A imagem de hoje, 03.01.2013 das 17h mostra
Instabilidades no Nordeste, causam chuvas fortes e isoladas, que amenizam a seca.
03/01/2013 | 10h33min
Instabilidades no Nordeste, causam chuvas fortes e isoladas, que amenizam a seca.
Aesa registra chuvas isoladas no Sertão; No Litoral, tempo deve permanecer nublado e chuvoso
03/01/2013 | 10h33min
A Agência
Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, (Aesa), vem registrando nos
últimos dias chuvas ocasionais e
isoladas nas Regiões do Sertão e Semi-Árido. No litoral, principalmente em João
Pessoa, o tempo permanece nublado e deverá chover nas próximas horas.
De acordo
com a meteorologista da Aesa, Camem Becker, essa situação e considerada normal
para o período. Ela disse que as chuvas caídas no Sertão e no Semi-Árido estão
servindo para diminuir a temperatura e favorecer a criação de pasto para os
animais. “ Nessas duas regiões as chuvas só deverão cair com maior intensidade
a partir do mês de fevereiro se prolongado até março”, explicou.
Para as
outras regiões, principalmente o Litoral e Brejo o período chuvoso inicia em
março e vai até o mês de junho. “Até lá serão registradas apenas chuvas
isoladas o que é comum nesse período”, disse a meteorologista.
Trimestre – No mês passado, Aesa divulgou um
relatório sobre e previsão climática para o Setor Norte e Nordeste com vistas
ao primeiro trimestre de 2013. De acordo
com o documento com as atuais condições
oceânicas e atmosféricas e pelo consenso técnico, para o período de janeiro a
março de 2013, a tendência é de que deverão ocorrer chuvas irregulares com
padrões dentro da normalidade para cada região”, especialmente o Sertão, Cariri
e Curimataú, na Paraíba.
O relatório ainda salienta que “a evolução atual
dos campos atmosféricos e oceânicos apresenta uma tendência favorável a
melhoria da qualidade do período chuvoso a partir do mês de março”.
Todavia, ressalta que “essa tendência dependerá exclusivamente das condições
térmicas dos oceanos Atlânticos Norte e Sul”.
O documento também destaca que o semi-árido
nordestino tem como característica a alta variabilidade espacial e temporal dos
índices pluviométricos. “Isto significa que algumas localidades poderão receber
uma quantidade de chuvas menores do que outras. Sendo assim, de fundamental
importância, o monitoramento contínuo das condições atmosféricas sobre a Região
e das condições oceânicas e atmosféricas globais. Como também um contínuo
monitoramento das condições térmicas, nos próximos meses, do Atlântico
Tropical, é fundamental para definir a qualidade do regime de chuvas do
trimestre no setor norte do Nordeste do Brasil”, assinala o relatório.
Com base nos dados, a meteorologista Marle
Bandeira, prevê que não haverá o prolongamento, em 2013, da estiagem ocorrida
este ano. “A evolução atual dos campos atmosféricos e oceânicos apresentam uma
tendência favorável a melhoria da qualidade do período chuvoso a partir do
final de fevereiro e início do mês de março. Mas é importante dizer que essa
tendência dependerá exclusivamente das condições térmicas dos oceanos”,
ressaltou Marle.
PERSPECTIVAS HÍDRICAS - De acordo com a previsão de
irregularidade das chuvas, assinala o documento, “tem-se que os eventos de
precipitações no inicio do período chuvoso não serão suficientes para a
recuperação satisfatória das reservas hídricas dos açudes do Estado”.
Diante disto, o gerente Executivo de Monitoramento
e Hidrometria da Aesa, Lucílio José Vieira, aconselha a população a utilizar “a
água de forma racional, justamente para não evitar o colapso no abastecimento,
que pode acontecer em algumas cidades que passam por um período de seca mais
forte”, asseverou.
PERSPECTIVAS AGRÍCOLAS - Do ponto de vista agrícola, o
inicio do período chuvoso no semi-árido paraibano não garantirá a regularidade
das chuvas, já que existe a possibilidade de ocorrência de veranicos (curtos
períodos sem chuvas) e que poderá trazer déficits hídricos à manutenção e
desenvolvimento de certas culturas sequeiro. Sendo recomendado o inicio das
práticas agrícolas dentro do quadrimestre mais chuvoso de cada região (semi-árido
- fevereiro a maio). É recomendado seguir o calendário e o zoneamento
agrícola definido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento –
MAPA.
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