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terça-feira, 26 de março de 2013

CHUVAS NO NORDESTE E SUDESTE

DIÁRIO DO NORDESTE
´Vórtice ciclônico´

Chove em 97 cidades do Ceará, diz Funceme

26.03.2013
Segundo a Funceme, tendência é de que as chuvas continuem até o dia de hoje em virtude do fenômeno atmosférico que está sobre o Estado FOTO: HONÓRIO BARBOSA

Entre as 7 horas da manhã do último dia 24 até o mesmo horário do dia 25, voltou a chover em 97 Municípios do Ceará, conforme os dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). As precipitações mais significativas ocorreram na região do Cariri, onde a maior chuva foi registrada na cidade de Barro, sendo 106,2 milímetros.

De acordo com o órgão, um vórtice ciclônico de altos níveis, que está atuando desde a semana passada, no Estado, provocou as chuvas. Esse é um sistema de baixa pressão atmosférica que se forma em torno de 12 quilômetros de altitude em que sua borda favorece a formação de nebulosidade e consequentemente faz chover.

No momento, os agricultores que replantaram seus cultivos ainda no começo do mês de março estão comemorando a ocorrência das chuvas seguidas. Agora, as plantas estão germinando e em alguns casos isolados existem pessoas que já estão colhendo grãos. Com as chuvas, os homens do campo aproveitam a possibilidade de não ter mais as safras totalmente perdidas.

O vórtice ciclônico está agindo sobre todo o Ceará e a tendência é que ele permaneça provocando chuvas até hoje. Segundo a meteorologista Deysiane Quaresma, as precipitações já estavam sendo esperadas. "Esse é fenômeno de baixa previsibilidade. É necessário que a gente faça um monitoramento, já que o vórtice é muito rápido", afirma.

Mesma projeção

No último dia 22 de março, a Funceme atualizou o prognostico climático para os meses de abril, maio e junho. A expectativa é que, durante o período, as chuvas fiquem abaixo do normal. Em anos de quadra chuvosa satisfatória, os registros ideais são de 376,8 milímetros em todo o Estado. A partir da próxima quarta-feira, o centro do vórtice ciclônico deverá permanecer sobre o Ceará, o que poderá inibir a formação de nuvens.

A expectativa para os agricultores e pecuaristas é que nos próximos dias haja chuvas que possibilitem o acúmulo de água. Com isso, eles pretendem amenizar os efeitos da estiagem que está provocou prejuízos em altos níveis, como a perda das lavouras de milho, feijão e sorgo plantadas ainda em fevereiro.

Eles consideram que, neste ano, a colheita não será satisfatória. "A gente já sabe que mesmo com essas chuvas não vamos ter uma boa colheita. Mas, mesmo assim, a gente aposta nas plantações. É nossa única saída", disse o agricultor Ireudo Felix. A ocorrência das chuvas causou estragos para moradores de um bairro periférico de Barbalha.

Prejuízos

No Parque Bulandeira, a água chegou a invadir algumas residências e as famílias precisaram suspender móveis e eletrodomésticos para não perder todos os bens. Mesmo assim, para outros, os danos foram inevitáveis. Entretanto, a inundação não causou desabamento nem morte de pessoas, mas, as famílias estão desalojadas. Agora, para resolver o problema, a população espera providências da municipalidade, já que no local, esse tipo de acontecimento é frequente em períodos chuvosos.

Morte

No Crato, a situação foi diferente. No Bairro das Guaribas, uma estudante de biologia morreu após um acidente de trânsito provocado pelo deslizamento de terras na estrada Santa Fé, que ainda não foi asfaltada e já se tornou palco de diversos desastres desta ordem.

Maria Clara Bezerra, que vinha sozinha no veículo e não usava sinto de segurança havia estacionado o carro quando uma barreira de terra cedeu. Segundo a Secretaria de Infraestrutura do Município, recentemente foram feitos os serviços de terraplanagem da área.

Mais informações:

Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Endereço:Avenida Rui Barbosa, 1246, Aldeota




Chuva deixa 3 mil ilhados em Angra

25.03.2013
Equipes de vistoria da Defesa Civil percorreram a cidade ontem atendendo aos chamados da população
Rio A forte chuva que atingiu Angra dos Reis, no Sul Fluminense, na madrugada de domingo, deixou pelo menos três mil pessoas de um bairro ilhadas. A ponte da Banqueta, que já estava restrita à passagem de pedestres, desabou completamente.

