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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

INVERNO RIGOROSO TAMBÉM NO ORIENTE MÉDIO

 
ISTOÉ Online |  10.Jan.13 - 16:57 |  Atualizado em 10.Jan.13 - 21:28

Tempestades e cobertura de neve afetam grande parte do Oriente Médio

 
AFP

Nevascas chegaram na noite de quarta-feira a Jordânia, Israel e Arábia Saudita no quinto dia de uma onda excepcional de mau tempo no Oriente Médio que causou a morte de 11 pessoas e deixou ao menos 10 desaparecidos.
Jerusalém, situada a 800 metros de altitude, estava coberta com mais de 10 centímetros de neve na manhã desta quinta-feira, o que provocou a alegria das crianças, mas paralisou boa parte do país e dos Territórios Palestinos, afetados pelo que os meios de comunicação denominaram de "a tempestade da década".
A neve chegou inclusive à região de Tabuk, no noroeste da Arábia Saudita, cujos moradores correram para ver este raro espetáculo no reino do deserto.
Na Jordânia, a tempestade de neve paralisou quase todo o país. A neve bloqueava a maior parte das rotas que levam a Amã e outras regiões, e o rei Abdullah II decretou outro feriado na quinta-feira, tal como fez na quarta. O exército foi mobilizado para abrir estradas e socorrer as pessoas bloqueadas.
Também nevou no norte do Iraque, onde exames foram adiados em algumas cidades do Curdistão e o tráfego era difícil ou estava interrompido em vários postos fronteiriços do Irã.
As inclemências do tempo continuavam no Egito, afetado por uma onda de frio. Ventos fortes e chuvas torrenciais paralisaram a circulação nas grandes cidades, sobretudo no Cairo, e obrigaram a manter fechados muitos portos.
Em toda a região, este mau tempo causou nos últimos dias a morte de 11 pessoas - três no Líbano, três em Israel e cinco na Jordânia -, enquanto outras 11 - dez pescadores cujo barco naufragou no Egito e um bebê que foi arrastado pelas águas no Líbano - estão na lista de desaparecidos.
Enquanto Damasco permanecia coberta de neve, o frio era insuportável em várias regiões da Síria, onde a guerra civil causou escassez de combustível para calefação e perturbou consideravelmente as redes de alimentação elétrica.
O frio também afetava centenas de milhares de refugiados sírios que fugiram da violência e sobrevivem em acampamentos de barracas nos países fronteiriços. Na Jordânia, o acampamento de Zaatari, onde estão abrigadas 62 mil pessoas, se tornou um lamaçal depois de vários dias de chuvas torrenciais.
Centenas de barracas foram destruídas e "a situação é absolutamente intolerável", declarou à AFP Yussef Hariri, um refugiado de 38 anos, enquanto outros, que tinham apenas pequenos cobertores molhados para se cobrir, temiam pela vida de seus filhos.
Em quase toda a região, as escolas permaneciam fechadas na quinta e vários moradores estavam sem eletricidade.
Embora em Israel a falta de luz, que afetou 20 mil residências particulares, tenha sido causada por incidentes específicos, no Líbano a situação se complicou devido a uma greve de funcionários da companhia de eletricidade.
Em Israel, a Associação de Industriais calculou o custo dos danos em 300 milhões de shekels (60 milhões de euros), devido à ausência de pessoal ou a problemas de abastecimento ou de entregas.
 
Pelo Google Earth, vemos as temperaturas na Região do Oriente Médio estão baixas hoje 10.01.2013 às 22h hora de Brasília.
 
 
INVERNO 09/01/2013 - 15h00

Neve e enchentes matam oito pessoas no Oriente Médio


FOTO: AFP
Neve mudou paisagem da cidade de Homs, na Síria
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Uma das piores tempestades de inverno já vistas no Oriente Médio provocou a rara aparição de neve na Jordânia e na Síria nesta quarta-feira, causou acidentes fatais no Líbano e na Cisjordânia e interrompeu as operações de diversos portos no Egito. Oito pessoas já morreram na região. Pelo menos seis das mortes ocorreram nas montanhas libanesas, que estão cobertas pela neve, informou a Cruz Vermelha do Líbano. Também nevou nas cidades da Cisjordânia e Israel, como Hebron. A cidade histórica romana de Baalbek, no Líbano, ficou coberta de neve. Nevou em Damasco, Amã e em Nicósia, no Chipre.
> Veja imagens das tempestades de neve no Oriente Médio
As autoridades do Egito fecharam diversos portos do país devido às chuvas torrenciais e aos fortes ventos que afetaram as operações do Canal de Suez nos últimos três dias. A agência estatal de notícias informou que estão fechados os portos das cidades de Alexandria e Dakhila, no norte mediterrâneo do país, enquanto outras cidades sofrem com falta de energia. A agência também noticiou que 10 pescadores estão desaparecidos após o barco em que estavam ter naufragado no Mar Mediterrâneo, perto do porto de Marsa Matrouh. A Faixa de Gaza e a cidade de Rafah, na fronteira do Egito com o território palestino, foram atingidas por enchentes.

Na Jordânia, os refugiados sírios que fugiram da guerra civil que ocorre no país sofreram com o mau tempo. Os fortes ventos da tempestade de inverno destruíram os alojamentos e expuseram os refugiados ao frio. No campo de Zaatari, onde 50 mil pessoas estão abrigadas, alguns refugiados frustrados atacaram funcionários do local com pedras. Segundo a polícia da Jordânia, sete trabalhadores ficaram feridos. Nevou no deserto jordaniano e na capital do país, Amã.

A maior parte dos residentes de Zaatari é composta de crianças e mulheres, que fazem parte dos mais de 280 mil sírios que fugiram para a Jordânia desde que começaram os protestos contra o presidente Bashar Assad em março de 2011.

A neve se acumulou em muitas partes da Jordânia, fechando escolas, isolando motoristas e atrasando voos internacionais, segundo noticiou o meteorologista Mohammed Samawi, que definiu o cenário como "a maior tempestade a atingir o Oriente Médio em janeiro em pelo menos 30 anos". Na Síria, a neve se acumulou na capital, Damasco, assolada pela guerra civil.

Já na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, uma autoridade palestina informou que duas mulheres se afogaram nesta quarta-feira após o carro em que estavam ter ficado preso em uma enchente. Elas abandonaram o carro e acabaram levadas pela correnteza. O motorista do carro foi hospitalizado em condição crítica.

A previsão é de que as chuvas torrenciais continuem pelos próximos três dias e as temperaturas devem permanecer baixas. As informações são da Associated Press.

Agência Estado

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