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sábado, 31 de agosto de 2013

FOI FECHADO O DIQUE QUE ROMPEU EM PORTO ALEGRE

  



   


  
 













     
 
JORNAL ZERO HORA
Causas do transtorno31/08/2013 | 09h00Atualizada em 31/08/2013 | 14h43

Prefeitura de Porto Alegre apura causa do rompimento de dique que alagou cerca de 700 casas

Um vão de aproximadamente seis metros de largura pode ter sido "provocado"

 
 
Horas depois da ruptura do dique que causou alagamento em cerca de 700 casas no bairro Sarandi, o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) investiga se uma ação intencional provocou a abertura de um vão de seis metros da estrutura, construída com areia no Arroio Feijó, em Porto Alegre.
Apesar de dizer que não está focado nas causas, mas sim no socorro dos moradores, o prefeito José Fortunati afirma que o local diz que área de rompimento tem sinais de movimentação de pessoas.
O diretor-geral do DEP, Tarso Boelter, também confirma a informação e explica que a possibilidade de alagamentos na região levantou discussões durante a semana entre técnicos de Porto Alegre e Alvorada, por onde passa o Arroio Feijó. Boelter, diz que houve um pedido do município vizinho para que o DEP abrisse uma comporta existente. A solicitação buscava solucionar a cheia no manacial, causada pelas recentes chuvas. Porto Alegre se opôs.
— A abertura da comporta transferiria todo problema de Alvorada para Porto Alegre. Por isso, foi acertado um bombeamento feito pela Corsan — explica Boelter.
Nesta semana, duas bombas que dragam a água do Rio Gravataí, manancial que abastece o Feijó, começaram a funcionar. De acordo com o prefeito de Alvorada, Sergio Maciel Bertoldi, foi acordado com o DEP a vazão de água que seria transferida pelas bombas e se sabia que qualquer outra atitude poderia alagar as casas.
— Para nós é uma surpresa o que aconteceu. Se houve a interferência de alguém cabe uma investigação — aponta o prefeito.
Enquanto as causas são estudadas, cerca de cem servidores da prefeitura trabalham na reconstrução do dique, usando pedras em formato de bola. Somente depois poderá ser feito todo o fechamento da estrutura, com o uso de areia e caliças (restos de construção). Por causa da nova previsão de chuva, o engenheiro Fausto Vasques, diretor de conservação do DEP, acredita que os reparos continuarão ao longo da semana até que a reconstrução definitiva fique pronta. 

Prefeitura de Porto Alegre apura causa do rompimento de dique que alagou cerca de 700 casas Ronaldo Bernardi/Agencia RBS 

Em mapa, confira a localização do dique: 





TEMPESTADE TROPICAL KIKO EM TEMPO REAL

HOJE, 01 DE SETEMBRO 
Tempestade Tropical Kiko, com ventos de 112 km/h e deslocamento no sentido norte a 4 km/h com pressão atmosférica de 993 hPa.

Tempestade Tropical Kiko
Ventos de 96 km/h e deslocamento no sentido a 3 km/h, pressão atmosférica de 1000hPa, próximo ao México.

 

FORTES CHUVAS NO NORDESTE DO BRASIL

30/08/2013 09h03 - Atualizado em 30/08/2013 09h08

Chuvas da noite deixam carros submersos em João Pessoa

Segundo Aesa, choveu 95,6 milímetros na capital em um período de 8h.
Já em Cabedelo, as precipitações somaram 101,6mm.

Do G1 PB
Carros ficaram submersos por conta das chuvas em alguns pontos de João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)Carros ficaram submersos por conta das chuvas em alguns pontos de João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)
As chuvas desta sexta-feira (30) trouxeram transtornos aos moradores de João Pessoa. Em alguns pontos da capital paraibana, carros ficaram quase que submersos em uma rua paralela à Epitácio Pessoa. De acordo com a Central de Reclamações e Informações da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), às 8h20 o único ponto que registrava congestionamento de veículo era a rotatória do Altiplano, no sentido bairro-Centro. No entanto, pontos de lentidão de trânsito estavam sendo registrados em várias vias da capital.
Segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) da Paraíba, entre as 23h de quinta-feira (29) até as 7h desta sexta-feira (30) choveu 95,6 milímetros em João Pessoa. A medição do órgão também registrou 101,6mm em Cabedelo, na região metropolitana da capital. Até as 8h30, os dados de Campina Grande ainda não tinham sido fechados. De acordo com a meteorologista Marle Bandeira, "estão previstas chuvas ocasionais na faixa litorânea e esparsas no Agreste e Brejo do estado".
O coordenador da Defesa Civil municipal, Noé Estrela, informou que apenas uma ligação foi registrada pelo órgão durante a madrugada. Moradores da Comunidade Santa Bárbara acionaram o órgão por conta de algumas casas estarem alagadas em virtude da obstrução de uma galeria de águas pluviais. Até as 8h30 desta sexta-feira, uma equipe da Defesa Civil estava no bairro São José monitorando a área.
“Podemos dizer que existem algumas casas alagadas por causa do estreitamento do Rio Jaguaribe e por causa da formação de algumas plantas”, explicou. Comunidades que apresentam riscos de desabamento de barreiras, como a Saturnino de Brito e o Timbó também deverão receber a visita da Defesa Civil municipal.
Ele garantiu que vai acionar outras secretarias, como a da Infraestrutura (Seinfra), para solucionar o problema. “A ação da Defesa Civil deve ocorrer em parceria com outros órgãos. Acreditamos que a retirada do lixo do rio, que tem muito, e o corte da vegetação, irão solucionar o problema”, completou.
Já em Campina Grande, a Defesa Civil registrou apenas um ponto de alagamento, no bairro do Santa Rosa, segundo o coordenador Ruiter Sansão. Também houve a queda de um teto de gesso em um prédio da prefeitura, localizado no Terminal Rodoviário Cristiano Lauritzen, a 'Rodoviária Velha'. Não houve feridos. O Corpo de Bombeiros não registrou chamados em Campina Grande.

30/08/2013 18h00 - Atualizado em 30/08/2013 18h00

Parte de teto de igreja desaba após chuvas e vento no interior da Bahia

Acidente foi na madrugada desta sexta-feira (30); ninguém se feriu.
Mínima em Ibirataia chega aos 19º nesta sexta.

Do G1 BA

Apesar do susto, ninguém se feriu, segundo a polícia (Foto: Giro em Ipiaú)Apesar do susto, ninguém se feriu, segundo a polícia (Foto: Giro em Ipiaú)
Parte do teto da Igreja Batista Independente de Ibirataia, a cerca de 350 km de Salvador, desabou na madrugada desta sexta-feira (30). Segundo as informações da polícia, apesar do susto, ninguém se feiru. A PM informou ainda que as primeiras informações indicam que a chuva e o vento forte teria causado o acidente.
De acordo com as informasções do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a mínima em Ibirataia nesta sexta pode chegar aos 19º, com possibilidades de chuva a qualquer momento do dia.
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Chuva e vento forte podem ter causado o acidente, segundo a polícia (Foto: Giro em Ipiaú)Chuva e vento forte podem ter causado o acidente, segundo a polícia (Foto: Giro em Ipiaú)

DIQUE ROMPE EM PORTO ALEGRE

 31/08/2013 11h27 - Atualizado em 31/08/2013 11h28

'É a maior tragédia dos últimos anos em Porto Alegre', diz Defesa Civil

Rompimento de dique provocou alagamento no Sarandi, na Zona Norte.
Secretário Ernesto Teixeira orienta moradores a abandonarem casas.

