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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

CICLONES E RESFRIAMENTO NO SUL


 METSUL informa:
Alta frequência de ciclones traz ressacas e resfria o Atlântico Sul
Por: Janeiro, 04-01-2013 | 08:10 | Categoria:






A ressaca começa a diminuir nesta sexta-feira no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, mas foram dois dias em que o mar invadiu a faixa de areia. Com isso, muitos veranistas trocaram o banho de mar por caminhadas na praia. A ressaca, contudo, não trouxe danos para a orla gaúcha. Apenas atrapalhou quem pretendia colocar o seu guarda-sol na areia e aproveitar os dias de sol, apesar do vento moderado e a temperatura amena (foto de André Ávila do Correio do Povo quinta-feira em Imbé).
O Litoral Norte teve ressaca do mar logo após o Natal e novamente nesta semana, em consequência de dois ciclones extratropicais intensos no Atlântico Sul (não de sistema de alta pressão como a televisão informava ontem à noite) que se formaram na região nos últimos dez dias com força atípica para esta época do ano. Esta frequência de ciclones (sistema de baixa pressão) profundos muito tem a ver com mudança de padrão atmosférico iniciada ao redor da Antártida ainda na primavera e que desde então têm proporcionado ciclogêneses mais intensas. O segundo ciclone, e que foi responsável pela ressaca que ainda afetava ontem o nosso Litoral Norte, estava no final desta quinta-feira quase ao Sul da África do Sul.
Os dois ciclones, do Natal e Ano Novo, trouxeram ainda forte resfriamento da temperatura do mar no Atlântico Sul. Observe a comparação entre os dois mapas abaixo de anomalia de temperatura da superfície do mar, dos dias 13 de dezembro e 3 de janeiro, e atente para o forte resfriamento ocorrido no Atlântico, notadamente na costa da Argentina, nos últimos dias.
Com o avanço para o Norte de águas mais frias associadas à Corrente das Malvinas, em especial após a passagem de frentes frias, a tendência é que a água do mar fique mais fria na costa uruguaia e também aqui na costa do Rio Grande do Sul, especialmente no Litoral Sul do Estado. Intervalos mais longos sem a atuação de ciclones ou frentes frias no Sul do Brasil, proporcionando dias de tempo seco e calor, podem favorecer a volta da Corrente do Brasil com águas quentes à orla gaúcha.

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