Seguidores

segunda-feira, 24 de junho de 2013

MUDANÇA CLIMÁTICA


Obama apresentará plano contra mudança climática


• domingo, 23 de junho de 2013 - 16h11


ObamaO presidente dos EUA, Barack Obama, mostrará um plano nacional para combater a mudança climática
Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, disse neste sábado que oferecerá um discurso na próxima terça-feira, na Universidade de Georgetown, no qual mostrará um plano nacional para combater a mudança climática com a ajuda de cientistas, engenheiros e empresários.
"Mostrarei minha visão sobre para onde acho que devemos ir, um plano nacional para reduzir a poluição por dióxido de carbono, preparar nosso país para os impactos da mudança climática e liderar os esforços globais para combatê-lo", disse Obama em sua conta no Twitter, em um anúncio que inclui um vídeo de um minuto e meio.

"Este é um desafio sério, mas é singularmente adequado à fortaleza dos EUA. Necessitaremos de cientistas que desenhem novos combustíveis e agricultores que os produzam; necessitaremos de engenheiros que desenhem novas fontes de energia e negócios que as façam e vendam", afirmou o líder.
No vídeo, que inclui imagens da natureza e do setor industrial, Obama sugeriu que seu plano ajudará a criar empregos já que os trabalhadores americanos construirão as bases para "uma economia de energia limpa".
Obama também assinalou que os americanos têm que pensar em "preservar a criação de Deus para futuras gerações, desde as florestas até as vias fluviais, os campos de cultivo e as cúpulas nevadas".
"Não há um passo que por si só possa reverter a mudança climática, mas tentaremos deixar um mundo melhor para nossas crianças", enfatizou Obama.
A Casa Branca prevê divulgar no domingo uma antecipação do discurso sobre o plano, que Obama mostrará um dia antes de iniciar uma viagem pela África.
Fontes da Administração Obama asseguraram que o plano nacional buscará responder ao desafio da mudança climática com medidas centradas em reduzir a emissão de gases do efeito estufa nas usinas de energia elétrica.
Segundo os meios de comunicação locais, o plano será centrado em novas regulações da Administração para a Proteção Ambiental (EPA, em inglês), a redução das emissões de dióxido de carbono nas usinas de energia, uma melhora na eficiência energética de bens eletrodomésticos e o desenvolvimento de fontes de "energia limpa".
As usinas de energia dos Estados Unidos geram pouco mais de um terço das emissões de gases do efeito estufa, e a maioria destas em emissões provém de usinas que dependem do carvão para suas operações.
Segundo analistas, o Governo de Obama não poderá cumprir a declarada meta de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 17% dos níveis medidos em 2005, para o ano 2020, sem intervir com novas regulações ou leis ambientais.
Assim, se prevê que o plano de Obama seja apoiado em uma série de ordens executivas para responder ao desafio da mudança climática, que o próprio líder identificou no princípio deste ano como uma de seus principais prioridades para seu segundo mandato até 2017.
"Nós esperamos que sugira um pacote de iniciativas que abra as portas para um futuro de energia limpa e bons empregos, e deixe claro o abandono progressivo dos combustíveis fósseis que contaminam nossas comunidades", disse hoje à Agência Efe Javier Sierra, porta-voz do grupo ambientalista Sierra Club.
Na terça-feira passada, durante um discurso perante a Portão de Brandeburgo em Berlim, Obama disse que embora sejam reduzidas as "perigosas emissões de carbono", é necessário "fazer mais, e faremos mais".
Já em seu discurso sobre o "Estado da União" em 12 de fevereiro, Obama pediu ao Congresso a que tomasse medidas bipartidistas para fortalecer o meio ambiente, e deixou aberta a porta para possíveis medidas unilaterais.
"Se o Congresso não atuar em breve para proteger as futuras gerações, eu farei. Ordenarei a meu Gabinete que elabore ações executivas que possamos empreender agora e no futuro para reduzir a poluição, preparar nossas comunidades para as consequências da mudança climática e agilizar a transição rumo às fontes de energia mais sustentáveis", disse então Obama.
Nesse discurso, Obama argumentou que apesar da mudança climática não ser produto de um "único evento", 12 dos últimos 15 anos registraram as temperaturas mais cálidas na história recente, e "as ondas de calor, as secas, os incêndios incontrolados e as inundações são agora mais frequentes e mais intensas".
A luta contra a mudança climática, a reforma migratória e o reforço do controle de armas figuram entre as prioridades de Obama para seu segundo mandato, segundo disse ele mesmo em várias ocasiões




G1   21/06/2013 17h54 - Atualizado em 21/06/2013 17h54

Mudança do clima oferece risco, mas também chance de inovação, diz ONU

Empresas devem aproveitar oportunidade de desenvolver 'economia verde'.
Dados são de relatório do Pnuma, agência ambiental das Nações Unidas.



