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segunda-feira, 18 de março de 2013

CHUVAS FORTES NO RJ


18/03/2013 12h46 - Atualizado em 18/03/2013 14h40

Chuva deixa mais de 10 mortos em Petrópolis, na Região Serrana do RJ

Há pelo menos 13 vítimas, segundo Central de Administração de Desastres.
Entre elas, há dois técnicos da Defesa Civil que trabalhavam no resgate.

João Bandeira de Mello Do G1 Rio
Já são pelo menos 13 os mortos em decorrência da chuva em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, confirmou ao G1 o tenente-coronel Gil Kempers, da Central Estadual de Administração de Desastres do Rio de Janeiro (Cestad), por volta das 12h30 desta segunda-feira (18).
A contabilidade anterior, divulgada às 10h pelo secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, dava conta de 10 mortos.
Dois técnicos da Defesa Civil estão entre as vítimas. Eles trabalhavam no resgate de desaparecidos na Vila São Joaquim, próximo à Rua Espirito Santo, no bairro Quitandinha, e acabaram soterrados. Por volta das 10h10, os agentes tinham encontrado o corpo da sexta vítima morta neste local.
Durante o temporal, os rios Quitandinha e Piabanha transbordaram, deixando ruas alagadas nos bairros Quitandinha, Alto Independência, Morin e Alto da Serra. Segundo a Defesa Civil, pelo menos 50 pessoas estão desalojados em três bairros e um sub-bairro de Petrópolis.
Simões disse que o cenário é "crítico" e alertou os moradores para que sigam as orientações da Defesa Civil e fiquem alertas aos sinais sonoros. "A continuidade das chuvas agrava muito os riscos de escorregamentos. Temos na Região Serrana muitas áreas vulneráveis e, portanto, essa é a nossa preocupação".
"O governo do estado mobilizou toda a sua estrutura, especificamente a do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) com máquinas e caminhões para que a gente possa desobstruir vias obstruídas por carregamento de terra", afirmou Sérgio Simões.
Ele informou que em Petrópolis choveu mais de 300 milímetros em 24 horas. O volume de chuva esperado em um mês no município é 270 milímetros.
A continuidade das chuvas agrava muito os riscos de escorregamentos. Temos na Região Serrana muitas áreas vulneráveis e, portanto, essa é a nossa preocupação"
Coronel Sérgio Simões, secretário estadual
de Defesa Civil do Rio de Janeiro
Mapa Petrópolis (Foto: Editoria de Arte/G1)
"O prefeito [de Petrópolis, Rubens Bomtempo] já fez um apelo para que as pessoas permaneçam em suas casas, decretou feriado escolar e a preocupação passa a ser o acumulado de chuvas, a possibilidade de novos deslizamentos de terra", afirmou o secretário.
Ao lado de um dos principais pontos turísticos da cidade de Petrópolis, o Hotel Quitandinha, a rua foi completamente interditada porque um grande muro deslizou e causou estragos. Uma pousada, no alto do morro, ficou sob risco, em cima do penhasco.
No início da noite de domingo, o Centro Histórico e parte da Rua Coronel Veiga ficaram totalmente tomadas pelas águas do Rio Quitandinha. Na Praça da Liberdade e próximo à Praça Dom Pedro também foram registrados pontos de alagamentos.
Em janeiro de 2011, as chuvas fortes que atingiram a Região Serrana do Rio de Janeiro a partir da noite do dia 11 provocaram deslizamentos de morros e enxurradas com velocidade de até 180 km/h, de acordo com especialistas. Estradas e pontes foram destruídas, e bairros inteiros ficaram isolados.
Mais de 900 pessoas morreram, e cerca de 400 mil moradores ficaram desabrigados. Nova Friburgo teve mais de 420 vítimas, e Teresópolis registrou mais de 380 mortos. Em Petrópolis, mais de 70 corpos foram encontrados.
Vistorias reagendadas
O Detran informou que as vistorias veiculares marcadas para esta segunda em Petrópolis terão até dez dias para serem realizadas, sem necessidade de novo agendamento. Segundo o órgão, o temporal que atingiu a cidade impediu o funcionamento do posto por causa da queda de uma barreira no início da manhã.

