29/01/2013 09h00
- Atualizado em
29/01/2013 11h34
Consumo de energia pode ter ligação com aquecimento global, diz estudo
Calor dissipado pode ter efeito na temperatura do ar em regiões distantes.
Estimativa é que temperaturas subiram até 1º C na Rússia e norte da Ásia.
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O calor dissipado pelo consumo de energia em todo o mundo pode ser
responsável pelo aumento de temperatura durante o inverno em regiões do
hemisfério norte, notadamente na Ásia e na América do Norte, aponta um
estudo publicado no site da "Nature Climate Change" neste domingo (27).A elevação de temperatura estimada chega a cerca de 1º C, segundo a pesquisa, realizada por cientistas da Universidade Estadual da Flórida e da Universidade da Califórnia, ambas nos Estados Unidos.
Mapa dos EUA mostra regiões do país iluminadas pelo consumo de energia (Foto: Divulgação/Nasa Earth Observatory/NOAA)
Apesar do consumo de eletricidade e de combustíveis fósseis por
indústrias, prédios, casas, veículos e outras estruturas de grandes
cidades ser distribuído pela superfície do planeta, e o calor dissipado
equivaler a só 0,3% do total da energia levada para regiões mais remotas
do planeta pela circulação atmosférica, este aquecimento produzido por
humanos pode ter efeito na temperatura do ar a quilômetros de distância.Ao ser carregado pela circulação atmosférica, dizem os pesquisadores, o calor dissipado afeta regiões distantes dos grandes centros urbanos. "Nós identificamos impactos climáticos plausíveis causados pelo consumo de energia, usando um modelo de escala global", afirmam os cientistas no estudo.
A maior parte dos modelos que simulam mudanças climáticas ignora o consumo de energia e o calor dissipado por ele - o elo que provavelmente está faltando para explicar o aquecimento em certas regiões do planeta, segundo a pesquisa.
A estimativa se encaixa com medições de crescimento de temperatura na segunda metade do século 20 com relação a períodos anteriores, dizem os pesquisadores. O calor dissipado pode ter elevado a temperatura em até 1º C na Rússia e no norte da Ásia, e em 0,8º C nas pradarias do Canadá, de acordo com o modelo estudado.
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