DO APOLO 11
Editoria: Astronomia
Quinta-feira, 14 mar 2013 - 07h49
Depois de 30 anos de planejamento e 10 anos de construção, entrou em
operação ontem no topo do deserto do Atacama a maior antena já
construída para o estudo do Universo. Composto de 66 antenas parabólicas
individuais, o arranjo equivale a nada menos que um gigantesco
radiotelescópio de 66 quilômetros de diâmetro.
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Com um custo estimado em 1.3 bilhões de dólares, o projeto ALMA é uma
parceria internacional entre os EUA, União Europeia, Chile e países do
leste asiático e deverá ser uma das principais ferramentas a serem
usadas pelos cientistas no estudo da formação de planetas, estrelas e
galáxias distantes.
Diferente dos telescópios ópticos terrestres convencionais ou espaciais como o Hubble, o ALMA não "olha" o céu no espectro da luz visível, mas em comprimentos de ondas mais longos compreendidos entre 0.3 e 9.6 milímetros. Essa região do espectro eletromagnético se localiza entre o infravermelho e as ondas de rádio e é também chamada de espectro milimétrico e sub-milimétrico, daí o nome ALMA, que significa "Grande Arranjo Milimétrico e Sub-milimétrico do Atacama" (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array)
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A grande vantagem do radiotelescópio ALMA é poder estudar fenômenos
cósmicos que são invisíveis nos comprimentos de onda da luz óptica, pois
estão envoltos por nuvens de gás e poeira que bloqueiam a propagação
luminosa, mas não as ondas eletromagnéticas detectáveis pelo ALMA.
Arranjo
No momento da inauguração, ALMA já contava com 57 antenas prontas para uso. As outras nove serão conectadas ainda este ano.
Cada par de antenas constitui o bloco básico do sistema imageador, que permitirá ao arranjo gerar imagens de alta resolução próximas ou superiores a dos telescópios óticos.
Cada antena é separada por muitos quilômetros uma das outras e conectadas eletronicamente entre si formando diversos pares, cada um deles contribuindo com informações únicas. Em seguida, os sinais serão novamente combinados e formarão uma única imagem altamente detalhada do objeto em estudo.
Para combinar os dados coletados por cada sistema imageador, será
utilizado um supercomputador de última geração capaz de realizar
aproximadamente17 quatrilhões de cálculos por segundo.
Isso permitirá ao ALMA ver objetos celestes com nitidez muitas vezes superior aos melhores telescópios espaciais, além de complementar as observações que atualmente são feitas com interferômetros óticos, como o VLTI, também instalado no Chile.
Uso do ALMA
EUA, Europa e Ásia construíram pelo menos 22 antenas do projeto e financiaram a maior parte dos recursos para a construção das restantes. Pelo acordo, cientistas desses países ficarão com a maior parte do tempo destinado às observações, enquanto 10% serão de direito dos pesquisadores chilenos. O tempo restante será comercializado a outras instituições interessadas em todo o mundo.
Editoria: Astronomia
Quinta-feira, 14 mar 2013 - 07h49
Habemus Alma! Chile inaugura o maior radiotelescópio do mundo |
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Diferente dos telescópios ópticos terrestres convencionais ou espaciais como o Hubble, o ALMA não "olha" o céu no espectro da luz visível, mas em comprimentos de ondas mais longos compreendidos entre 0.3 e 9.6 milímetros. Essa região do espectro eletromagnético se localiza entre o infravermelho e as ondas de rádio e é também chamada de espectro milimétrico e sub-milimétrico, daí o nome ALMA, que significa "Grande Arranjo Milimétrico e Sub-milimétrico do Atacama" (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array)
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Arranjo
No momento da inauguração, ALMA já contava com 57 antenas prontas para uso. As outras nove serão conectadas ainda este ano.
Cada par de antenas constitui o bloco básico do sistema imageador, que permitirá ao arranjo gerar imagens de alta resolução próximas ou superiores a dos telescópios óticos.
Cada antena é separada por muitos quilômetros uma das outras e conectadas eletronicamente entre si formando diversos pares, cada um deles contribuindo com informações únicas. Em seguida, os sinais serão novamente combinados e formarão uma única imagem altamente detalhada do objeto em estudo.
Isso permitirá ao ALMA ver objetos celestes com nitidez muitas vezes superior aos melhores telescópios espaciais, além de complementar as observações que atualmente são feitas com interferômetros óticos, como o VLTI, também instalado no Chile.
Uso do ALMA
EUA, Europa e Ásia construíram pelo menos 22 antenas do projeto e financiaram a maior parte dos recursos para a construção das restantes. Pelo acordo, cientistas desses países ficarão com a maior parte do tempo destinado às observações, enquanto 10% serão de direito dos pesquisadores chilenos. O tempo restante será comercializado a outras instituições interessadas em todo o mundo.
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