Do G1 RS

Alagamento na Zona Norte de Porto Alegre (Foto: Vanessa Felippe/RBS TV)Cerca de 500 casas na Zona Norte de Porto Alegre estão alagadas, diz a Defesa Civil
(Foto: Vanessa Felippe/RBS TV)
O rompimento de cerca de seis metros no dique de contenção que represa as águas do Rio Gravataí, que provocou o alagamento das vilas Asa Branca, Brasília e Elisabete, no Bairro Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre, é a maior tragédia dos últimos anos em Porto Alegre, segundo Ernesto Teixeira, secretário do Gabinete de Defesa Civil da capital. A água continua subindo. Até o momento não há feridos, mas cerca de 500 casas foram atingidas e os moradores tiveram que procurar abrigo.
"O que causou isso ainda não se sabe. Pode ter sido acidental ou provocado por ação humana. Não tem como precisar. Mas isso inundou todo o Bairro Sarandi. É a maior tragédia dos últimos anos na capital", disse à Rádio Gaúcha o secretário da Defesa Civil.
Até o meio da manhã, os moradores atingidos pela cheia estavam sendo encaminhados para a Igreja Santa Catarina. Como a enchente está chegando ao local, os desabrigados estão sendo levados agora para a Escola Liberato Salzano, também no Sarandi. A orientação da Defesa Civil aos moradores do bairro é para juntar o que puder e abandonar as casas.
"Se a água estiver chegando ao pátio, é bom empilhar os objetos mais valiosos e sair. A SMOV está com DMAE e o DEP tentando arrumar o rombo no dique", disse o chefe da Defesa Civil.
Um novo boletim da Defesa Civil será divulgado ao meio-dia deste sábado. Caminhões da prefeitura chegam ao local com pedras grandes. As pedras são colocadas onde houve o rompimento para tentar diminuir o fluxo da água.
Alagamento na Zona Norte de Porto Alegre (Foto: Vanessa Felippe/RBS TV)Centenas de pessoas tiveram que abandonar casa
no Sarandi (Foto: Vanessa Felippe/RBS TV)
As doações estão sendo recebidas na Escola Municipal Liberato Vieira da Cunha e nos postos do Mercado Público e da Fasc, na Avenida Ipiranga, 310. Voluntários da área da saúde podem se apresentar na Escola Municipal Liberato Vieira da Cunha, na Rua Xavier de Carvalho, nº 274, Bairro Sarandi.
As causas do acidente estão sendo apuradas. O trecho fissurado passa por reconstrução com areia e brita. Como medida de segurança, a CEEE interrompeu a transmissão de energia elétrica na região durante a noite e o início da manhã, mas o fornecimento foi normalizado. Não há registro de feridos.


Imagem das 11h de 31 de agosto, mostra tempo se instabilizando sobre o Rio Grande do Sul. Podem ocorrer temporais.
 
  JORNAL ZERO HORA
Nuvens no céu     31/08/2013 | 05h02

Chuva ameaça recomeço no Vale do Sinos

Pode haver precipitações entre domingo e segunda-feira nas regiões das enchentes


Chuva ameaça recomeço no Vale do Sinos Charles Dias/Especial
Maria Clara Rodrigues (E) chorou na volta para casa, sexta-feira, em São Leopoldo Foto: Charles Dias / Especial
João Vitor Novoa
Depois da chuva que alagou bairros inteiros de cidades como São Leopoldo, Novo Hamburgo, São Sebastião do Caí e Esteio, as vítimas da enchente começam a tentar voltar à rotina.
Mas pode haver nova precipitação entre domingo à noite e segunda-feira, conforme a Somar Meteorologia, o que seria novamente motivo de preocupação.
— A área mais chuvosa no Estado para os próximos dias será a Noroeste, principalmente em Santa Rosa. Na Grande Porto Alegre, deve cair entre cinco milímetros e 10 milímetros no período. Para efeito de comparação, entre os dias 23 e 28 de agosto, choveu 241 milímetros no Litoral Norte, na região de Caraá, onde fica a nascente do Rio dos Sinos — explica o meteorologista Gustavo Verardo, da Somar.
Ele complementa:
— Isto não vai acontecer desta vez. Cairá somente uma chuva leve.
Se confirmado o volume reduzido de precipitação, será uma boa notícia para a Defesa Civil e as prefeituras. Em São Leopoldo, os agentes de saúde do município visitarão, a partir de segunda-feira, todas as regiões atingidas para instruir a população na limpeza correta das residências e contra a transmissão de doenças — os efeitos da leptospirose aparecem de três a sete dias depois da contaminação.
Defesa Civil fará arrecadação de roupas no fim de semana
A campanha de vacinação em massa contra o tétano e a hepatite deve continuar neste final de semana, no Centro de Eventos do município. Se a chuva apertar, a prefeitura avisará, via Defesa Civil, a população das áreas de risco para que saia de suas casas.
Na mesma linha, a Defesa Civil do Estado vai armar uma megaoperação de arrecadação de alimentos, roupas e materiais de higiene neste final de semana, nos postos de arrecadação espalhados pelo Estado (redes de supermercado Zaffari e concessionárias de veículos San Marino). Em Porto Alegre, haverá postos de coleta de donativos na Usina do Gasômetro, no Parque da Redenção e nos shopping centers Bourbon Ipiranga, Barra Shopping Sul e Iguatemi.
Aos atingidos desta semana, resta torcer para pouca ou nenhuma chuva. Nos bairros Parque Imperatriz e Feitoria, em São Leopoldo, centenas de moradores começam a contabilizar os prejuízos. Maria Clara Rodrigues, 41 anos, chorou após chegar em casa pela primeira vez depois de tê-la abandonado, na segunda-feira, quando a chuva alcançou a janela. Na sexta-feira, a moradora da Feitoria abriu a porta e viu um cenário desolador.
— Eu perdi tudo, não tenho mais casa. As madeiras estão todas podres. Mal dá para abrir a porta. O sofá, minha cama, a estante, os armários, tudo. Onde eu vou morar? — lamentou a operária de uma fábrica de bolsas, ao lado da nora, Franciele Veríssimo Rodrigues, 21 anos.
Franciele tentou consolá-la:
— Fica tranquila, Clara. Podem ficar na nossa casa quanto tempo vocês quiserem. Nós vamos ajudar vocês.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

VOLTA A INSTABILIZAR-SE SOBRE O RS

Como se observa na imagem em movimento das 14h de 30 de agosto, continua a descer umidade da região equatorial e amazônica em direção ao sul. A previsão é de chuvas e trovoadas para o final de semana e segunda-feira no RS. No restante do Brasil, ar seco e quente continua a predominar.



