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quinta-feira, 13 de junho de 2013

SECA NO OESTE DOS ESTADOS UNIDOS



 Vemos na imagem de satélite do dia 03 de junho, na área escura no oeste dos EUA, causado pelo ar muito seco na região.

Abaixo no mapa, vemos a umidade relativa do ar que está baixa nessa região, clima de deserto que causa a seca e queimadas.




EURONEWS
13/06 08:06 CET
Nos Estados Unidos, um fogo de enormes proporções no estado do Colorado já destruiu pelo menos 80 habitações situadas nas imediações da segunda maior cidade, Colorado Springs, esta quarta-feira.
Há dois dias que as chamas consomem a área florestal em torno de Black Forest forçando as autoridades a ordenar a evacuação de mais de 7 mil pessoas.
Foi há praticamente um ano que Colorado Springs sofreu um outro incêndio de enormes proporções que destruiu cerca de 300 habitações levando à evacuação de 35 mil pessoas.
Na origem do sinistro estão temperaturas elevadas e condições de seca excepcionais que se fazem sentir por todo o estado. Ventos fortes estão igualmente a contribuir para o rápido avanço das chamas.

em.com
Satélite consegue captar queimadas abaixo da copa das árvores pela 1ª vez 
 Com isso, previsão dos incêndios na Amazônia deve se tornar mais precisa

Roberta Machado -
Publicação: 13/06/2013 08:56 Atualização: 13/06/2013 10:25

 (RODRIGO BALEIA/AFP - 19/8/10)

Brasília – Nos últimos anos, os cientistas conseguiram desenvolver métodos que ajudam a prever o risco de queimadas nas florestas. Para isso, eles usam dados como a situação atual das matas e a temperatura em terra e nos oceanos. Esse conjunto de informações, fornecido por satélites, permite traçar projeções sobre quais regiões estarão mais secas e quentes nos meses seguintes, logo, mais suscetíveis às chamas. O problema é que essas técnicas ainda são muito imprecisas, e tentativas de melhorá-las são constantes.

Uma boa notícia nesse sentido acaba de ser divulgada pela Nasa. Pela primeira vez, a agência espacial dos Estados Unidos conseguiu registrar, na floresta amazônica, o fogo sub-bosque, um tipo de incêndio lento e rasteiro que consome a vegetação e, geralmente, passa longe das vistas dos satélites, porque não ultrapassa a copa das árvores. Como a situação presente ajuda muito a projetar o que ocorrerá no futuro, o feito deve tornar as estimativas mais próximas da realidade.

Os sensores do satélite Terra conseguiram registrar a duração dos incêndios rasteiros e o tempo que a mata levou para se recuperar. A Nasa estima que esse tipo de fogo tenha atingido 85,5 mil quilômetros quadrados da floresta entre 1999 e 2010, o equivalente a 2,8% de toda a região, incluindo países vizinhos (de 3 milhões de quilômetros quadrados).

A área atingida é maior do que o desflorestamento causado pela agricultura: 4,5 mil quilômetros quadrados entre agosto de 2011 e julho do ano passado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “A floresta amazônica é muito vulnerável ao fogo, devido à frequência de focos de desmatamento e de manuseio de terra na fronteira da floresta, mas nunca soubemos a extensão regional ou a frequência desses incêndios sub-bosque”, afirmou Doug Morton, do Centro de Voo Espacial Goddard, da Nasa.

Para que um incêndio tenha início, basta uma fogueira mal apagada ou uma ponta de cigarro acesa jogada no chão coberto pela vegetação. “Você pode olhar para uma reserva indígena onde não há desflorestamento e ver enormes incêndios sub-bosque. A presença humana na fronteira com os desflorestamentos leva a um risco de incêndios quando as condições do clima são apropriadas para as queimadas”, explica Morton. A queimada de lixo, a presença de carros e a agricultura também são fatores que contribuem para a formação das labaredas.
O satélite Grace vai ajudar a estimar o risco de queimadas: capacidade de medir a umidade do solo (JPL/NASA/DIVULGAÇÃO)
O satélite Grace vai ajudar a estimar o risco de queimadas: capacidade de medir a umidade do solo
Dados conflitantes
Atualmente, para prever o risco de incêndios, a agência espacial usa, além do Terra, o satélite Noaa (sigla em inglês para Administração Atmosférica e Oceânica), que mede a temperatura dos oceanos. Como foi registrado um calor maior no Atlântico recentemente, os especialistas acreditam que as queimadas no Brasil devam ser mais intensas no fim deste ano. Dos estados que comportam parte da floresta amazônica, apenas o Maranhão deve sofrer menos com o problema. Segundo a Nasa, Pará e Mato Grosso serão os mais atingidos pelas chamas, seguidos por Rondônia, Amazonas e Acre. Isoladamente, Mato Grosso é responsável por mais de 40% de todos os focos registrados pelo sistema da Nasa desde 2000: a média do estado é de quase 50 mil pontos de queimadas por ano.