Da France Presse


Temperaturas elevadas, tempestades vinculadas às mudanças climáticas e uma competição crescente por água e terra indicam tempos difíceis para o futuro dos negócios, mas também uma oportunidade para uma inovação rentável, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (21).
Mencionando a destruição provocada pelas inundações na Austrália em 2010-2011, que custaram à seguradora Munich Re o montante de US$ 350 milhões e ao grupo de mineração Rio Tinto outros US$ 245 milhões, o informe diz que companhias não tiveram oportunidade de se adaptar.
"De eventos climáticos extremos a pressões crescentes sobre recursos naturais finitos, as mudanças no meio ambiente global aumentarão cada vez mais o impacto sobre custos operacionais, mercados para produtos, disponibilidade de materiais naturais e a reputação de negócios, do financeiro ao turístico, do sanitário ao de transportes", diz o documento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o Pnuma.
"O futuro do setor privado dependerá cada vez mais da habilidade dos negócios em se adaptar ao meio ambiente em rápida transformação e para desenvolver bens e serviços capazes de reduzir os impactos das mudanças climáticas, da escassez hídrica, das emissões de produtos químicos nocivos e outras questões ambientais", acrescenta.
No setor do turismo, por exemplo, uma elevação de 1,4 ºC a 2,2 ºC nas temperaturas médias do inverno provavelmente representaria o fechamento de mais da metade dos resorts de esqui no nordeste dos Estados Unidos em 30 anos
Perdas no turismo
No setor do turismo, por exemplo, uma elevação de 1,4 ºC a 2,2 ºC nas temperaturas médias do inverno provavelmente representaria o fechamento de mais da metade dos resorts de esqui no nordeste dos Estados Unidos em 30 anos.

O relatório diz que as emissões de gases de efeito estufa, relacionados com o aquecimento global, devem dobrar nos próximos 50 anos, conduzindo a um aumento da temperatura média global de 3 ºC a 6 ºC até o final do século.
Risco de apagão
No que diz respeito à escassez hídrica, o documento destaca que as minas de platina no sistema do Rio Olifants, na África do Sul, terão aumentadas em dez vezes as cargas hídricas até 2020, ao competir com as comunidades locais pela commodity cada vez mais escassa.

A demanda global por eletricidade poderia ser até 70% maior em 2025 do que em 2009, continua o informe, indicado para ondas de calor mais frequentes associadas com a mudança climática afetando a confiabilidade da rede.
No ano passado, apagões no norte da Índia causadas por altas temperaturas e poucas chuvas deixaram milhões de pessoas sem energia por várias horas.
Oportunidade de crescimento econômico
Mas enquanto os riscos para os negócios são "significativos", eles também representam oportunidades únicas para empresas que aproveitarem a demanda crescente por tecnologia verde, investimentos e serviços, destacou o informe.

Mais de 80% do capital necessário para responder às mudanças climáticas devem vir do setor privado. "Isto pode resultar em oportunidades de investimentos significativos de 'economia verde' no setor financeiro para prédios verdes, tecnologia de eco-eficiência, transporte sustentável e outros produtos e infraestruturas de baixo carbono", destacou o Pnuma.
"Nas cidades, cerca de 60% da infraestrutura necessária para atender às necessidades da população urbana do mundo até 2050 ainda precisam ser construídas, apresentando oportunidades de negócios significativas para construções urbanas e reformas mais ecológicas", emendou.
Também haveria oportunidades no setor energético, com a expectativa de queda da proporção total do cavão na geração de energia de dois quintos para um terço até 2035, enquanto as renováveis subiriam de 20% para 31%, diz o informe. 'A descarbonização da eletricidade apresentará oportunidades para o setor para avançar nas tecnologias de energia renovável", aponta o relatório.

21/06/2013 17h09 - Atualizado em 21/06/2013 17h09

Satélites da Nasa registram avanço de fumaça sobre Malásia e Cingapura

Nuvem é formada por incêndios florestais na ilha indonésia de Sumatra.
Poluição do ar em Cingapura significa risco para a saúde.

