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quarta-feira, 20 de março de 2013

CICLONE EXTRATROPICAL NA REGIÃO SUL

Imagem das 12h de hoje pelo satélite GOES 12 mostra o Ciclone extratropical sobre o Uruguai onde causou ventos fortes:

 Imagem das 21h de hoje mostra o Ciclone extratropical avançando para o Oceano Atlântico onde causará ressaca.


 Imagem do Cone Sul onde mostra o Ciclone Extratropical associado a Frente Fria sobre a Região Sul:

Previsão de ondas pelo CPTEC/INPE causados pelo Ciclone Extratropical:

 DO CLIMATEMPO

Temporal na região de São Borja (RS)

20 de março de 2013 às 17:50 por Marcelo Pinheiro

Publicada em 19 de Mar de 2013 - 23h00min

Outono terá grandes variações de temperatura

O outono, que começa às 8h02min desta quarta-feira, caracterizar-se como estação de transição do calor do verão para o frio do inverno. Em 2013, não terá a influência dos conhecidos fenômenos El Niño ou La Niña, já que o Oceano Pacífico Equatorial seguirá sob uma condição de neutralidade, mas isso não significa “normalidade no clima”, de acordo com o meteorologista Eugenio Hackbart, da MetSul. A previsão para a estação é de variações grandes de temperatura e ocorrências pontuais de chuva abundante.“Quando não há El Niño e La Niña, costumam ocorrer extremos típicos dos dois fenômenos no Rio Grande do Sul. Ou seja, a atmosfera não tem padrão bem definido”, explica Hackbart. “Por um lado, a distribuição regional da chuva fica mais irregular, como quando há La Niña, mas ocorrem períodos bastante chuvosos e de chuva muito acima da média, como em eventos de El Niño”, diz.É o cenário esperado para a precipitação neste outono de 2013, antecipa Hackbart, com alguns períodos secos e a expectativa de chuva mais abundante e que pode ser até excessiva em algumas áreas, com risco de cheias, na segunda metade da estação.Uma das marcas deste outono de 2013 deverá ser a grande variabilidade térmica (alternância de dias quentes e frios). De acordo com os meteorologistas da MetSul, haverá dias de temperatura alta durante abril, mas no decorrer do mês é alta a probabilidade de algumas madrugadas frias ou até geladas. Em maio são esperadas erupções de ar polar mais intensas, já típicas de inverno, o que se repetirá em junho, mês que em grande parte transcorre no outono, mas que climaticamente faz parte do auge do inverno.A MetSul explica que o clima não tem um calendário perfeito e que o maior exemplo é a chegada de condições outonais mais cedo neste ano. Historicamente, contudo, o outono possui três períodos. No primeiro, até o fim da primeira quinzena de abril, costumam prevalecer marcas mais elevadas nos termômetros, com períodos esporádicos de calor mais forte. Na segunda metade de abril, o ingresso de ar polar já provoca temperatura mais baixa. As mínimas, em alguns dias, já se aproximam de 0ºC nos Aparados da Serra.Este período perdura até a metade de maio, quando tem início o terceiro com características climáticas já próximas daquelas observadas no inverno. É justamente na segunda quinzena de maio, apesar do calendário ainda indicar outono, que tem início o chamado "inverno climático" com temperatura média menor e aumento significativo no número de dias com geada.Hackbart adverte que o começo antecipado do outono neste março ameno no Rio Grande do Sul, porém, não significa que o calor ficou para trás. Ele destaca que alguns dias quentes são normais em abril e maio e devem ocorrer em 2013. Hackbart recorda os casos de 1964, 1990 e 1992, quando houve dias de muito frio no Estado em março. Nos três anos, em abril, houve dias de calor, em alguns casos até intenso, sobretudo na primeira metade do mês.Comum no outono é a ocorrência de bruscas mudanças de temperatura. “Muitas vezes na estação frentes frias avançam e as marcas nos termômetros que podem estar acima de 30ºC, imediatamente antes da chegada da frente, podem cair para valores entre 0ºC e 10ºC poucas horas após a passagem do sistema. Estas mudanças não raro são acompanhadas de vento forte de Oeste a Sul, do tipo Minuano.Vento forte costuma acompanhar ciclones extratropicais (sistemas de baixa pressão), fenômeno que se torna mais freqüente a partir do outono e que impulsiona o ar polar para o Sul do Brasil. As rajadas costumam variar, em média, entre 50 e 100 km/h, dependendo do posicionamento do sistema de baixa pressão. Em alguns casos mais extremos, as rajadas ultrapassam 100 km/h no Sul e no Leste gaúcho com fortes ressacas na costa.O outono marca também a expectativa sobre a ocorrência de neve no Rio Grande do Sul. Apesar de flocos já terem caído em abril no Sul do Brasil (1999), é a partir de maio que estatisticamente é muito maior a chance de se dar o primeiro registro de neve, mas só é possível prever o fenômeno dias antes. O meteorologista Eugenio Hackbart destaca que a neve no outono está associada mais ao ingresso de fortes massas de ar polar pelo continente e que são acompanhadas de ciclone extratropical sobre o Oceano Atlântico, como foi em maio de 1979, ano que, assim como 2013, teve março mais ameno.

Fonte:



Fonte da notícia: Correio do Povo

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