 Nem as águas dos rios baixaram e já se instabiliza sobre o RS agora a tarde. Imagens das 16h de 30 de agosto mostram as nuvens cirrus e cirrustratos cubrindo Porto Alegre e ao fundo o Guaíba sem ondas porque não há vento. Plano como um espelho.

DO CLIMATEMPO
TEMPESTADES TROPICAIS NO PARÁ

Temporal em Belém

30 de agosto de 2013 às 15:52 por Josélia Pegorim


 
Nuvens muito carregadas, formadas pelo calor e umidade alta, se desenvolveram na tarde desta sexta-feira no nordeste do Pará. Estas nuvens provocaram fortes pancadas de chuva com rajadas de vento em raios. O aeroporto de Belém, capital do Pará, o aeroporto local registrou uma rajada de vento de 64  km/h. Estas nuvens ainda podem se formar no fim de semana no nordeste do Pará.






João Pessoa: metade da chuva de agosto em 24h

30 de agosto de 2013 às 11:46 por Josélia Pegorim
 
Áreas de instabilidade se intensificaram sobre o litoral da Paraíba espalhando nuvens carregadas que provocam grande volume de chuva nesta sexta-feira. Na capital, João Pessoa, em 24 horas choveu um pouco mais do que a metade do que normalmente chove durante o mês de agosto. Entre 9h do dia 29 e 9h do dia 30 de agosto, o Instituto Nacional de Meteorologia registou 103,2 mm. Este volume de chuva corresponde a 51% da média de chuva para agosto em João Pessoa que é de 202 mm. O total acumulado no mês era de aproximadamente 230 mm, até 9 h do dia 30 de agosto.

As áreas de instabilidade enfraqueceram no fim da manhã e a tendência é de diminuição da chuva. Ainda chove de forma constante por mais algumas horas, mas com fraca a moderada intensidade.

As imagens de satélite mostram a diminuição da nebulosidade sobre a região de João Pessoa.



A MAIOR ENCHENTE DO RIO GRANDE DO SUL

 

A maior enchente do Rio Grande do Sul é considerada a de 1941, porém se não houvessem os diques de contenção que existe em São Leopoldo hoje, essa seria a maior.

ZERO HORA - DIÁRIO GAÚCHO

Enchente em São Leopoldo é a maior desde 1965

Prefeitura monta gabinete de gestão de crise e vai pedir decreto de emergência; escolas da rede pública fechadas


Enchente em São Leopoldo é a maior desde 1965 Charles Dias/Especial
Ponte da BR-116 está apenas a 60 cm do nível da água do rio dos Sinos Foto: Charles Dias / Especial
João Vitor Novoa
Em uma reunião que terminou por volta das 12h desta quarta-feira, a prefeitura de São Leopoldo montou um gabinete de gestão de crise contra a enchente no Rio dos Sinos que ameaça boa parte dos bairros São Geraldo, Independência e Rio dos Sinos. Membros do Corpo de Bombeiros, Brigada Militar, segurança pública, assistência social, defesa civil, além do próprio prefeito Aníbal Moacir da Silva, trabalharão no monitoramento dos atingidos e dos prejuízos causados pela maior enchente desde 1965, quando as cidades de São Leopoldo e Novo Hamburgo ficaram abaixo d'água.

— Em 1984, o rio chegou a um patamar semelhante, mas agora está pior. Desde 1965, quando houve a tragédia, não vinha tanta água. Mas a situação está se estabilizando — explicou Arno Kayser, presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio dos Sinos, ressaltando que a medição está estável nas últimas horas.

A prefeitura diz que no ano de 1965, quando ainda não haviam sido construídos os diques de oito metros de altura, que canalizam a água por 200 metros, o índice chegou a 6,48 metros. Caso os diques tivessem sido construídos, a enxurrada de 1965 atingiria 15 metros de altura. A enchente deste ano está com menos da metade do volume d'água daquele ano. O último nível apontado no início desta tarde marcou 6,15 metros.

O gabinete fará o levantamento dos problemas oriundos da enchente e o enviará na manhã desta quinta-feira para o Piratini. A expectativa, conforme a assessoria da prefeitura de São Leopoldo, é que a situação de emergência seja decretada no mesmo dia.

Não há aulas na rede municipal e estadual de ensino desde esta manhã. Só devem voltar na sexta-feira. A ponte 25 de julho, que liga a zona norte da cidade ao centro de São Leopoldo, está fechada desde a terça-feira à noite. Há três famílias desabrigadas e outras 500 famílias desalojadas no município.

Ponte da BR-116A ponte que passa sobre o Rio dos Sinos na BR-116 está sob vigilância cuidadosa da Polícia Rodoviária Federal e prefeitura de São Leopoldo. O secretário de Segurança Pública e Defesa Comunitária, Carlos Alberto Azeredo, afirma que a estrutura exige monitoramento.

— É a estrutura que mais nos preocupa. Essa ponte é a menor de todas as que passam pelo rio e fica justamente na BR-116. A água está a 60 cm de chegar na rodovia, enquanto nas outras ainda há um espaço de 1,30 metro. Se acontecer dessa água chegar aos carros que passam na BR-116, aí vai ser um grande problema — disse.



Vale do Sinos29/08/2013 | 18h57

Moradores antigos dizem nunca terem passado por uma enchente semelhante

Nível da água em São Leopoldo deve demorar 72 horas para baixar



Moradores antigos dizem nunca terem passado por uma enchente semelhante Fernando Gomes/Agencia RBS
Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS
João Vitor Novoa
A prefeitura e o presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do rio dos Sinos confirmaram na última quarta-feira que a enchente deste ano é a maior desde a de 1965. Em muitos bairros, a água ainda não baixou. O tenente-coronel Alexandre Teixeira dos Santos, coordenador regional da Defesa Civil na Área Metropolitana, explica que o nível do Rio dos Sinos tem baixado 10 centímetros a cada 12 horas e que o vento continua soprando do norte, o que ajuda a aumentar a vazão das águas.

– Acredito que, em São Leopoldo, ainda leve 72 horas para que o nível da água baixe ao ponto de aliviar as casas. Em Alvorada, outra região bem crítica (é uma planície), pode levar até 10 dias – estima o tenente-coronel.

Com a enchente, as milhares de residências construídas nas últimas décadas às margens do rio nada mais são que um cartão postal macabro de um lugar onde a maioria dos vizinhos se conhecem e gostam de viver, por ser mais tranquila que outras localidades de São Leopoldo. Os moradores da Feitoria dizem nunca ter sofrido algo parecido como agora.

Na rua Afonso Schaeffel desde 1981, Maria Toledo Rosa, 58 anos, lamenta o prejuízo causado pela chuvarada. A artesã havia alugado há uma semana o espaço onde ficava a sua mercearia, uma construção anexa à sua residência. Ela estima o prejuízo em R$ 5 mil. Maria Toledo garante que nunca passou pela sua cabeça que fosse acontecer algo do tipo na sua propriedade.

