JORNAL NACIONAL Edição do dia 07/06/2013
07/06/2013 21h33
- Atualizado em
07/06/2013 21h33
Norte do Brasil tem seca no Acre e enchente no Amazonas
Cinco municípios do Acre estão em situação de emergência. Este ano, a cheia dos rios no Amazonas foi grande. Em Manaus a cheia já é a sétima maior da história.
Em Rio Branco, Dona Neuza Norbal aproveita para lavar roupa. Nessa época, por lá, o sol é forte. E água, só tem de vez em quando. "Cai dia sim dia não, tem vez que passa dois, três dias para cair", conta a dona de casa.
Outra dona de casa está economizando. "É, aqui a gente regra dois banhozinhos por dia", diz.
É que o Rio Acre está cada vez mais seco. E a estiagem pode causar o racionamento em algumas cidades do estado. Cinco municípios estão em situação de emergência.
Já no estado vizinho do Amazonas sobra água. Este ano, a cheia dos rios foi grande. Ao todo, 38 municípios decretaram situação de emergência. Um deles é a capital, onde a cheia já é a sétima maior da história. A rua no centro de Manaus alagou.
Mas quem sofre mesmo mora pertinho do Rio Negro. A enchente traz muito lixo e muda a vida de milhares de pessoas. “Eu quero comprar um pacote de leite e não tem como, porque a ponte está na água.”, conta uma moradora.
O Rio Negro é represado pelo Solimões, que vai invadindo tudo. No município de Iranduba, a estrada virou porto. Muitas casas tiveram que ser abandonadas. Em outras, os moradores preferem enfrentar a água.
O Rio Solimões já invadiu praticamente todos os cômodos de uma moradia visitada pela nossa equipe. Foi necessário construir marombas, que são pisos improvisados em madeira. No quarto de casal da residência, o piso teve que ser construído um pouco mais alto.
“É muito quente aqui. Quando sol esquenta fica muito quente, a gente não aguenta não. Eu tenho muito medo. A gente vê bater de baixo do assoalho e não sei o que é. Acho que pode ser jacaré, cobra. Se continuar subindo vai ficar difícil", lamenta a dona de casa Nilda Oliveira.
Aos 72 anos, na casa alagada, Dona Severina tem cuidado para não cair e lamenta viver nessa situação. Mas acredita que a natureza vai ajudar. "Vamos passar por mais essa, se Deus quiser", diz.
05/06/2013 15h16 - Atualizado em 05/06/2013 17h20
Cheia do Tapajós causa enchente e cidades do Pará decretam emergência
Em Alenquer e Aveiro, casas e lojas foram invadidas pela água.
Defesa Civil diz que enviará reforços para o local.
Em Santarém, o grande volume de água invadiu ruas e lojas da área comercial da cidade. A situação é a mesma em outros municípios da região oeste do Pará. Em Alenquer, a avenida Benedito Monteiro, a principal da cidade, também está alagada.
A Defesa Civil está enviando equipes do Corpo de Bombeiros para fazer o levantamento da situação de cada município. "Por enquanto os militares estão em dois municípios, Óbidos e Alenquer, onde já ocorreu também uma visita. A água tomou a parte da frente da cidade, mas basicamente em todos eles o dano maior se encontra na área ribeirinha", explica o major Luiz Cláudio Rêgo.
Uma ponte improvisada é montada para permitir a
locomoção das pessoas em áreas já alagadas
(Foto: Reprodução/TV Liberal)
De acordo com a medição feita pela Capitania dos Portos de Santarém, o nível do rio Tapajós está em 7,78 cm. No ano passado, neste mesmo período, o nível registrado foi de 7,76cm.locomoção das pessoas em áreas já alagadas
(Foto: Reprodução/TV Liberal)
Em Santarém, apesar de algumas comunidades da região ribeirinha estarem alagadas, a Defesa Civil garante que ainda não há necessidade do decreto de situação de emergência. Visitas e algumas ações estão sendo desenvolvidas nessas áreas. "Nossa ideia, junto com a Defesa Civil do estado, é trabalharmos em levantamentos dos assoalhos dessas famílias afetadas. A gente sabe que tem comunidades aí onde 80% das famílias são afetadas nesse período", comenta o representante da Defesa Civil de Santarém, Darlison Maia.
Água invadiu ruas e atrapalha comércio. (Foto: Reprodução / TV Liberal)
Além dos municípios que já decretaram situação de emergência na região,
outros 6 onde a situação é mais urgente e que também correm o risco de
entrar em estado de emergência, são prioridades para a equipe da Defesa
Civil regional."Alguns deles se manifestaram no sentido de declarar situação de emergência. Então alguns militares [da Defesa Civil] já se deslocaram para estes municípiosno sentido de assessorar e prestar todo esse apoio técnico e também levantar a situação em termos de demanda a nível de estado", explicou o major Rêgo.
De acordo com a Defesa Civil, nesta quarta-feira (5) o nível do rio Tapajós teve uma redução de 4 cm.
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