Morador de Angra dos Reis desolado após ter a casa alagada na madrugada de domingo. As chuvas causaram pelo menos três deslizamentos FOTO: AGÊNCIA ESTADO


De acordo com a prefeitura, equipes foram ao local montando uma operação de emergência, pois além da ponte, todas as outras vias de acesso ao local foram cobertas por barreiras.

O temporal também causou estragos em alguns prédios do serviço público de saúde. Pelo menos duas unidades foram atingidas e uma teve de ser transferida por causa da falta de acesso. Segundo a Defesa Civil, no Serviço de Pronto Atendimento (SPA), no Centro, o sistema de drenagem do telhado transbordou por causa do grande volume de água.

Pedaços do teto de gesso no segundo pavimento caíram e uma pequena parte do Centro Odontológico teve infiltração no forro. Segundo a prefeitura, a Defesa Civil esteve no prédio e garantiu que o problema não inviabiliza o funcionamento do serviço. No SPA do Abraão, na Ilha Grande houve inundação. Alguns equipamentos, em especial no consultório de odontologia, chegaram a ser atingidos.

Na manhã de ontem, equipes de vistoria da Defesa Civil de Angra dos Reis percorreram a cidade atendendo chamados da população. Segundo a prefeitura, o abrigo que havia sido montado na escola do Bracuhy já foi fechado e as 37 pessoas que ficaram desalojadas já retornaram às suas casas.

Rio-Santos
A Rodovia Rio-Santos, na altura de Santa Rita do Bracuhy, pista sentido São Paulo, chegou a ficar totalmente interditada, mas já foi liberada. De acordo com a prefeitura, choveu cerca de 100 mm durante a madrugada de domingo, e os bairros mais atingidos foram Centro, Frade e Parque Mambucaba.

Nos últimos dias de 2009, o deslizamento de uma encosta atingiu uma pousada e sete casas na Ilha Grande, na baía de Angra dos Reis, matando 19 pessoas. Outras 11 pessoas morreram em outro desmoronamento no Morro da Carioca.

Petrópolis
A presidente Dilma Rousseff vai hoje a Petrópolis, na Região Serrana do Rio, participar de missa na catedral de São Pedro de Alcântara, em memória das vítimas das chuvas que atingiram o município há uma semana e deixaram 33 mortos. Antes da celebração religiosa, a presidente e o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), sobrevoarão de helicóptero as áreas mais atingidas pelos temporais.

No fim da noite, Dilma embarca para Durban, na África do Sul, para participar da reunião dos Brics - bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, as maiores economias emergentes do mundo.



25/03/2013 06h19 - Atualizado em 25/03/2013 08h20

Inmet aponta que chuvas ficarão abaixo da média no Sertão alagoano

Especialistas estimam que seca vai se prolongar por mais alguns meses.
Governo diz que vai manter estratégia para garantir água para os sertanejos.

Waldson Costa Do G1 AL
Animais morrem por falta de água no sertão. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Meteorologistas estimam que seca que castiga o
Sertão alagoano matando animais vai se prolongar.
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)
As previsões meteorológicas não são nada positivas para as regiões do Agreste e Sertão alagoano. Segundo o prognóstico dos especialistas do Centros Estaduais de Meteorologia do Nordeste e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), mesmo com a mudança de estação, as chuvas ficarão abaixo da média entre o período de abril a junho deste ano.

Segundo o levantamento, a variação de chuvas ficará entre normal e abaixo da média histórica no setor do Leste do Nordeste, o que compreende o perímetro do litoral de Alagoas, e abaixo da média nas demais áreas, perímetro do Agreste e Sertão. Com as chuvas escassas, a estimativa é que a seca se prolongue por mais tempo na região, já que não haverá água suficiente para abastecer os barreiros e nem para garantir produção na agricultura.

Diante do cenário, o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semah) de Alagoas, Luís Napoleão Casado, disse que devido o deficit hídrico acumulado no Sertão alagoano o governo deverá manter as políticas para assegurar água para o consumo humano e animal.

“Com esta previsão, a preocupação é que não há como fazer agricultura com segurança no Sertão. Mas, posso garantir que o governo terá como assegurar a distribuição de água para o consumo humano e animal. Para isso, a política dos carros-pipa será mantida, inclusive, com água oriunda do canal do Sertão. Quanto ao alimento para os animais, há um planejamento para reforçar o celeiro de ração que é distribuído entre os produtores de animais”, expôs o secretário.

Outra avaliação das condições climáticas para os próximos meses será feita no dia 15 de abril, período que a mudança de estação se concretiza. No entanto, a previsão que aponta escassez de chuva no Sertão e Agreste alagoano vem sendo exposta desde os estudos feitos em dezembro do ano passado.

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