— Eu aluguei para um conhecido instalar uma lanchonete que vende xis. Tinha deixado tudo lá. Freezers, geladeira, mesas, balcão de tortas. Não imaginei que a água chegaria na minha casa. Na única vez que chegou perto, em 2008, a água ficou a 2 cm de entrar pela minha janela. Dessa vez, ela invadiu e eu fiquei com água pela cintura. Se soubesse que chegaria, tinha tirado tudo do primeiro andar da casa e da nossa construção do lado — afirma, apontando para a sua antiga mercearia, onde os inquilinos se estabeleceriam.

A incredulidade demonstrada por Maria Rosa se espalha pela região. A prefeitura de São Leopoldo e o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos já disseram que nada parecido aconteceu desde 1965. E, apesar do sol forte, moradores ainda lutam para minimizar os estragos. Em bairros como Feitoria e Scharlau, a água passava de um metro de altura em diversas ruas. Com carros inundados e amarrados a pilares, barcos eram os meios de locomoção mais vistos em ação.

Moradora da mesma rua que a “comadre” Maria Toledo, a dona de casa Celita da Fontoura, 54, ouviu o alerta da Defesa Civil um dia antes da enchente chegar, o que ocorreu na última terça-feira. No entanto, ela e a família não quiseram sair de casa por acharem que era um “aviso desnecessário”.

— Estou aqui há 20 anos. A água chegava no máximo no meu pátio em algumas situações, mas nunca passou disso. Eu achei que era exagerado esse alerta de ter que sair de casa porque nunca tinha ocorrido uma enxurrada no lugar onde eu moro, e acabei ficando. Na madrugada de terça foi um horror. Perdi tudo — disse, emocionada, a mulher.

A Associação de Moradores do Bairro Feitoria contabiliza 300 famílias que tiveram que sair de suas residências. Em São Leopoldo, o bairro São Borja, na borda da avenida Imperatriz Leopoldina, também teve centenas de famílias desalojadas. O 19º Batalhão de Infantaria Motorizada de São Leopoldo, o 16º, da mesma cidade, e o 13º, de Cachoeira do Sul, mobilizaram um efetivo de 100 soldados para ajudar no resgate e organizar as doações nos centros comunitários onde algumas famílias estão abrigadas.



quinta-feira, 29 de agosto de 2013

TEMPESTADES TROPICAIS ATUAIS


Tempestade Tropical Kong-Rey -- A décima quarta tempestade do Oceano Pacífico Noroeste nasceu no Domingo(25) e neste momento esta com 72km/h próximo ao Norte do Taiwan, seguindo em direção ao Japão. Simulações atmosfericas indicam diminuição de intensidade ao longo do trajeto.
 

 --Tempestade Tropical Juliette-- A Tempestade Juliette que se formou nesta quinta(29) está com ventos de 63km/h e passa pela Costa do México próximo as ilhas de La Poza e Rosarito. Foram emitidos alertas amarelos para rajadas de ventos e chuvas fortes na região, Juliette passou por San Lucas e La Paz.
 

TEMPESTADE TROPICAL NA AMAZÔNIA

29/08/2013 15h30 - Atualizado em 29/08/2013 17h39

Tempestade arranca árvores e destelha casas em Santarém

Temporal caiu na madrugada desta quinta-feira, 29.
Prefeitura de Santarém informou que providencia medidas de segurança.

Do G1 PA
Tempestade destelhou casas em Santarém. (Foto: Reprodução/ TV Tapajós)Tempestade destelhou casas em Santarém. (Foto: Reprodução/ TV Tapajós)
A forte chuva desta madrugada de quinta-feira (29), provocou muitos estragos em Santarém, oeste do Pará. Telhas, cercas e fiação elétrica foram arrancadas. Árvores caíram e algumas casas ficaram totalmente destruídas. Moradores ficaram assustados.
Na residência de madeira, onde Manoel Vieira é caseiro, parte da parede e do telhado foram arrancados. Os esteios de sustentação ficaram comprometidos, prestes a desabar. “Pensei que ia morrer todo mundo. Eu tava deitado na cama e ele [temporal] me jogou na parede. Foi muito rápido, mas destruiu tudo”.
Mochila foi lançada para cima de árvore. (Foto: Reprodução/ TV Tapajós)Mochila foi lançada para cima de árvore.
(Foto: Reprodução/ TV Tapajós)
O autônomo Moacir Pimentel contou que viu o telhado de casa ser levado pelos fortes ventos. “Tava chovendo e eu tava acordado quando de repente a gente escutou o estalo grande, aí foi só aquela correria, a mulher grávida e tudo. Acho que era aquele furacão que sai rodando. Ele pegou e jogou o telhado. Arrancou de baixo pra cima. Até agora a gente tá em pânico”,
Muitos objetos foram jogados a metros de distância. Uma mochila amanheceu nos galhos da árvore e uma moto foi arrastada. Na família do pedreiro Roberto dos Santos Lira, crianças ficaram feridas após serem atingidas pelos objetos. “A cômoda ficou por cima do meu filho, e eu tive que tirar ele debaixo, chorando, no escuro. Foi horrível”, completa Roberto.
caixa d'água tempestade santarém (Foto: Reprodução/ TV Liberal)Caixa d'água foi destroçada.
(Foto: Reprodução/ TV Liberal)
“Não era um vento comum. No momento em que a gente se deparou tava sem telha. Aí fomos para casa da minha sogra com a criança procurar um lugar. Só Deus para nos dar força nesse momento”, conta a esposa de Roberto, Juliana Branches.
A Defesa Civil do município foi ao local e fez o levantamento dos prejuízos. Segundo a representante da equipe, todos foram surpreendidos com o fenômeno. “Vamos analisar a situação. Algumas residências vão ser desmanchadas porque corre o risco de desabar”, destacou a representante da Defesa Civil, Eliene Amaral.
O prefeito de Santarém, Alexandre Von informou que as medidas já estão sendo tomadas. “Nós já providenciamos aquisição de madeiras para telhados de telhas, dá o suporte mínimo emergencial nesse momento para aquelas famílias”. A secretaria de Agricultura do município (SEMAP) irá resolver o problema do sistema de água de mais de 60 famílias que está danificado. “No sentido de restabelecer o funcionamento da água, assim como em outros bairros tiveram casos isolados, a Defesa Civil, a Semtras e a Secretaria de Infraestrutura juntas estão atuado no sentindo de minimizamos os serviços”, declara o prefeito Alexandre Von.
tempestade santarém (Foto: Reprodução/ TV Tapajós)Cerca foi derrubada pela forte chuva. Moradores ficaram assustados. (Foto: Reprodução/ TV Tapajós)
 

UM DESLOCAMENTO DA ZCIT?


Imagem das 17h de 29 de agosto.
Importante fenômeno que eu observo, é que há dificuldade na formação dos furacões no Caribe nesse ano até o momento, e isso se deve a um "deslocamento" das nuvens para o hemisfério sul, tanto no Caribe/Atlântico como no Pacífico Central. Com isso, tem se intensificado as frentes frias na América do Sul, causando enchentes e muita neve. 
Em baixo ao lado, vemos as chuvas ocorridas hoje e confirmam isso, pois vemos chuvas nos dois extremos da América do Sul.



