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Clima atual favorece desenvolvimento de canaviais do centro-sul
Regime de chuvas mais equilibrado, dentro da média
esperada no verão, intercalado por períodos de sol, deve favorecer o
desenvolvimento dos canaviais na região centro-sul do Brasil, afirmaram
especialistas. "O clima está correndo muito bem, a condição é ótima para
o canavial... Tem dias claros e chuva no final do dia, como se fosse
irrigação, e isso tudo é muito bom para a safra", disse Julio Maria
Borges, diretor da Job Economia.
A consultoria Job Economia ainda não
tem sua estimativa para a nova temporada, mas concorda que diante da
condição atual do clima a safra caminha para uma produção maior. A
região centro-sul concentra a principal área de cana do maior produtor
global de açúcar e etanol (de cana), com uma participação que supera 90
por cento da safra nacional.
O cenário atual traz algum alívio a
produtores que acompanhavam o clima com certa cautela, uma vez que a
temporada mais úmida de verão começou com volume de precipitações
ligeiramente abaixo da média.
O meteorologista da Somar Marco
Antônio dos Santos lembra que os índices pluviométricos ficaram abaixo
da normalidade entre o final de novembro e dezembro. "Em parte de Mato
Grosso do Sul, no Triângulo e Cerrado Mineiro e no sul de Goiás ainda
não tinha chovido adequadamente, eram chuvas pontuais", disse. "Agora
começa a chover com regularidade e isso vai contribuir para o
desenvolvimento da cana", acrescentou.
Já o meteorologista da Climatempo
Alexandre Nascimento observa que a região deverá registrar um volume de
chuvas mais consistente, entre 250 a 300 milímetros, dentro da
normalidade para o mês. Para fevereiro e março, tradicionalmente, estes
volumes diminuem ficando entre 150 a 200 milímetros.
Dezembro pode ter assustado
produtores, mas janeiro já veio com chuvas mais consistentes", afirmou.
Agora o setor deve seguir atento ao clima, uma vez que alterações neste
padrão atual podem comprometer o desenvolvimento dos canaviais.
As estimativas mais recentes indicam
um crescimento importante da safra de cana do centro-sul. A consultoria
Datagro apontou a moagem entre 580 milhões a 590 milhões de toneladas
em 2013/14, contra 535 milhões de toneladas do ciclo anterior. Já a
Safras & Mercado prevê uma moagem de 600 milhões de toneladas de
cana na safra que se inicia oficialmente em 1o de abril.
POTENCIAL
O presidente da Organização de
Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), Ismael
Perina, também ressalta a situação de chuvas esparsas entre novembro e
dezembro, mas pondera que o período à frente é muito importante para o
desenvolvimento da cana.
Perina também destaca que as chuvas
foram esparsas no começo do ano, mas pondera que a partir de agora os
meteorologistas apontam para um volume dentro da média, o que deve levar
a uma grande produção.
"Basicamente, o grande potencial de
formação de massa ocorre entre o final de novembro, quando as
temperaturas já estão mais altas, já começa a ter precipitação e o
número de horas de luz é satisfatório, e março", disse Perina.
Ele explica que praticamente 30 por
cento da formação da cana ocorre nesta época. "Se neste período a
condição de clima é favorável, se houve algum estresse lá atrás,
realmente se tem a recuperação (dos canaviais)", explicou.
O executivo pondera que esta atual
safra, praticamente encerrada, não foi das melhores no tocante à
qualidade e à questão preço, mas ela trouxe um certo alívio no caixa dos
produtores.
"Eles investiram um pouco mais não
apenas na própria reforma, mas no próprio cuidado com os canaviais mais
velhos. Então existe uma tendência, muito alinhada com a questão
climática, de se recuperar níveis de produtividade", disse Perina.
PRODUTIVIDADE
Perina lembra que o setor sofreu com
a queda na produtividade no ano retrasado, reflexo dos efeitos
climáticos, que levou o rendimento para 68 toneladas por hectare em
média. A expectativa é de recuperação para níveis históricos de 75 a 80
toneladas gradativamente. "Talvez não ainda este ano, porque tem ainda
muita cana velha no ano, mas tende a se aproximar bastante", disse.
Segundo ele, as estimativas de
mercado apontam a taxa de renovação entre 18 e 20 por cento da área
total dos canaviais, processo no qual se substituem plantas mais velhas
por variedades mais novas. "É pouco em relação ao que está velho, porque
ficou muito tempo muita coisa velha", afirma Perina.
Fonte: Reuters
Imagem de hoje das 15h, mostra Zona de Convergência do Atlãntico Sul formando um ciclone no Atlântico Sul próximo ao litoral do Rio Grande do Sul.
Em Porto Alegre tarde instável como mostra na webcam abaixo:
No Nordeste do Brasil sem chuva e no Centro-Oeste fortes instabilidades como mostra imagem das 17h de hoje:
Duas
massas de ar seco, uma no Nordeste e outra na sobre norte da Argentina,
Paraguai e Bolívia, mantêm um corredor de umidade entre a Amazônia e o
sul-sudeste do País. Há formação de muitas nuvens sobre o sul de
Rondônia, oeste e sul de Mato Grosso, centro e nordeste de Mato Grosso
do Sul, além e Goiás e Distrito Federal, oeste e sul de Minas Gerais,
São Paulo e leste do Paraná. No Rio de Janeiro, a previsão é de sol e
aumento de nuvens de manhã, com pancadas de chuva à tarde e à noite. Uma
zona de convergência intertropical mais próxima à costa do Pará,
Maranhão e Piauí aumenta a instabilidade nestas áreas, de acordo com a Climatempo. Confira a previsão pelo Brasil:
Norte Áreas de instabilidade continuam ativas
sobre o Norte do Brasil. Quase toda a Região tem períodos com sol e
várias pancadas de chuva. Chove forte no Amazonas, Pará, Acre e
Rondônia. Sol forte e chuva a partir da tarde só no Tocantins e no sul
do Pará.
Nordeste Sol forte e tempo seco no interior
da Bahia e no oeste de Pernambuco. Sol, muitas nuvens e vários períodos
de chuva no norte do Maranhão, do Piauí e do Ceará e no litoral do Rio
Grande do Norte, da Paraíba e de Pernambuco. Sol forte e chuva isolada e
passageira nas demais áreas da Região.
Centro-Oeste Áreas de instabilidade começam a
enfraquecer. A nebulosidade diminui e os períodos de sol aumentam. O ar
fica abafado. Em quase toda a Região, as pancadas de chuva ocorrem a
qualquer momento. Em Goiás, no Distrito Federal, no norte e no leste de
Mato Grosso, chove à tarde.
Sudeste O ar seco começa a avançar sobre o
Sudeste. No Espírito Santo e no centro-norte de Minas Gerais, faz sol,
calor e não chove. No interior de São Paulo, ainda pode chover a
qualquer hora. Nas demais áreas da Região, o sol predomina pela manhã e
chove a partir da tarde.
Sul Áreas de instabilidade continuam sobre o
Sul. No Paraná, no litoral de Santa Catarina e no Vale do Itajaí, chove a
qualquer hora do dia, intercalando com algumas aberturas de sol. Nas
demais áreas da Região, o sol predomina e chove a partir da tarde.
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