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domingo, 12 de maio de 2013

CHUVAS NO NORDESTE DO BRASIL


 DIÁRIO DO NORDESTE
Crateús

População aguarda adutora em açude

12.05.2013
Crateús. A situação de abastecimento de água para a população deste município para os próximos meses, caso não ocorram intensas chuvas que recarreguem o volume do Açude Carnaubal, continua indefinida. A expectativa das autoridades municipais e população é que a Companhia de Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) concretize um plano emergencial eficaz o mais rápido possível, já que anunciou a construção de uma adutora no município de forma urgente para solucionar a problemática. A população aguarda o início da construção da obra.

O Açude Carnaubal possui capacidade para armazenar 86 milhões de metros cúbicos, mas está atualmente com apenas 5,92% de sua capacidade

De acordo com a gerência local da Cogerh, na próxima segunda-feira, 13, o órgão definirá a situação a partir de uma reunião com técnicos, em Fortaleza.

O gerente Rodrigues Júnior informa que "o órgão realiza análises e estudos, que serão discutidos nesta reunião e a partir daí definidos os encaminhamentos e soluções" para o iminente colapso pelo qual passa o município de Crateús.

Adutora
A operação emergencial proposta pela companhia contempla a construção de uma adutora e estação de bombeamento para transpor as águas do Jaburu II até a barragem do Batalhão.

Além disso, o planejamento prevê a construção de uma adutora ligando o açude Carnaubal ao município de Crateús. Desde o início de abril a população está sendo abastecida com a água existente no volume morto do reservatório e muitas pessoas já sentem os efeitos do revezamento que está ocorrendo nos bairros a fim de racionalizar a água ainda existente no reservatório.

O Carnaubal possui capacidade para armazenar 86 milhões de metros cúbicos, mas está atualmente com apenas 5,92% de sua capacidade. A falta de adutora contribui para a diminuição de água do reservatório.

Conforme o coordenador da Defesa Civil no município, Teobaldo Marques, a sua construção reduziria o desperdício que ocorre entre o reservatório e a distribuição da água, que sai do açude e passa pela antiga barragem do 40° BI.

O plano de ação foi anunciado pelo órgão por ocasião de uma reunião realizada na cidade em março, coordenada pela Assembleia Legislativa, em que foi debatida a problemática da falta de água e as soluções possíveis para evitar o colapso no abastecimento.

A Cogerh colocou a possibilidade de transferir água do açude Jaburu II (localizado no vizinho município de Independência) ou do açude Flor do Campo (em Novo Oriente) e se comprometeu em resolver a situação de forma urgente.

O presidente do órgão, Rennys Frota proferiu palestra sobre o tema e garantiu a construção da adutora em regime emergencial no município para enfrentar o período crítico.

Esperança
A população vê passar os dias e as chuvas continuarem escassas. Aguarda com ansiedade a construção da obra que amenizará os efeitos da estiagem na cidade.

Há comentários de que a operação de transferência hídrica do Jaburu II foi descartada, dado o baixo volume do reservatório e de que com o Flor do Campo a situação seria semelhante devido à baixa na capacidade do reservatório, que conta agora com 22% e está fornecendo água para o seu próprio município e Quiterianopólis.

Além disso, setores da população de Novo Oriente já mobilizam a população para impedir a ação de transferência de água para o açude Carnaubal, alegando que haveria muito desperdício (devido a grande quantidade de buracos e areia no percurso).

Outra possibilidade está sendo cogitada no município, de maneira extra oficial, como plano de ação para a questão: uma operação gigantesca que contrataria 400 carros pipas para transportar diariamente água do açude Araras.

Mutirão
A Defesa Civil Municipal informa que está pronta para colaborar com a Cogerh, no sentido de apoiar as ações necessárias para a transferência de água por meio da futura adutora ou de outra forma encontrada pelo órgão.

A expectativa é de entre os dias 15 e 20 deste mês vários órgãos estarão unidos na operação "Limpeza de mananciais", que objetiva desobstruir e limpar os rios, riachos e córregos existentes no trajeto Açude Flor do Campo (Novo Oriente) e Açude Carnaubal para viabilizar a livre passagem da água, que poderá ser utilizada no consumo da população deste município.

Mais informaçõesDefesa Civil do Município de Crateús: (88) 3692.3315
Cogerh - Escritório em Crateús: (88) 3691.4027

SILVÂNIA CLAUDINORepórter 



DIÁRIO DO NORDESTE - Funceme

Chove em 120 municípios do Ceará

11.05.2013

Iguatu. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou, na madrugada de ontem, precipitações em 120 municípios. As regiões do Sertão Central, Vale do Jaguaribe e Centro-Sul do Estado foram as mais beneficiadas. A maior chuva ocorreu em Senador Pompeu, com 107 milímetros (mm), seguida do município de Pereiro com 106mm, Jaguaribe 104mm, Iracema 91mm e Iguatu 98mm.