O CALOR NA EUROPA


Imagem de 29 de agosto, mostra que instabilidades estão mais sobre o sul da Europa onde também está mais quente. Abaixo a previsão para o dia 29 de agosto.




 Temperaturas do Mar Negro e Mediterrâneo que estão mais quentes, influenciam o clima com mais chuvas e calor.


 tiempo.com

El calor golpea a Europa en julio y agosto

¿Dónde esta el verano frío de 2013, como pronosticaba un canal francés de meteo?
A finales de julio y principios de agosto, temperaturas inusualmente altas dominaron Europa, desde el Mar Mediterráneo al norte de Escandinavia y las Islas Británicas. El mapa muestra las temperaturas entre 16 de julio y 11 de agosto de 2013 en comparación con el promedio de 1981 a 2010 durante el mismo tiempo de año. El mapa se basa en datos de reanálisis del Centro Nacional de Predicción Ambiental de la NOAA. (Un “nuevo análisis” es una reconstrucción perfecta de la climatología o clima del pasado con un modelo coherente de previsión meteorológica y las observaciones u otros datos de entrada del modelo que podrían no haber estado disponibles en el momento.)

Las temperaturas superiores a la media aparecen de color rojo, y las áreas con temperaturas inferiores a la media aparecen en azul. Uno de los países especialmente afectados por la ola de calor de 2013 fue de Austria. Citando el servicio meteorológico de Austria, informó que las temperaturas alcanzaron o superaron los 40 ° C (104 ° F) el 8 de agosto, superando el récord del país para una alta temperatura diaria. Condiciones sofocantes en agosto siguieron las temperaturas que eran casi tan altas  como en el mes anterior.
El Análisis Global del NCDC de julio 2013 informó que Austria experimentó su segundo julio  más caluroso, empatando con julio de 1983, pero detrás de julio de 2006. La temperatura promedio nacional fue de 2.2 ° C por encima del promedio 1981-2010. La Alta Austria y Salzburgo establecieron nuevos récords de temperatura máxima el 28 de julio.
Julio 2013 no fue sólo segundo más cálido de Austria, sino también su julio más seco desde los registros nacionales de precipitaciones, que comenzaron en 1858, informó el NCDC. A nivel nacional, la precipitación fue de sólo el 35 por ciento de la media de 1981 a 2010, y en algunas partes del país, recibió tan sólo el 5 por ciento de la precipitación normal para julio.
Las condiciones de calor también afectaron a otras partes de Europa, según el informe del  NCDC. Julio de 2013 fue el tercero más cálido en Reino Unido desde que los registros comenzaron en 1910, con temperaturas de 1.9 ° C  por encima del promedio 1981-2010. Julio 2013 fue también en España el quinto más caluroso desde que los registros comenzaron en 1961, con temperaturas de 1.6 ° C  por encima del promedio 1971-2000. El 1 de agosto, las temperaturas habían aumentado por encima de los 38 ° C a través de partes de Hungría, Suiza, Italia, la República Checa, y partes de la antigua Yugoslavia.
Referencias

National Climatic Data Center. (August 20, 2013). Global Analysis – July 2013. Accessed August 20, 2013.
Borenstein, S. (2013, July 1). Why this heat wave’s so scary and what’s behind it. The Big Story. Accessed August 15, 2013.
Grieser, J. (2013, August 9). Austria sets new all-time high temperature as European heat wave hits peak. CapitalWeather Gang. The Washington Post. Accessed August 15, 2013.
Wiltgen, N. (2013, August 1). Another heat wave invades Europe. The Weather Channel. Accessed August 15, 2013.

