol e uma condição de céu mais aberto não deve permanecer por muito tempo, uma vez que na sexta-feira, no período da tarde, já deve voltar a chover. Sendo ainda que o final de semana deve ser marcado por pancadas de chuva, principalmente no período da tarde”.
E é justamente a previsão de que mais chuva deve ser registrada no Estado que fez com que a Defesa Civil emitisse alerta para o risco de novas inundações e enchentes. São João
Em São João, por exemplo, a situação estrutural mais delicada pode ser vista nas comunidades de Nova Lurdes, Ouro Verde, Dois Irmãos e Flor da Serra, onde estradas rurais e pontes estão danificadas e alguns pontilhões foram arrancados com a força das águas.
De acordo com o prefeito, Altair José Gasparetto, desde o sábado (22) está sendo feito o levantamento dos estragos para, juntamente com a Defesa Civil, decretar Situação de Emergência.
“Com a assinatura do decreto, nosso próximo encaminhamento é buscar recursos com os governos estadual e federal para recuperarmos, o quanto antes, a infraestrutura danificada com as chuvas dos últimos dias.
Conforme o representante da Defesa Civil de São João, Clóvis Cucolotto, até o momento os problemas levantados são estruturais. “Não foi registrado até agora o fato de famílias estarem desocupando suas casas em virtude das chuvas”.
Segundo Cucolotto, o principal rio da região, o Chopim, já saiu de seu leito normal. “Estamos monitorando o rio Chopim, que já saiu do seu leito normal na linha Barra do Empossado. E se nível continuar a subir, teremos problemas em comunidades como Bela Vista e na própria Barra do Empossado, onde famílias podem ser atingidas”.
Sulina
Por sua vez, o município de Sulina já teve, desde a segunda-feira (24), decretado estado de emergência e calamidade. Segundo o prefeito, Almir Maciel Costa, a situação está bastante complicada no município. “Nossos principais problemas estão nos danos de estradas do interior e bueiros”.
Segundo ele, as comunidades com mais dificuldades até o momento são Barra do Ezo, linha Moura, Barra do Fartura, Queixo Dantas, linha Areião e Águas Termais. Ele também falou das áreas de risco e das famílias que nelas residem. “Na verdade, nem mesmo as famílias que estão em áreas de risco, nas barrancas do rio, não estão sendo afetadas. O que estamos tendo de dificuldades mesmo é na questão do nível de alguns rios que subiram, encobrindo pontes, como é o caso da chamada ponte baixa, que está no perímetro urbano”.
Costa, que hoje está em Curitiba em busca de recursos para a recuperação do município, também afirmou que na próxima semana deve buscar mais subsídios na capital federal.
Salto do Lontra
Em Salto do Lontra existem vários trechos de estradas e bueiros danificados em consequência do período chuvoso. De acordo com o diretor do Departamento Rodoviário, Clair Bertoncélli, nos últimos dias estão sendo feitos diversos reparos no interior do município. “Estamos com os servidores realizando trabalhos pontuais, ou seja, arrumando os trechos de estradas mais prejudicados com esta chuvarada. Há até locais onde surgiram vertentes de água no próprio leito da estrada, e estamos trabalhando intensamente no sentido de contornar esta situação para não causar ainda mais prejuízos aos nossos produtores” disse.
Dois Vizinhos
Em levantamento feito pela Defesa Civil na segunda-feira (24) em Dois Vizinhos, o ponto crítico na área urbana está concentrado no bairro Sagrada Família, onde as águas do rio Giral Alto subiram e afetaram aproximadamente 60 famílias.
Conforme o secretário de Obras, Itamar Boareto, muitas das famílias residentes nessa área, ou se abrigaram em casas de familiares, ou estão abrigadas no Pavilhão do bairro Sagrada Família. “Tivemos a queda de duas pontes e em quatro tiveram suas estruturas danificadas”, relatou o secretário.
Boareto também relatou as dificuldades encontradas no interior. “Temos, hoje, muitos problemas no interior, que vem afetando a questão do transporte dos estudantes a ponto da Secretaria Municipal de Educação suspender temporariamente as aulas, mas também dificultando o transporte de produtos perecíveis, como é o caso do leite e dos lotes de rango”.
Segundo o prefeito Raul Isotton, que aguarda levantamento da Defesa Civil Nacional, a assinatura do estado de emergência deve acontecer hoje.
Novo levantamento da Defesa Civil do Paraná divulgado nesta
terça-feira (25), aumentou para 64 mil o número de paranaenses afetados
pelas chuvas. O número de residências afetadas passa dos 6 mil.
A cidade de Prudentópolis é a mais afetada, com 18 mil pessoas prejudicadas. Em seguida segue São José dos Pinhais, com 18 mil e Irati, com 13 mil. Curitiba segue com 200 afetados.
Em todo o Estado são quase 16 mil pessoas desalojadas e 825 desabrigadas.
De acordo com o levantamento da Defesa Civil, em todo o Paraná são 38 cidades afetadas pelas chuvas e atendidas pelo órgão.
No Sudoeste, cidades como Sulina, Salto do Lontra, São João, Francisco Beltrão e Dois Vizinhos estão sendo bastante castigadas pela chuva, que não está dando trégua e que, de acordo com o Serviço Meteorológico do Paraná (Simepar), deve continuar nos próximos dias.
De acordo com o meteorologista, Paulo Barbieri, a chuva registrada até a segunda-feira (24) foi muito superior a média estimada para o mês. “Até ontem (segunda-feira) foi registrada, na região de Pato Branco, 336,4 milímetros de chuva, volume esse muito acima do que é esperado nessa época do ano, que era 159 milímetros para essa região do Estado”.