Xerém tem casas alagadas
A Prefeitura de Duque de Caxias informou, por volta das 10h15, que cerca de 30 pessoas estavam desalojadas por causa das chuvas que caíram no município na noite de domingo e na madrugada desta segunda, causando transtornos e alagamentos no distrito de Xerém, na Baixada Fluminense, e no bairro Santa Cruz da Serra, no 3º distrito.

As ruas de Xerém ficaram alagadas. Na chegada ao distrito, era possível ver muitas casas ilhadas, conforme mostrou o "Bom Dia Rio". A área rural de Xerém foi a mais atingida pelas chuvasa. O Rio Saracuruna, no centro de Duque de Caxias, que transbordou em janeiro, estava cheio novamente às 7h. O Rio Capivari também estava com o nível de água alto.
As chuvas que atingiram o Rio de Janeiro em janeiro de 2013 deixaram 2 mil desalojados e 450 desabrigados em todo o estado. No distrito de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, um homem morreu, mil pessoas ficaram desalojadas e 276 desabrigadas.
O cantor Zeca Pagodinho, morador de Xerém, percorreu as ruas do município de Duque de Caxias para ajudar as vítimas da chuva na enchente de janeiro. Ele distribuiu cestas básicas e chegou a a abrigar uma família na residência onde vive.
Angra dos Reis
A forte chuva que atingiu Angra dos Reis na tarde de domingo causou transtornos na cidade. Segundo a Defesa Civil, duas pontes cederam nos bairros Banqueta e Areal, impossibilitando o tráfego de pessoas e veículos. A Superintendência de Trânsito informou que estuda uma forma de viabilizar uma passagem aos pedestres.

Ainda de acordo com a Defesa Civil, com o grande volume de água, ruas dos bairros Parque Mambucaba, Perequê, Japuíba e Pontal ficaram alagadas. Os locais mais afetados foram a rua Mangaratiba, Rio Bonito e Travessa 21 de Abril. Além do alagamento, houve queda de árvores.
A previsão do tempo para hoje é de chuva forte no litoral, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Aeroporto fechado
Na capital, quedas de árvores bloqueavam ruas e avenidas deixando o tráfego total ou parcialmente interrompido. O Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, fechou para pousos por volta de 7h05 por causa da chuva que atingia o terminal.

Máquina trabalha na retirada de ribanceira que atingiu pista da BR-040 (Foto: Isabela Marinho/G1)Máquina trabalha para a retirada de ribanceira que
atingiu pista da BR-040 (Foto: Isabela Marinho/G1)
Problemas nas estradas
A Rodovia Washington Luís (BR-040), que liga a capital fluminense à cidade mineira de Juiz de Fora, apresentava sete pontos de interdições na manhã desta segunda-feira, por volta das 8h, devido a quedas de barreiras.

De acordo com a concessionária responsável, o tráfego foi colocado em meia pista nos km 75, 81 e 83 para os motoristas que seguiam no sentido Rio e nos km 83, 92, 96 e 100 em direção a Juiz de Fora. No km 75, quem seguia em direção ao Rio chegou a enfrentar congestionamento, visto que o tráfego ficou totalmente interrompido durante a madrugada.


