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sexta-feira, 29 de março de 2013

AQUECIMENTO GLOBAL

INFO ABRIL
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Aquecimento global reserva futuro amargo para chocólatras


• Sexta-feira, 29 de março de 2013 - 13h37

São Paulo – A Páscoa se aproxima e, para muitos chocólatras, esse pode ser um momento mágico para se deliciar com a guloseima sem peso na consciência. É bom aproveitar, enquanto dá. Este doce milenar pode estar em risco com o aquecimento global. Calma, o chocolate não deve sumir da face da Terra, mas poderá sofrer com escassez na produção e alcançar status de artigo de luxo.
Atualmente, dois terços de todo cacau produzido no mundo vem de dois lugares, Gana e Costa do Marfim. O problema é que o cultivo do cacau – como de demais produtos agrícolas – é sensível à variação de temperatura e ao clima. Segundo um estudo do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT, na sigla em espanhol), na Colômbia, a elevação de 2 a 3 graus Celsius na temperatura do planeta - o que segundo os cientistas, deve acontecer dentro de 50 anos, se não forem mitigadas as emissões globais de CO2 – pode causar danos irreversíveis nessas regiões-chave de cultivo da fruta.

O estudo observa que a escassez de cacau pode afetar a demanda levando a um aumento do preço. Para os agricultores da África, onde a produção de cacau emprega mais de 6 milhões de pessoas, a perda de áreas agrícolas representaria sérios problemas econômicos, com impacto para comunidades inteiras constituidas em torno da produção desta fruta desde tempos coloniais.
Chocolate geneticamente modificado? - Em 2010, a gigante Mars lançou um projeto para decodificar a estrutura genética do cacau. A pesquisa, realizada em colaboração com a IBM e o Departamento de Agricultura, visa melhorar a produção desta planta e tornar a indústria de chocolate mais resistente a pragas, doenças e falta de água causada pelo aquecimento global.
Os resultados preliminares foram lançados no site Cacaogenomedb.org, que possui um banco de dados do genoma. Mas como tudo que envolve organismo geneticamente modificados, se os pesquisadores chegarem a uma variedade ultra resistente às ameaças do clima, será preciso ainda muito tempo até aprovação e comercialização mundial do supergrão.

Aquecimento global é causa de invernos mais severos

por Lusa, publicado por Ricardo Simões FerreiraOntem

Cientistas que observam o quarto ano consecutivo em que o clima de fim de inverno em zonas da Europa e dos Estados Unidos é extremamente severo sugeriram hoje que o aquecimento global é a fonte do problema.
"O aquecimento está a causar uma massa de ar polar entre o oceano e a atmosfera que será deslocada para sul", disse à agência de notícias francesa AFP Dim Coumou do Instituto de Potsdam para Pesquisa do Impacto Climático, na Alemanha.
O aumento das temperaturas está a causar o degelo da calota polar do Oceano Ártico, principalmente durante o verão. Em 1979, quando começaram as medições por satélite, o gelo durante o verão cobria cerca de sete milhões de quilómetros quadrados, mas em setembro de 2012 atingiu a sua extensão mais baixa alguma vez registada com apenas 3,4 milhões de quilómetros quadrados.
Sem gelo que reflita a luz, o mar absorve a radiação solar, que por sua vez causa o degelo. O calor adicional, armazenado em uma vasta área de água à superfície, é gradualmente libertado para a atmosfera, aumentando a pressão do ar e da humidade no Ártico e reduzindo a temperatura em latitudes mais baixas.
O vórtice polar, um ciclone persistente em grande escala que varre o ar ártico, começa a enfraquecer e uma massa de ar frio húmido propaga-se para sul, trazendo neve e frio para a Europa e Estados Unidos, mantendo-se nestas zonas devido à corrente de jato, uma corrente de ar veloz que ocorre na alta troposfera.
Em vez de rodear o hemisfério norte de uma forma resistente e previsível, este vento de grande altitude percorre um trajeto na Europa, no Oceano Atlântico e nos Estados Unidos. As zonas mais a sul que fazem parte deste caminho sofrem um clima frio que por lá fica.

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