Climate.org  NOAA

EXTREMOS DO CLIMA

site da FAPESP  PESQUISA

Extremos do clima

Relatório indica que todo o Brasil deverá ficar ao menos 3ºC mais quente até o fim do século; chuvas podem aumentar 30% no Sul-Sudeste e diminuir até 40% no Norte-Nordeste
MARCOS PIVETTA | Edição 210 - Agosto de 2013
© FRANS LANTING, MINT IMAGES / SCIENCE PHOTO LIBRARY
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Os cientistas familiarizados com a obra do historiador inglês marxista Eric Hobsbawm, falecido no ano passado, bem que poderiam tomar emprestado o título de seu livro dedicado às transformações político-econômicas do século XX e empregá-lo para descrever o cenário climático previsto para o Brasil das próximas décadas. Se o assunto são as mudanças climáticas, a era dos extremos (nome do livro de Hobsbawm) apenas se iniciou e, segundo os pesquisadores, veio para ficar por um bom tempo. Em razão do aumento progressivo da concentração de gases de efeito estufa – em maio passado, os níveis de dióxido de carbono (C02) atingiram pela primeira vez na história recente da humanidade as 400 partes por milhão (ppm) – e de alterações na ocupação do uso do solo, o clima no Brasil do final do século XXI será provavelmente bem diferente do atual, a exemplo do que deverá ocorrer em outras partes do planeta. As projeções indicam que a temperatura média em todas as grandes regiões do país, sem exceção, será de 3º a 6ºC mais elevada em 2100 do que no final do século XX, a depender do padrão futuro de emissões de gases de efeito estufa. As chuvas devem apresentar um quadro mais complexo. Em biomas como a Amazônia e a caatinga, a quantidade estimada de chuvas poderá ser 40% menor. Nos pampas, há uma tendência de que ocorra o inverso, com um aumento de cerca de um terço nos índices gerais de pluviosidade ao longo deste século. Nas demais áreas do Brasil, os modelos climáticos também indicam cenários com modificações preocupantes, mas o grau de confiabilidade dessas projeções é menor. Ainda assim, há indícios de que poderá chover significativamente mais nas porções de mata atlântica do Sul e do Sudeste e menos na do Nordeste, no cerrado, na caatinga e no pantanal. “Com exceção da costa central e sul do Chile, onde há um esfriamento observado nas últimas décadas, estamos medindo e também projetamos para o futuro um aumento de temperatura em todas as demais áreas da América do Sul”, diz José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que trabalha com projeções futuras a partir de modelos regionais do clima. “A sensação é de que as estações estão meio ‘loucas’, com manifestações mais frequentes de extremos climáticos.”
A expressão significa que os brasileiros vão conviver tanto com mais períodos de seca prolongada como de chuva forte, às vezes um após o outro. Isso sem falar na possibilidade de aparecimento de fenômenos com grande potencial de destruição que antes eram muito raros no país, como o furacão Catarina, que atingiu a costa de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul em março de 2004. Nas grandes áreas metropolitanas, e mesmo em cidades de médio porte, o avanço do concreto e do asfalto intensifica o efeito ilha urbana de calor, tornando-as mais quentes e alterando seu regime de chuvas.
© JEFF SCHMALTZ, MODIS RAPID RESPONSE TEAM, NASA / GSFC 
Imagem de satélite do furacão Catarina perto da costa da região Sul: fenômeno bem raro no país
Imagem de satélite do furacão Catarina perto da costa da região Sul: fenômeno bem raro no país
Esse quadro faz parte do mais completo diagnóstico já produzido sobre as principais tendências do clima futuro no país: o primeiro relatório de avaliação nacional (RAN1) do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), criado em 2009 pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Entre 9 e 13 de setembro, o relatório será divulgado durante a 1ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais, organizada pela FAPESP. Concebido nos moldes do Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) das Nações Unidas, que, aliás, vai divulgar a primeira parte de seu quinto relatório no final de setembro, o PBMC reuniu 345 pesquisadores de diversas áreas para formular uma síntese inédita do estado da arte da produção científica nacional sobre o tema.
O RAN1 é dividido em três partes, cada uma elaborada por um grupo de trabalho distinto. A primeira traz as principais conclusões de estudos feitos entre 2007 e o início deste ano que mostram a ocorrência das mudanças climáticas no Brasil. A segunda detalha os impactos das alterações climáticas no país, realçando vulnerabilidades e medidas de adaptação à nova realidade. A terceira indica formas de reduzir as emissões de gases de efeito estufa no território nacional (ver reportagem na página 22 sobre a segunda e a terceira partes do documento). “Fizemos uma compilação crítica dos dados produzidos pelos estudos mais recentes”, explica o meteorologista Tércio Ambrizzi, da Universidade de São Paulo (USP), um dos coordenadores do primeiro grupo de trabalho do PBMC sobre a produção científica nacional. “Há regiões do país, como o Centro-Oeste, sobre as quais quase não há estudos. Também temos pouca pesquisa sobre o paleoclima no Brasil.”
A maioria dos trabalhos sobre esse tema analisa o pólen fossilizado de plantas do território nacional e apresenta datação de qualidade irregular, segundo os especialistas. “Pesquisas sobre como era o clima do passado na costa do Atlântico em torno do Brasil são ainda mais raras”, afirma o paleoceanógrafo Cristiano Chiessi, da USP Leste, um dos autores do relatório. “Precisamos investir nesse tipo de estudo para sabermos o que é variação natural do clima e o que é decorrente da ação humana.”
Um modelo climático brasileiro
A divulgação do relatório do PBMC marca a incorporação de uma sofisticada ferramenta para melhorar o entendimento do clima e fazer projeções no país. O Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre (Besm, na sigla em inglês) é um conjunto de programas computacionais que permite simular a evolução dos principais parâmetros do clima em escala global. “O Brasil é hoje o único país do hemisfério Sul a contar com um modelo próprio”, diz Paulo Nobre, do Inpe, um dos coordenadores do Besm. “Isso nos dará uma grande autonomia para realizar as simulações que sejam de nosso maior interesse.” Com o Besm podem ser feitas, por exemplo, projeções sobre prováveis efeitos no clima no Brasil ocasionados por alterações na circulação oceânica do Atlântico Tropical e nos biomas do país. A Austrália também estava criando um modelo climático próprio, mas preferiu juntar seus esforços aos do Centro Hadley, do Reino Unido. O modelo brasileiro está sendo desenvolvido desde 2008 por pesquisadores de diversas instituições que integram o Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), a Rede Brasileira de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC).
Como qualquer programa de computador, o Besm é uma obra aberta, a ser aprimorada continuamente. Sua construção visa não somente a dotar o país de um modelo que seja o estado da arte para representar o sistema terrestre, mas também contribuir para a formação de uma nova geração de cientistas capazes de manejar um poderoso instrumento dedicado à previsão climática. A versão atual do Besm – que roda no supercomputador Tupã da Rede Clima/PFPMCG, instalado na unidade do Inpe de Cachoeira Paulista – já permite reproduzir vários fenômenos do clima global e regional e prever cenários futuros. O modelo consegue, por exemplo, reconstituir a ocorrência dos últimos El Niños e estimar o retorno desse fenômeno climático. O El Niño é o aquecimento anormal das águas superficiais do Pacífico Equatorial, uma alteração oceânica e atmosférica que afeta o regime de chuvas em boa parte do planeta. No Brasil tende a provocar secas na Amazônia e no Nordeste e intensificar a pluviosidade no Sul. Simulações feitas com o Besm mostraram que o hipotético desmatamento total da Amazônia aumentaria a intensidade dos El Niños e reduziria a precipitação anual sobre a região Norte em até 40%. Os cenários climáticos gerados pelo Besm foram aceitos neste ano pela iniciativa internacional que reúne os dados produzidos pelos 20 modelos globais até agora desenvolvidos, a fase 5 do Projeto de Intercomparação de Modelos Acoplados (CMIP5, na sigla em inglês). Eles inauguram a participação do Brasil no IPCC como nação fornecedora de projeções em escala planetária das mudanças climáticas. As projeções geradas pelo modelo nacional serão utilizadas para a elaboração do quinto relatório sobre mudanças climáticas do IPCC.
O Besm ainda não fornece cenários tão detalhados como os gerados por outros modelos globais e mesmo pelo modelo regional do Inpe, que enfoca o clima na América do Sul e serviu de base para boa parte das projeções do primeiro relatório do PBMC. Sua resolução espacial é de 200 por 200 quilômetros, enquanto a do modelo regional do Inpe, que por ora roda “dentro” do modelo global do Centro Hadley, é usualmente de 40 por 40 quilômetros e pode chegar a 5 por 5 quilômetros. Apesar de estar em seus primórdios, o Besm já produz simulações que traçam um panorama das variações climáticas previstas para ocorrer no Brasil nos próximos 30 anos. Pesquisa FAPESP publica em primeira mão os resultados de uma simulação inédita que mostra como a temperatura média anual da atmosfera pode variar em todos os estados do país até 2035, com base nos primeiros resultados da versão mais recente do modelo Besm. Os dados indicam um Brasil mais quente em quase todas as latitudes. “Esse é o primeiro resultado de cenário de aquecimento global futuro realizado integralmente no país, sem depender das simulações obtidas por modelos de outros países”, comenta Paulo Nobre, também um dos autores do RAN1.
Se a taxa de CO2, principal gás responsável por intensificar o efeito estufa, mantiver a tendência atual e atingir os 450 ppm daqui a três décadas, a temperatura média anual na maior parte do território nacional, em especial nas áreas mais distantes da costa, deverá se elevar até 1ºC. Apenas no Sul do país e em áreas setentrionais da região Norte a temperatura apresenta tendência a se manter estável ou até diminuir ligeiramente. “Esse resultado inicial leva em conta as contribuições das tendências de ajuste de longo tempo da circulação oceânica global e do aquecimento atmosférico decorrente do aumento moderado de CO2 em escala planetária”, explica Paulo Nobre. “São resultados preliminares. Precisamos rodar o modelo mais vezes para ter um grau maior de confiabilidade dos resultados e, assim, podermos falar mais especificamente de tendências climáticas para um estado ou uma área menor.”
As previsões do Besm para a parte mais meridional do país são as únicas que não concordam totalmente com as feitas pelo modelo regional do Inpe, que projeta uma discreta elevação de temperatura na região Sul até 2040. Até o final do século, no entanto, a maioria das projeções sinaliza que o Rio Grande do Sul vai seguir a mesma tendência das demais partes do país e se tornar mais quente. Com o aumento contínuo do CO2, a passagem do tempo faz os modelos registrarem uma elevação progressiva das temperaturas e exacerba a possibilidade de ocorrer mais ou menos chuva numa região.
O tamanho da gota de chuva
A versão mais recente do Besm conseguiu contornar, em parte, uma grande limitação da modelagem climática: prever com razoável nível de exatidão a pluviosidade na Amazônia, um traço determinante da região Norte sem o qual uma floresta tropical tão densa e exuberante não se sustenta a longo prazo. Na região Norte chove anualmente entre 2.500 e 3.400 milímetros, mais ou menos o dobro do que no Centro-Oeste, onde a vegetação típica é o cerrado, com predomínio de gramíneas e presença esparsa de pequenas árvores. “Todos os modelos climáticos globais subestimam a chuva que cai na região amazônica”, diz Paulo Nobre.
© LÉO RAMOS
Chuva na Amazônia: leste da região Norte pode ser a mais atingida por uma possível redução nos níveis de pluviosidade
Chuva na Amazônia: leste da região Norte pode ser a mais atingida por uma possível redução nos níveis de pluviosidade
A melhoria na previsão de pluviosidade sobre a floresta amazônica foi obtida pela introdução de aprimoramentos sucessivos no componente atmosférico do Besm, com destaque para a revisão de um parâmetro: o tamanho médio do raio das gotas de chuva representadas nas nuvens geradas pelo modelo. Antes as gotas de chuva simuladas pelo Besm tinham raio médio de 1 milímetro. Agora adotam o valor de 1,4 milímetro. “O modelo climático norte-americano CAM5, do NCAR (Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica) já usava esse valor médio de raio, mas os resultados de suas projeções não corrigiram os totais pluviométricos sobre a Amazônia de forma tão satisfatória como ocorreu com nosso modelo”, afirma Paulo Nobre. “Ainda não simulamos com perfeição as chuvas. No entanto, isso nenhum modelo climático faz por enquanto.”
Com as modificações introduzidas, o Besm deu um salto de qualidade. Passou a simular melhor a formação dos ventos alísios que levam umidade à Amazônia. Começou a registrar de forma mais adequada a variação de temperatura do mar entre o Brasil e a África. Conseguiu ainda reproduzir um importante mecanismo climático conhecido como Zona de Convergência do Atlântico Sul, que regula a formação de chuvas no Sudeste e sul do Nordeste. Formado por um conjunto de nuvens que pode se estender por até 5 mil quilômetros de extensão, orientado no sentido noroeste-sudeste, a zona de convergência cruza o litoral brasileiro entre 18 e 25 graus de latitude sul.
A diferença de desempenho tem uma explicação razoavelmente simples. Cada modelo é composto por partes menores que tentam reproduzir o funcionamento dos grandes componentes do clima, como a atmosfera, os oceanos, a ocupação do solo e sua vegetação, o gelo do globo. Uma série de dados e equações particulares faz cada componente funcionar de uma maneira única e interagir com as demais partes do modelo. Por isso, ao mexer num parâmetro como o raio médio das gotas de água na cobertura de nuvens, um modelo pode melhorar seu desempenho enquanto outro pode piorar ou não apresentar mudança significativa. “Os modelos têm mais dificuldade de fazer projeções de chuvas do que temperatura”, comenta o físico Alexandre Costa, da Universidade Estadual do Ceará (Uece), um dos autores do capítulo sobre nuvens e aerossóis (conjunto de diminutas partículas sólidas ou líquidas em suspensão num gás) do primeiro relatório do PBMC. “De acordo com o tamanho da gota de uma nuvem, pode ocorrer mais ou menos chuva.”
A favor de uma rede de dados ambientais
Para o físico Paulo Artaxo, da USP, um dos maiores especialistas no processo de formação de aerossóis, o primeiro relatório do PBMC servirá para o Brasil identificar áreas ainda carentes em termos de pesquisa, além de fornecer um panorama sobre os estudos a respeito das mudanças climáticas. “Temos um longo caminho a percorrer”, afirma Artaxo, membro do conselho diretor do PBMC. “O IPCC tem 20 anos e está indo para seu quinto relatório. Ainda não temos massa crítica de cientistas e falta gente para tocar algumas áreas importantes.” O físico alerta que o Brasil ainda não conta com uma rede nacional para coleta sistemática de dados ambientais mais sofisticados do que somente medidas de temperatura e pluviosidade. Na Amazônia há 12 torres que registram as trocas de carbono e energia entre a floresta e a atmosfera e medem propriedades de outros ciclos biogeoquímicos, uma iniciativa mantida pelo Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera da Amazônia (LBA), uma bem-sucedida parceria que há mais de duas décadas une pesquisadores do país e do exterior. Fora da região Norte existem poucas torres no território brasileiro, entre as quais uma no pantanal, outra no cerrado, uma terceira nos pampas e uma no interior paulista. “Essa estrutura de pequena escala não permite fazer uma radiografia nacional, por exemplo, das emissões e da captura de C02 atmosférico”, diz Artaxo. “Na Europa e Estados Unidos há centenas de torres que fornecem uma radiografia do que está acontecendo com o funcionamento dos ecossistemas em decorrência das mudanças climáticas.”
Para o climatologista Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI e presidente do PBMC, os dados disponibilizados pelo Painel Brasileiro servem para guiar as políticas públicas de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. “O trabalho do painel não se encerrará com esse primeiro relatório de avaliação, mas continuará e se tornará cada vez mais relevante”, afirma Carlos Nobre. n
Projeto
Brazilian model of the Global Climate System (nº 2009/50528-6); Modalidade Projeto Temático PFPMCG/Pronex FAPESP; Coord. Carlos Nobre/Inpe; Investimento R$ 571.200,00.
REVISTA PESQUISA FAPESP







Aquecimento global: adaptação a um clima antropogênico


Marina Dall'Anese*



Nos últimos anos temos presenciado a quebra de recordes históricos de temperaturas em diversas partes do mundo, com registros de picos de altas e baixas temperaturas. O mesmo pode-se dizer dos índices de umidade relativa do ar, que colocam municípios em estado de alerta devido ao ar muito seco. Estes são alguns dos fenômenos que terão sua frequência e intensidade aumentadas com o avanço das alterações climáticas derivadas de ações humanas, ao qual denominamos de clima antropogênico.
A onda de frio que atingiu o Brasil no mês de julho, mesmo tendo um caráter natural, já que fenômenos semelhantes têm ocorrências comuns durante o inverno, provavelmente teve sua intensidade aumentada devido às alterações nas correntes atmosféricas, alteração esta ocasionada pelo aquecimento global. O mesmo pode-se dizer da onda de calor que está causando mortes e prejuízos na Europa e na Ásia.
Quando uma região sofre por alguns dias com temperaturas muito maiores ou menores do que a média para a época, a população sofre com desconfortos. No entanto, quando esse quadro se instala por tempo maior, os danos refletem-se diretamente na falta de estrutura para suportar tais condições, causando prejuízos econômicos (principalmente relacionados à agricultura), de saúde e até mesmo mortes. Se as diversas previsões feitas sobre as consequências do aquecimento global se concretizarem, como está acontecendo, é este cenário preocupante que se instalará em diversas regiões do planeta.
As alterações climáticas proporcionam ainda a ocorrência de outros fenômenos naturais que afetam a sociedade humana, como o derretimento das calotas polares - que está diretamente relacionado ao aumento do nível dos oceanos. A combinação destes fatores ocasionará consequências catastróficas relativas aos ecossistemas naturais deles dependentes, mas também irá obrigar milhões de pessoas a migrarem de suas casas, cidades e mesmo países em busca de condições apropriadas de sobrevivência - exigindo que medidas sejam adotadas para suprir as necessidades básicas desses refugiados ambientais que, segundo a Organização Internacional para as Migrações da ONU, em 2050 haverá até 1 bilhão destes refugiados.
Estima-se que o aquecimento global ocasionará ainda impactos diretos e indiretos na saúde. Morbidade e mortalidade ocasionadas pelas ondas de calor e de frio e pela redução drástica da umidade, por exemplo, são consequências diretas do aquecimento global. O aumento da intensidade de enchentes – relativo ao aumento da temperatura em certas regiões do planeta - poderá significar elevação na intensidade de doenças infecciosas, especialmente aquelas com ciclo de transmissão dependente da água. Outros exemplos são a possibilidade de aumento da incidência de desnutrição, devido às perdas de produtividade na agricultura, e aumento de casos de estresse pós-traumático em pessoas que presenciaram a ocorrência de eventos extremos.
Mas, diante de todas essas perspectivas negativas relacionadas à saúde e sobrevivência humana, o que pode ser feito? Uma das diretrizes do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, na sigla em inglês) sobre as mudanças climáticas, além da redução das emissões de gases de efeito estufa, é a adaptação. Precisamos nos preparar para sobreviver às condições climáticas que ajudamos a instalar. Isso significa que as previsões de alterações devem ser levadas em conta em todas as políticas públicas, desde as relativas à saúde pública, passando pelas de moradia e suprimento de necessidades básicas, até aquelas referentes à produção agrícola.
Há ainda um agravante: como em diversas outras situações, as consequências do aquecimento global não serão distribuídas equitativamente mas concentradas em regiões do mundo com altos índices de pobreza, como em certos países em desenvolvimento no Pacífico Sul, e atingirão principalmente a parcela mais pobre da população, residente em áreas de risco e com acesso a sistemas de saúde, alimentação e moradia precários.
Sendo assim, a adaptação às novas condições climáticas será efetiva quando tiver um caráter intersetorial, que permita uma visão holística da situação, considerando todos os possíveis riscos, ações de mitigação para os mesmos e enfoque nas regiões que mais sofrerão com as alterações. Deverá ainda se preocupar com os movimentos migratórios e com o suprimento de serviços básicos aos refugiados, tendo em vista uma distribuição mais igualitária de recursos e insumos, em que as diferenças sociais sejam menos exacerbadas. Assim esperamos.
* Marina Dall’Anese, gestora ambiental pela USP, é analista de negócios da www.neutralilzecarbono.com.br e consultora da www.greendomus.com.br.


GEADAS EM SÃO PAULO

 Imagem das 10h de 29 de agosto, mostra que massa de ar polar chega até Minas Gerais na Região Sudeste do Brasil causando geadas.
28/08/2013 20h37 - Atualizado em 28/08/2013 20h37

Geada causa surpresa em Valparaíso e prejuízo no campo para agricultores

Plantações não suportaram a queda brusca de temperatura.
Combinação da baixa temperatura e a alta umidade favorece gelo.

Do G1 Rio Preto e Araçatuba



O frio registrado nas últimas madrugadas na região noroeste paulista não causou apenas surpresa aos moradores, tão acostumados com o calor. O frio gerou também prejuízo no campo, onde a combinação de temperaturas muito baixas e umidade em elevação resultou em  geada em algumas cidades e plantações inteiras foram perdidas.
O produtor Damião Ferreira de Souza levou um susto quando viu a roça de feijão pela manhã. Dois hectares da plantação, em Valparaíso (SP) estão perdidos por causa da geada. As plantas estavam na época da florada e a colheita seria feita em setembro, um prejuízo de mais de R$ 5 mil. Ele também perdeu duas toneladas da colheita de melão e melancia.
A plantação não suportou a queda brusca de temperatura, resultado de uma frente fria que chegou a região no começo da semana. Em Valparaíso, os termômetros da estação meteorológica de uma faculdade marcaram 0ºC.
A combinação da baixa temperatura e a alta umidade de ar, que madrugada estava em 90%, favoreceu a formação dos cristais de gelo, que queimam a parte externa e congela o interior da planta. O efeito climático atingiu outras propriedades. O empresário Jean Carlos de Oliveira perdeu 50 hectares de pastagem, destruídos pela geada.
O frio também foi sentido em outras cidades. O clima transformou a paisagem de São José do Rio Preto (SP). Durante a manhã desta quarta-feira (28) foram registrados 8ºC e a umidade do ar provocou neblina. Uma fina camada de gelo também se formou sobre a grama. Em Araçatuba (SP) a temperatura foi ainda mais baixa e chegou a 5ºC.
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Cristais de gelo queimam a parte externa e congela interior da planta (Foto: Reprodução / TV Tem)Cristais de gelo queimam a parte externa e congela interior da planta (Foto: Reprodução / TV Tem)
 

Publicado em 28 de Agosto de 2013, ás 09h37min

Geada volta a ocorrer nas baixadas em Apucarana

No município a mínima foi de 2ºC e a sensação térmica chegou a -0,5ºC

TNOnline Da Redação

As baixas temperaturas registradas no Paraná desde o início da semana chegaram aos menores níveis nesta quarta-feira (28). Segundo o Instituto Simepar, uma massa de ar frio avança entre o norte da Argentina e o sul do Brasil fazendo com que as temperaturas atinjam seus menores valores para esta semana em algumas regiões do Estado e propiciando a formação de geadas. 
A menor temperatura registrada no Estado ocorreu em Pinhão, que atingiu a mínima recorde do ano com -3,9ºC. Em Toledo e Curitiba, as mínimas ficaram em -2,7ºC, -0,4ºC, respectivamente. Em Campo Mourão e Guarapuava as sensações térmicas chegaram a -5ºC e -6ºC. 

Em Apucarana voltou a gear nas baixadas. No município a mínima foi de 2ºC e a sensação térmica chegou a -0,5ºC entre as 6 e 7h da manhã. A máxima prevista para esta quarta-feira na cidade é de 22ºC. 

De acordo com o Simepar, apesar das temperaturas baixíssimas não há possibilidade de neve no Estado. Para quinta-feira (29) a previsão é de mais geadas em quase todo o Paraná. Somente o Litoral não deve apresentar o fenômeno. Por lá, foram registradas as maiores temperaturas do amanhecer desta quarta, com 8,4ºC em Paranaguá e 8,2ºC em Guaratuba.