A cidade de Iguatu, no Centro-Sul, foi uma das que mais receberam chuvas nos últimos dias no Ceará. As ruas alagadas dificultaram o trânsito especialmente de ciclistas e pedestres FOTO: HONÓRIO BARBOSA
De acordo com o meteorologista da Funceme, Raul Fritz, as intensas chuvas que banharam parte do Ceará nas últimas 48 horas são decorrentes de formação de um canal de umidade associado à influência de uma frente fria que chegou ao Sul do Nordeste, na Bahia. "Essa formação é atípica, pois geralmente direciona para o litoral, próximo a Salvador", explica. "É um sistema secundário que também influenciou chuvas no Estados de Piauí e Maranhão".

A formação desse canal de umidade e a influência da frente fria devem começar a dissipar a partir deste sábado. "A tendência é de diminuição das precipitações para o fim de semana", prevê Raul Fritz. "É possível observar por satélite que já houve uma redução, afastamento de sua influência".

Previsão

A Funceme prevê chuvas no Sertão Central e Centro-Sul, além da região Jaguaribana. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema causador de chuvas no Ceará permanece afastada, no Norte do Equador e não tem contribuído para formação de nuvens de chuvas no Estado, neste ano. As condições de temperaturas dos oceanos também são desfavoráveis, por isso, a quadra invernosa está bem abaixo da média.

De acordo com a Funceme, choveu 91mm em Iracema, Quixeramobim 85mm, 81mm em Quixelô, 75mm em Piquet Carneiro, 74mm em Orós, 71 em Deputado Irapuan Pinheiro, 70mm em Acopiara e Pedra Branca, 68mm em Solonópole, 67mm em Piquet Carneiro e Ererê e 64 em Jaguaretama.

Na cidade de Iguatu, na região Centro-Sul, o acumulado de chuva nas últimas 48 horas chegou a 187 mm. As águas caídas trouxeram transtornos para os moradores de vários bairros. Na Vila Moura, houve pontos de alagamentos e em algumas casas a água danificou móveis. Um depósito de carros usados e de sucata ficou submerso.

No bairro Altiplano, a falta de pavimentação na maioria das ruas tem prejudicado os moradores. As vias estão esburacadas e há lama, dificultando a passagem de veículos. Os moradores pedem socorro à Prefeitura. "É uma enorme dificuldade para chegar e sair de casa", disse a moradora Tatiana Oliveira. "Nós fazemos um apelo para que a Prefeitura faça o calçamento no nosso bairro".

No bairro Areias, a paralisação da construção de uma avenida também traz problemas para cerca de 50 famílias. A água está acumulada e ameaça invadir as residências.

Mais Informações
Funceme
Telefone: (85) 3101-1088


DIÁRIO DO NORDESTE

Chuvas no Ceará ficam 46% abaixo do normal

09.05.2013

Desde o início do ano havia indícios de que a quadra chuvosa no Estado seria inferior à média esperada

A pluviosidade dos meses de fevereiro, março e abril ficou 46,4% abaixo do que se considera normal. Para este período, o Estado do Ceará já possuiu uma média de 517,6 milímetros, no entanto, o resultado da pesquisa recém-divulgada pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), constatou que, neste ano, choveu apenas 277,2 milímetros nos últimos três meses.

Pesquisa recém-divulgada pela Funceme revela que choveu apenas 277,2 milímetros nos últimos três meses deste ano Foto: waleska santiago
Conforme o órgão, desde o início do ano havia indícios de que a quadra chuvosa no Estado do Ceará seria inferior à média esperada. Segundo Eduardo Sávio Martins, presidente da Funceme, os resultados negativos da quadra chuvosa foram avisados com antecedência e permitiram a população e o setor públicos se mobilizarem para gerenciar um plano de medidas contra a estiagem.

O prognóstico do primeiro trimestre do ano foi divulgado no fim do mês de janeiro. Após a divulgação desta previsão, uma reunião foi realizada no Comitê Integrado de Combate à Seca no Ceará. Vários setores foram alertados sobre a falta de chuvas que, por consequência, agravaria a seca. O órgão e entidades ligados à agricultura e recursos hídricos apresentaram as algumas medidas para minimizar os efeitos da estiagem.

Instabilidade
Durante a segunda quinzena do mês de abril, o Ceará foi afetado por uma intensa ação da Zona de Convergência Intertropical que é considerada o principal sistema meteorológico indutor de chuvas no Estado.

Durante a este fenômeno, foram detectadas fortes precipitações em alguns municípios, porém, devido a uma instabilidade do Oceano Atlântico, o sistema que influencia a ocorrência de precipitações foi se distanciando e as chuvas foram perdendo força.

A Funceme explica que esta irregularidade temporal é uma característica dos anos secos. Durante o trimestre dos meses de fevereiro, março e abril, foram registrados períodos sem precipitações, alternando com dias de intensas chuvas. A Fundação Cearense de Meteorologia realiza um monitoramento e percebe, assim, as diferenças significativas nos índices de chuva registrados em cada macrorregião do Estado do Ceará.

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