São Sebastião vai pedir ajuda ao Estado para atender desabrigados pelas chuvas

Chuva entre sexta-feira e manhã de hoje representa mais da metade do previsto para todo o mês. Prefeitura decretou estado de calamidade pública na região no último domingo

Agência Brasil | - Atualizada às
Agência Brasil
O prefeito de São Sebastião, Ernane Primazzi, vai se reunir nesta tarde de segunda-feira com o secretário-chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, para pedir ajuda do governo paulista para atender aos mais de mil desabrigados em razão das chuvas que atingiram o município nesse fim de semana. Ontem (17), por volta das 20h, o prefeito decretou estado de calamidade pública.
Mais: Após fortes chuvas, São Sebastião decreta estado de calamidade pública
De acordo com a Defesa Civil, choveu cerca de 222 milímetros entre as 16h da última sexta-feira e as 7h de hoje. O volume é mais da metade do previsto para todo o mês. Os bairros mais prejudicados são Camburi, Boiçucanga, Baleia e Maresias, que ficam na costa sul do município. Essas localidades estão sem comunicação com o centro de São Sebastião, devido à queda de barreira que bloqueou a Rodovia Rio-Santos, entre os quilômetros (km) 156 e 159.
Apesar da dificuldade de acesso, a prefeitura garante que "as pessoas já estão recebendo assistência. Se o carro não passa, a gente faz a transferência dos mantimentos e dos materiais de apoio para um carro do outro lado", explicou Vera Alonso, chefe do Fundo Social de Solidariedade da prefeitura.


segunda-feira, 18 de março de 2013 13:56

Rio transborda em Cubatão e deixa famílias desabrigadas

Agência Estado

O rio Pilões, em Cubatão, na Baixada Santista, transbordou com as chuvas que atingiram o litoral paulista nesta final de semana e deixou mais sete famílias desabrigadas. No dia 22 de fevereiro, 210 famílias às margens do rio tiveram que ser removidas. Cem delas continuam alojadas em um ginásio desportivo no centro da cidade, junto com as vítimas desse último temporal na tarde de domingo (17). Segundo a Prefeitura de Cubatão, a cidade continua em estado de atenção com o risco de novas chuvas. No domingo, a chuva atingiu 189 milímetros - a partir de 100 milímetros já é anunciado o estado de atenção. O acumulado das últimas 84 horas é de 203,4 milímetros de chuva, medidos do bairro no ponto mais alto da Serra do Mar, o Cota 400. Os temporais coincidiram com a alta da maré, de 1,1 metro, o que provoca um aumento no nível dos rios que cortam a cidade. Foram registrados deslizamentos nos bairros Cota 200 e Piloes. A avenida Tancredo Neves, que liga o centro de Cubatão a Santos, teve 300 metros de alagamento.


17/03/2013 19h59 - Atualizado em 18/03/2013 05h43

Chuvas causam alagamentos em cidades de SP e RJ

Região Serrana do Rio e litoral paulista têm enchentes e desalojados.
Prefeitura de São Sebastião decretou estado de calamidade pública.

Do G1, em São Paulo

O domingo (17) foi marcado por fortes chuvas na Região Sudeste, principalmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Diversas cidades paulistas registraram alagamentos, principalmente no Litoral Sul e Norte do estado. Uma delas, São Sebastião, decretou estado de calamidade pública.

Bairros do Rio de Janeiro foram afetados pela chuva forte desta tarde, com princípio de alagamento. As estações pluviométricas da Prefeitura do Rio detectaram temporal em Santa Cruz, Recreio e Barra da Tijuca, na Zona Oeste. No mesmo horário, também choveu no Jardim Botânico e Laranjeiras, na Zona Sul.

Por volta das 18h, temporal deixou ruas alagadas em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/ Câmeras CET-Rio) 
Por volta das 18h, temporal deixou ruas alagadas em
Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro
(Foto: Reprodução/ Câmeras CET-Rio)
A situação mais crítica foi registrada em Petrópolis, na Região Serrana, onde parte do Centro histórico da cidade foi invadido pelo Rio Quintandinha.
Turistas que visitavam pontos do local tiveram que procurar abrigo na Catedral São Pedro de Alcântara, porque as ruas Imperatriz e Koeler também ficaram alagadas por conta de bueiros entupidos.

Em Angra dos Reis, Bombeiros interromperam as buscas por Manoel Cardoso da Silva, de 53 anos, que caiu no mar após um acidente envolvendo um barco e uma lancha. A forte chuva que atinge a região atrapalhou os trabalhos.

