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domingo, 3 de fevereiro de 2013

CHUVAS LOCALIZADAS NO NORDESTE DO BRASIL

03/02/2013 08h45 - Atualizado em 03/02/2013 08h45

Chuva retorna ao Piauí e faz a alegria do homem do campo

Açudes, barreiros e cisternas estão cheios d'água novamente.
Produtores já estão plantando e respiram mais aliviados.

Do Globo Rural

Água, caatinga, estradas alagadas, bastou um pouco de chuva e o sertão nem parece mais o mesmo.
Valença do Piauí, Piauí, é um dos muitos municípios do semiárido brasileiro castigados pela seca em 2012. No mês de janeiro choveu cerca de 180 milímetros, até um pouco mais do que costuma chover nesta época do ano.
O verde voltou para a paisagem e os animais começam a ter o que comer e o que beber, já que os açudes e lagoas também estão se recuperando. A chuva mais uma vez renova a esperança do sertanejo.
Já está de volta o som da enxada que prepara o solo e o da matraca que semeia o grão. Em muitas roças, os agricultores se apressam para plantar o milho e o feijão. Há duas semanas, tem trabalho todo dia no sítio de Amparo Barbosa e Antonio da Rocha, que contam que só não plantam mais por falta de semente.
Do governo, o agricultor recebeu seis quilos de sementes, três de feijão e três de milho. Usou o pouco que tinha guardado e comprou outro tanto. Agora, são semanas de espera.
Em Valença do Piauí, o governo distribuiu 2,4 mil quilos de sementes, metade de milho, metade de feijão. É pouco, mas ajuda.
As cisternas depois de quase um ano voltaram a receber água da chuva. Não estão cheias ainda, mas já aliviam bastante a situação de quem depende delas para sobreviver.
A chuva também trouxe fôlego novo para os criadores. As baixas nos rebanhos por causa da seca foram enormes. Muito gado foi vendido magro, outros morreram e o que restou vivia em situação precária.
A Conab anunciou há uma semana o envio de até 300 mil toneladas de milho para o Nordeste, mas ainda não há prazo definido para que cheguem aos estados atingidos pela estiagem.
Em janeiro, choveu bem em quase todos os municípios do sertão do Piauí, mas o problema, segundo Evandro Luz, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura, é que mesmo se a chuva voltar ao normal nos próximos meses, os produtores ainda vão sentir os efeitos da seca.
A previsão não é muito animadora, mas mesmo sabendo que o futuro do clima é incerto, o agricultor não perde a esperança.

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