No Brasil, o monitoramento fica por conta do sistema Aqua, um conjunto de seis instrumentos, também da Nasa, que coletam informações sobre as nuvens, a evaporação dos oceanos, o vapor d’água na atmosfera e a precipitação no planeta. De acordo com o levantamento feito pelo Inpe, o número de focos em 2013 deve ser um pouco abaixo da média esperada para a Região Amazônica.

A diferença nos números não é surpreendente, de acordo com Alberto Setzer, responsável pelo monitoramento de queimadas do Inpe. “Existe um método que eles usam para fazer essa previsão, assim como há dezenas de grupos no Brasil e no mundo fazendo o mesmo”, compara o brasileiro. A margem de erro do modelo norte-americano, ressalta Setzer, é bastante grande. “Se o método deles ou qualquer outro funcionasse muito bem, as pessoas os usariam para se preparar. Mas essa ciência de fazer previsão do tempo com meses de antecedência ainda é muito incerta”, lamenta o especialista.

Apesar de as pesquisas apontarem o clima como um fator que facilita muito a ocorrência de queimadas na Amazônia, os incidentes não são expontâneos. A seca pode ser o combustível que mantém as chamas acesas, mas o gatilho dos focos tem origem humana. “Um modelo nunca vai conseguir prever quando um maluco vai começar a queimar. Isso não tem nada a ver com o clima, é uma coisa imprevisível”, aponta Setzer.

Nos próximos anos, o modelo da Nasa deve incluir dados do experimento de clima e recuperação de gravidade, ou simplesmente Grace, como é chamado outro satélite. Os sensores desse equipamento produzem estimativas sobre a umidade no solo com meses de antecedência. A ferramenta pode tornar as previsões sobre as queimadas mais precisas. “As medições do Grace proporcionam informações precisas e únicas sobre o nível de água na terra, o que muda completamente o modo como olhamos para a previsão de incêndios”, assegurou em um comunicado à imprensa Isabella Velicogna, pesquisadora da Universidade da Califórnia. 



Amazônia está ameaçada pela propagação de incêndios

Falta de chuva no sul do ecossistema é capaz de aumentar o desmatamento e degradação causado pelo homem
Incêndios na Amazônia coloca o ecossistema em risco (Antonio Scorza/AFP/Getty Images)
Incêndios na Amazônia coloca o ecossistema em risco (Antonio Scorza/AFP/Getty Images)
Um estudo conduzido por Jim Randerson da Universidade da Califórnia e uma equipe com outras universidades, previu que a severidade da época de incêndios de 2013 será consideravelmente maior em muitas florestas amazônicas do hemisfério Sul. Embora o homem ainda seja o responsável pelo fogo, a falta de chuvas ajuda sua propagação.
As causas dos incêndios são, em sua maioria, o desejo de algumas pessoas em destruir as florestas nativas e colocar no lugar plantações agrícolas. O estudo prevê que a propagação do incêndio irá multiplicar-se rapidamente, resultando em perda de grandes extensões de verde em poucos minutos.
É possível prever três a seis meses antes da estação seca quando o clima na Amazonia será mais favorável para propagação de incêndios ou será mais úmido por meio de monitoramento das temperaturas da superfície do mar no Pacífico tropical e Atlântico.
Para concluir isso, Randerson usou dados históricos de incêndios registrados pelo satélite Terra, da NASA, juntamente com os dados de temperatura da superfície do mar do NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) dos Estados Unidos. Finalmente fizeram um modelo da gravidade dos incêndios que produziam uma primeira previsão em 2012.
Randerson viu que quando a temperatura da superfície do mar no Pacífico Central e Atlântico Norte são mais frias do que o normal, resultam no aumento de chuvas em todo sul da Amazônia nos meses antes da época de incêndios.
Por outro lado, quando as águas superficiais são mais quentes no Oceano Pacífico, como foram os anos de 1997 e 1998, o El Niño empurra as chuvas para o norte, deixando partes do sul e florestas da Amazônia oriental mais secas e mais propensas a incêndios.
Além disso, impedir que as pessoas continuem a realizar queimadas ilegais, pode ajudar a acabar com este desmatamento e degradação.

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