A fotógrafa e
ambientalista norte-americana Jenny E. Ross, junto com Andrew Derocher,
professor de ciências biológicas na Universidade de Alberta, no Canadá,
estão analisando como a mudança climática afeta a vida de ursos polares e
coloca o futuro da espécie em perigo. Ursos polares e focas são
habitantes das águas geladas do Oceano Ártico, no hemisfério Norte.
Usando o olfato
para localizar a presa, os ursos adultos passam a maior parte da vida
sozinhos, cruzando grandes distâncias na busca por presas como focas,
morsas e até baleias através de buracos no gelo. Mas, a cada verão, o
mar de gelo onde eles caçam fica menor devido ao aquecimento global.
"Se você retirar
o mar de gelo, você simplesmente não vai ter o mesmo ecossistema",
afirmou Derocher. "Estamos vendo mais provas de ursos comendo colônias
de aves, algas marinhas, e vasculhando qualquer coisa que encontram." A
fotógrafa Jenny Ross mostrou esta dificuldade. Um urso foi flagrado
escalando um penhasco, em busca de ovos para comer.
"O urso estava
sem comida e, infelizmente, não conseguiu [pegar os ovos], sem dúvida
gastou muito mais calorias tentando pegar os ovos do que [as calorias]
que poderia ter ganho comendo-os." Em outras ocasiões, os machos adultos
chegam a comer filhotes devido à falta de alimentos.
Os avistamentos
de ursos polares perto de comunidades humanas também aumentaram.
"Acreditamos que a distribuição de ursos polares esteja mudando devido à
redução e à distribuição do mar de gelo, que os leva para a terra por
períodos mais longos", disse o professor Derocher. Os ursos que chegam
perto demais das áreas ocupadas são capturados e levados, de
helicóptero, mais ao norte.
Fonte: noticias/uol
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