Barbieri falou ainda que, mesmo que exista uma previsão de melhora em relação à chuva, esta ainda deve permanecer na região. “A condição climática da terça-feira foi em decorrência de uma frente fria que passou sobre o oceano, o que deixou o tempo instável no Estado. Nesta quarta-feira ainda teremos registro de chuva, mas a partir de amanhã teremos o sol aparecendo”.
Contudo, ele alerta que a permanência do sol não deve se estender por muitos dias. “A presença de sol e uma condição de céu mais aberto não deve permanecer por muito tempo, uma vez que na sexta-feira, no período da tarde, já deve voltar a chover. Sendo ainda que o final de semana deve ser marcado por pancadas de chuva, principalmente no período da tarde”.
E é justamente a previsão de que mais chuva deve ser registrada no Estado que fez com que a Defesa Civil emitisse alerta para o risco de novas inundações e enchentes. São João
Em São João, por exemplo, a situação estrutural mais delicada pode ser vista nas comunidades de Nova Lurdes, Ouro Verde, Dois Irmãos e Flor da Serra, onde estradas rurais e pontes estão danificadas e alguns pontilhões foram arrancados com a força das águas.
De acordo com o prefeito, Altair José Gasparetto, desde o sábado (22) está sendo feito o levantamento dos estragos para, juntamente com a Defesa Civil, decretar Situação de Emergência.
“Com a assinatura do decreto, nosso próximo encaminhamento é buscar recursos com os governos estadual e federal para recuperarmos, o quanto antes, a infraestrutura danificada com as chuvas dos últimos dias.
Conforme o representante da Defesa Civil de São João, Clóvis Cucolotto, até o momento os problemas levantados são estruturais. “Não foi registrado até agora o fato de famílias estarem desocupando suas casas em virtude das chuvas”.
Segundo Cucolotto, o principal rio da região, o Chopim, já saiu de seu leito normal. “Estamos monitorando o rio Chopim, que já saiu do seu leito normal na linha Barra do Empossado. E se nível continuar a subir, teremos problemas em comunidades como Bela Vista e na própria Barra do Empossado, onde famílias podem ser atingidas”.
Sulina
Por sua vez, o município de Sulina já teve, desde a segunda-feira (24), decretado estado de emergência e calamidade. Segundo o prefeito, Almir Maciel Costa, a situação está bastante complicada no município. “Nossos principais problemas estão nos danos de estradas do interior e bueiros”.
Segundo ele, as comunidades com mais dificuldades até o momento são Barra do Ezo, linha Moura, Barra do Fartura, Queixo Dantas, linha Areião e Águas Termais. Ele também falou das áreas de risco e das famílias que nelas residem. “Na verdade, nem mesmo as famílias que estão em áreas de risco, nas barrancas do rio, não estão sendo afetadas. O que estamos tendo de dificuldades mesmo é na questão do nível de alguns rios que subiram, encobrindo pontes, como é o caso da chamada ponte baixa, que está no perímetro urbano”.
Costa, que hoje está em Curitiba em busca de recursos para a recuperação do município, também afirmou que na próxima semana deve buscar mais subsídios na capital federal.
Salto do Lontra
Em Salto do Lontra existem vários trechos de estradas e bueiros danificados em consequência do período chuvoso. De acordo com o diretor do Departamento Rodoviário, Clair Bertoncélli, nos últimos dias estão sendo feitos diversos reparos no interior do município. “Estamos com os servidores realizando trabalhos pontuais, ou seja, arrumando os trechos de estradas mais prejudicados com esta chuvarada. Há até locais onde surgiram vertentes de água no próprio leito da estrada, e estamos trabalhando intensamente no sentido de contornar esta situação para não causar ainda mais prejuízos aos nossos produtores” disse.
Dois Vizinhos
Em levantamento feito pela Defesa Civil na segunda-feira (24) em Dois Vizinhos, o ponto crítico na área urbana está concentrado no bairro Sagrada Família, onde as águas do rio Giral Alto subiram e afetaram aproximadamente 60 famílias.
Conforme o secretário de Obras, Itamar Boareto, muitas das famílias residentes nessa área, ou se abrigaram em casas de familiares, ou estão abrigadas no Pavilhão do bairro Sagrada Família. “Tivemos a queda de duas pontes e em quatro tiveram suas estruturas danificadas”, relatou o secretário.
Boareto também relatou as dificuldades encontradas no interior. “Temos, hoje, muitos problemas no interior, que vem afetando a questão do transporte dos estudantes a ponto da Secretaria Municipal de Educação suspender temporariamente as aulas, mas também dificultando o transporte de produtos perecíveis, como é o caso do leite e dos lotes de rango”.
Segundo o prefeito Raul Isotton, que aguarda levantamento da Defesa Civil Nacional, a assinatura do estado de emergência deve acontecer hoje.
25/06/2013 às 10:59:16 - Atualizado em 25/06/2013 às 17:18:51
Sobe para 64 mil o número de afetados pela chuvas no Paraná
Leonardo Coleto
| Átila Alberti |
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A cidade de Prudentópolis é a mais afetada, com 18 mil pessoas prejudicadas. Em seguida segue São José dos Pinhais, com 18 mil e Irati, com 13 mil. Curitiba segue com 200 afetados.
Em todo o Estado são quase 16 mil pessoas desalojadas e 825 desabrigadas.
De acordo com o levantamento da Defesa Civil, em todo o Paraná são 38 cidades afetadas pelas chuvas e atendidas pelo órgão.
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