Enchente invade casas no bairro Boiçucanga, um dos mais afetados pela chuva em São Sebastião. (Foto: Pollyana Mara Vila Nova/arquivo pessoal)Enchente invade casas no bairro Boiçucanga, um dos mais afetados pela chuva em São Sebastião. (Foto: Pollyana Mara Vila Nova/arquivo pessoal)
Famílias desalojadas
No Litoral Norte, pelo menos 300 pessoas estão desalojadas em São Sebastião. O prefeito, Ernane Primazzi (PSC), decretou estado de calamidade pública. Mais de 600 pessoas foram atingidas pelas enchentes em quatro bairros - Cambury, Boiçucanga, Baleia e Maresias, todos na costa sul.

A intenção da prefeitura ao decretar calamidade pública é solicitar ao Governo do Estado recursos para auxiliar a cidade. Os danos serão melhor avaliados assim que a chuva cessar.
As famílias foram levadas para o Ginásio de Esportes de Boiçucanga ou encaminhadas para a casa de familiares parentes depois que a água invadiu as moradias. O bairro Maresias está isolado por conta da queda de seis barreiras que interditaram a estrada do Cascalho - que liga Boiçucanga ao bairro.
A situação mais crítica é da comunidade Vila Lobo Guará, em Cambury, onde 125 pessoas foram removidas das casas de barco. Em Boiçucanga, 154 pessoas foram levadas para o Ginásio, a maioria da comunidade Areão. Outras 34 pessoas pessoas do bairro Baleia também tiveram que deixar as suas casas.
De acordo com a Defesa Civil local, desde sexta-feira (15), a cidade registrou 111,4 milímetros de chuva. Isso representa mais que a metade da média esperada para o mês de março - 173 milímetros, com base nos dados do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) em Cachoeira Paulista.
No Vale do Paraíba, uma ponte do bairro rural Bela Vista, em Bananal, cedeu nesta tarde após as fortes chuvas que atingiram a cidade neste fim de semana. Cerca de 20 famílias estão isoladas no bairro. De acordo com a Defesa Civil de Bananal, uma ponte provisória será reconstruída pela prefeitura nesta segunda-feira.
Motoristas e pedestres enfrentam ruas alagadas em Santos, SP (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)Motoristas e pedestres enfrentam ruas alagadas em Santos, SP (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)
Queda de barreiras
No Litoral Sul paulista, uma barreira caiu no início desta noite na Rodovia Mogi-Bertioga. O incidente ocorreu na altura do Km 82, no município de Bertioga, por volta das 18h. Uma das pistas foi interditada.

Ruas ficaram alagadas em Santos e São Vicente por conta da chuva que atinge a Baixada Santista. Motoristas e pedestres têm dificuldades para passar pelos locais afetados. Em Santos, a Avenida Nossa Senhora de Fátima ficou alagada, mas apesar da quantidade de água, os veículos conseguem passar.
Outras ruas da cidade também sofrem com as enchentes. Em São Vicente, há enchentes no Parque São Vicente, problema agravado pela alta da maré, que fez com que a água invadisse também residências do bairro.
As rodovias Rio-Santos e a estrada que liga Boiçucanga a Maresias, no Litoral Norte paulista, seguiam interditadas pela queda de barreiras até as 22h30 deste domingo. A Rio Santos ficou travada entre o km 157 e o km 159 e a estrada de Boiçucanga teve seis pontos com quedas de barreira. A intenção é liberar o tráfego na segunda-feira (18) de manhã.
Deslizamento de terra na Rodovia Rio-Santos, na serra entre as praias de Boiçucanga e Maresias, em São Sebastião, litoral norte paulista (Foto: JORGE MESQUITA/ESTADÃO CONTEÚDO)Deslizamento de terra na Rodovia Rio-Santos, na serra entre as praias de Boiçucanga e Maresias, em São Sebastião, litoral norte paulista (Foto: JORGE MESQUITA/ESTADÃO CONTEÚDO)

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