Do G1, em São Paulo



A Nasa divulgou nesta sexta-feira (21) uma combinação de imagens de seus satélites Terra e Aqua que mostra a fumaça dos incêndios florestais em Sumatra, Indonésia, e sua movimentação até Cingapura.
As imagens, feitas na quarta feira, mostram a situação às 11h30 locais (acima) e depois Pas 14h30.
O fogo iniciado em Sumatra, à esquerda, vai com o vento até a Malásia (acima ao centro) e depois Cingapura (abaixo, ao centro).
Imagens de satélite da Nasa mostram o avanço da fumaça sobre a Malásia e Cingapura (Foto: AFP/Nasa)Imagens de satélite da Nasa mostram o avanço da fumaça sobre a Malásia e Cingapura (Foto: AFP/Nasa)
A poluição do ar em Cingapura atingiu níveis perigosos para a saúde por causa da fumaça originada nos incêndios, provocados para abrir espaço para as plantações.
O índice de contaminação da cidade-Estado chegou ao máximo de 371 pontos, 71 acima do nível considerado perigoso, o que aumentou o número de pacientes nos hospitais por problemas respiratórios, informou a imprensa local.
O primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsieng Loong, pediu aos cidadãos da ilha que permaneçam em suas casas e dentro dos edifícios e procurem sair o mínimo possível, após os piores índices de poluição atmosférica desde 1997, quando se chegou aos 266 pontos.
A partir de 200 pontos, o ar é considerado "muito insalubre", segundo os parâmetros de medição da poluição do ar.
Uma névoa paira entre os arranha-céus e na baía de Cingapura, onde as primeiras nuvens de fumaça começaram a chegar na semana passada por causa dos incêndios provocados na ilha indonésia de Sumatra para o uso agrícola dos terrenos.
"Os trabalhadores devem usar máscaras protetores se precisarem trabalhar ao ar livre e, caso passem mal, têm o direito de deixar de trabalhar e descansar em um lugar fechado", afirmou o Congresso Nacional de Sindicatos cingapuriano em comunicado.
A névoa também afetou a visibilidade no golfo de Malaca, onde as embarcações tiveram que limitar a navegação durante a noite. A poluição também atingiu a Malásia, onde 211 escolas fecharam no sul do país devido ao nível de poluição atmosférica de 383 pontos.
A Indonésia culpou os investidores estrangeiros que possuem plantações em Sumatra pelos incêndios e pediu que os cingapurianos não reagissem como 'crianças, com tanta agitação' por conta da fumaça.

Mudanças Climáticas: maio iguala recorde histórico de temperatura


A média da temperatura continental e oceânica para o mês de maio de 2013 empatou com os valores registrados em 1998 e 2005, quando as temperaturas globais ficaram 0.66°C acima da média do século 20, de 14.8 °C.
Anomalia Global de temperatura para o mes de maio de 2013
Clique para ampliar
Os dados foram divulgados recentemente pelo National Climate Data Center, NCDC, órgão que estuda as variações climáticas junto à Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, a NOAA.
De acordo com o NCDC, os dados globais combinados das temperaturas médias da água do mar e dos continentes mostram que entre março de 2012 e maio de 2013 a Terra ficou 0.59 °C acima da média do século 20 para esse período, quando a temperatura média do planeta foi estimada em 13.7 °C. Ainda segundo o órgão, o intervalo março-maio empatou com o ano de 2004 como o oitavo ano mais quente da história.
Outro dado bastante emblemático mostra que entre janeiro e maio de 2013 a média global da temperatura foi 0.59°C superior à média do século 20, quando a média para esse período foi de 13.1 °C, o oitavo mais quente desde que as medições começaram a ser feitas em 1898.

Anomalias Globais
O mapa acima mostra as anomalias de temperaturas globais do mês de maio de 2013 com relação ao período base 1981-2010. Pelo gráfico, enquanto algumas regiões apresentaram um aquecimento muito maior que a média global, outros registraram um resfriamento bem significativo.
Na Espanha, a média de temperatura do mês de maio foi 1.3°C menor que a média de longo prazo e o maio mais frio desde 1985. Em algumas localidades, como a cidade de Santander, o frio do mês de maio foi o mais intenso desde 1951.
Por outro lado, as anomalias positivas em localidades como a o extremo siberiano, Suécia ou Ucrânia contribuíram para desequilibrar as temperaturas em direção ao aquecimento global.
No Brasil, anomalias negativas de 0.5 grau para o mês de maio foram registradas na costa leste do país. Em Rondônia, a anomalia foi positiva próxima a 1 grau em relação ao período base.

Arte: Gráfico elaborado com dados do NCDC mostra a anomalia de temperaturas globais para o mês de maio de 2013 com relação ao período base 1981-2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário