Padrão de chuvas muda em favor da safra recorde de soja no país
Por Caroline Stauffer e Reese Ewing
SORRISO, Mato Grosso, 28 Jan (Reuters) - O padrão de chuvas nas principais regiões produtoras de soja deverá mudar no próximo final de semana, permitindo avanços na colheita no Centro-Oeste, onde precipitações limitaram os trabalhos.
Ao mesmo tempo, as chuvas deverão voltar para o Sul, permitindo que produtores possam colher a esperada safra recorde.
O Brasil provavelmente superará os Estados Unidos como o maior produtor e exportador de soja nesta temporada, com uma safra recorde de 85 milhões de toneladas, que já começou a ser colhida em algumas áreas.
Os produtores da região Centro-oeste do país têm estado preocupados com atrasos ocasionais na colheita em função das chuvas. Entre 29 e 47 milímetros atingiram áreas produtoras do Mato Grosso desde sexta-feira, segundo a Somar Meteorologia.
O agrometeorologista da Somar Marco Antônio dos Santos disse que o principal município produtor de soja do Brasil, Sorriso (MT), está com chuvas bem acima da média neste verão.
De qualquer forma, o Mato Grosso, que deverá colher uma safra recorde de 24 milhões de toneladas, está com chuvas entre 7 e 30 por cento abaixo da média em janeiro e a maior parte da safra não estará madura para colheita até o próximo mês, segundo analistas.
O tempo úmido na região Centro-Oeste vai aumentar a ocorrência do fungo da ferrugem, que pode reduzir a produtividade das lavouras, caso não seja combatida.
O fungo já apareceu em alguns locais da região e, normalmente, se intensifica à medida em que a temporada de desenvolvimento progride. Continuação...
DIÁRIO DE PERNAMBUCANO
Itep prevê chuvas abaixo da média climatológica no próximo trimestre
Publicação: 28/01/2013 14:36 Atualização:
O Instituto de
Tecnologia de Pernambuco divulgou na manhã desta segunda-feira (28) o
boletim de previsão climática para o próximo trimestre no estado. A
maioria dos modelos indica uma maior probabilidade de que as chuvas
sejam abaixo do esperado para fevereiro, março e abril. Os especialistas
se reuniram na última quinta (24), em Fortaleza, no Ceará, com
representantes dos Centros Estaduais de Meteorologia, do Centro de
Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e do Instituto Nacional
de Meteorologia (Inmet). O grupo também discutiu o comportamento da
atmosfera e dos oceanos nos três últimos meses e as condições futuras.
Segundo
os meteorologistas, o aquecimento anômalo da região do Oceano Atlântico
Norte tende a manter a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ao
norte de sua posição climatológica, reduzindo as chuvas na região norte
do Nordeste. A ZCIT é o principal sistema responsável pela qualidade das
chuvas nessa região.
Nesse contexto, o
coordenador técnico da Unidade de Meteorologia do Instituto de
Tecnologia de Pernambuco (Lamep-Itep), Wanderson Santos, explica que a
maioria dos modelos de previsão climática continua indicando uma maior
probabilidade de que as chuvas sejam abaixo do esperado em todo o
estado. As previsões de temperaturas indicam maior probabilidade de
serem de normal a um pouco acima da média climatológica.
De
acordo com os meteorologistas do Lamep-Itep, a precipitação
pluviométrica dos primeiros dias de 2013, em Pernambuco, foi
caracterizada pela ocorrência de chuvas irregulares tanto espacialmente,
quanto no tempo. No Sertão, as maiores contribuições da precipitação
foram observadas nas microrregiões de Araripina e Itaparica, chegando a
valores maiores do que 100 mm em menos de 24 horas em Tacaratu e Exu.
Das microrregiões do Sertão apenas a de Araripina ficou acima da média
para o mês de janeiro, com 88% das chuvas esperadas.
Nas
mesorregiões do Agreste, Zona da Mata e Litoral, as contribuições de
precipitação para o total mensal não chegaram a 40% do esperado. Com
isso, algumas barragens tiveram um aumento em seu volume de água:
Arrodeio, Boa Vista e Sítio dos Moreiras, localizadas respectivamente,
em São José do Belmonte, Salgueiro e Moreilândia. Esta última subiu 2,03
metros no nível
da água.
Com informações do Instituto de Tecnologia de Pernambuco
Pré-estação
28/01/2013
Em 14 cidades, não houve registro de chuvas neste ano
Segundo boletim da Funceme, não houve ainda registro de chuvas em 14 cidades no Ceará. Em Uruburetama, uma das cidades na lista, entretanto, já choveu, de acordo com moradora, embora não no posto da fundação
As chuvas de pré-estação que atingem
o Ceará desde novembro e se intensificaram na última semana não foram
registradas em 14 cidades no Interior, segundo boletim mensal da
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Os postos da Fundação em Cruz, Moraújo, Apuiarés, Uruburetama, Chorozinho, Jaguaretama, Jaguaribara, Catarina, Deputado Irapuan Pinheiro, Madalena, Mombaça, Piquet Carneiro, Senador Pompeu e Solonópole não captaram a incidência de chuvas desde o dia 1 de janeiro até ontem, 26.
A dona de mercantil em Senador Pompeu, Selma da Silva, afirma que a situação na cidade se complica, porque já não há chuvas regulares desde 2011. “Já estamos em janeiro e até agora nada (de chuva)”, reclama. De acordo com ela, nem a famosa chuva do caju decidiu aparecer no período anterior à quadra.
Em Jaguaretama, a locutora Kilvia Diógenes não vê perspectiva de chuvas. O dia é sempre limpo, e o sol é ardente. “O pessoal está tendo fé, mas está muito difícil continuar desse jeito”, destaca. A terra continua árida desde o início da estação seca.
Para o recepcionista Erian Gomes da Silva, que trabalha no hospital de Piquet Carneiro, as opiniões se dividem: a aposta num bom inverno fica na dependência da fé de cada um, mas a conclusão geral é de que, em fevereiro, pelo menos, não deve vir chuva. Talvez em março, segundo ele.
Postos
Em Uruburetama, mesmo a listagem dando conta da falta de chuvas, a atendente de farmácia Rociclea Ávila contesta. Diz que houve quatro precipitações no mês, ainda que não tenham sido “fortes, mas razoáveis”. Sábado, 20, foi uma delas. Neblinou durante o dia e choveu à noite.
Essa incompatibilidade se deve à distribuição dos postos de coleta da Fundação. Como as chuvas não caem equitativamente em todo o Município, o lugar onde está instalado o posto pode não receber água.
Cruz, Apuiarés, Moraújo, Jaguaretama, Jaguaribara, Catarina, Deputado Irapuan Pinheiro, Madalena, Piquet Carneiro, Senador Pompeu e Solonópole são casos em que há apenas um posto de coleta em cada uma.
Previsões
A Funceme aposta que há 45% de probabilidade de que as chuvas de fevereiro a abril deste ano fiquem abaixo da média histórica do Ceará, conforme O POVO publicou na edição do último sábado. A tendência é que a baixa incidência de chuvas intensifique a situação de seca por que passa quase a totalidade das cidades cearenses. Muitas estão em emergência.
ENTENDA A NOTÍCIA
A seca que atinge o Ceará desde o ano passado ocasionou perdas quase totais de safra e fez diminuir até 80% o número de cabeças de vários rebanhos. Com as previsões, a situação crítica deve persistir este ano.
Os postos da Fundação em Cruz, Moraújo, Apuiarés, Uruburetama, Chorozinho, Jaguaretama, Jaguaribara, Catarina, Deputado Irapuan Pinheiro, Madalena, Mombaça, Piquet Carneiro, Senador Pompeu e Solonópole não captaram a incidência de chuvas desde o dia 1 de janeiro até ontem, 26.
A dona de mercantil em Senador Pompeu, Selma da Silva, afirma que a situação na cidade se complica, porque já não há chuvas regulares desde 2011. “Já estamos em janeiro e até agora nada (de chuva)”, reclama. De acordo com ela, nem a famosa chuva do caju decidiu aparecer no período anterior à quadra.
Em Jaguaretama, a locutora Kilvia Diógenes não vê perspectiva de chuvas. O dia é sempre limpo, e o sol é ardente. “O pessoal está tendo fé, mas está muito difícil continuar desse jeito”, destaca. A terra continua árida desde o início da estação seca.
Para o recepcionista Erian Gomes da Silva, que trabalha no hospital de Piquet Carneiro, as opiniões se dividem: a aposta num bom inverno fica na dependência da fé de cada um, mas a conclusão geral é de que, em fevereiro, pelo menos, não deve vir chuva. Talvez em março, segundo ele.
Postos
Em Uruburetama, mesmo a listagem dando conta da falta de chuvas, a atendente de farmácia Rociclea Ávila contesta. Diz que houve quatro precipitações no mês, ainda que não tenham sido “fortes, mas razoáveis”. Sábado, 20, foi uma delas. Neblinou durante o dia e choveu à noite.
Essa incompatibilidade se deve à distribuição dos postos de coleta da Fundação. Como as chuvas não caem equitativamente em todo o Município, o lugar onde está instalado o posto pode não receber água.
Cruz, Apuiarés, Moraújo, Jaguaretama, Jaguaribara, Catarina, Deputado Irapuan Pinheiro, Madalena, Piquet Carneiro, Senador Pompeu e Solonópole são casos em que há apenas um posto de coleta em cada uma.
Previsões
A Funceme aposta que há 45% de probabilidade de que as chuvas de fevereiro a abril deste ano fiquem abaixo da média histórica do Ceará, conforme O POVO publicou na edição do último sábado. A tendência é que a baixa incidência de chuvas intensifique a situação de seca por que passa quase a totalidade das cidades cearenses. Muitas estão em emergência.
ENTENDA A NOTÍCIA
A seca que atinge o Ceará desde o ano passado ocasionou perdas quase totais de safra e fez diminuir até 80% o número de cabeças de vários rebanhos. Com as previsões, a situação crítica deve persistir este ano.
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